Profanando a ciência: relativizando seus saberes, questionando suas verdades

Henning, Paula Corrêa

Abstract:

 
O presente artigo busca traçar um panorama dos paradigmas que demarcaram a História das Ciências, demonstrando suas características, produções e problematizações diante do cenário histórico em que se configuraram. O estudo pretende descrever a ordem discursiva vigente que constituiu a Época Clássica, situada aqui, desde Platão até a Idade Média e a Modernidade, com Bacon, Descartes e Galileu na constituição da Ciência, dando continuidade por autores como Kuhn e Feyerabend que rompem com a ordem instaurada do Método Científico. Na Pré-modernidade, configurando-se a Filosofia, os Mitos e as Religiões produzem-se saberes em que o homem posiciona-se como um ser contemplativo. Dando as costas a todo um saber filosófico, nasce a Ciência na Modernidade como o único saber válido, legitimando os conhecimentos marcados pela observação e experimentação do Método Científico. Nesse mesmo solo positivo, surgem outros autores que buscam problematizar a frieza e a linearidade proposta no início da Modernidade. Anunciando uma transição paradigmática, situo a Pós-modernidade como um momento histórico que põe sob suspeita as metanarrativas modernas, indagando a ordem discursiva vigente e situando o cenário contemporâneo como algo ambíguo, complexo e paradoxal.
 
This article seeks to draw a view of the paradigms that demarcated the History of Sciences, showing its characteristics, productions and problematizations in face of the historical scenario in which they happened. The objective of the study is to describe the existing discursive order that formed the Classical Epoch, situated here, from Plato to the Middle Age and Modernity, with Bacon, Descartes and Galileo in the constitution of Science, giving continuity through authors such as Kuhn and Feyerabend who break with the established order of the Scientific method. In pre-modernity, Philosophy, the Myths and the religions are configured and knowledge in which the man puts himself as a contemplative being is produced. Turning its back to a whole philosophical knowledge, the Science in Modernity was born as the only valid knowledge, legitimating the knowledge marked by observation and experimentation of the Scientific Method. In the same positive field other authors who seek to problematize the coldness and the linearity proposed in the beginning of Modernity appear. Announcing a paradigmatic transition, I place post-modernity as an historical moment that puts the modern metanarratives under suspicion, questioning the existing discursive order and placing the contemporaneous scenario as something ambiguous, complex and paradoxical.
 

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