IE - Doutorado em Educação Ambiental (Teses)
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Resultados da Pesquisa
- ItemA emancipação, trabalho e solidariedade como elementos centrais da educação ambiental crítica com pescadoras artesanais(2021) Umpierre, Márcia Borges; Anello, Lúcia de Fátima Socoowski deA presente tese teve o objetivo de compreender como a Educação Ambiental Crítica e a Economia Solidária podem contribuir com os PEAs, a fim de que possibilitem a emancipação de pescadores e pescadoras artesanais. Para tanto, a pesquisa foi realizada a partir do materialismo histórico dialético, à luz do qual analisamos, por meio de escuta atenta, nove entrevistas de pescadoras artesanais da Região dos Lagos – RJ e da Região Norte Fluminense que participam dos PEAs FOCO e PESCARTE, exigidos no âmbito do licenciamento ambiental federal. Para que fosse possível compreender como os PEAs atuam, analisamos ainda três entrevistas de coordenadores dos PEAs, bem como documentos do órgão ambiental, responsável pelo licenciamento de petróleo e gás, documentos dos PEAs publicados e disponibilizados, que nos ajudaram na construção desta pesquisa. Para examinarmos todos esses dados, tivemos como suporte teórico autores como Marx, Meszáros, Gramsci, Freire, Loureiro, Quintas, Singer, Biroli e Hellebrandt. Mediante as entrevistas e esses autores, construímos a tese de que, por meio da educação ambiental crítica aliada à economia solidária, é possível construir processos que visem a emancipação de pescadores e pescadoras artesanais, sendo que muitos desses processos já estão em desenvolvimento, mas que há ainda um longo caminho pela frente. Como descrito nas palavras de uma pescadora “está melhorando, não está bom, mas está melhorando. Poderia está pior ainda, mas está melhorando e a gente vê uma luz no fim do túnel. Enquanto tiver esperança a gente luta”.
- ItemO ensino da Engenharia Civil na perspectiva dialética da Educação Ambiental: proposta de emancipação crítica dos sentidos humanos na prática do engenheirar(2020) Nunes, Jorge Luiz Oleinik; Minasi, Luis FernandoA formação de Engenheiros Civis pela Universidade Federal do Rio Grande FURG, no período de 2012 a 2017, constituiu-se o fenômeno material social concreto sensível deste estudo doutoral. O objetivo principal, trabalhado na pesquisa, centralizou-se na identificação, análise e interpretação das condições de trabalho desses egressos que atuam na construção civil, salientando, a partir de suas práticas, as contradições existentes no currículo desenvolvido no processo de sua formação e as exigências do mercado de trabalho para esse profissional. Buscou também compreender as dificuldades que uma grande parte desses egressos tem enfrentado ao iniciar sua vida profissional, em função de carências que a Matriz Curricular formadora apresenta frente ao avanço tecnológico da realidade vigente. Neste estudo, as informações coletadas e interpretadas sobre o fazer profissional dos egressos foram efetuadas com o auxílio das redes sociais, contatos pessoais e do banco de dados da própria Universidade, abrangendo o todo dos egressos desse período. O aporte teórico metodológico da pesquisa foi o Materialismo Histórico e Dialético com a categorização apoiada na concepção de Laurence Bardin, realizada pela Análise de Conteúdo. Os resultados obtidos no estudo constaram a contradição existente entre o Teórico desenvolvido como conteúdo técnico do ensino da Engenharia Civil e a Prática oferecida como exercício de ação enquanto reflexo da aprendizagem desta fundamentação teórica, ambas apartadas da Educação Ambiental, logo, ausente neste currículo. Pelo todo interpretado das falas dos egressos, ratificamos nossa tese constitui-se como eixo de cognição pedagógica em todos os componentes curriculares da formação deste profissional, criarão as condições necessárias para uma sólida formação do Engenheiro Civil, onde a Educação Ambiental enriquecerá o Currículo de modo a produzir, engenheirar o e emancipador dos sentidos humanos do Engenheiro Civil. A crítica feita pelo Materialismo Histórico Dialético levou-nos a entender a dificuldade de haver passos substanciais sob a lógica do capital para resolução popular de problemas sociais, onde a vigência é a maximização de lucros, a concorrência e a propriedade privada. Na Engenharia Civil as formas de produção capitalista são incompatíveis com uma utilização racional de recursos. A Educação Ambiental como um conjunto de práticas pedagógicas e sociais de conteúdo técnico, político e científico que no âmbito das práticas de atenção à saúde da natureza, do homem e da sociedade, precisa ser vivenciada e compartilhada por gestores, professores, técnicos, trabalhadores e setores organizados da população, entre eles a organização de parte dessa população que se dirige a ser engenheiros civis.
