IE - Instituto de Educação
URI permanente desta comunidadehttps://rihomolog.furg.br/handle/1/484
O INSTITUTO DE EDUCAÇÃO pauta suas ações na indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão e nas inter-relações com o ambiente, inserido no Ecossistema Costeiro, em consonância com a Filosofia e o Projeto Político-Pedagógico da Institucional. Com este propósito visa uma educação voltada para a vida, por meio de práticas educativas culturais, reflexivas e criativas na emergência de utopias e da "sensibilidade solidária para com o meio ambiente" (PPP-FURG). Esta unidade acadêmica tem por missão promover a educação plena e a formação integral do ser humano, com foco na formação de educadores, de modo a produzir conhecimentos na área do ensino e da aprendizagem e a desenvolver as potencialidades criativas. Com este sentido, busca implementar ações que tenham repercussões nos espaços educativos e na comunidade em geral para a melhoria da qualidade de vida e do desenvolvimento local e regional. Nosso compromisso é com a formação de educadores que, além da competência teórica, técnica e prática, têm um projeto alternativo de sociedade, bem como um compromisso com a construção de uma sociedade efetivamente democrática, dentro de uma ética fundada na justiça, na igualdade e na solidariedade humana.
Navegar
40 resultados
Resultados da Pesquisa
- ItemEscola promotora da igualdade de gênero e de sexualidade: uma constituição em tramas históricas e no cotidiano da Educação Infantil(2024) Pereira, Lara Torrada; Ribeiro, Paula Regina Costa; Rizza, Juliana LapaEsta tese de doutorado foi desenvolvida no Programa de Pós-Graduação Educação em Ciências da Universidade Federal do Rio Grande - Furg, na linha de pesquisa intitulada “Discursos, culturas e subjetividades na Educação em Ciências”. A pesquisa teve como objetivo investigar como uma Escola Municipal de Educação Infantil (EMEI), da cidade de Rio Grande/RS, vem se produzindo em meio a relações de poder/saber enquanto uma instituição que promove o debate das questões de gênero e de sexualidade. Esse estudo foi produzido a partir de algumas inspirações acerca do conceito de história proposto por Michel Foucault e sobre produção de experiência a partir de Jorge Larrosa, além dos conceitos-adjetivos de educação maior e menor, cunhados por Silvio Gallo. Ainda, a pesquisa apresenta ao longo da escrita, interlocuções com outros pressupostos foucaultianos, com o campo dos estudos de gênero e da educação para a sexualidade, que nos possibilitaram pensar gênero e sexualidade articulados com a Educação Infantil. Para a produção de dados, buscamos apoio na metodologia da investigação narrativa, a qual foi produzida a partir de quatro instrumentos: entrevistas com membros da gestão da EMEI e com duas professoras que participaram do Projeto Escola Promotora da Igualdade de Gênero; encontros narrativos com as professoras e a gestão da EMEI; construção de um diário com as percepções da pesquisadora ao longo do desenvolver da pesquisa; e outras fontes de dados narrativos que marcaram a EMEI. A análise se constituiu com base na ramificação de dois capítulos analíticos, que emergiram a partir dos dados narrativos, os quais entendemos como potentes para pensarmos na produção da EMEI enquanto uma escola promotora das questões de gênero e de sexualidade. No primeiro capítulo de análise, problematizamos fatos e acontecimentos presentes nas tramas históricas da EMEI, que se evidenciaram na luta da comunidade em que a escola está inserida geograficamente a fim de que ela existisse naquele espaço; na participação da EMEI no Projeto Escola Promotora da Igualdade de Gênero; na participação das famílias das crianças nas atividades e no cotidiano da EMEI; na trajetória acadêmica da professora Deborah Thomé Sayão, que dá nome à escola; e nos atravessamentos e feitos do movimento antigênero na escola. Já no segundo capítulo analítico, foram problematizadas algumas ações que emergiram do cotidiano escolar, que pulsaram nas relações desse cotidiano, as quais tomamos como educações menores e estão diretamente imbricadas na produção da EMEI enquanto uma escola que promove o debate das questões de gênero e de sexualidade. Além disso, nesse processo de constituir-se uma escola promotora, a EMEI reconhece a instituição escolar como espaço generificado e sexualizado. Com isso, busca questionar, relativizar, desnaturalizar, junto às crianças, às famílias e ao seu corpo docente, os entendimentos das normas de gênero e de sexualidade. Por fim, nessa escrita, apontamos que é necessário multiplicar as potencialidades de espaços de formação docente sobre as temáticas de gênero e de sexualidade com o intuito de que as escolas, desde a primeira infância, repensem coletivamente as normas que (re)produzem discriminações. É preciso buscar as brechas com o propósito de possibilitar um pensar diferente dos padrões, o qual possa reverberar na constituição das/os sujeitas/os.
