EQA - Escola de Química e Alimentos
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- ItemCinética e termodinâmica da secagem convectiva de filmes de Quitosana(2016) Monte, Micheli Legemann; Pinto, Luiz Antonio de Almeida; Arrieche, Leonardo da SilvaOs filmes biopoliméricos têm sido o objeto de estudo em muitas pesquisas por apresentarem vantagens, como a substituição dos polímeros derivados do petróleo. A quitosana é um biopolímero obtido a partir da quitina presente no exoesqueletos de crustáceos, como o camarão, e o processo de produção dos filmes de quitosana consiste na sua dissolução, e posteriormente, a etapa de secagem. O presente trabalho teve por objetivo estudar a secagem convectiva em camada delgada dos filmes de quitosana, por meio das curvas experimentais, determinação das propriedades físicas e de transporte dos filmes durante a operação, e avaliação das propriedades termodinâmicas através das isotermas de sorção de umidade. Para o estudo da cinética de secagem foi utilizado um secador de convecção forçada com velocidades do ar de 0,3 e 0,9 m s-1 e as temperaturas de secagem de 30, 40 e 50°C, sendo a umidade absoluta constante de 0,012 kg kg-1 . Os experimentos das isotermas de sorção foram realizados pelo método gravimétrico estático, com atividade de água de 0,041 a 0,89, nas temperaturas de 20 a 50 °C. O modelo GAB foi o que melhor representou as curvas experimentais de isotermas de sorção, sendo utilizado para o cálculo das propriedades termodinâmicas. O calor isostérico de sorção aumentou com a diminuição da atividade de água, mostrando a forte interação água-polímero da monocamada. A temperatura isocinética foi maior que a temperatura média harmônica, sugerindo que os processos de sorção foram controlados pela entalpia. O tamanho médio de poro (rp) dos filmes de quitosana foi na faixa de 0,7 a 22 nm, sendo classificado como um material com microporos e mesoporos. Com relação a cinética de secagem, a taxa constante foi predominante, obtendo-se taxa constante 2,5 vezes maior com o aumento de temperatura de 30 para 50°C. A constante de secagem (K) aumentou com a temperatura, atingindo o maior valor em var = 0,9 m s-1 e 50 ° C. A espessura do filme de quitosana apresentou comportamento linear com a umidade, sendo a espessura final do filme seco em torno de 0,095 mm. A difusividade efetiva volumétrica média (Defm) variou de 1,55 a 3,59 ×10-12 m2 s -1 , com os maiores valores de Defm para temperatura de 50°C. O número de Biot de massa apresentou-se menor que 30 para a 1ª fase decrescente, sugerindo que o processo foi controlado pelo transporte convectivo de umidade. Em relação às propriedades dos filmes, observou-se que o aumento da var para 0,9 m s-1 não ocasionou diferença significativa (p<0,05) para resistência à tração (RT), alongamento (A) e permeabilidade ao vapor de água (PVA). A solubilidade dos filmes diminuiu com o aumento da temperatura, sugerindo que a secagem a 50°C produziu uma matriz polimérica com menor disponibilidade dos grupos hidrofílicos do glicerol, como mostrado na análise estrutural da superfície dos filmes. Baseado nos resultados sugerese que os filmes sejam secos a temperaturas de 40 ou 50°C e var de 0,9 m s-1 possibilitando menor tempo de secagem, sem que ocorram alterações nas propriedades dos filmes (RT, A e PVA).
