IE - PPGEC -Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências: Química da Vida e Saúde
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Resultados da Pesquisa
- ItemConstruir, aprender e sentir em comunidade de prática: o planejamento institucional na Universidade Federal do Rio Grande(2020) Saggiomo, Leandro da Silva; Pereira, Elaine CorrêaA presente tese busca compreender quais os sentimentos construídos pelos servidores docentes e técnico-administrativos em educação das Unidades Educacionais da Universidade Federal do Rio Grande - FURG em relação ao aprender na construção de seu planejamento institucional. Para responder esta questão de pesquisa temos por objetivos investigar como se dá o processo de construção de conhecimento na formulação do Plano de Desenvolvimento Institucional da FURG, e identificar o sentimento dos servidores das Comissões Internas de Avaliação e Planejamento (CIAP) das Unidades Educacionais da FURG quanto ao processo de aprendizagem para constituição do Planejamento Institucional. Ao organizarmos o arranjo das informações, buscamos nos princípios das Comunidades de Prática de Etienne Wenger, as compreensões que instrumentalizaram o caminho de nossa explicação científica. Para a produção das informações, utilizamos a entrevista semiestruturada e, por meio da técnica do Discurso do Sujeito Coletivo, proposta por Lefèvre e Lefèvre, construímos três discursos coletivizados, sendo eles: Planejamento, Avaliação e Construção da Educação Superior, Aprendendo na Construção do Planejamento Institucional e Sentidos Construídos no Planejamento Institucional. O processo de análise e reflexão nos fizeram pensar sobre questões de aprendizagem organizacional na perspectiva da comunidade de prática a partir da identidade, da participação e da retificação, entrelaçando a legislação que orienta o trabalho em grupo e os sentimentos gerados nesta prática. A partir das análises, anunciamos a tese de que na construção de um Plano de Desenvolvimento Institucional, os servidores docentes e técnico-administrativos em educação envolvidos no processo de reificação deste, geram novos aprendizados, constroem novos sentidos e ressignificam a prática da gestão universitária. Por fim, conjecturamos sobre algumas práticas mais recentes no âmbito institucional da universidade.
- ItemO aprender com e sobre a linguagem escrita no PIBID matemática : sentidos construídos pelos professores de Matemática em formação acadêmico-profissional(2018) Antiqueira, Liliane Silva de; Machado, Celiane CostaEsta tese apresenta uma pesquisa de doutorado realizada no Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências da Universidade Federal do Rio Grande - FURG. O objetivo foi compreender os sentidos construídos pelos professores de Matemática em formação acadêmico-profissional, em relação ao aprender com e sobre a linguagem escrita praticada no espaço formativo do Programa Institucional de Bolsa e Iniciação à Docência (PIBID), subprojeto Matemática da FURG. A fundamentação teórica referiu-se à formação acadêmico-profissional de professores de Matemática pensada como um processo inacabado que se dá em um continuum e a linguagem escrita como um artefato cultural para a construção do conhecimento e, assim, de aprendizagem docente. Trata-se de uma pesquisa qualitativa de cunho histórico-cultural, que teve início no 2º semestre de 2014 e foi desenvolvida no subprojeto Matemática do PIBID - FURG. Os sujeitos participantes foram 11 professores em formação acadêmico-profissional, integrantes do edital n.º 61/2013/CAPES/PIBID. As informações discursivas que originaram o corpus de análise foram produzidas a partir do desenvolvimento de duas etapas: a proposta Movimentando-se com a Escrita, realizada de outubro de 2014 a dezembro de 2015 e uma conversa que aconteceu de modo individual, no decorrer do primeiro semestre de 2016. Com base no método da Análise Textual Discursiva, emergiram quatro argumentos centralizadores: o primeiro contempla a ideia de que a linguagem escrita proporciona um espaço de encontro no PIBID Matemática pela mediação de processos interativos e coletivos potencializados. O segundo abrange que a linguagem escrita para além da formação universitária implica no constituir-se professor de Matemática. O terceiro aborda que a prática da linguagem escrita, exercida na formação acadêmico-profissional, influencia no modo de escrever de professores de Matemática. O último refere-se ao escrever como provocação ao pensar, propiciado pelo expressar-se, pela releitura e pelas interlocuções estabelecidas. Esses argumentos, em seu conjunto, respondem o objetivo geral da pesquisa e possibilitam defender a tese de que a prática da linguagem escrita no espaço formativo do PIBID/Matemática/FURG é um artefato de aprendizagem que potencializa processos interativos e coletivos, implica no constituir-se docente e influencia no modo de escrever e de pensar de professores de Matemática em formação acadêmico-profissional.
