Abstract:
O presente artigo tem como objetivo problematizar aquilo que aprendemos a ver como o
“homem de verdade” e a potência pedagógica, social, estética e política dos artefatos
culturais como, por exemplo, filmes, séries, novelas, documentários, etc. Para tal serão
analisadas diferentes passagens do documentário I am Divine, que conta a história de
Harris Glenn Milstead – intérprete da drag queen Divine, famosa por suas músicas e
filmes do cinema underground estadunidense. Através das entrevistas, fotos, registros
audiovisuais pessoais e jornalísticos da produção podemos refletir sobre questões como,
por exemplo, gênero, sexualidade, sucesso, entre outras. Dessa forma, a obra
cinematográfica nos permite descolar de concepções essencialistas e binárias sobre o “ser
homem”, entender que há outras opções para além daquilo que está posto como “sucesso”
e que artefatos culturais podem fomentar debates, ensinar e fazer repensar sobre modos
de ser e estar nas relações sociais.
Este artículo tiene como objetivo discutir lo que hemos aprendido a ver como el “hombre
real” y el poder pedagógico, social, estético y politico de los artefactos culturales, como
películas, series, novelas, documentales etc. Para esto, se analizarán diferentes pasajes del
documental I am Divine, que cuenta la historia de Harris Glenn Milstead, intérprete de la
drag queen Divine, famosa por sus canciones y películas del cine underground
estadounidense. Através de entrevistas, fotos, registros audiovisuales personales y
periodísticos de la produccíon, podemos reflexionar sobre temas como género,
sexualidad, éxito, entre otros. Por lo tanto, el trabajo cinematográfico nos permite
despegar de las concepciones esencialistas y binarias sobre “ser un hombre”, para
comprender que hay otras opciones además de lo que se considera “éxito” y que los
artefactos culturales pueden fomentar el debate, enseñar e nos hacer repensar formas de
ser y estar en las relaciones sociales.
This article aims to discuss what we have learned to see as the “real man” and the
pedagogical, social, aesthetic and political power of cultural artifacts, such as films,
series, novels, documentaries, etc. In order to do this, different passages will be analyzed
from the documentary I am Divine, which tell the story of Harris Glenn Milstead – the
artist behind the drag queen Divine, famous for her songs and movies from the US
underground cinema. Through interviews, photos, personal and journalistic audiovisual
records of the production we can reflect on issues such as gender, sexuality, success,
among others. Thus, the cinematographic work allows us to take off from essentialist and
binary conceptions about “being a man”, to understand that there are other options than
what is considered “success” and that cultural artifacts can foster debates, teach and make
us rethink ways of being in social relations.