IE - Instituto de Educação
URI permanente desta comunidadehttps://rihomolog.furg.br/handle/1/484
O INSTITUTO DE EDUCAÇÃO pauta suas ações na indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão e nas inter-relações com o ambiente, inserido no Ecossistema Costeiro, em consonância com a Filosofia e o Projeto Político-Pedagógico da Institucional. Com este propósito visa uma educação voltada para a vida, por meio de práticas educativas culturais, reflexivas e criativas na emergência de utopias e da "sensibilidade solidária para com o meio ambiente" (PPP-FURG). Esta unidade acadêmica tem por missão promover a educação plena e a formação integral do ser humano, com foco na formação de educadores, de modo a produzir conhecimentos na área do ensino e da aprendizagem e a desenvolver as potencialidades criativas. Com este sentido, busca implementar ações que tenham repercussões nos espaços educativos e na comunidade em geral para a melhoria da qualidade de vida e do desenvolvimento local e regional. Nosso compromisso é com a formação de educadores que, além da competência teórica, técnica e prática, têm um projeto alternativo de sociedade, bem como um compromisso com a construção de uma sociedade efetivamente democrática, dentro de uma ética fundada na justiça, na igualdade e na solidariedade humana.
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46 resultados
Resultados da Pesquisa
- ItemEducando através de livros infanto-juvenis do PNLD 2020: lições de educação ambiental na relação humano-natureza(2022) Bibiano, Ana Karolina Flores; Henning, Paula CorrêaO trabalho trata de uma dissertação de mestrado, desenvolvida no Programa de Pós Graduação em Educação em Ciências (PPGEC), da Universidade Federal do Rio Grande – FURG. O objetivo do estudo é problematizar alguns livros literários do Programa Nacional do Livro e Material Didático do ano de 2020 destinados aos jovens do Ensino Fundamental II, que tenham como conteúdos a natureza e a educação ambiental, buscando mapear as verdades e lições que circulam dentro destes artefatos culturais. Justifica-se a escolha por este tema de pesquisa por entender a importância de olhar para os modos como nos constituímos sujeitos em nossa atualidade. Os caminhos teóricos percorridos foram ao encontro dos pensamentos do filósofo Michel Foucault e de autores que enveredam para esse campo teórico, tais como Alfredo Veiga-Neto, Paula Henning, Barbara Garré, Virginia Vieira, Cleber Ratto, Isabel Carvalho, Eduardo Viveiros de Castro, Juliana Fausto, Susana Dias, Iara Bonin, dentre outros. Ao analisar os onze livros literários selecionados para a pesquisa, o estudo dividiu-se em duas unidades analíticas. A primeira dedicou-se a temática dos povos indígenas e sua utilidade para os não-indígenas. Os materiais sob investigação carregam ditos a respeito dos povos indígenas e suas atribuições junto a natureza que estabelecem um posicionamento fixo destes seres, demonstrando que o seu espaço é o da floresta, e sua importância no mundo é a de proteger a natureza. A segunda unidade dedicou-se a temática em torno da relação de humanos e não-humanos. Ao analisar estes materiais evidencia-se ditos que aparecem, recorrentemente, posicionando o ser humano em um contexto de natureza de forma duplicada: ora como vilão(ã) destruidor(a), ora como herói(na) salvador(a), desenvolvendo a partir disso um mecanismo de moralização no(a) leitor(a). Encontra-se nos livros sob análise diferentes lições que vão paulatina e repetidamente ensinando os modos como devemos nos comportar na natureza. Percebe-se que os livros literários infanto juvenis sob escrutínio apresentam verdades enquanto soluções para os diversos problemas ambientais, tendo enquanto repertório temático a moralização. Defende-se a necessidade de enxergar as relações humanas com a natureza a partir das múltiplas interações do ser humano com os não-humanos, no reconhecimento do humano como ser pertencente também a este espaço de natureza. Conclui-se a respeito da importância de estudos que investem na problematização de materiais que se fabricam na cultura já que ensinam significados para seus (suas) leitores(as). O campo da Educação pode contribuir com o exercício da crítica, criando potência de inventividade nas relações que estabelecemos com a natureza.