- ItemLivro de Resumos do VIII Seminário Integrador do Gese, X Mostra Cultural sobre Diversidade Sexual e de Gênero, I Abeth na Pista(Ed. da FURG, 2025) Ribeiro, Paula Regina Costa; Magalhaes, Joanalira Corpes; Stein, Fabiana Loréa Paganini; Lopes, Mauricio Nazarete
- ItemFalar sobre "sexo" é proibido professora?: problematizando entendimentos de sexualidade com crianças dos anos iniciais(2024-01-24) Oliveira, Lucilaine dos Santos; Ribeiro, Paula Regina CostaNesta dissertação problematizo as narrativas de um grupo de crianças da 4ª série do Ensino Fundamental de uma escola municipal da cidade do Rio Grande/RS sobre as questões de corpos, gêneros e sexualidades. O estudo fundamenta-se em teorizações que conceituam sexualidade como uma construção sócio-histórica e cultural que inscreve comportamentos, linguagens, valores, rituais, fantasias, representações mobilizadas ou postas em ação, através de práticas sociais, culturais, políticas e históricas, para expressar desejos e prazeres. Discuto que dentre as múltiplas possibilidades de práticas educativas na Educação Ambiental estão aquelas que visam problematizar a sexualidade enquanto dispositivo de constituição do sujeito. Sujeito esse que é parte integrante do meio ambiente e tem sua subjetividade produzida através de uma rede de relações e práticas culturais. Neste estudo, dialoguei com autores/as como: Felix Guatari, Michèle Sato, Isabel de Carvalho, Guacira Louro, Leni Dornelles Paula Ribeiro, Constantina Xavier Filha, Michel Foucault, Sônia Kramer, entre outros/as. Dentre as possibilidades metodológicas para o desenvolvimento deste estudo, optei pela investigação narrativa que é uma metodologia de investigação que estuda a forma como nós, seres humanos, experimentamos o mundo. Baseada na experiência, na qualidade de vida e de educação dos sujeitos da pesquisa, esse tipo de investigação é situada em uma abordagem qualitativa. Para a produção do material empírico foram planejadas estratégias que articulassem situações de aprendizagem no espaço da sala de aula e expressão de ideias, através de rodas de conversa, da escrita de diários, de desenhos, de dramatizações, de brincadeiras, dentre outras atividades. Ao narrar o processo de pesquisa produzi, no contexto desta dissertação, treze diários construídos no entrelaçamento de muitas vozes que discutem as temáticas: infâncias, corpos, gêneros, sexualidades, Educação para a Sexualidade e Educação Ambiental e procuram mostrar através das histórias apresentadas, possibilidades de pensar, tratar, se relacionar e aprender com as crianças, ao problematizar significados e representações produzidas pelas mesmas. Este estudo possibilitou-me entender que embora as crianças considerem importante o tratamento das questões que envolvem a sexualidade na escola, as mesmas reivindicam, também, no ambiente familiar, um espaço de abertura e diálogo que contemplem seus interesses, dúvidas, inquietações e curiosidades. A aprovação do trabalho de Educação para a Sexualidade na escola, bem como o entendimento de que esse é o ambiente mais indicado para que o mesmo ocorra, foi percebida nas narrativas produzidas pelas crianças e também pelas famílias, que demonstraram interesse e desejo de que esses temas sejam abordados na escola. A partir das análises feitas, foi possível entender que as crianças expressam a sexualidade através das brincadeiras, dos modos como se relacionam com seus pares, através das conversas, dos questionamentos, dos desenhos, das formas como dançam e dos modos de pensar e agir construídos no contato com diferentes instâncias como a família, a escola, as religiões e com diferentes pedagogias culturais como as músicas, os filmes, as novelas, os anúncios publicitários, os sites da internet, os programas de televisão e rádio, as revistas, dentre outros que produzem os corpos infantis e neles inscrevem marcas e identidades, posicionando-os nos múltiplos contextos sociais.