- ItemO aprender em ambientes de aprendizagem configurando uma cultura escolar(2014) Gautério, Vanda Leci Bueno; Rodrigues, Sheyla CostaNesta tese problematizamos o aprender, a partir do olhar dos estudantes do 7º e 8º anos, em uma escola da rede pública de ensino do município do Rio Grande/RS/Brasil. A escola, em 2011, optou por realizar um trabalho coletivo e cooperativo e modificou sua dinâmica de funcionamento transformando as salas de aula convencionais em Ambientes de Aprendizagem, nos quais os estudantes têm acesso a uma maior diversidade de recursos e a interação com os colegas é permanente, possibilitando o desenvolvimento de estratégias diferenciadas motivando o aluno a estabelecer relações entre o conhecimento escolar, a sua vida e o mundo. Nesta escola, são os estudantes que se deslocam de um ambiente para outro, a cada duas horas, os professores permanecem com a sala organizada, conforme as necessidades e materiais pedagógicos e tecnológicos por área de conhecimento. Para conhecer como os estudantes aprendem neste novo ambiente realizamos diversos questionamentos como: o que significa aprender em Ambientes de Aprendizagem, como eram as aulas nas salas de aulas convencionais e como são as aulas nos Ambientes de Aprendizagem. Adotamos o Discurso do Sujeito Coletivo (DSC) como metodologia de análise, buscando a recursividade nos discursos individuais o que permitiu a construção dos discursos coletivos que denominamos Aprender “ontem” nas salas de aula, Aprender “hoje” nos Ambientes de Aprendizagem e Aprender com o material pedagógico. Os discursos evidenciam mudanças no aprender, em decorrência da transformação das salas de aula convencionais em Ambientes de Aprendizagem. Mostram ainda que os estudantes percebem as aulas mais dinâmicas e que agora tem liberdade para levantar e dialogar com os colegas e/ou para usar o material didático disponível no ambiente. Destacam um maior interesse de ambas as partes evidenciando que a ação docente está mais acolhedora e que acreditam em uma grande mudança na educação. A análise dos discursos nos possibilitou compreender que trabalhos realizados em ambientes coletivos e desafiadores modificam o aprender pela liberdade de ação, de expressão e pelo respeito ao outro como legítimo outro na convivência.
