Educação ambiental no contexto da extensão rural pública: a execução do programa de assessoria técnica, social e ambiental no núcleo operacional São Gabriel (RS)

Abstract

O histórico de desigualdade no uso e posse das terras agricultáveis impulsionou o surgimento de políticas públicas de reforma agrária no Brasil. A principal dessas políticas, é a criação de assentamentos de reforma agrária, nos quais os assentados, além de receber um lote de terra para seu uso, são beneficiários de outras políticas públicas, entre estas, uma específica de Extensão Rural, o Programa de Assessoria Técnica, Social e Ambiental (ATES). Este programa traz em sua definição a incorporação do campo social da Educação Ambiental, colocando esta como uma atribuição dos técnicos contratados. No presente estudo, buscou-se esclarecer qual a forma que a Educação Ambiental vem sendo trabalhada no âmbito do programa de ATES, utilizando como referência as classificações descritas por Sauvé (2005) e Layrargues (2012), correntes e macrotendências, respectivamente. Para responder a essa questão, foram entrevistados membros da equipe técnica de ATES do Núcleo Operacional (NO) São Gabriel. As entrevistas foram analisadas através da metodologia intitulada Análise Textual Discursiva (ATD). As principais temáticas trabalhadas nesse sentido são o lixo doméstico, o lixo agrícola, a produção sustentável e outros assuntos que, de uma forma ou outra, estão relacionados à constituição de um ambiente. Observouse que as ações desenvolvidas pelos técnicos de ATES enquadram-se nas correntes conservacionista/recursista, biorregionalista, naturalista/recursista e naturalista, bem como apresentam aproximações, por razões diversas, com as três macrotendências existentes segundo Layrargues (2012). Também foi constatada a insatisfação dos técnicos com a forma insuficiente que a Educação Ambiental está colocada no Programa de ATES. Constatou-se também a existência de diferentes concepções sobre a categoria ambiente, as quais estão relacionadas com os fatores “histórico de vida” e “função desempenhada no âmbito do Programa”.

La desigualdad de la historia en el uso y la propiedad de la tierra agrícola estimuló el surgimiento de políticas públicas para la reforma agraria en Brasil. La principal de estas políticas es la creación de asentamientos de reforma agraria en la que los colonos, y reciben una parcela de tierra para su uso, es beneficiario de otras políticas públicas, entre ellas, un Extensión Rural específica, el Programa de Asesoramiento Técnica, Social y Ambiental (ATES). Este programa trae en su definición que incorpora el campo social de la educación ambiental, poniendo esto como una misión de los técnicos contratados. En el presente estudio, hemos tratado de aclarar la forma en que la educación ambiental se ha trabajado en el programa ATES, utilizando como referencia las clasificaciones descritas por Sauvé (2005) y Layrargues (2012), corrientes y macro tendencias, respectivamente. Para responder a esta pregunta, entrevistamos a los miembros del equipo técnico de la Unidad Operativa ATES (NO) San Gabriel. Las entrevistas se analizaron utilizando la metodología titulada Análise Textual Discursiva (ATD). Los principales temas trabajados en esta dirección son residuos domésticos, residuos agrícolas, la producción sostenible y otros asuntos que de una forma u otra están relacionados con la provisión de un entorno. Se observó que las acciones desarrolladas por los técnicos ATES entran dentro del actual Conservación / en recursos, biorregionalista, los enfoques actuales, por diversas razones, con los tres actuales tendencias macro segundo naturalista / recursos y naturalista, y Layrargues (2012). También se constató la insatisfacción con forma técnica insuficiente que la educación ambiental coloca en este programa. También se encontró que hay diferentes puntos de vista sobre la categoría de medio ambiente, que están relacionados con los factores de "historia de vida" y "función realizada en el marco del programa".