EENF – Mestrado em Enfermagem (Dissertações)
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Resultados da Pesquisa
- ItemFatores associados à vacinação entre profissionais de saúde: estudo em um hospital universitário no sul do Brasil(2023) Sousa, Flávia Santana Freitas; Cezar-Vaz, Marta ReginaNo trabalho em saúde observa-se exposição a diferentes tipos de riscos, ganhando destaque, pela natureza do trabalho, a exposição aos riscos biológicos. Como forma de prevenção, recomenda-se que os trabalhadores da saúde estejam vacinados com as vacinas do calendário básico de vacinação do adulto: Hepatite B, Difteria e Tétano, Sarampo, Caxumba e Rubéola, incluídas as vacinas contra Influenza e covid-19. O objetivo deste estudo foi investigar os fatores associados à vacinação completa para as vacinas recomendadas entre profissionais de saúde da assistência hospitalar. Trata-se de um estudo observacional, do tipo transversal, de abordagem quantitativa realizado com profissionais de saúde que atuam no contato direto aos pacientes internados em um hospital universitário localizado no estado do Rio Grande do Sul. Realizou-se amostragem por conveniência, tendo sido incluídos no estudo os profissionais de saúde atuantes nos cargos de enfermeiro, fisioterapeuta, médico, auxiliar e técnico de enfermagem, terapeuta ocupacional, nutricionista, biomédico, técnico em análises clínicas e técnico em laboratório, técnico e tecnólogo em radiologia que atuam diretamente no cuidado aos pacientes internados e que aceitaram participar do estudo. Os dados coletados por meio da aplicação de um questionário foram analisados com a utilização do Software Statical Panckage for Social Science, versão 24.0. A magnitude das associações e os intervalos de confiança a 95% foram estimados utilizando-se a razão de prevalência. Foi utilizado o teste qui-quadrado de Pearson ou teste exato de Fisher para a avaliação do nível de significância estatística na análise bivariada e após, na análise multivariada, foi utilizada regressão de Poisson, com estimativa de variância robusta, adotando-se nível de 5% de significância (p ≤ 0,05) para avaliar os fatores associados ao desfecho. Participaram do estudo 219 profissionais de saúde, e os resultados foram apresentados sob a forma de dois artigos, o primeiro intitulado “Fatores associados à vacinação completa em profissionais de saúde de um hospital universitário” e o segundo intitulado “Situação vacinal e percepção de profissionais de saúde da assistência hospitalar sobre vacinação”. No primeiro artigo, observou-se que a vacinação apresentou associação com as variáveis: ser enfermeiro (p=0,007); não ter diagnóstico médico para doenças do aparelho digestivo (p=0,040); e não tersofrido acidente de trabalho com exposição à material biológico (p=0,035). Já no segundo artigo, foi demonstrado que os enfermeiros se vacinaram 1,79 vezes mais que as demais categorias e a percepção de que têm muito a ganhar ao se vacinar e discordar de que não teria medo de pegar covid-19 se se vacinasse contra covid-19 associou- se à vacinação completa. Concluiu-se que fatores relacionados os hábitos de vida, situação de saúde e aspectos ocupacionais, além do conhecimento sobre vacinas e sobre as ações de vacinação apresentaram-se como preditores de vacinação entre os profissionais de saúde.