- ItemEducação e ativismo de mulheres nas redes sociais: um estudo sobre o Movimento #EleNão(2021) Pires, Desirée De Oliveira; Castro, Amanda MottaA presente dissertação de mestrado, desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal do Rio Grande (PPGEDU/FURG), analisou de que forma o Movimento #EleNão se originou e se organizou dentro das redes sociais, a partir do grupo Mulheres Unidas Contra Bolsonaro (MUCB), visando impedir que um candidato com princípios que vão na contramão dos direitos humanos fosse eleito. Na última década, o movimento feminista tem se apropriado das redes sociais, entendendo esses espaços como potentes para discussões políticas e sociais. Assim, o movimento feminista tem os utilizado como uma importante ferramenta política capaz de construir não apenas espaços de informação, mas também que promovem uma educação política emancipadora para/pelas mulheres. Por conseguinte, este trabalho teve por objetivo compreender como o Movimento #EleNão oportunizou uma educação política, sendo ela partidária ou não, para/pelas mulheres; assim como analisar quais as práticas e os saberes que emergem da organização e da participação das mulheres no interior do MUCB. Para isso, utilizaram-se, como campo teórico-metodológico, pressupostos de uma etnografia digital que, atrelada a uma metodologia feminista, chamamos de uma etnografia digital feminista. Seguindo esse caminho e utilizando, como técnicas de pesquisa, as entrevistas, ouvimos mulheres que participam do movimento desde sua criação em 2018 e constatamos o quanto as redes sociais, se bem utilizadas, podem se configurar enquanto importantes ferramentas de transformação social. O trabalho que as mulheres participantes da pesquisa realizam, contribui para uma educação política para/pelas mulheres e demonstra o quanto as mulheres são um grupo protagonista de resistência ao conservadorismo.
- ItemVivências de catadoras na cooperativa de reciclagem Santa Rita(2021) Ferreira, Cristiane Troina; Castro, Amanda MottaO presente trabalho foi desenvolvido para o Programa de Pós-Graduação em Educação PPGEDU- FURG, na linha de pesquisa Culturas, Identidades e Diferenças, e apresenta a história de três mulheres trabalhadoras da Cooperativa de Reciclagem Santa Rita de Cassia. Usamos, nessa pesquisa, pressupostos teóricos de história oral e analisamos à luz de teóricas feministas como Helena Saffioti (1986, 1987, 2014) e Silvia Federici (2019, 2020) a trajetória de trabalho dessas mulheres. Essa dissertação tem por objetivo geral compreender como as mulheres que se ocupam da catação de material reciclado reconhecem sua identidade atrelada a esse trabalho. E os objetivos específicos são: discutir o processo de construção identitária dessas mulheres; entender o lugar que as mulheres ocupam na cooperativa; identificar a percepção sobre o mundo do trabalho das mulheres participantes da pesquisa. Essa dissertação é de caráter qualitativo, que vislumbra através de pressupostos metodológicos de história oral, compartilhar a vivência de mulheres por muito tempo silenciadas, analisando através de suas trajetórias as suas perspectivas de vida e seus cotidianos na rotina do trabalho com a catação de matérias recicláveis. A luta cotidiana se entrelaçou com os referenciais teóricos utilizados nesse trabalho e proporcionaram o fortalecimento do debate a respeito das mulheres e o trabalho, possibilitando a compreensão da lógica capitalista e patriarcal que resulta na exclusão das mulheres no trabalho e, sobretudo as mulheres mais pobres. Reconhecendo a luta, sororidade e o direito de ser que essas mulheres conquistaram e conquistam todos os dias.
- ItemLivro de Resumos do VIII Seminário Integrador do Gese, X Mostra Cultural sobre Diversidade Sexual e de Gênero, I Abeth na Pista(Ed. da FURG, 2025) Ribeiro, Paula Regina Costa; Magalhaes, Joanalira Corpes; Stein, Fabiana Loréa Paganini; Lopes, Mauricio Nazarete
- ItemPIBID: Teia de Aprendizagem: Vidas esperançadas: nos caminhos da docência(2024) Gonçalves, Carla Amorim Neves; Medeiros, Ana Laura Salcedo de
- ItemCartas pedagógicas: (re)formar(-se) por meio das experiências(Ed. da FURG, 2025) Claro, Lisiane Costa; Pereira, Roberta Avila; Martins, Tatiana Costa; Neves Júnior, Ismael Barreto
- ItemAs concepções educativas/ambientais e de desenvolvimento na cidade do Rio Grande: reflexões críticas sobre as políticas municipais(2024-01-24) Gauterio, Daiane Teixeira; Machado, Carlos Roberto Silva; Machado, Carlos Roberto SilvaO presente trabalho investiga as Políticas Públicas Municipais da cidade de Rio Grande/RS, tendo como política inicial para análise a Lei Orgânica Municipal (1990), indo até o Plano Estratégico do Município (2005-2010), subsidiadas pelas políticas nacionais, destacadas por seu marco de importância, desde a Constituição da República Federativa do Brasil, de 1988, até o Programa Nacional de Educação Ambiental (2005). Foi realizada a sistematização destas leis visando a identificar algumas categorias chaves para a compreensão da utopia educativa/ambiental e de desenvolvimento para a cidade do Rio Grande implícitas ou explícitas nas políticas locais. Tais categorias, como as concepções de Educação, Educação Ambiental, Natureza/Meio Ambiente e Desenvolvimento indicam as perspectivas teóricas e paradigmáticas nas quais foram feitas as análises sobre a cidade e suas políticas. Percebe-se pois, claramente, da análise realizada, que as perspectivas políticas/educativas/ambientais do período estudado subsumem-se ao “mercado” e sua implementação (nas escolas e instituições locais) aponta para rupturas pontuais e pouco significativas para a cidade em sua totalidade. Além disto, o “desenvolvimento” buscado e propagado pelas políticas no âmbito local evidencia concepções de exploração e dominação dos chamados recursos humanos e naturais, em busca do crescimento econômico. Diante disto, tendo um referencial teórico questionador das referidas políticas e das proposições implícitas nas mesmas, afirmamos que estas podem ser relacionadas ao paradigma moderno e ao sistema capitalista enquanto utopia, mas que escondem-se sobre uma face humanizadora, de mudanças comportamentais e pontuais. Concluímos que é preciso ir além, na busca de transformações que se insiram na ruptura da própria lógica do sistema, e para as quais as políticas democráticas, participativas e de uma relação diferente, da atual, com a natureza, é fundamental. Esta, em nossa perspectiva, deve ser a de uma cidade/sociedade sustentável, contra-hegemônica e produtora de novas relações dos humanos entre si e destes com a natureza, como parte da utopia da produção de um “outro mundo possível”, mais justo e solidário.E como processo sem fim e democrático, tal cidade sustentável deverá ter, assim como suas políticas, a participação e conteúdos definidos coletivamente. Enfim tais nuances serão discutidas nesta pesquisa, para que possa servir de referência a outros pesquisadores que buscam analisar as potencialidades da cidade em sua relação com o global e das políticas desenvolvidas neste espaço como contribuição na efetivação daquela utopia.