- ItemNanofibras antimicrobianas para aplicação em alimentos(2017) Kuntzler, Suelen Goettems; Morais, Michele Greque deAs microalgas como a Spirulina sp. LEB 18 apresentam compostos biologicamente ativos como os compostos fenólicos que possuem atividade antifungica e antibacteriana. O poli(hidroxibutirato) (PHB) é um biopolímero extraído da microalga Spirulina sp. LEB 18 que apresenta características como biodegradabilidade e propriedades mecânicas semelhantes aos plásticos convencionais, podendo ser alternativa aos materiais termoplásticos de origem petroquímica. Além disso, os polímeros quitosana e poli (óxido de etileno) (PEO) também apresentam importantes características como biodegradabilidade, biocompatibilidade com células e tecidos e propriedade antimicrobiana, os quais podem ser aplicados na produção de embalagens de alimentos. As nanofibras poliméricas produzidas por electrospinning são nanomateriais que em função do polímero utilizado apresentam elevada área superficial em relação ao volume, alta porosidade que permite a incorporação de compostos e propriedades mecânicas semelhantes aos filmes. O objetivo do trabalho foi desenvolver nanofibras poliméricas contendo compostos fenólicos obtidos da biomassa da microalga Spirulina sp. LEB 18 com potencial propriedade antibacteriana. Na primeira etapa deste trabalho foi realizada a extração dos compostos fenólicos e a atividade antimicrobiana do extrato foi testada através dos métodos de difusão com discos e macrodiluição. Os dois métodos foram realizados com as bactérias Escherichia coli ATCC 25972 e Staphylococcus aureus ATCC 25923. Na outra etapa, a biomassa da microalga Spirulina sp. LEB 18 foi utilizada para extração do biopolímero PHB, o qual foi solubilizado em clorofórmio e a solução polimérica foi testada no electrospinning para produção de nanofibras. Os polímeros quitosana e PEO também foram utilizados para o desenvolvimento de nanofibras. Após, os compostos fenólicos foram incorporados às nanofibras, as quais foram conduzidas às análises mecânicas, termogravimétricas, de molhabilidade, fisico-químicas, morfológicas e microbiológicas. Dessa forma, os compostos fenólicos presentes na microalga e identificados por cromatografia foram os ácidos gálico e cafeico capazes de formar halos de inibição de 11,0 ± ≤0,1 e 15,7 ± 0,6 mm com a concentração mínima inibitória de 200 e 500 ug mL" para os micro-organismos Staphylococcus aureus ATCC 25923 e Escherichia coli ATCC 25972, respectivamente. As nanofibras poliméricas contendo os compostos fenólicos apresentaram diâmetro médio de 810 ± 85 nm e 214 ± 37 nm para PHB e blenda de quitosana/PEO, respectivamente. A partir da análise do ângulo de contato foi possível determinar que as nanofibras de PHB e a blenda de quitosana/PEO ambas com os compostos fenólicos apresentam caráter hidrofóbico e hidrofilico, respectivamente. As propriedades térmicas confirmaram a incorporação dos compostos e possibilitaram a utilização das nanofibras como embalagens de alimentos por apresentarem temperatura de máxima degradação de 287,0 e 323 C, para nanofibras de PHB e blenda de quitosana/PEO, respectivamente. O espectro FTIR confirmou a incorporação dos compostos fenólicos nas nanofibras e a análise da atividade biológica determinou que as nanofibras de PHB e blenda de quitosana/PEO contendo os compostos fenólicos apresentaram halos de inibição de 7,5 ± 0,4 e 6,4 ± 1,1 mm para o Staphylococcus aureus ATCC 25923. Esta alternativa nanobiotecnológica de caráter inovador contribui para à ciência pois as nanofibras quando aplicadas em alimentos podem aumentar as propriedades mecânicas e térmicas adequando-as ao uso como embalagens. Além disso, a adição de compostos fenólicos com a atividade antibacteriana auxilia a embalagem a interagir com o alimento de forma desejável, protegendo os produtos alimentares do ambiente externo e proporcionando maior segurança alimentar para o consumidor.
- ItemNanofibras antimicrobianas para aplicação em alimentos(2017) Kuntzler, Suelen Goettems; Morais, Michele Greque deAs microalgas como a Spirulina sp. LEB 18 apresentam compostos biologicamente ativos como os compostos fenólicos que possuem atividade antifúngica e antibacteriana. O poli(hidroxibutirato) (PHB) é um biopolímero extraído da microalga Spirulina sp. LEB 18 que apresenta características como biodegradabilidade e propriedades mecânicas semelhantes aos plásticos convencionais, podendo ser alternativa aos materiais termoplásticos de origem petroquímica. Além disso, os polímeros quitosana e poli (óxido de etileno) (PEO) também apresentam importantes características como biodegradabilidade, biocompatibilidade com células e tecidos e propriedade antimicrobiana, os quais podem ser aplicados na produção de embalagens de alimentos. As nanofibras poliméricas produzidas por electrospinning são nanomateriais