- ItemAs ferramentas do pensamento como estratégia de aprendizagem para o estímulo e desenvolvimento da criatividade com alunos do ensino técnico e tecnológico(2015) Ferreira, Cleiton Pons; Carvalho, Fernanda Antoniolo Hammes deA política educacional brasileira, a partir da promulgação da Lei de Diretrizes e Bases (LDB), lei 9.394/96,estabelece que a educação profissional não é um mero adestramento para ocupar postos de trabalho determinados. Ela deve promover a transição entre escola e o mundo do trabalho, capacitando jovens e adultos com conhecimentos e habilidades gerais específicas e produtivas, sendo essencial estimular e capacitar estas pessoas para as exigências do dia-a-dia em suas atribuições, em qualquer que seja sua atividade. Em busca desse desenvolvimento pessoal, merece destaque as contribuições da Neurociência, que traz o conceito do sujeito cerebral, possibilitando melhor compreender a anatomia, a fisiologia e o funcionamento do cérebro que aprende. Ao demonstrar que cada cérebro é único na sua singularidade dentro da diversidade de alunos em sala de aula, oportuniza um diálogo com a Educação, contribuindo com novas formas para o desenvolvimento da capacidade do pensamento do aprendiz. Assim, embasado na articulação entre Neurociências e Educação, este trabalho traz as ferramentas de Mapas Mentais e Seis Chapéus do Pensamento como possíveis colaboradores no ensino em sala de aula para a potencialização do comportamento criativo. O estudo através de método misto (qualitativo e quantitativo) envolveu coleta de dados a partir de uma experiência prática em um curso ministrado para 16 alunos do ensino técnico de nível médio e tecnológico de nível superior do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia, Campus Rio Grande. Os instrumentos utilizados foram teste de Criatividade de Chaffee (2000), questionários, planilha de análise das produções escritas e planilha de observação do curso. Aplicando as referidas ferramentas no gerenciamento de informações e desenvolvimento de habilidades potencializadoras da criatividade, através dos resultados obtidos, a pesquisa estabelece os possíveis benefícios dos Mapas Mentais e Seis Chapéus do Pensamento para a promoção das competências necessárias dos estudantes que deixam a escola para lidar com a busca de novas ideias e soluções diante das demandas nas empresas em que executarão suas atividades profissionais e traz subsídios que permitam colaborar com novas estratégias efetivas de ensino para auxiliar os docentes em suas ações pedagógicas.
- ItemAmbientes tecnológicos lúdicos de autoria (ATLA): espaços de criação e experimentação para o aprendizado(2012) Pinto, Ivete Martins; Botelho, Silvia Silva da CostaEsta tese apresenta uma pesquisa que conduziu ao desenvolvimento do conceito de Ambiente Tecnológico Lúdico de Autoria (ATLA), à luz de teóricos como Piaget e Vygotsky, entre outros, a partir da articulação de considerações a respeito da aprendizagem, do lúdico, da experimentação e da autoria na construção da proposta de um espaço de aprendizagem. Os ATLA constituem-se em espaços de ensino e aprendizagem que abrangem as vantagens do lúdico, potencializadas pela tecnologia e pela possibilidade de autoria, permitindo a experimentação e a construção do conhecimento de forma desafiadora, criativa e prazerosa. Na proposta dos Ambientes Tecnológicos Lúdicos de Autoria, atentou-se para a necessidade de fornecer conexões individuais e coletivas, propiciando o desenvolvimento de projetos vinculados com a realidade dos alunos e integrando diferentes áreas do conhecimento, mídias digitais e sistemas tecnológicos. A partir do conceito proposto, foram definidos a arquitetura e os requisitos de projeto que configuram os ATLA. O conceito de ATLA foi apropriado em um protótipo denominado SABERLÂNDIA, estruturado na forma de uma plataforma para o desenvolvimento de jogos. O ATLA SABERLÂNDIA apresenta estrutura e funcionalidades idealizadas com o objetivo de permitir a autoria de jogos 3D interativos e educativos pelo próprio professor, de acordo com o contexto desejado, permitindo a utilização de recursos tecnológicos, e o jogo como ferramenta de ensino e aprendizagem. Propicia-se assim, por meio do ATLA SABERLÂNDIA, a criação de espaços contextualizados com os objetivos propostos pelo professor, em que o jogador poderá manipular objetos tecnológicos virtuais e/ou reais e realizar experimentações, concretizando ideias e conceitos. Para possibilitar uma visão mais ampla das possibilidades dos ATLA, verificando-se sua abrangência, foram realizados testes e validações do conceito proposto e do protótipo implementado. Assim, utilizou-se o modelo ATLA e o protótipo SABERLÂNDIA para o desenvolvimento dos seguintes estudos de caso: i. O desenvolvimento do jogo “A Era do Ânima”, e ii. O desenvolvimento da atividade lúdica “R2D2”. Os estudos de casos permitiram a validação analítica da proposta, a qual mostrou-se adequada como conceito e ferramenta para a autoria de ambientes lúdicos de aprendizagem, mediada por tecnologias. Verificou-se que a utilização de SABERLÂNDIA apresenta-se como uma alternativa acessível para a criação de jogos, permitindo ao professor relacionar o jogo com as diversas disciplinas e/ou temáticas a serem abordadas e propor desafios específicos, minimizando custos, tempo e dependência em relação aos conhecimentos específicos em computação que seriam necessários sem o uso dessa ferramenta.