- Item“A mulher mais linda do mundo por acaso era um homem.”: educando sobre outras masculinidades através dos artefatos culturais(Universidade Federal do Rio Grande - FURG, 2020-02-20) Silva, José Rodolfo Lopes daO presente artigo tem como objetivo problematizar aquilo que aprendemos a ver como o “homem de verdade” e a potência pedagógica, social, estética e política dos artefatos culturais como, por exemplo, filmes, séries, novelas, documentários, etc. Para tal serão analisadas diferentes passagens do documentário I am Divine, que conta a história de Harris Glenn Milstead – intérprete da drag queen Divine, famosa por suas músicas e filmes do cinema underground estadunidense. Através das entrevistas, fotos, registros audiovisuais pessoais e jornalísticos da produção podemos refletir sobre questões como, por exemplo, gênero, sexualidade, sucesso, entre outras. Dessa forma, a obra cinematográfica nos permite descolar de concepções essencialistas e binárias sobre o “ser homem”, entender que há outras opções para além daquilo que está posto como “sucesso” e que artefatos culturais podem fomentar debates, ensinar e fazer repensar sobre modos de ser e estar nas relações sociais.
- ItemMarcas de uma cultura lesbofóbica em narrativas de docentes lésbicas(Universidade Federal do Rio Grande - FURG, 2020-08-16) Liebgott, Camila Bonin; Weiss, RaquelEste artigo analisa como, no espaço escolar, fomenta-se ou contesta-se a lesbofobia a partir de narrativas de professoras lésbicas. Como base teórica, recorre-se a discussões do campo da Sociologia da Moral, bem como ao conceito de lesbofobia que, para Lorenzo (2012) é uma construção cultural que funciona como o mecanismo político de opressão, dominação e subordinação social das lésbicas. A metodologia envolveu entrevistas com quatro professoras da região metropolitana de Porto Alegre/RS que atuam na Educação Básica. As análises mostraram que, via de regra, a escola é espaço que fomenta a lesbofobia, sendo as professoras lésbicas silenciadas quanto à sexualidade, consideradas desviantes frente a uma moral heteronormativa. Contudo, há pequenas aberturas no espaço da docência, nas relações entre professores, na tematização curricular de alguns aspectos da sexualidade. A própria existência de professoras lésbicas no âmbito de uma instituição moderna e moralizadora como a escola é uma forma potente de contestação.
- ItemMemórias de uma criança viada, reflexões de um professor gay: um debate sobre masculinidades hegemônicas no espaço escolar(Universidade Federal do Rio Grande - FURG, 2020-08-16) Euzébio, Felipe AurélioNeste artigo busco, entre tantas coisas, propor uma nova perspectiva sobre as múltiplas formas em que as masculinidades se apresentam no ambiente escolar. Dando corpo ao texto e a discussão a partir de uma autoetnografia, dialogo com estudos sobre o fazer/estar docente na educação brasileira ao passo que resgato memórias e relatos de experiência de minhas práticas e vivências pela/para a educação nas cidades de Porto Alegre/RS, Canoas/RS e Pelotas/RS. Assim, com um especial olhar para questões de diversidade e debates na perspectiva dos estudos de gênero, utilizo de uma metodologia autoetnográfica para rascunhar os caminhos que percorri até a disciplina de Estágio Docente II (UFPEL, 2019/01) do curso de Ciências Sociais – Licenciatura, onde dei meus primeiros passos como professor. Neste exercício, a vulnerabilidade é sobreposta à escrita para que às reflexões sobre masculinidade hegemônica na escola apareçam junto a outras performatividades por muitas vezes esquecidas.