que em função do polímero utilizado apresentam elevada área superficial em relação ao volume, alta porosidade que permite a incorporação de compostos e propriedades mecânicas semelhantes aos filmes. O objetivo do trabalho foi desenvolver nanofibras poliméricas contendo compostos fenólicos obtidos da biomassa da microalga Spirulina sp. LEB 18 com potencial propriedade antibacteriana. Na primeira etapa deste trabalho foi realizada a extração dos compostos fenólicos e a atividade antimicrobiana do extrato foi testada através dos métodos de difusão com discos e macrodiluição. Os dois métodos foram realizados com as bactérias Escherichia coli ATCC 25972 e Staphylococcus aureus ATCC 25923. Na outra etapa, a biomassa da microalga Spirulina sp. LEB 18 foi utilizada para extração do biopolímero PHB, o qual foi solubilizado em clorofórmio e a solução polimérica foi testada no electrospinning para produção de nanofibras. Os polímeros quitosana e PEO também foram utilizados para o desenvolvimento de nanofibras. Após, os compostos fenólicos foram incorporados às nanofibras, as quais foram conduzidas às análises mecânicas, termogravimétricas, de molhabilidade, físico-químicas, morfológicas e microbiológicas. Dessa forma, os compostos fenólicos presentes na microalga e identificados por cromatografia foram os ácidos gálico e cafeico capazes de formar halos de inibição de 11,0 ± 0,1 e 15,7 ± 0,6 mm com a concentração mínima inibitória de 200 e 500 µg mL-1 para os micro-organismos Staphylococcus aureus ATCC 25923 e Escherichia coli ATCC 25972, respectivamente. As nanofibras poliméricas contendo os compostos fenólicos apresentaram diâmetro médio de 810 ± 85 nm e 214 ± 37 nm para PHB e blenda de quitosana/PEO, respectivamente. A partir da análise do ângulo de contato foi possível determinar que as nanofibras de PHB e a blenda de quitosana/PEO ambas com os compostos fenólicos apresentam caráter hidrofóbico e hidrofílico, respectivamente. As propriedades térmicas confirmaram a incorporação dos compostos e possibilitaram a utilização das nanofibras como embalagens de alimentos por apresentarem temperatura de máxima degradação de 287,0 e 323 °C, para nanofibras de PHB e blenda de quitosana/PEO, respectivamente. O espectro FTIR confirmou a incorporação dos compostos fenólicos nas nanofibras e a análise da atividade biológica determinou que as nanofibras de PHB e blenda de quitosana/PEO contendo os compostos fenólicos apresentaram halos de inibição de 7,5 ± 0,4 e 6,4 ± 1,1 mm para o Staphylococcus aureus ATCC 25923. Esta alternativa nanobiotecnológica de caráter inovador contribui para à ciência pois as nanofibras quando aplicadas em alimentos podem aumentar as propriedades mecânicas e térmicas adequando-as ao uso como embalagens. Além disso, a adição de compostos fenólicos com a atividade antibacteriana auxilia a embalagem a interagir com o alimento de forma desejável, protegendo os produtos alimentares do ambiente externo e proporcionando maior segurança alimentar para o consumidor.
- ItemAdsorção de cromo (VI) utilizando quitosana com diferentes graus de desacetilação(2012) Cadaval Junior, Tito Roberto Sant'Anna; Pinto, Luiz Antonio de AlmeidaNeste trabalho, foi utilizada a quitosana com três diferentes graus de desacetilação para a adsorção de cromo VI de soluções aquosas. A quitosana foi obtida de resíduos de camarão e caracterizada. O estudo foi realizado mediante delineamento experimental, isotermas de equilíbrio, análise termodinâmica, cinética e mecanismos de adsorção. A quitosana apresentou grau de desacetilação de 75, 85 e 95%. O aumento no grau de desacetilação disponibilizou mais amino grupos, além de causar modificações na cristalinidade e um aumento na rugosidade da superfície do biopolímero. A condição mais adequada para adsorção de cromo VI foi obtida utilizando se quitosana com grau de desacetilação de 95% em pH 3, alcançando percentuais de remoção de até 33%. O modelo de Sips foi mais adequado para representar as isotermas de equilíbrio (R2>0,99 e EMR<2,5%), sendo que a capacidade máxima de adsorção foi de 97% mg/g, obtida a 298 K. Valores negativos de entalpia (-6,57 kJ/mol), entropia (-5,77x10-3 kJ/mol K) e energia livre de Gibbs (-4,87 a -4,68 kJ/mol) mostraram que o processo de adsorção foi exotérmico, espontâneo e favorável. O modelo de pseudo-segunda ordem foi o mais adequado para representar a cinética de adsorção (R2>0,99 e EMR<2,0%), sendo que 80% da saturação foi alcançada em cerca de 50 min. Os valores do número de Biot (0,87 a 3,55) mostraram que a adsorção ocorreu simultaneamente por transferência de massa externa e difusão intraparticular, sendo que um aumento na taxa de agitação causou uma diminuição na resistência à transferência de massa externa. Foi verificada a preferência do metal pela região da amina protonada em meio ácido, presente na estrutura da quitosana.
