Abstract:
Diante das condições opressivas presentes nos espaços formativos e do aumento da
violência letal contra população LGBTI+, parece imprescindível considerarmos a
escola, também, como lugar de produção do viver. Entendemos que a violência e seus
efeitos não estão ontologicamente conectados aos corpos dissidentes, mas antes,
reconhecemos força disruptiva perante as normas sociais. Buscamos, portanto,
visibilizar modos de ser que emergem no processo pedagógico, quando atravessados por
opressões e violências que se interseccionam. Para isso, apostamos que contar histórias
dissidentes é um esforço na contramão da narrativa hegemônica do grupo vitorioso. O
presente artigo performa um exercício narrativo a partir da imagem de crianças e
adolescentes, que estabelecem outras formas não só de performar, mas de garantir o
reconhecimento do gênero no ambiente escolar, anunciando, assim, uma pedagogia
queer.
Ante las condiciones opresivas presentes en los espacios formativos y el aumento de la
violencia letal contra la población LGBTI+, parece imprescindible considerar la escuela
también como un lugar de producción del vivir. Entendemos que la violencia y sus
efectos no están ontológicamente conectados a los cuerpos disidentes, sino que
reconocemos una fuerza disruptiva frente a las normas sociales. Buscamos, por tanto,
visibilizar modos de ser que emergen en el proceso pedagógico, cuando son atravesados
por opresiones y violencias que se interseccionan. Para ello, apostamos en que contar
historias disidentes es un esfuerzo en contra de la narrativa hegemónica del grupo
victorioso. El presente artículo realiza un ejercicio narrativo a partir de la imagen de
niños y adolescentes, que establecen otras formas no solo de actuar, sino también de
garantizar el reconocimiento del género en el ambiente escolar, anunciando así una
pedagogía queer.
Given the oppressive conditions present in educational spaces and the increasing lethal
violence against the LGBTI+ population, it seems essential to consider the school as a
place of production of living. We understand that violence and its effects are not
ontologically connected to dissident bodies, but rather, we recognize their disruptive
force against social norms. Therefore, we seek to make visible ways of being that
emerge in the pedagogical process when intersected by oppressions and violence. To do
this, we believe that telling dissident stories is an effort against the hegemonic narrative
of the victorious group. The present article performs a narrative exercise based on the
image of children and adolescents who establish other ways not only of performing but
also of ensuring gender recognition in the school environment, thus announcing a queer
pedagogy.
Description:
Revista Diversidade e Educação, v. 11, n. 1, p. 20-46, 2023.