Mediados caminhos da educação popular ambiental: prática social como prática pedagógica em educação não-formal.

Abstract

O presente trabalho investigativo se constitui em um estudo de caso pautado na análise de conteúdo, resultante do que/fazer de pesquisa realizado em uma perspectiva materialista junto ao coletivo de trabalhadores que compõe a Associação de Moradores do Bairro Castelo Branco II, localizado na cidade do Rio Grande,/RS no período de 2009/2010. O contato com a prática social do coletivo de trabalhadores permitiu construir argumentos para defender que as ações que desenvolvem nos processos sociais da realidade vivida configuram-se como práxis político-pedagógica constituída na relação de seus saberes originários que em confronto com o saber acadêmico produzem uma prática pedagógica em educação popular ambiental nos espaços educativos não-formais, que contribui para superar a contradição opressor/oprimido além do entendimento da resultante de suas ações cotidianas como o conhecimento necessário que socialmente produzem para sua classe. A utilização da abordagem sócio-histórica e da perspectiva participante possibilitou a apreensão do movimento da sua ação nas relações sociais e nas atividades cotidianas. Os dados apontam que o coletivo de trabalhadores, entendido pelas suas ações como um movimento social popular classista esbarra na questão da participação individual como limitante ao exercício do controle socioambiental, apesar de sua ação coletiva direcionada à luta pautar-se para além das suas necessidades necessárias.

This research work constitutes a case study based on analysis of content, resulting from the social practice research conducted in a materialistic perspective with the collective of workers who belong to the Associação de Moradores do Bairro Castelo Branco II, located in Rio Grande/RS in period 2009/2010. The contact with the social practice of collective of workers allowed to construct arguments to defend the actions desenvolved from the social processes of lived reality with are characterized as political and pedagogical praxis constituted in relation to their popular knowledge in confrontation with the academic knowledge producing a pedagogical practice in popular education in environmental in the spaces non-formal spaces. These practices helps to overcome the contradiction oppressor/oppressed futher than the understanding of the result of their daily actions, like the essential knowledge collectively produceded for their own class. The use of socio-historical approach and the participants research made the apprehension of movement and it´s actions in the social relations and daily activities. The data indicate that the collective of workers, understood by his actions as a popular social movement class touches on the issue of individual participation as limiting the exercise of socio-environmental control, despite their collective action aimed at combating guided beyond their necessary needs.