- ItemDesenvolvimento de nanofibras à base de quitosana para aplicação na biossorção de pigmentos do glicerol provenientes do biodiesel(2019) Farias, Bruna Silva de; Pinto, Luiz Antonio de AlmeidaA quitosana é um biopolímero reconhecido devido à sua capacidade de adsorver moléculas de pigmentos e íons. Entretanto, a quitosana usualmente apresenta baixa área superficial específica, o que restringe o acesso à parte dos sítios de adsorção. Neste sentido, o desenvolvimento de nanomateriais à base de quitosana permite a obtenção de biomateriais com propriedades distintas, como elevada relação entre a área superficial e o volume. Além disto, a fim de potencializar as propriedades dos biossorventes, o estudo de nanofibras de quitosana na forma compósita ou de blenda com outros polímeros, como o óxido de polietileno (PEO), tem recebido destaque. Neste sentido, a nanofibra à base de quitosana (Q-N) pode ser um promissor biossorvente para ser aplicado no processo de purificação do glicerol proveniente da produção de biodiesel, a fim de aumentar o valor agregado deste subproduto. Desta forma, o objetivo do presente trabalho foi desenvolver nanofibras de quitosana e PEO, visando aplicá-las como biossorventes na operação de biossorção de pigmentos presentes no glicerol industrial pré-tratado. A quitina foi obtida a partir de resíduos de camarão (Penaeus brasiliensis) e a quitosana em pó foi produzida através da desacetilação alcalina da quitina, seguida de purificação e secagem. A quitosana foi caracterizada quanto sua massa molar média viscosimétrica e grau de desacetilação, respectivamente, através dos métodos viscosimétrico e titulação potenciométrica linear. Foram desenvolvidas nanofibras constituídas por quitosana (5%, m/v) e PEO (3%, m/v). As nanofibras foram caracterizadas quanto a sua morfologia por microscopia eletrônica de varredura (MEV); características estruturais por espectroscopia de infravermelho com Transformada de Fourier (FTIR); e propriedades térmicas através de calorímetro varredura diferencial (DSC) e análise termogravimétrica (TGA). Posteriormente, foi realizado o estudo de biossorção em batelada dos pigmentos presentes no glicerol. A eficiência do biossorvente (Q-N) foi avaliada através da comparação com os biossorventes pó de quitosana (Q-P) e filme de quitosana (Q-F). A cinética de biossorção foi estudada utilizando os modelos de pseudoprimeira ordem, pseudossegunda ordem e Elovich. O estudo de equilíbrio foi realizado utilizando as isotermas de Freundlich e BET. O estudo termodinâmico foi efetuado a partir de variações da energia livre de Gibbs, da entalpia, da entropia e do calor isostérico. Os resultados indicaram que a quitosana produzida apresentou massa molar viscosimétrica média e grau de desacetilação de 150 kDa e 87%, respectivamente. O biossorvente Q-N apresentou fibras com diâmetro médio de 526 nm e os grupos funcionais da quitosana permaneceram de forma integra. A interação entre a quitosana e o PEO resultou na formação de uma blenda polimérica. Na operação de biossorção, o biossorvente Q-N apresentou capacidade de adsorção relativa no equilíbrio de aproximadamente 400% e 200% maior que as dos biossorventes Q-P e Q-F, respectivamente. A isoterma de BET foi a que melhor representou os dados experimentais de equilíbrio, indicando a biossorção em multicamada. O processo foi espontâneo, favorável, exotérmico e com heterogeneidade energética nos sítios de adsorção. Desta forma, o presente trabalhou desenvolveu um potencial nanobiossorvente para ser aplicado na etapa final de purificação do glicerol.