- ItemObservatorios sócio-ambientales desde las escuelas rurales de Uruguay: uma herramienta para la educación y la justicia ambiental(2020) Pensado, Solana Ximena González; Machado, Carlos Roberto da SilvaEsta es una investigación de doctorado en Educación Ambiental (EA). Una tesis que utilizó la EA como una herramienta para la co-construcción de Observatorios Socio-Ambientales (OSAs) en las Escuelas Rurales (ER) del Uruguay, si parten de las necesidades, problemas y/o Conflictos Ambientales (CA) de las comunidades. Los OSAs deben ser reflexionados participativamente, siendo una herramienta a constituir que tiene sus limitaciones y oportunidades, con la finalidad de producir una EA para la Justicia Ambiental. Recorremos los caminos de Henri Acselrad; Carlos Frederico Bernardo Loureiro; y, Boaventura de Souza Santos, entre otros. La metodología elegida para abordar los territorios se basó en un abordaje sistémico, enfocando la observación en los vínculos interpersonales e institucionales, tomando en cuenta las personas que habitan y se relacionan con las ER y los agrupamientos. Además de describir los contextos, el tiempo - personal e histórico - en que se realizó, así como los procesos que se fueron dando entre los vínculos observados. Se definieron categorías de análisis, además de tener en cuenta factores desde lo micro a lo macrosistémico, para llegar a describir cuáles son las limitantes y las oportunidades para que se puedan materializar los OSAs en las ER en Uruguay. Los capítulos siguen la estructura de las hipótesis planteadas, con la intención de responderlas, pero sin el afán de que esas respuestas sean acabadas, sin buscar la perfección, pero si la coherencia entre las teorías, la práctica y el análisis que tuvimos a la hora de llevar adelante esta investigación. Es por esto, que se comienza con las bases que sustentan la reflexión entendiendo que la metodología que se utiliza es juez y parte, mirada que interviene en las reflexiones que se hacen de los territorios observados y esta forma de mirarlos, desde cerca o de más lejos . Por esto entendimos que, para cerrar, o abrir la discusión de los capítulos, proponiendo atrevidamente una posible e inacabada forma de pensar los OSAs en ER y agrupamientos en Uruguay. Este trabajo logró identificar las oportunidades y las limitaciones que tienen las ER y los Agrupamientos Escolares, para materializarse los OSAs en dos territorios, uno próximas al Paisaje Protegido Quebrada de los Cuervos - PPQC (Agrupamiento de las Sierras - AS) y en áreas de producción arrocera (Agrupamiento del Arrozal - AA) en el departamento de Treinta y Tres (Uruguay). En el arrozal presenta más limitaciones que oportunidades, visualizando como central el aislamiento y la dependencia de la ER con las empresas. Mientras que en el PPQC tienen sobradas oportunidades, pero el despoblamiento la está dejando sin posibilidad de gestar OSAs. Las ER vinculadas al PPQC suele estar sobreintervenidas con proyectos que no sostienen ni devuelven sus trabajos a los territorios, pero sí son una oportunidad cuando los CA emergen dado que aparecen muchxs actores a protagonizar las discusiones sobre el tema. La ER, como institución que es, está encorsetada en una formalidad, jerarquía, y sistema controlador de las maestras y lxs estudiantes, y vienen perdiendo su espíritu creativo y reflexivo, por lo que los OSAs en ellas podrían ser espacios de creación de nuevas subjetividades, utopías y lucha en el territorio. Aprender de la EA crítica y transformadora para crear nuevas utopías, donde se corren las fronteras, y se podría ir aún más lejos, apostando a una red de OSAs en ER en todo el país, pensado en un gran agrupamiento país, donde sean las propias comunidades que definan cuáles son los problemas o CA, latentes y emergentes, y protagonicen las discusiones que les pertenecen.