- ItemDor em neonatos em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal: conhecimento e práticas de enfermeiras (os)(2023) Costa, Ana Paula Matta dos Santos; Gomes, Giovana Calcagno; Vieira, Ana Cláudia GarciaHá uma compreensão crescente de que os recém-nascidos têm a capacidade de sentir dor e que é essencial minimizar seu desconforto durante procedimentos invasivos ou dolorosos. Nesse contexto, objetivou-se conhecer como os enfermeiros percebem a dor em neonatos internados em Unidade de Cuidados Intensivos Neonatais e que estratégias utilizam para minimizá-la. Trata-se de uma pesquisa descritiva, exploratória de cunho qualitativo realizada em um hospital no sul do Brasil. Participaram 11 enfermeiras por meio de entrevista semiestruturada. A análise dos dados foi realizada por meio da Análise Temática. Quanto ao conhecimento dos enfermeiros acerca da dor verificou-se que buscam conhecimento por meio de cursos de capacitação, leitura de artigos em periódicos e realização de pós-graduação. Avaliam a dor do neonato observando critérios como o choro, a expressão facial, a postura corporal, as feições, alterações na saturação de oxigênio e a frequência. Afirmaram não terem recebido nenhuma capacitação e/ou treinamento de modo que tal diagnóstico se dá de forma assistemática e com base nas experiências individuais de cada profissional. Referiram a capacitação recebida como ultrapassada e ineficiente, considerando que não há reciclagem e funcionalidade no que tange a aplicabilidade do cuidado. Reconhecem a dor do recém-nascido, mas sentem-se impotentes frente ao sofrimento dos mesmos. Possuem dúvidas quanto à sua habilidade técnica e conhecimento específico. Apontaram sentimentos de despersonalização do profissional enfermeiro relacionados à falta de padronização e envolvimento da equipe multiprofissional na assistência integrada, fragmentando o cuidado. Quanto às estratégias utilizadas para o alívio da dor dos neonatos investem em medidas não farmacológicas como sucção não nutritiva, diminuição de estimulações táteis, aleitamento materno precoce, glicose oral antes e após aplicação de um estímulo doloroso, método canguru, contenção facilitada. Utilizam também medidas farmacológicas, mas apontam a grande resistência dos profissionais médicos em prescrever essas medicações. Demonstraram preocupação em realizar ações sobre o ambiente, citando a diminuição de ruídos e iluminação, lençóis bem esticados, cateteres bem posicionados, acomodação da criança no leito e imobilização durante procedimentos. Referiram sentirem-se pouco capacitados, necessitando revisarem técnicas e procedimentos, estabelecerem protocolos específicos e implantarem uma escala de dor na unidade. Referiram a necessidade de uma capacitação da equipe de enfermagem para reconhecer os sinais de dor e reconhecerem o momento em que devem ser utilizadas medidas farmacológicas, além de realizarem os registros nas evoluções de enfermagem e no prontuário da criança. Conclui-se que o enfermeiro possui importante papel na identificação, mensuração e tratamento da dor, pois é a equipe de enfermagem que presta cuidados diretos aos pacientes, sendo necessária capacitação para minimizá-la, qualificando a assistência.
- ItemEspiritualidade no contexto do cuidado em saúde: uma revisão integrativa(2023) Carvalho Junior, Alessandre de; Oliveira, Adriane Maria Netto deA dimensão espiritual da vida humana tem se mostrado um fenômeno de interesse no meio acadêmico e entre profissionais de saúde. No início do século 21 o tema da espiritualidade começou a ser abordado com maior frequência dentro do ambiente de terapia intensiva pela prática dos profissionais que estão envolvidos na assistência aos pacientes através do cuidado espiritual. Este estudo teve como objetivos (1) identificar a produção científica sobre as estratégias para inserir o cuidado espiritual no ambiente de terapia intensiva e, (2) identificar a produção científica sobre as competências dos profissionais da saúde que atuam em unidades de terapia intensiva considerando a espiritualidade. Trata-se de um estudo exploratório descritivo que utilizou as bases de dados em saúde para realizar a revisão integrativa entre os meses de março a maio de 2023, a partir da qual foram produzidos dois artigos que abordam a relação da espiritualidade no contexto hospitalar, especificamente, em unidades críticas de saúde. Foram identificadas diferentes estratégias de aproximação da espiritualidade, que incluem a implementação de treinamentos, programas de educação e práticas com os profissionais de saúde. A competência profissional mais prevalente relacionada à espiritualidade foi a atitude no cuidado espiritual e, a forma de avaliação predominante foi por meio da utilização de escalas Likert. Inserir o cuidado espiritual na prática clínica gera maior responsalidade nos profissionais de saúde que o realizam, uma vez que ampliam o atendimento das necessidades dos pacientes e familiares. Também proporciona benefícios relacionados à investigação dos fenômenos que melhor promovem o desenvolvimento do cuidado integral e suas contribuições para a assistência clínica com a implementação de estratégias voltadas à humanização em saúde. A espiritualidade no ambiente de terapia intensiva é uma realidade que vem se intensificando por meio de ações que auxiliam os profissionais da saúde a incluir essa dimensão pertencente ao cuidado junto à prática assistencial. A aproximação da espiritualidade em diferentes cenários é uma forma de qualificar a discussão relativa ao conhecimento científico produzido e estimular a sua investigação em ambientes como o da terapia intensiva, dentre outros, ao permitir compreender melhor as relações e os desfechos relacionados à assistência à saúde. Sendo assim, os objetivos do estudo foram alcançados e ficou evidenciada a relevância do cuidado espiritual que deve ser realizado por diferentes profissionais de saúde, assim como sua visibilidade e modo de intervenção ser ampliado a outros contextos que podem ser considerados críticos em saúde ou não, mas que, igualmente, irão promover a qualidade de vida dos pacientes e de seus familiares.