- ItemEvaluation of molar weight and deacetylation degree of chitosan during chitin deacetylation reaction: Used to produce biofilm(Elsevier, 2011) Moura, Catarina Motta de; Moura, Jaqueline Motta de; Soares, Niege Madeira; Pinto, Luiz Antonio de AlmeidaChitosan is a polysaccharide derived from chitin, mainly of crustacean shells and shrimp wastes. The utilization of chitosan is related to the molar weight and deacetylation degree of the biopolymer. The aim of this work is to study the chitin deacetylation reaction, by the viscosity average molar weight and deacetylation degree of chitosan as a function of reaction time. Deacetylation was carried out in concentrated alkaline solution, 421 g L−1, at 130◦C and the reaction occurred during 4 h. Chitosan paste obtained after 20, 90 and 240 min was used to produce biofilms, which were characterized according water vapor permeability and mechanical properties (tensile strength and percentage tensile elongation at break). During the reaction time deacetylation degree reached 93%, and a 50% reduction in the viscosity average molar weight value in relation to the value of the first 20 min of reaction was found Both reactions presented a kinetic behavior of the pseudo-first order. Biofilm produced from the paste of chitosan with high deacetylation degree showed higher water vapor permeability (WVP), tensile strength (TS) and elongation (E) when compared to films with a low deacetylation.
- ItemSecagem de pasta de quitosana em camada delgada: Avaliação do efeito da secagem sobre o grau de Desacetilação e a massa molecular viscosimétrica(Ci. Agr. Eng, 2009) Moura, Catarina Motta de; Moura, Jaqueline Motta de; Pinto, Luiz Antonio de AlmeidaA quitosana é um biopolímero derivado da quitina, sendo que esta é encon- trada na carapaça e exoesqueleto de crustáceos e outros materiais biológicos. A massa molecular e o grau de desacetilação deste biopolímero são características que determinam sua aplicação específi ca, como a produção de fi lme polimérico para revestimento de frutas e vegetais. A operação de secagem é uma importan- te etapa no processo de produção de quitosana, podendo, no entanto, ocorrer a polimerização do material durante esta operação. O objetivo deste trabalho foi determinar a massa molecular e o grau de desacetilação da quitosana obtida, uti- lizando diferentes condições de secagem em camada delgada. Os experimentos foram realizados em secador descontínuo de bandeja com escoamento paralelo do ar, nas temperaturas de 60 e 70ºC e velocidade de 3 m/s. A quitosana foi seca na forma de pellets cilíndricos, em bandeja perfurada com 3 mm de espessura e carga de sólidos de 4 kg/m2. A massa molecular e o grau de desacetilação foram determinados pelos métodos viscosimétrico e potenciométrico, respectivamente. A quitosana úmida apresentou massa molecular de 180 kDa e 87% de grau de desacetilação. Os valores da massa molecular do produto fi nal foram na faixa de 205 kDa; e não foram observadas alterações no grau de desacetilação após a secagem. O maior rendimento foi alcançado na temperatura de 70ºC.
- ItemAdsorção de corantes alimentícios pelo biopolímero quitosana(2010) Dotto, Guilherme Luiz; Pinto, Luiz Antonio de AlmeidaO despejo de efluentes industriais contendo corantes é um grave problema ambiental, tanto para a vida aquática quanto para a saúde pública. Com o intuito de remover estes corantes dos efluentes, a adsorção é uma técnica de fácil execução e extremamente viável, principalmente quando envolve o uso de bioadsorventes. Um potencial bioadsorvente para a remoção de corantes é a quitosana, pois, pode ser obtida de matérias-primas renováveis e de baixo custo. O objetivo deste trabalho foi utilização do biopolímero quitosana para a adsorção de três corantes alimentícios: azul brilhante, amarelo tartrazina e amarelo crepúsculo. O estudo foi realizado mediante a comparação da quitosana com adsorventes comerciais, construção das isotermas de equilíbrio, determinação dos parâmetros termodinâmicos, definição de condições ótimas do processo, cinética, mecanismos e natureza da adsorção. A quitosana foi mais eficiente que o carvão ativado, terra ativada e terra diatomácea na remoção dos três corantes estudados, preferencialmente em pH ácido alcançando percentuais de remoção de até 90%. O modelo de Langmuir foi mais adequado para representar as isotermas de equilíbrio, sendo que as capacidades máximas de adsorção na monocamada obtidas a 298 K foram 1134 mg g-1, 1684 mg g-1 e 1977 mg g-1 para os corantes azul brilhante, amarelo tartrazina e amarelo crepúsculo respectivamente. Valores negativos de entalpia (-51,7 a -34,2 kJ mol-1), entropia (-0,14 a -0,10 kJ mol-1 XIII K-1) e energia livre de Gibbs (-8,52 a -2,24 kJ mol-1) mostraram que o processo de adsorção de todos os corantes foi exotérmico, espontâneo e favorável. Os corantes, amarelo tartrazina e amarelo crepúsculo apresentaram comportamento similar, e desta maneira apenas o corante amarelo crepúsculo foi utilizado para a otimização do processo. As condições ótimas de processo foram pH 3, 60 minutos e 150 rpm para o corante azul brilhante, e pH 3, 60 minutos e 50 rpm para o corante amarelo crepúsculo obtendo-se capacidades de adsorção de 210 mg g-1 e 295 mg g-1, respectivamente. Os modelos de pseudo-segunda ordem e Elovich foram os mais adequados para representar a cinética de adsorção para todos os corantes, obtendo-se 85% da capacidade máxima de adsorção em 40 minutos. O processo de adsorção ocorreu simultaneamente por difusão no filme e difusão intrapartícula, sendo que um aumento na taxa de agitação causou uma diminuição na resistência à transferência de massa no filme, sendo este mecanismo o limitante do processo. A adsorção dos corantes foi de natureza química, devido a interações eletrostáticas dos grupamentos amino e hidroxila da quitosana com os grupamentos sulfonados dos corantes.