- ItemAs ações afirmativas no contexto da FURG mediante a perspectiva da educação ambiental e do pensamento complexo(2020) Jardim, Daniele Barros; Calloni, HumbertoA presente tese buscou analisar as Ações Afirmativas na FURG, entre os anos de 2009 e 2019, mediante a seguinte questão de pesquisa: no contexto universitário da FURG, como se constituem as Ações Afirmativas para a comunidade acadêmica e quais significados e sentidos da Educação Ambiental e do pensamento complexo permeiam esses processos educativos e formativos? Como estratégia metodológica, foi utilizada a Inserção Ecológica, uma vez que essa tem como objetivo avaliar os processos de interação das pessoas com o contexto. Os procedimentos utilizados consistiram em entrevistas individuais com servidores, grupos focais com os estudantes, bem como observações ativas na FURG, mediante a utilização do diário de campo em todas as instâncias. Quanto à apreciação dos dados foi empregada a Análise de Conteúdo, porque a mesma ofereceu as condições necessárias para explorar a gama de informações levantadas na pesquisa. Durante a classificação dos elementos, foram constituídas três grandes categorias para inferência e interpretação: Constituição das Ações Afirmativas no Ensino Superior; Significados e sentidos das questões socioambientais; e Contribuições do Pensamento Complexo para os Fundamentos da Educação Ambiental. O referencial teórico das Ações Afirmativas reconhece a diversidade, desconstrói discursos e práticas e constitui-se em um novo processo de pensar nos indivíduos em geral e na coletividade em especial (FERES JUNIOR e ZONINSEIN, 2006; FONSECA, 2009; MUNANGA, 2005). O referencial da Educação Ambiental auxiliou na reflexão sobre as ações que se destina assegurar, mediante a educação, a integração das múltiplas dimensões como: ambiental, social, ética, cultural, econômica, espacial e política (LAYARGUES, 2000, 2004, 2012; GUIMARÃES, 2004; LOUREIRO, 2004, 2016 e TREIN, 2008). E o referencial do pensamento complexo nos levou a esse profundo processo de reflexão, da crise à solidariedade, dos conceitos às ações, descortinando novos modos de pensar a realidade, com sua complexidade inerente, através de novos modos de dialogar com o mundo (ALMEIDA, 2004 e MORIN, 1998, 2000, 2002, 2005, 2006, 2012). Logo, defende-se a tese que a perspectiva da Educação Ambiental e a dimensão do pensamento complexo colaboram para a compreensão das Ações Afirmativas na FURG, enquanto uma das inúmeras ações que podem cooperar para as reparações sócio históricas no Brasil, uma vez que essa ação política contribuirá para a Universidade repensar sua articulação com o currículo, este enquanto ambiente inclusivo nas relações sócio-culturais-ambientais, em prol de qualificar as relações e a formação de cidadãos críticos, capazes de transformar a crise socioambiental vigente, desarticulando os fatores que desmoralizam essas conquistas. As Ações Afirmativas buscam garantir o desenvolvimento integral do humano, que consequentemente desenvolve o crescimento local e global em todos os aspectos que possamos imaginar. Outrossim, contribui para a reflexão com o objetivo de uma educação mais integradora da condição humana em harmonia com a vida e com o planeta, a partir de uma compreensão de mundo complexa. Reforça-se, assim, a importância de entender e viver a Universidade como espaço de reivindicações e de luta, compreendendo que a mesma tem um papel social relevante, com o potencial de transformar a história da sociedade e a trajetória das Ações Afirmativas.
- ItemO discurso esverdeante como valor de verdade no campo da educação ambiental.(2020) Marques, Isabel Ribeiro; Henning, Paula CorrêaAs discussões atreladas à temática ambiental nunca foram tão presentes como na contemporaneidade. Os discursos entrelaçados á essas questões atravessam diferentes espaços e, muitos desses utilizam o verde como subterfúgio para incentivo ao consumo de determinados produtos e/ou serviços. Presencia-se uma massiva e permanente proliferação discursiva que ensina sobre a crise do planeta, mas ao mesmo tempo, estimula o consumo. Com esses atravessamentos, a presente tese, provindo do Programa de Pós Graduação em Educação Ambiental, na Universidade Federal do Rio Grande, na linha de pesquisa de Fundamentos da Educação Ambiental, a presente tese tem como cerne a formulação do conceito denominado como Discurso Esverdeante. O problema de pesquisa pairou em analisar como a educação ambiental se fabrica através de um Discurso Esverdeante que circula em nossa atualidade. Os contornos metodológicos se deram através de um portfólio de imagens coletadas em diferentes mídias, junto ao Grupo de Estudos em Educação, Cultura, Ambiente e Filosofia (GEECAF), no período de setembro de 2016 até setembro de 2019. Através dessa composição de imagens que se espalharam e com o aporte teórico de autores como Michel Foucault, Gilles Deleuze e Félix Guattari, a escrita buscou fôlego para sustentar e questionar em relação ao que vem sendo ensinado nas massas midiáticas brasileiras. Tais ensinamentos afetam diferentes processos de subjetivação que produzem os sujeitos desse tempo, marcados pela proliferação de Discurso Esverdeante. Esta tese defende a presença de tais discursos e sua produtividade na constituição da Educação Ambiental. Para defesa desse estudo analisou-se duas vertentes basilares a Sustentabilidade e a Ecopolítica, engendradas por uma subjetividade antropocêntrica. A sustentabilidade sendo um conceito muito emblemático na seara ambiental, muitas vezes utilizada indistintamente em diferentes contextos e a ecopolítica, onde além das questões atreladas às políticas da vida, presencia-se uma política concernente às maneiras de se lidar com o planeta. Questiona-se: é possível resistir ao que está dado? Quanto do que se considera ser opinião própria não são verdades dadas, assumidas e que são reproduzidas corriqueiramente? Acompanha-se dos estudos da filosofia da diferença para potencializar o campo da Educação Ambiental e provocar as mais sólidas verdades contemporâneas nessa seara.