- ItemFadiga por compaixão e engajamento no trabalho em profissionais de enfermagem durante a pandemia de covid-19(2022) Cunha, Juliana Lima da; Lourenção, Luciano GarciaA pandemia de COVID-19 gerou preocupação com a saúde mental dos profissionais da saúde que atuam na linha de frente no combate à doença. Por outro lado, o engajamento no trabalho destes profissionais compreende um estado de espírito positivo e realizador, relacionado ao trabalho. Este estudo teve como objetivo avaliar os níveis de fadiga por compaixão e engajamento no trabalho em profissionais de enfermagem que atuam em um hospital universitário no sul do Brasil, durante a pandemia de covid-19. Trata-se de um estudo de base populacional, quantitativo, transversal, descritivo e correlacional, desenvolvido com enfermeiros e técnicos de enfermagem que atuavam no Setor de Urgência e Emergência e na enfermaria COVID-19 do Hospital Universitário Dr. Miguel Riet Corrêa Júnior, no Município do Rio Grande (RS). Foram incluídos os profissionais de enfermagem que atuavam na linha de frente da pandemia de COVID-19, há mais de seis meses, no momento da coleta dos dados. Esse critério foi utilizado para assegurar que os profissionais selecionados haviam vivenciado a sobrecarga e o intenso ritmo de trabalho causado pela pandemia. Foram excluídos profissionais de férias e/ou afastados do trabalho no momento da coleta dos dados. Os dados foram coletados no final da terceira onda da pandemia, entre fevereiro e abril de 2022, utilizando um instrumento elaborado pelos pesquisadores, contendo variáveis sociodemográficas e profissionais; a Professional Quality of Life Scale - BR (ProQoL-BR) e a versão reduzida da Utrecht Work Engagement Scale (UWES-9). O teste de correlação de Pearson (r) foi aplicado para analisar a correlação entre fadiga por compaixão e engajamento no trabalho. Participaram do estudo 77 profissionais de enfermagem, sendo 23 (29,9%) enfermeiros e 54 (70,1%) auxiliares/técnicos de enfermagem. Houve predomínio de profissionais do sexo feminino (68,8%), na faixa etária de 36 a 50 anos (45,5%), com ensino médio (66,2%), casados ou em união estável (58,4%), concursados (75,3%) e com renda familiar de dois a cinco salários mínimos (57,1%). Os profissionais de enfermagem apresentaram escore compatível com nível alto de satisfação por compaixão (44,9) e escores baixos para burnout (21,0) e para estresse traumático secundário (22,8). Evidenciou que 28,6% dos profissionais de enfermagem apresentaram nível alto de satisfação por compaixão, 26,0% nível alto de burnout e 23,4% com nível alto de estresse traumático secundário. Houve 27,3% de profissionais com nível baixo de satisfação por compaixão, 48,0% com nível médio de burnout e 53,2% com nível médio de estresse traumático secundário. Nenhum profissional apresentou perfil compatível com fadiga por compaixão. Em relação ao engajamento no trabalho, os profissionais apresentaram alto nível de dedicação (escore 5,3) e níveis médios de vigor, absorção e escore geral (escores 4,9, 4,5 e 4,9, respectivamente). A satisfação por compaixão se correlacionou negativamente com o bunout e com o estresse traumático secundário, e positivamente com as dimensões do engajamento no trabalho. Concluiu-se que os profissionais de enfermagem apresentavam baixos níveis de Fadiga por Compaixão, não apresentavam sentimentos negativos decorrentes da exposição ao sofrimento e à dor. Os profissionais de enfermagem também apresentaram bons níveis de engajamento no trabalho, com destaque para a dedicação, cujos níveis elevados mostram que os trabalhadores inseridos nos serviços de atendimento a pacientes com COVID-19 se sentiam orgulhosos, envolvidos e engajados no seu trabalho. É importante que as instituições garantam ambientes propícios ao trabalho equilibrado e harmônico entre a equipe de enfermagem, com dimensionamento adequado e disponibilidades de EPI, favorecendo o desenvolvimento do engajamento no trabalho e prevenindo o surgimento da fadiga por compaixão.
