IO - Mestrado em Aquicultura (Dissertações)
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- ItemEfeito do uso de diferentes concentrações de magnésio na água do cultivo do camarão branco do Pacífico, Litopenaeus vannamei (Boone, 1931) em baixa salinidade com tecnologia de bioflocos(2018) Alves Neto, Inácio; Wasielesky Jr., Wilson; Furtado, Plínio SchmidtO sistema de bioflocos tem como vantagens o pouco uso de água e geração de efluente, além da possibilidade de desenvolvimento em baixa salinidade. Aliado ao uso da salinização artificial, vêm aumentando a viabilidade e sustentabilidade da aquicultura afastada da costa. Magnésio, mineral essencial exigido pelos crustáceos para crescimento e constituinte mais caro pode ser reduzido na salga artificial. objetivando avaliar o efeito de diferentes concentrações de Magnésio na água de cultivo, em L. vannamei cultivados em águas artificialmente salinizadas em sistema BFT foram delineados 6 tratamentos, com 3 repetições, salinidade 5 em duas fases seguindo a mesma configuração, berçário com densidade de estocagem de 1500cam/m3, o magnésio foi manipulado na relação Cálcio – Magnésio – Potássio. Tratamento Controle – TC (água do mar diluída); TI = 1 – 3 – 0,9; TII = 1 – 2 – 0,9; TIII = 1 – 1 – 0,9; TIV = 1 – 0,5 – 0,9; TV = 1 – 0,1 – 0,9. Foram utilizadas 18 unidades experimentais com 40L, por 42 dias. Na engorda, 500cam/m3 reutilizando a água com bioflocos maturados por 35 dias. Foi avaliado o desempenho zootécnico e feito uma estimativa de custos da salinização artificial. Os melhores resultados foram observados no T3 (sobrevivência = 88,33 ± 10,41; conversão alimentar 1,8 g ± 0,07; peso final 4,63 g ± 0,53), possibilitando a redução desse íon sem prejuízo aos camarões. Apesar da viabilidade de se reduzir a quantidade de sais na salinização artificial ainda há uma lacuna em relação a toxicidade de compostos nitrogenados em baixas salinidades. O nitrato, por exemplo, pode ser letal em altas concentrações e está diretamente relacionado à salinidade. Os testes de toxicidade aguda permitem analisar a relação entre o composto e outras variáveis abióticas ou bióticas. O objetivo do segundo trabalho foi determinar a concentração letal mediana (CL50-96h) e o nível de segurança do nitrato (N-NO3 -) em juvenis de L. vannamei nas salinidades 5 e 10. Para a salinidade 5, um controle e cinco tratamentos foram testados, com concentrações de 100, 500, 1500, 2500 e 3500 mg.L-1 . Para salinidade de 10 g.L-1, foi adicionada uma concentração de 4500 mg.L-1. 45 juvenis por tratamento foram expostos às concentrações durante 24, 48, 72, 96 horas. A Concentração Letal Mediana (CL50) foi calculada e o nível de segurança recomendado para o cultivo de L. vannamei é de 60,05 e 127,61 mg.L-1 de nitrato nas salinidades 5 e 10 g.L-1, respectivamente.
- ItemJuvenis de bijupirá Rachycentron canadum criados em salinidade reduzida: a adição de NaCl na dieta pode afetar o desempenho do crescimento e a osmorregulação?(2011) Santos, Renato Adriano dos; Tesser, Marcelo BorgesOrganismos marinhos em salinidades reduzidas encontram um desafio fisiológico diferente daquele naturalmente encontrado em salinidade oceânica. Isso ocorre porque esses se tornam hiper-osmóticos em relação ao meio. A literatura sugere que a adição de sal na dieta pode suprir a perda passaiva de íons e, consequentemente, melhorar o crescimento. Dessa forma, os efeitos da suplementação de sal na dieta (SD) no crescimento, na sobrevivência, na osmorregulação e nas alterações histológicas branquiais foram avaliados em juvenis de bijupirá (12 g) criados em salinidade 5. O bijupirá, Rachycentron canadum, tem recebido a atenção de pesquisadores e investidores no mundo inteiro devido às suas características positivas que a elegem uma espécie com potencial na piscicultura marinha. Durante 40 dias, os peixes foram alimentados, diariamente em dois turnos, com dietas contendo diferentes níveis de NaCl: 0,0; 2,5; 5,0; 7,5 e 10,0% do peso seco da dieta basal (todos em triplicata). Ao final do experimento os arcos branquiais foram coletados para avaliação histológica e determinação da atividade Na+, K+-ATPase. A sobrevivência foi 100% em todos os grupos e não houve diferença no peso médio final entre os tratamentos. Entretanto, 7,5 e 10% de NaCl resultaram em piores taxas de conversão alimentar e maior consumo alimentar comparadas aos demais grupos. A atividade da Na+, K+-ATPase branquial foi estatisticamente reduzida quando os peixes receberam dietas com níveis de 2,5; 5 e 7,5% de NaCl em relação ao grupo 0,0%. O número de células de cloreto do grupo controle (16 células mm-2) diferiu significativamente dos grupos SD. Foi verificado o aumento da proliferação celular de acordo com o aumento do sal na dieta, atingindo 41 células mm-2 nas brânquias dos peixes do grupo 10% de NaCl. Esses dados sugerem que a suplementação de NaCl não é necessária para o crescimento em salinidade 5, apesar do bijupirá apresentar menor atividade Na+, K+-ATPase nos grupos com baixa adição de NaCl na dieta.