- ItemA problemática do vocabulário científico e o estudo etimológico como facilitador do conhecimento escolar de Biologia(2013) Nunes, Marcelo da Rocha; Votto, Ana Paula de SouzaA biologia é uma área do conhecimento que detém um grande número de termos científicos específicos. Essa enorme gama de termos acaba por se tornar uma dificuldade a mais aos estudantes dessa área. Conscientes dessa dificuldade, sugerimos o estudo etimológico dos termos da biologia com forma de facilitar o entendimento e a compreensão lógica evitando a memorização desnecessária e propiciando uma maior significação das palavras. Em busca de averiguar como é feito o estudo/ensino do vocabulário científico na escola e se a etimologia é utilizada dentro desse ambiente, essa investigação teve como objetivo investigar as dificuldades da alfabetização científica e a utilização da etimologia pelos educadores como ferramenta facilitadora do conhecimento. Essa pesquisa qualitativa teve sua metodologia dividida em duas partes: no primeiro momento, elaboramos entrevistas com oito professoras de quatro escolas da rede pública estadual com o intuito de saber que técnicas utilizam na sala de aula para explicar os termos científicos, suas dificuldades e percepções e analisadas segundo a metodologia da Análise Textual Discursiva. A partir da análise das entrevistas pudemos observar que o vocabulário da biologia se apresenta como um desafio para professoras e alunos e que a etimologia é utilizada na sala de aula pela maioria das professoras, pois acreditam que essa técnica facilita o entendimento do termo a ser estudado. Outras dificuldades também foram relatadas e nos chamaram muito a atenção, como a falta de interesse dos alunos pelo estudo e a insatisfatória compreensão da língua materna. Num segundo momento, tivemos o livro didático como questão. Em suas páginas buscamos saber como a etimologia e os conceitos científicos são trabalhados, além de analisar o glossário quanto o número de termos disponíveis, em relação aos capítulos sobre Citologia. No tocante aos livros, vimos que há um grande número de termos no capítulo analisado e que desses, menos de 15% possuem uma explicação etimológica, já que os termos ainda são trabalhados com conceitos prontos, fechados e que não permitem maior reflexão.
