Abstract:
O objetivo deste artigo é tentar explorar algumas razões que explicariam a inatualidadeda
obra do historiador francês Jules Michelet. Nossa hipótese é de que, pelo menos em parte, essa trava
associa-se à maneira como os estudos literários definiram e classificaram essa obra. Sob o abrigo do
Romantismo francês, as condições de legibilidade próprias ao historiador se veriam diluídas numa
apreensão que opõe o campo da escrita ao das ideias, reconhecendo no primeiro campo qualidades que
acabam anuladas pela fraqueza do segundo. Para tanto, esta análise recupera três autores chave da
recepção literáriado historiador: HyppoliteTaine, GustafLanson e Roland Barthes.
This paper aimsatexploring some reasons which could explain why the French historian
Jules Michelet’s work is perceived as “out of fashion”. I will argue that such a view is associated with
the way that literary studies classify his work. Under the label of “French Romanticism”, even key
authors (for instance, Hyppolite Taine, GustafLanson and Roland Barthes) whointerpretMichelet’s
worksseparate his ideas from the way his ideas are presented. As a result,interpreters evaluate highly
the “aesthetic virtues” of the works and miss their meaning and significance.