- ItemProdução de quitosana a partir de resíduo de camarão e aplicação como adsorvente do corante alimentício FD&C vermelho n° 40(2009) Piccin, Jeferson Steffanello; Pinto, Luiz Antonio de AlmeidaUma preocupação das indústrias de alimentos atualmente, diz respeito à geração de resíduos provenientes do processamento das matérias-primas. Estudos têm sido realizados no sentido de encontrar um destino adequado para os resíduos gerados pelas indústrias, de modo que as agressões ao meio ambiente sejam cada vez mais reduzidas. Neste contexto, a utilização de quitina, substância encontrada nos exoesqueletos de insetos, carapaças de crustáceos e parede celular de fungos, para a produção de quitosana vem sendo estudada há vários anos. O objetivo do presente trabalho consistiu no estudo do processo de obtenção da quitosana a partir de resíduos de camarão e sua aplicação como adsorvente do corante alimentício FD&C Vermelho n° 40, através da construção das isotermas de equilíbrio, cinética de adsorção, determinação dos parâmetros termodinâmicos, verificação da natureza e dos mecanismos do processo de adsorção. As análises de erro demonstraram que o modelo de isoterma de Langmuir foi mais apropriado para descrever os dados experimentais, sendo que a máxima adsorção na monocamada observada quando o pH de equilíbrio foi de 6,6, temperatura 35°C, tamanho de partícula de 0,10±0,02 mm, e grau de desacetilação 84±3% foi de 529 mg g-1. Valores negativos da entalpia (-112,7 kJ mol-1), entropia (-0,338 kJ mol-1 K-1) e Energia livre de Gibbs (-15,6 a 1,0 kJ mol-1) demonstraram que o processo de adsorção é exotérmico, espontâneo, favorável, e que a desordem do sistema diminui durante o processo de adsorção. O modelo cinético de Elovich e modelo de pseudo-segunda ordem foram os mais adequados para descrever as cinéticas de adsorção, sendo que a difusão no interior da partícula, na maioria dos casos, é o mecanismo que controla o processo de adsorção. Em condições ácidas (pH = 5,7) mais de 90% da capacidade de adsorção foi atingida em menos de 20 min. Nestas condições foi observado que a natureza do processo de adsorção é química, devido às interações entre os grupamentos aminas protonados da quitosana e o grupo sulfonado do corante. Estes resultados demonstraram que a quitosana é um promissor adsorvente de corantes alimentícios, em especial o corante alimentício FD&C Vermelho n° 40.
- ItemChemical modification and structural analysis of protein isolates to produce hydrogel using whitemouth croaker (micropogonias furnieri) wastes(2011) Martins, Vilásia Guimarães; Costa, Jorge Alberto Vieira; Damodaran, Srinivasan; Prentice-Hernández, CarlosRecovery and alteration of fish protein from wastes and its use has been regarded as a promising alternative to develop useful products once polymer gels have a high capacity of water uptake. This study aims to produce hydrogel, a super absorbent biopolymer from modified fish protein, in order to evaluate the protein structure. In the modified proteins, analyses of the extent of modification of the lysine residues, electrophoresis, and electrometric titration were performed. In the hydrogels were realized assays of swelling water. The proteins with more modifications were shown as 63.5% and 75.9% of lysine residues, from fish protein isolate obtained with alkaline and acid solubilization, respectively. The modified protein in that same rate presented 332.0 and 311.4 carboxyl groups. Accordingly, the hydrogel produced from alkaline and acid isolates reached a maximum water uptake in 24 h of 79.42 and 103.25 gwater/gdry gel, respectively.