- ItemOs modos de estruturação da educação em saúde na escola: das concepções e do currículo às práticas educativas e à aprendizagem(2013) Marinho, Julio Cesar Bresolin; Silva, João Alberto daAo compreendermos que a educação em saúde consiste em atividades que compõem o currículo escolar, que apresentam uma intenção de caráter pedagógico, a qual possui relação com o ensino e a aprendizagem de assuntos ou temas correlatos com a saúde, e considerando suas potencialidades no espaço escolar, buscamos, nesta dissertação, compreender os modos em que ela se estrutura nos anos iniciais do Ensino Fundamental. A abordagem metodológica consiste em uma pesquisa de cunho qualitativo. Em um primeiro momento, desenvolvemos um estudo exploratório, no qual foram realizadas três entrevistas abertas informais, 12 entrevistas semiestruturadas, observações de práticas educativas e análise de documentos (Orientações Curriculares do município do Rio Grande, RS e Parâmetros Curriculares Nacionais – PCN). Posteriormente, partimos em busca de uma compreensão mais ampla dos fenômenos envolvidos. Para isto nos inspiramos no tipo de Pesquisa Participante e na Investigação-Ação. A partir destas metodologias, estabelecemos um método que denominamos Planejamento Cooperativo, o qual se refere a uma atividade coletiva, que reúne pesquisadores e professores, a fim de discutir modos de criação de situações didáticas com temáticas referentes à educação em saúde. O método foi desenvolvido com grupos de professoras em duas escolas do município do Rio Grande, RS. Em uma das escolas, 13 professoras participaram do estudo; na outra, contamos com um grupo de 15 profissionais. Para interpretar os dados coletados, utilizamos a Análise de Conteúdo, que nos permitiu obter como resultado quatro categorias emergentes: concepções de saúde; currículo da educação em saúde; a prática educativa da educação em saúde; e a aprendizagem da educação em saúde. Ao discorrer sobre as categorias, podemos evidenciar três modos de estruturação da educação em saúde. O primeiro modo que diagnosticamos é o que se estrutura através da ação prática, ocasionando uma aprendizagem de ações, as quais visam uma aquisição de hábitos, gerando uma mudança de comportamento. A aprendizagem é baseada em um conhecer-fazer. Outro modo de estruturação da educação em saúde apontado por nós é o biológico, no qual a aprendizagem valorizada é a dos conhecimentos científicos, principalmente nomes de órgãos e funções de determinados sistemas. O terceiro e último modo de estruturação diagnosticado é o que visa uma compreensão, em que a aprendizagem do conhecimento científico é posta em interação com os conhecimentos oriundos da cultura primeira dos alunos. A aprendizagem também visa uma mudança de pensamento, apostando na conscientização e na tomada de consciência para que os alunos possam saber refletir-agir, e assim tomar decisões conscientes. A aprendizagem, neste modo, baseia-se em um conhecer-compreender.
- ItemNeurociências e aprendizagem: o papel da experimentação no ensino de ciências(2013) Maiato, Alexandra Moraes; Carvalho, Fernanda Antoniolo Hammes deA educação brasileira tem como grande desafio promover uma educação para todos, sendo imprescindível que os professores recorram a alternativas metodológicas que permitam estimular a inteligência individual de cada aluno. Nesse sentido, os conhecimentos sobre o funcionamento do cérebro podem constituir contribuição importante para a educação. Para a neurociência cognitiva, aprendizagem e memória estão fortemente relacionadas, uma vez que a memória é o substrato orgânico para que ocorra a aprendizagem. Aprender envolve armazenar informações no cérebro e posteriormente resgatar representações mentais, recordando ou reconhecendo experiências anteriores, caracterizando um traço de memória que será subsídio para novas aprendizagens. Considerando que quanto maior o número de estímulos sensoriais, maior a possibilidade de ampliação do engrama e, consequentemente, das dicas de evocação de memória, através do uso de atividades multisensoriais podemos oportunizar aprendizagens mais complexas. No que diz respeito ao ensino de ciências, as aulas práticas, em especial as que envolvem experimentos, as quais são frequentemente apontadas como essenciais, destacam-se pela propriedade de envolver dois ou mais sentidos, apresentando também como estratégia de ensino com potencial para agregar vários indivíduos no mesmo contexto educativo. Nesse cenário, emerge o estudo aqui apresentado, o qual teve como ponto de partida o seguinte questionamento como as atividades práticas que envolvem experimentos interferem na atividade cerebral? O trabalho objetivou analisar