Precisamos verdadeiramente de um verdadeiro sexo? O domínio ético (ser-consigo) no documentário “Laerte-se”

Abstract

Este artigo apresenta uma análise do documentário “Laerte-se” a partir da problematização da necessidade de um sexo verdadeiro e de modos de afirmação da identidade transgênera da cartunista Laerte Coutinho. Para tal, com base em teorizações foucaultianas e feministas, discute-se: a) o verdadeiro sexo como tática de governamento; b) as disputas narrativas; e, c) o domínio ético da transgeneridade na vida como obra de arte em “Laerte-se”. Espera-se, com a discussão, visibilizar a existência das pessoas trans e a vida da cartunista a partir de seu processo de construção de uma nova feminilidade.

Presentamos un análisis de la película brasilenã "Laerte-se" a partir de la problematización de la necesidad de un sexo verdadero y de los modos de afirmación de la identidad transgénero de la diseñadora Laerte Coutinho. Para esto, a partir de las teorizaciones foucaultianas y feministas, discutimos: a) el verdadero sexo como táctica de governamiento; b) las disputas narrativas; y c) el dominio ético de la transgeneridad en la vida como obra de arte en la película "Laerte-se". Se espera, con la discusión, visibilizar la existencia de las personas trans y la vida de la diseñadora desde su proceso de construcción de una nueva feminilidad para sí misma.

It’s presented an analysis of the documentary “Laerte-se” from the problematization of the necessity of a real gender and of affirmation modes of the transgender identity by cartoonist Laerte Coutinho. For such, based on foucauldian and feminist theorization, it’s discussed: a) the real gender as a behaviour conduction; b) narrative disputes; and, c) and the ethical domain of transgenderness in life as a work of art in “Laerte-se”. It is expected, with the debate, highlight the existance of trans people and the cartoonist’s life from her construction process of a new femininity for herself.