- ItemIndicadores de assistência ao parto em um hospital universitário da região sul do Brasil(2024) Torres, Italo Roger Ferreira; Lourenção, Luciano GarciaNas últimas duas décadas, houve avanços significativos na redução da mortalidade e morbidade materna, mas esses desafios persistem. No Brasil, diversas estratégias foram implementadas nos últimos 30 anos para melhorar a qualidade da assistência e reduzir as taxas de mortalidade materna e neonatal. Este estudo objetivou analisar os indicadores de assistência ao parto em um hospital universitário da região sul do Brasil. Trata-se de um estudo com abordagem quantitativa, descritiva e delineamento transversal e retrospectivo, realizado em um Hospital Universitário (HU) da região sul do Brasil, utilizando dados secundários obtidos do sistema hospitalar. A população do estudo foi constituída pelas gestantes internadas no Centro Obstétrico do HU, no período de abril a dezembro de 2023, que tiveram parto normal ou cesáreo. A amostra incluiu 769 gestantes com idade média de 27,71 anos, predominantemente brancas e na faixa etária de 20 a 34 anos. A maioria vivia com parceiro, tinha entre duas e três gestações e alta taxa de consultas de pré-natal, embora com início tardio do acompanhamento. Foram identificados fatores de risco significativos, como infecção urinária, diabetes gestacional e hipertensão, além de condições como HIV e violência, indicando a necessidade de monitoramento contínuo e intervenções adequadas durante a gestação. Os principais tipos de parto foram: cesárea eletiva (46,7%) e parto normal (37,7%), com alta presença de acompanhantes. A prática de deambulação foi adotada por 50,2% das gestantes, e 39,4% utilizaram métodos não farmacológicos para alívio da dor. A amniotomia foi realizada em 7,7% dos casos e o uso de ocitocina em 16,5%, com a dieta prescrita variando entre líquidos claros e dieta livre. Os resultados deste estudo proporcionam uma visão abrangente do perfil sociodemográfico, e dos indicadores de assistência ao parto das gestantes atendidas no Hospital Universitário. Este conhecimento permite aos profissionais de saúde oferecerem cuidados mais personalizados e promover intervenções que minimizem os impactos negativos, melhorando assim a qualidade de vida das gestantes durante esse período de intensas transformações. O estudo destaca a importância de uma assistência personalizada e a necessidade de melhorar práticas e acompanhamento durante o parto e pré-natal. Além de consolidar a relevância dos indicadores de assistência como instrumentos de mensuração de gerenciamento, avaliação e planejamento de ações em saúde que possibilitam mudanças efetivas nos processos e nos resultados, por meio dos estabelecimentos de metas e ações prioritárias que garantam a melhoria contínua e gradativa da assistência ao parto.
- ItemCOVID-19 e as repercussões sobre a saúde mental das puérperas e o estabelecimento do vínculo afetivo(2024) Rocha, Carla Marina Faria da; Oliveira, Adriane Maria Netto deResumo: O período gravídico/puerperal é a fase de maior vulnerabilidade à saúde mental da mulher, necessitando de promoção do bem-estar e prevenção de dificuldades futuras para o desenvolvimento cognitivo e emocional do recém-nascido. O objetivo geral deste estudo foi: Conhecer as repercussões da pandemia COVID-19 para a saúde mental das puérperas e suas prováveis consequências para o estabelecimento do vínculo afetivo com seu bebê. Os objetivos específicos foram: Identificar os principais sentimentos vivenciados pelas puérperas no contexto pandêmico; Elencar as fragilidades e potencialidades percebidas pelas puérperas no exercício da maternidade no contexto da pandemia COVID-19. O método de pesquisa utilizado foi uma pesquisa qualitativa, exploratória e descritiva desenvolvida pelo método de estudo de casos múltiplos. Os dados foram obtidos através da técnica de amostragem em bola de neve para a criação de redes de referências e análises de acordo com a técnica de análise de conteúdo. A coleta de dados ocorreu durante os meses de março e abril de 2023. Compuseram o corpus deste estudo 20 puérperas. Os critérios de inclusão do estudo foram: mulheres que tinham vivenciado o puerpério entre março de 2020 a janeiro de 2023, maiores de 18 anos. O critério de exclusão foi: puérperas que tinham optado por não respeitar o isolamento social e as medidas protetivas contra a COVID-19. Os resultados foram discutidos em dois artigos, sendo o primeiro: “Repercussões do isolamento social decorrente da pandemia COVID-19 sobre a vivência do puerpério”, os quais mostraram que a maioria