- ItemMasculinidades e homossexualidade na perspectiva de jovens estudantes de escolas públicas e particulares de Erechim, Rio Grande do Sul(Universidade Federal do Rio Grande - FURG, 2020-02-20) Silva, Ivone Maria Mendes; Angerami, AdrianaEste trabalho apresenta reflexões sobre masculinidades e homossexualidade, partindo da análise de narrativas produzidas por homens jovens no contexto de grupos focais realizados em escolas públicas e particulares da cidade de Erechim (RS). Os resultados obtidos demonstram uma diversidade de opiniões e posicionamentos dos jovens em relação ao tema. Ao passo que alguns afirmaram sentir-se livres para aderir àquilo que lhes desperta identificação, admitindo o caráter móvel da masculinidade, tomada como uma construção não necessariamente vinculada à heterossexualidade; outros demonstraram valorizar o modelo hegemônico vigente em nossa sociedade, baseado em um ideal viril, heterossexual e, por vezes, homofônico. Conclui-se que uma variedade de modelos de masculinidades tem operado nos contextos juvenis, acompanhando a própria pluralidade que caracteriza o processo de socialização nas sociedades atuais, o que coloca possibilidades inauditas em relação à educação das novas gerações para o reconhecimento do outro e o respeito às diferenças ideológicas, socioculturais e subjetivas.
- ItemA amizade como possibilidade de experimentação da sexualidade em “Aqueles Dois” de Caio Fernando Abreu(Universidade Federal do Rio Grande - FURG, 2020-02-20) Costa, Dhemersson Warly Santos; Brito, Maria dos Remédios deO ensaio pondera uma leitura fundamental do conto “Aqueles dois” de Caio Fernando Abreu, originalmente publicado na obra “Morangos Mofados” (2015). Argumenta-se que os personagens Raul e Saul agenciam em seus corpos uma amizade como possibilidade de exercício e experimentação das suas sexualidades em tempos de autoritarismo extremo. Trata-se de uma leitura interpretativa, influenciada pela filosofia francesa contemporânea de Gilles Deleuze e Félix Guattari. Sem pretensões formativas ou metodológicas, o que se pretende é experimentar com a literatura de Caio Fernando Abreu blocos de sensações que mobilizem outras formas de pensamento no corpo, na sexualidade, na vida.
- ItemGênero e sexualidade na educação brasileira em tempos de movimento escola sem partido(Universidade Federal do Rio Grande - FURG, 2020-08-16) Barroso, Ramon Roberto de Jesus; Silva, Lana Claudia Macedo daO foco desta pesquisa é discutir como movimentos ultraconservadores, especialmente o Movimento Escola Sem Partido tem se organizado para a retirada de estudos e reflexões sobre gênero e sexualidade das escolas brasileiras. Com base na abordagem qualitativa da pesquisa, realizamos estudos teóricos e documentais, referenciados em autoras como: Scott (1995), Louro (2007) (2019), Paraiso (2016), Mattos (2018), e nos autores: Penna (2016a) (2016b), Seffner (2016) e Miguel (2017). Concluiu-se que movimentos ultraconservadores tem se utilizado de um certo pânico moral para subverter conceitos científicos atribuídos a gênero e sexualidade, propagando discursos conservadores nos meios sociais, criando uma cortina de fumaça, resultando na falácia chamada “ideologia de gênero”. Tal discurso tem sido utilizado como estratégia do MESP para impedir que o tema seja trabalhado e re-inserido em documentos educacionais como o Plano Nacional de Educação – PNE (2014-2024) e nas proposições de currículos escolares oficiais - Base Nacional Comum Curricular (BNCC).
