Universidade
Federal do Rio Grande
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IE – Trabalhos de conclusão de cursos de graduação

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    Memórias da prática do skate em Rio Grande/RS: geopolíticas, arquiteturas e skatistas
    (2014) Teixeira, Juliana Cotting; Silva, Méri Rosane Santos da; Freitas, Gustavo da Silva
    A prática do skate vem constituindo-se como tema de pesquisas acadêmicas e produções culturais, especialmente, a partir dos anos 2000. Parte dessas produções vem anunciar uma trajetória histórico-cultural marcada por uma passagem do “lazer a esportivização” (HONORATO, 2004), “da marginalização a esportivização” (BRANDÃO, 2008), “de vilão a mocinho” (LAURO, 2011) como elementos recorrentes nas dinâmicas dessa prática. Olhando para as condições de produção desse mimetismo narrativo, identifico o eixo Rio-São Paulo e o período compreendido entre as décadas de 60 e 90 como o espaço e tempo privilegiado nessas publicações. Da mesma forma, os artefatos culturais e narrativas de skatistas profissionais ou “de sucesso” (GRAEFF, 2009) são fontes predominantes nesse campo de saberes. Partindo desse diagnóstico, pergunto: se voltássemos nossos olhares a outros espaços e tempos, mais descentralizados, quais trajetórias produziríamos? Se fossem ouvidas outras vozes, distintas das de “sucesso”, que histórias contaríamos? Nessa perspectiva, fui ao encontro da História Oral, especificamente em Portelli (2010) e Bom Meihy e Holanda (2007) como atitudes político-metodológicas, em que os skatistas da cidade de Rio Grande/RS, constituíram-se protagonistas desse fazer histórico. Assim, essa pesquisa teve por objetivo construir parte das memórias sobre o skate em Rio Grande/RS buscando, especificamente, analisar as condições de emergência dessa prática na cidade; os usos dos espaços urbanos pelos skatistas e as maneiras pelas quais os eles constituíram-se como tais nesse município. Entrevistas com três skatistas de bairros e gerações distintas compuseram o corpus de análise dessa pesquisa. Indo ao encontro dos objetivos traçados, analiso suas falas a partir de três esferas, constituindo um mosaico de memórias. São elas: Geopolíticas do skate na cidade: andanças, disputas, ingerências; Arquiteturas do skate: estéticas, políticas e potências; Constituir-se skatista: identidades, influências e amizades. As narrativas construídas apresentaram deslocamentos nos modos de transitar e ocupar espaços de prática, de estabelecer vínculos com os obstáculos públicos e urbanos e de constituir-se skatista num período compreendido entre os anos 80 e 2000, recorte estabelecido pelos próprios depoentes em virtude de suas experiências junto ao skate na cidade.