das puérperas entrevistadas se encontravam em situação de vulnerabilidade aos agravos de saúde mental. Estudos comprovaram a repercussão da pandemia COVID-19 sobre a saúde física e mental das puérperas, e apontaram a importância de um olhar atento a esta população, principalmente em emergências de saúde pública. As puérperas manifestaram intenso estresse e ansiedade, seja por fatores associados aos riscos e ao isolamento social causado pela COVID-19, seja pelas características do período que estavam vivenciando. E, o segundo artigo, intitulado: “Estabelecimento do vínculo afetivo e a constituição do papel materno no contexto pandêmico”, evidenciou de acordo com o objetivo do estudo, ou seja, elencar as fragilidades e potencialidades percebidas pelas puérperas no exercício da maternidade no contexto da pandemia COVID-19, mostrou a relevância da interação mãe-bebê por meio da amamentação, assim como consideraram as repercussões do isolamento social e o medo constante relativo a contaminação delas e do filho, por isso a necessidade constante de medidas de proteção. Nesse sentido, o estudo mostrou a importância da realização do acompanhamento multidisciplinar e centrado nas necessidades das gestantes e mães recentes, avaliando sua saúde de maneira abrangente, não considerando apenas as questões fisiológicas das mulheres e sim um olhar mais compreensivo, integral e humanizado esses serviram como facilitadores em uma rápida recuperação ou, talvez, evitando a cronificação das doenças mentais, o que irá pemitir-lhes manter um humor mais estável e felicidade, fazendo com que desta forma esteja disponível para estimular o vínculo mãe-bebê também levando-o a estabelecer um apego seguro que, provavelmente irá influenciar positivamente um desenvolvimento emocional e mental saudável, sendo capaz de enfrentar as adversidades ao longo da vida com autoconfiança, diminuindo a probabilidade de desencadear psicopatologias.
- ItemConstrução de um protocolo de deterioração clínica em uma unidade de clínica médica: pesquisa convergente-assistencial(2024) Gomes, Marhesca Carolyne de Miranda Barros; Silveira, Rosemary Silva da; Bordignon, Simoni SaraivaEste estudo visou a construção coletiva de um protocolo de avaliação de deterioração clínica dos pacientes adultos em uma Unidade de Clínica Médica de um Hospital Universitário do Sul do Brasil. Além disso, analisar as dificuldades e potencialidades vivenciadas pelos enfermeiros durante a identificação da deterioração clínica e verificar o perfil dos enfermeiros atuantes na unidade de estudo. Trata-se de uma Pesquisa Convergente Assistencial realizada em 2023 com 16 enfermeiros atuantes na unidade investigada. Como critério de inclusão adotou-se o tempo de atuação mínimo de um mês na unidade e foram excluídos os (as) enfermeiros (as) de férias ou licença. Obteve-se a aprovação do Comitê de Ética, mediante parecer no 5.829.209. As técnicas para produção de dados foram entrevistas, observação participante e grupos de convergência para mapeamento do processo, levantamento do conhecimento dos participantes sobre a temática de deterioração clínica, importância de um protocolo na unidade e apontamento dos “nós críticos” na identificação de complicações clínicas dos pacientes que afetam a assistência de enfermagem. Os resultados dessa pesquisa identificaram as potencialidades e dificuldades enfrentadas pelos enfermeiros durante a avaliação da deterioração clínica e a elaboração do protocolo de avaliação da deterioração clínica para pacientes adultos de uma unidade de clínica médica, sendo esse um produto de tecnologia educacional. Dentre as potencialidades, emergiram a comunicação efetiva, trabalho em equipe, o uso de instrumento para passagem de plantão e capacidade de análise dos enfermeiros das alterações clínicas de gravidade dos pacientes. As dificuldades apresentadas foram ausência de protocolo assistencial no setor, suporte logístico e espaço físico da unidade, perfil diversificado dos pacientes internados, rotatividade da equipe, desorganização da equipe no início do plantão, inexperiência profissional, falhas de comunicação entre a equipe multiprofissional, insatisfação e desmotivação profissional. Esta pesquisa propiciou discussões e reflexões pelos enfermeiros acerca do seu espaço assistencial, no contexto da identificação das potencialidades e dificuldades dos sinais de gravidade dos pacientes internados em uma unidade de clínica médica. Deste modo, o protocolo de deterioração clínica foi elaborado como estratégia para respaldo da equipe e qualificação da segurança dos pacientes.