- ItemEducação sexual vai ao Cariri Cearense: abordagens e problematizações nos currículos escolares(Universidade Federal do Rio Grande - FURG, 2020-08-16) Souza, Elaine de Jesus; Rocha, Eugerbia Paula daA Educação Sexual constitui um campo transdisciplinar que abrange discursos sobre sexualidade e gênero entremeados na cultura e relações de poder. O objetivo foi problematizar o/s modo/s de incorporação (ou não) da Educação Sexual nos currículos escolares, a partir da análise dos discursos acerca das temáticas sexualidade e gênero. Trata-se do recorte de uma pesquisa qualitativa desenvolvida em cinco escolas públicas nos munícipios de Brejo Santo-CE e Porteiras-CE; aqui analisaremos as entrevistas semiestruturadas de dez docentes por meio da análise foucaultiana do discurso. Os resultados ressaltam que a maioria dos/as docentes não aborda, de forma contínua e planejada, as temáticas da Educação Sexual, sobretudo em decorrência da carência na formação docente aliada ao fundamentalismo religioso marcante no contexto sociocultural do cariri cearense. Assim, a partir dos enunciados, destacamos três categorias discursivas: biológica-higienista, religiosa-fundamentalista e sociocultural, que se articulam ao evidenciarem contradições, limites e possibilidades da Educação Sexual nos currículos escolares.
- ItemFeminilidade e travestismo em um filme hollywoodiano da década de 1950(Universidade Federal do Rio Grande - FURG, 2021-07-30) Friederichs, MartaNesse artigo, interessa pensar o cinema hollywoodiano da década de 1950 como capaz de ensinar modos de ser e estar no mundo, de produzir e significar o corpo como feminino. Para tal propósito, a partir da análise de duas cenas recortadas da comédia Quanto mais quente melhor, produzida e dirigida por Billy Wilder, em 1959, aproximo-me do pensamento de Michel Foucault e Judith Butler. Ao tomar o cinema como uma potente tecnologia para veicular discursos, com efeitos de verdades, que expressam e ensinam modos de ser e estar feminina, opero com a feminilidade como uma performatividade de gênero. Assim, procuro também discutir como sujeitos que ‘escapam’ das normas de gênero e sexualidade apareciam nas telas do cinema dessa época, bem como, pensar algumas possibilidades do cinema para alavancar discussões sobre relações de gênero e sexualidade no campo da Educação.
- Item“As Incríveis”: educação, cultura visual, sexualidades e caracterização das personagens mulheres de “Os Incríveis” (2004; 2018)(Universidade Federal do Rio Grande - FURG, 2021-07-30) Romero, Jéssica Fiorini; Baliscei, João PauloEm um recorte de três personagens que compõem as animações Os Incríveis (2004; 2018) - Helena, Violeta e Evelyn -, percebemos que há caracterizações específicas e distintas na formação de suas feminilidades. Sendo elas nossos objetos de estudos, objetivamos tensionar os debates que envolvem feminilidades, gênero e sexualidades no que tange à representação das personagens femininas. Debruçamo-nos sobre os Estudos da Cultura Visual e Estudos de Gênero para discussão teórica e analítica de como os artefatos visuais instauram e disseminam modos de ser e estar no mundo, assim como reforçam estereótipos e papéis de gênero. Concluímos, após a análise, que de modos distintos essas três personagens exemplificam estereótipos endereçados às mulheres. Helena, em relação à maternidade; Violeta, à busca pelo relacionamento heterossexual; e Evelyn, ao antagonismo destinado aos corpos que se desviam da norma.
- ItemEducação para a sexualidade a partir da biologia: vamos falar de Kinsey?(Universidade Federal do Rio Grande - FURG, 2021-07-30) Almeida, Edson Leandro de; Carvalho, Maria Eulina Pessoa deA educação para a sexualidade tem sido in(ex)cluída do currículo da escola brasileira, limitando-se ou ao ensino de Biologia, ou a projetos específicos, permanecendo o desafio da abordagem transversal indicada nas últimas décadas. Historicamente, tem predominado o viés higienista e biologicista, com ênfase na prevenção da gravidez na adolescência e ISTs, fugindo das questões ligadas ao desejo, afeto, prazer, gênero e identidades fora do padrão heteronormativo. Ultimamente, o ataque aos estudos e políticas de gênero tem mirado as questões de sexualidade e diversidade sexual. Nesse contexto de disputa cultural em torno das concepções de sexualidade e gênero, este texto aborda a possibilidade de enfocar a educação para a sexualidade a partir da Biologia, enfatizando a diversidade sexual, com base no legado de Alfred Kinsey. O filme Kinsey, que teve pouca repercussão no Brasil, é destacado como possibilidade pedagógica.
