Abstract:
Nesta pesquisa, meu objetivo é o de analisar o romance Becos da memória (2017a), cuja autoria é da escritora mineira Conceição Evaristo, nascida no ano de 1946. O processo criativo da autora, neste romance, é marcado pela experiência memorialística, que leva a análise a desvelar a relevância das relações humanas, em um cenário conflituoso a partir do processo de desfavelamento. Na ambiência da narrativa são contempladas as adversidades vivenciadas por um grupo de pessoas negras subalternizadas, que deixam aparentes suas vulnerabilidades e complexidades. A pesquisa de caráter bibliográfico e natureza qualitativa, a partir do entrecruzamento da memória e da ficcionalidade, embasa o estudo da experiência traumática das personagens e a maneira como essa afeta os seus comportamentos. Ao considerar tais aspectos, a pesquisa se realiza, entre outras/os estudiosas/os, sob o viés analítico da crítica literária feminista (Schmidt, 2002), dos estudos sobre a memória (Ferreira, 2003), dos pressupostos do pensamento feminista negro (Gonzalez, 2020) e do antirracismo (Deus, 2020). Este estudo também se vale de instrumentos teóricos e metodológicos que evidenciam a colisão das “avenidas identitárias” afro-femininas/feministas, tal como a “interseccionalidade”, conforme conceitos de Crenshaw (2002), a história da literatura de autoria feminina, na perspectiva de Constância Lima Duarte (2004), além de uma ferramenta que ajuda a refletir acerca dos processos de exclusão da produção literária das mulheres negras, em Silva (2010a). Ainda, por intermédio da perspectiva decolonial, na concepção de Vèrges (2020), os conflitos processados na comunidade de Becos da memória são explicitados, visto que este é um espaço degradado e negligenciado por maquinações políticas que desconsideram os interesses da população residente e a oprimem. Na palavra estética, a romancista desenha os trânsitos da afrobrasilidade protagonizados por personagens femininas que demonstram sua força e também fragilidade no enfrentamento de circunstâncias aterradoras, que por sua vez se movem por entre os sombrios becos memorialísticos da favela.
En esta investigación, mi objetivo es analizar la novela Becos da memória (2017a), de la escritora de Minas Gerais Conceição Evaristo, nacida en 1946. El proceso creativo de la autora, en esta novela, está marcado por la experiencia memorialística, que toma la análisis para revelar la relevancia de las relaciones humanas, en un escenario conflictivo a partir del proceso de desfavelamento. En el ámbito de la narración se contemplan las adversidades vividas por un grupo de negros subalternos, que evidencian sus vulnerabilidades y complejidades. La investigación bibliográfica y cualitativa, basada en la intersección de la memoria y la ficción, sustenta el estudio de la experiencia traumática de los personajes y la forma en que ésta afecta su comportamiento. Al considerar tales aspectos, la investigación se realiza, entre otros estudiosos, bajo el sesgo analítico de la crítica literaria feminista (Schmidt, 2002), de los estudios sobre la memoria (Ferreira, 2003), de los presupuestos del pensamiento feminista negro (Gonzalez, 2020) y antirracismo (Deus, 2020). Este estudio también hace uso de instrumentos teóricos y metodológicos que muestran la colisión de “caminos identitarios” afrofemeninos/feministas, como la “interseccionalidad”, según conceptos de Crenshaw (2002), la historia de la literatura de autoría femenina, en la perspectiva de Constância Lima Duarte (2004), así como una herramienta que ayuda a reflexionar sobre los procesos de exclusión de la producción literaria de las mujeres negras, en Silva (2010a). Aún así, a través de la perspectiva decolonial, en la concepción de Vèrges (2020), se explicitan los conflictos procesados en la comunidad de Becos da memória, una vez que se trata de un espacio degradado y descuidado por maquinaciones políticas que desprecian los intereses de la población residente y oprimirlo. En la palabra estética, la novelista dibuja los tránsitos de la afro-brasilidade protagonizados por personajes femeninos que demuestran su fuerza y también su fragilidad frente a circunstancias aterradoras, que a su vez transitan por los oscuros callejones memorialistas de la favela.