Abstract:
A modernidade tomou as crianças como seres históricos, que viviam em determinadas condições e circunstâncias sociais singulares e, almejando dar maior e melhor especificidade para essa etapa da vida, construiu noções, conceitos, imagens denominadas
de infância. O estudo de doutorado que fizemos demonstrou a estreita vinculação
do conceito de infância associada à figura do sujeito na modernidade. Há entre ambos uma
relação de interdependência, ou seja, a infância é uma etapa necessária na direção do
alcance do sujeito adulto. Indicamos, ao longo da pesquisa, que esses conceitos participam
de um horizonte maior denominado modelo metafísico. A crítica a essas duas categorias
demonstra uma enorme dificuldade em se legitimar no contexto do pensamento pósmetafísico.Afirmamos, em outro momento, que a infância é plural, mas o que isso significa? Como fica a infância nesse novo arranjo é o que pretendemos apresentar neste artigo.O estudo também apresenta dez pontos de confluências para pensarmos a infância.
Modernity has considered children as historical subjects, who lived under unique, specific conditions and social circumstances, and aiming to characterize better this period of life, has been building up notions, concepts and images which are called childhood. The doctorate research we have conducted has showed the close bond between the concepts of childhood and subject idea in modernity. There is an interdependence relation between them and childhood is a necessary step forward toward adult life. This research has indicated that these concepts are part of a wider horizon called metaphysic model. Critique to these two categories shows how difficult it is to legitimate them in the post-metaphysic thought. We have affirmed before that childhood is plural, and now we ask what does it mean. How childhood is understood under these new circumstances is what we intend to discuss with this paper. This paper also presents ten confluent aspects to think about childhood.