a influência dos experimentos na aprendizagem, tomando como referência aspectos neurobiológicos. Para tal, foi necessário identificar a atividade cerebral dos sujeitos diante de uma situação pedagógica fundamentada na demonstração de um experimento realizado pelo pesquisador, diante da realização de um experimento pelos próprios sujeitos e diante da demonstração de um experimento já visualizado e já realizado anteriormente por eles mesmos; comparar a influência das situações de aprendizagens na ativação do cérebro; comparar o desempenho cognitivo e a percepção sensorial após atividade de observação e de realização de um experimento; analisar as causas de possíveis diferenças nos resultados nas diferentes situações pedagógicas adotadas. Constituíram amostra da pesquisa 3 alunos, de 13 anos, matriculados no 8º ano do ensino fundamental de uma escola particular de Rio Grande/RS. A coleta de dados ocorreu durante 5 dias e envolveu a captura de imagens cerebrais dos sujeitos diante de três situações pedagógicas propostas (observação de experimento, realização de experimento e observação de experimento já observado e realizado pelo próprio indivíduo), através de técnica não invasiva, com utilização do equipamento Emotiv Epoc. A partir dos resultados concluiu-se que as atividades práticas que envolvem experimentos tem ações positivas na aprendizagem, o que corrobora as tendências atuais a respeito do uso da experimentação no Ensino de Ciências. Ressalta-se, entretanto, que apesar da observação também ser fonte de construção de conhecimento, os resultados demonstram que a aula de experimentação em que o sujeito faz o experimento, além de envolver o indivíduo positivamente, exige mais esforço cognitivo, ampliando as chances de manter e/ou evocar informações na memória. Ainda que a pesquisa seja um estudo insipiente, os achados contribuem para sustentar uma visão positiva dessa prática pedagógica, apontando também a necessidade do professor pensar numa proposta construtivista do ensino, pois é ele quem vai dar qualidade às situações de aprendizagem, já que ter o estímulo sensorial é uma condição de possibilidade, mas não uma garantia de que ele aprenda.
- ItemPrograma institucional de bolsa de iniciação à docência: ensinar e aprender matemática(2012) Porto, Robson Teixeira; Machado, Celiane CostaCom os avanços científicos e tecnológicos, vários setores da sociedade têm-se modificado e, nesse contexto, a escola tem recebido investimentos para a formação de professores, com o objetivo de melhorar as formas de ensino. Entretanto, ainda observam-se práticas pedagógicas distanciadas do contexto social e desses avanços. Na medida em que se oportunize aos professores o aprimoramento de sua formação, estes terão condições de desenvolver práticas diferenciadas em sala de aula. Nesse sentido, surgem políticas públicas como o Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID), com o intuito de contribuir com a melhoria da educação básica e da formação inicial e continuada de professores. Sendo assim, a presente pesquisa objetiva compreender como o grupo de acadêmicos do PIBID Matemática da Universidade Federal do Rio Grande – FURG percebe sua atividade docente. Para isso, foram utilizados dois instrumentos de coleta dos dados: dois questionários e duas entrevistas semiestruturadas. Os questionários permitiram conhecer os sujeitos da pesquisa, bem como identificar as estratégias de ensino mais utilizadas pelo grupo, enquanto as entrevistas permitiram uma compreensão mais aprofundada sobre as atividades desenvolvidas pelos acadêmicos no âmbito do programa. A organização e análise dos dados se basearam na Análise Textual Discursiva (ATD), desenvolvida por Moraes e Galiazzi (2007). A partir do discurso dos sujeitos, emergiram duas categorias: o aprender e a ação docente – ambas serão discutidas pela interlocução entre o pesquisador, as falas dos sujeitos e os teóricos que balizam a pesquisa. A primeira categoria, o aprender, traz discussões importantes acerca das concepções de licenciandos, no que se refere à aprendizagem discente, enquanto a segunda categoria, a ação docente, aborda o entendimento dos licenciandos acerca das questões referentes ao planejamento e à execução das práticas pedagógicas desenvolvidas pelo grupo. A pesquisa possibilitou problematizar a percepção do grupo PIBID Matemática FURG em relação a sua atividade docente, mostrando a relevância do planejamento coletivo para as ações desenvolvidas nas escolas. Esse planejamento além de contribuir com as práticas pedagógicas tem importante função na formação do licenciando, pois as discussões sobre a profissão ocorrem a partir da própria experiência dos acadêmicos.