- ItemRisco ocupacional na atenção primária à saúde: estudo com equipes de saúde e gestores de municípios do extremo sul do estado do Rio Grande do Sul(2023) Rodrigues, Daniela de Freitas; Cezar-Vaz, Marta ReginaA atenção primária à saúde é um espaço de destaque quando se trata de eventos relacionados aos riscos ocupacionais. Logo, a forma como os trabalhadores percebem e lidam com os riscos ocupacionais pode ter influência crucial na prevenção e/ou redução desses riscos. Diante disso, o objetivo central deste estudo é analisar a percepção dos riscos ocupacionais por parte dos profissionais da Atenção Primária à Saúde nos municípios do extremo sul do Estado do Rio Grande do Sul. Este estudo faz parte de um dos objetivos do Projeto Integrado de Pesquisa “Dimensão socioambiental da saúde do trabalhador da atenção básica de saúde no Sul do Brasil: estudo sobre a percepção de risco, acidentes e doenças relacionadas ao trabalho. Os resultados foram apresentados em três etapas distintas: quantitativa, qualitativa e revisão de escopo. No estudo quantitativo, determinou-se quatro categorias:1) Caracterização dos participantes 2) Associação entre percepção de risco e variáveis independents e 3) Riscos percebidos relacionados ao núcleo professional. Já no qualitativo, foram adotadas quatro categorias distintas: 1) Ações de prevenção da saúde a partir da percepção de risco ocupacional dos gestores; 2) Ações de prevenção a partir da percepção de risco ocupacional do trabalhador da APS e 3) Ações assistenciais a partir da percepção de risco do gestor e 4) Periodicidade das ações. E, para a Revisão de Escopo: de 525 estudos, 46 foram selecionados. As evidências provaram 148 estratégias de enfrentamento, agrupadas em duas categorias: tecnologia convencional e tecnologia não convencional. As estratégias de enfrentamento mais frequentes foram: 1) o apoio social (da equipe, do gestor e da família), atividade física regular, práticas educativas para trabalhadores, treinamento de resiliência e de líderes e trabalho interprofissional (trabalho em equipe e da organização do trabalho)); 2) mindfullness e autoavaliação do estresse baseada no smartphone. Considerando os aspectos analisados nesta dissertação, conclui-se que a compreensão de estudos que visam abranger o desenvolvimento do trabalho das equipes multiprofissionais na Atenção Primária à Saúde (APS), a presença de riscos ocupacionais nesse ambiente de trabalho, como esses riscos são percebidos pelos profissionais e pelas equipes e quais estratégias são adotadas para lidar com eles. Isso ocorre porque neste estudo ficou evidente que os profissionais reconhecem que esse ambiente de trabalho representa um risco para a saúde do trabalhador e, portanto, ao compreender esse aspecto, é possível planejar estratégias de enfrentamento com base no olhar dos próprios profissionais que atuam nesse contexto da APS, ou seja, eles servem como orientadores para as ações que serão planejadas com foco na prevenção e/ou redução dos riscos ocupacionais.
- ItemAvaliação das práticas alimentares e níveis de atividade física de Estudantes de Graduação em Enfermagem(2024) Oliveira, Eduardo Soldera; Silveira, Rosemary Silva da; Bordignon, Simoni SaraivaO presente estudo de caráter quantitativo e transversal, teve o objetivo de analisar o comportamento saudável, através das práticas alimentares e níveis de atividade física dos estudantes de enfermagem. Participaram do estudo 166 estudantes do Curso de Enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande. Obteve-se a aprovação do Comitê de Ética, mediante parecer favorável. A coleta de dados ocorreu após a concordância dos participantes e assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, mediante a aplicação de questionário estruturado, contemplando aspectos sociodemográficos e variáveis de saúde, do Questionário Internacional de Atividade Física e do questionário “Como está sua Alimentação?”. Como resultados, verificou-se que o sexo, raça, horas de sono, peso e práticas alimentares influenciaram no índice de massa corporal dos participantes. Mulheres que se autodeclararam brancas e estudantes que relataram ter seis horas ou mais de sono apresentaram Índice de Massa Corporal elevado. Outro fator que influenciou no aumento do índice de massa corporal, foi a alimentação. 63,8% dos estudantes possuem uma alimentação inadequada ou parcialmente adequada. A maior parte dos estudantes (96,3%) encontram-se ativos, ou seja, atendem as necessidades de atividade física avaliadas pelo Questionário Internacional de Atividade Física. Assim, acredita-se que a avaliação do comportamento e dos hábitos de vida dos universitários consiste na elaboração de estratégias alimentares e de atividade física a fim de contribuir de maneira significativa com a vida, a saúde, o trabalho e o processo de ensino aprendizagem dos estudantes da Escola de Enfermagem.
