Idosos institucionalizados no "Asilo de Pobres" do Rio Grande: relações socioafetivas e a Educação Ambiental

Abstract

A presente pesquisa propõe um estudo acerca das relações sócioafetivas dos idosos institucionalizados no Asilo de Pobres do Rio Grande, com enfoque na educação ambiental, convidando à reflexão sobre os problemas sócioambientais dessa população, na busca pela superação dos mesmos. O objetivo principal desta pesquisa é analisar se relações sociais e afetivas de idosos asilados permite um desenvolvimento qualitativo na velhice. A pesquisa é de cunho qualitativo, na linha de pesquisa da Educação Ambiental não formal. Teve como base a Inserção Ecológica, metodologia que requer a imersão do pesquisador no ambiente investigado e está referendada na teoria bioecológica de desenvolvimento humano. Os participantes foram escolhidos por conveniência para atender aos objetivos da pesquisa. Efetuou-se uma consistente revisão bibliográfica na busca de maiores conhecimentos sobre o tema, utilizando como instrumentos para coleta de dados, entrevistas semi-estruturadas, diário de campo, que levantou dados sobre os entrevistados. A metodologia utilizada foi a História de Vida que permitiu estabelecer uma relação mais próxima com a população pesquisada e assim responder aos objetivos propostos. Concluí que para a melhoria na qualidade de vida desses idosos, a criação de espaços educativos dentro da instituição permitiria recuperar a visão integral do ser humano, não só limitando-se aos cuidados básicos de saúde e higiene, mas também favorecer qualidade nas suas interações sociais e afetivas. O tema escolhido para esta pesquisa é considerado relevante cientificamente, devido ao aumento da expectativa de vida da população idosa e consequentemente, seus impactos ambientais. As relações sociais e afetivas que os idosos asilados vivenciam, apresentam-se nesta pesquisa como uma possibilidade de rever o olhar estigmatizado que a sociedade tem sobre o idoso institucionalizado e consequentemente reverter o olhar que esse mesmo idoso sente por si, tornando mais humanas essas relações.

The present research proposes a study concerning the socio-affective relations of the elderly institutionalized in the poor asylum of Rio Grande, focused in the environmental education, inviting to a reflection about social and environmental problems of this population, in search of their overcoming. The main goal of this study is to analyse if social and affective relationships of sheltered elderly people permit a qualitative development in the old age. This is a qualitative study, in the research line of non-formal Environmental Education. This study was based on the Ecological Insertion, methodology that requires the immersion of the researcher in the investigated environment and is proposed by the bioecological systems theory. The participants were chosen by convenience in order to reach the research goals. A consistent bibliographical review was done to pursuit better knowledge about the theme, using as instruments for data collection, semi-structured interviews, field diary, that gathered data about the interviewees. The methodology used was the life history which allowed to be established a closer relationship with the researched population in order to reach the proposed goals. It was concluded that to improve the quality of life of these elderly people, the creation of educative spaces inside the institution would permit to recover the holistic approach of the human being, not only confined to basic procedures of health and personal care, but also favor quality in their social and affective interactions. The chosen theme for this research is considered scientifically relevant, due to the increase in the elderly population life expectancy and consequently, its environmental impacts. The social and affective relationships that the elderly people live, are shown in this research as a possibility of review the stigmatized look that the society has about the institutionalized elderly and consequently revert the look that this elderly feels about himself, turning these relationships more human.