Abstract:
A questão de pesquisa deste trabalho consistiu na busca por compreender as características e os significados que definem a Educação Ambiental Crítica enfatizando quais propostas de formação de educadores emergem dessa vertente da Educação Ambiental. O presente trabalho foi desenvolvido através da utilização de uma pesquisa bibliográfica com base nos princípios da abordagem sócio-histórica em pesquisa qualitativa. Foi utilizada a análise de conteúdo para dialogar com as fontes. Foram eleitos como fonte para esta pesquisa algumas obras de quatro autores identificados com a Educação Ambiental Crítica: Isabel Cristina de Moura Carvalho, Mauro Guimarães, Carlos Frederico Bernardo Loureiro e Marília Tozoni-Reis. O critério para escolha dos autores baseou-se inicialmente no conceito de meio ambiente que emerge de suas abordagens, considerando este último como uma totalidade complexa que se dinamiza pela relação dialética entre o meio natural e o social. No processo de análise das obras que foram escolhidas, percebe-se que um tema emerge como referência para demarcar a origem da questão ambiental e por conseqüência da Educação Ambiental: a crise da civilização moderna que caracteriza a segunda metade do século XX. Ao problematizar as abordagens dos autores que consistem no objeto de análise, buscou-se apontar as convergências e divergências encontradas nas abordagens dos mesmos, para a partir desses apontamos problematizar a existência ou não de uma homogeneidade no próprio processo de constituição da Educação Ambiental Crítica. Nesse sentido, a formação de professores em uma perspectiva da Educação Ambiental Crítica deve estar orientada no sentido de uma crítica radical (que busca a raiz dos problemas) da sociedade moderna (fundada em antagonismos sociais) no sentido de transformar radicalmente essa sociedade, logo busca-se uma perspectiva transformadora da ordem social, pois, somente assim pode-se pensar em uma relação emancipada entre os seres humanos e destes com a natureza como um todo. Assim, a Educação Ambiental Crítica deve estar sintonizada com os desafios políticos e epistemológicos que dão materialidade às lutas sociais atuais, tendo presente que a luta ambiental está indissociada da busca pela construção de uma sociedade onde os homens sejam plenos de liberdade.
The research question of this work was the search to understand the characteristics and meanings that define the Critical Environmental Education what proposals emphasizing the teacher education emerge from this aspect of environmental education. This work was developed using a literature based on the principles of socio-historical approach in qualitative research. We used content analysis to dialogue with the sources. Were elected as the source for this research some works of four authors identified with the Critical Environmental Education: Isabel Cristina de Moura Carvalho, Mauro Guimarães, Carlos Frederico Bernardo Loureiro and Marilia Tozoni-Reis. The criterion for selection of authors was initially based on the concept of environment that emerges in their approaches, considering the latter as a whole that streamlines the complex dialectical relationship between the natural and social. Some analysis of the works that were chosen, one can see that a theme emerges as a reference for marking the origin of environmental issues and consequently of Environmental Education: the crisis of modern civilization that characterizes the second half of the twentieth century. When the authors discuss the approaches that involve the object of analysis, we attempted to point out the convergences and divergences in the approaches to these, for these apartir aim to question the existence of a homogeneity in the very process of constitution of Critical Environmental Education. In this sense, the training of teachers in a perspective of environmental education Criticism should be directed to a critical stem (that seeks the root of the problems) of modern society (founded on social antagonisms) to radically transform this society, then we search a changing perspective of the social order, because only then can we think about a relationship between an emancipated human beings and their relationship with nature as a whole. Thus, the Critical Environmental Education must be attuned to the epistemological and political challenges that lend substance to the social struggles today, bearing in mind that the environmental struggle is dissociated from the pursuit of building a society where men are full of freedom.