- ItemAssociação dos sintomas gastrointestinais e a autopercepção ao estresse em profissionais da Atenção Primária à Saúde(2024) Vasconcelos, Priscila Fernandez López; Cezar-Vaz, Marta ReginaIntrodução: A manifestação de sintomas gastrointestinais é percebida com maior frequência quando os profissionais de saúde apresentam autorreferência ao estresse. Entre os profissionais de saúde que tem risco aumentado em desenvolver estresse, destacam-se médicos e enfermeiros. Objetivo: Analisar a associação entre o estresse e alterações gastrointestinais em profissionais da saúde na Atenção Primária à Saúde. Revisão de literatura: Elaborados em três tópicos. Estresse ocupacional; Distúrbios gastrointestinais e associação com o estresse ocupacional e; Estresse em profissionais da Atenção Primária à Saúde. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa quantitativa, exploratória, de corte transversal e descritiva. O presente estudo faz parte de um projeto maior denominado “Dimensão socioambiental da saúde do trabalhador da Atenção Básica de Saúde no Sul do Brasil: estudo sobre a percepção de risco, acidentes e doenças relacionadas ao trabalho”. Este estudo ocorreu nas Unidades de Atenção Básicas de Saúde dos municípios de Rio Grande e São José do Norte. A população do estudo do macroprojeto foram ostrabalhadores da Atenção Primária à Saúde do município de Rio Grande e de São José do Norte, para este estudo a amostra dos participantes foram de 337 profissionais. A coleta de dados realizada para o macroprojeto foi feita através de entrevistas individuais e presenciais no próprio ambiente de trabalho, com os profissionais da unidades de saúde durante o período de janeiro a março do ano de 2020. As variáveis quantitativas foram descritas por média e desvio padrão (distribuição simétrica) ou mediana e amplitude interquartílica (distribuição assimétrica). Essa pesquisa caracteriza-se como tendo risco mínimo, não envolvendo risco direto a integridade física e socioambiental dos participantes. Quanto aos benefícios, acredita-se que a pesquisa incluiu um desenvolvimento extensivo e teórico- metodológico, fortalecendo o processo de ensino-aprendizado produzido e as possibilidades de propostas futuras de integração entre a academia e os grupos de trabalhadores. Resultados: O desfecho do presente estudo foi composto por três categorias: profissionais que não tinham nem alterações gástricas e nem intestinais (n=73, 21,7%); trabalhadores com alterações gástricas ou intestinais (n=115, 34,1%); profissionais com sobreposição (n=149, 44,2%). O resultado para o desfecho que não apresentaram alterações nem gástricas nem intestinais a associação foi menor IMC (p=0,016) e profissão de médico (p<0,001). Com a presença de uma das alterações, houve associação estatisticamente significativa com maior IMC (p=0,016) e profissão de odontólogo (p<0,001). E para a sobreposição das alterações gástricas e intestinais apresentou associação estatisticamente significativa com o sexo feminino (p=0,035), maior IMC (p=0,016) e com a profissão de agente comunitário de saúde (p<0,001). Discussão: Dividida em dois subtópicos. Características sociodemográficas e ocupacionais dos trabalhadores da Atenção Primária à Saúde; Associação entre a autorreferência de distúrbios gastrointestinais e o estresse ocupacional em profissionais da Atenção Primária à Saúde Considerações finais: Propor melhorias nas condições de trabalho, atentar as peculiaridades de cada categoria profissional, levar em consideração os fatores identificados pelos trabalhadores como prejudiciais à saúde, melhor recompensa salarial, identificar fatores estressantes e agir para elimina-los, são alguns pontos cruciais que acredita-se que poderão servir de modo a prevenir os agravos gastrointestinais causados pelo estresse.
