Universidade
Federal do Rio Grande
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IE - Doutorado em Educação Ambiental (Teses)

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    A emancipação, trabalho e solidariedade como elementos centrais da educação ambiental crítica com pescadoras artesanais
    (2021) Umpierre, Márcia Borges; Anello, Lúcia de Fátima Socoowski de
    A presente tese teve o objetivo de compreender como a Educação Ambiental Crítica e a Economia Solidária podem contribuir com os PEAs, a fim de que possibilitem a emancipação de pescadores e pescadoras artesanais. Para tanto, a pesquisa foi realizada a partir do materialismo histórico dialético, à luz do qual analisamos, por meio de escuta atenta, nove entrevistas de pescadoras artesanais da Região dos Lagos – RJ e da Região Norte Fluminense que participam dos PEAs FOCO e PESCARTE, exigidos no âmbito do licenciamento ambiental federal. Para que fosse possível compreender como os PEAs atuam, analisamos ainda três entrevistas de coordenadores dos PEAs, bem como documentos do órgão ambiental, responsável pelo licenciamento de petróleo e gás, documentos dos PEAs publicados e disponibilizados, que nos ajudaram na construção desta pesquisa. Para examinarmos todos esses dados, tivemos como suporte teórico autores como Marx, Meszáros, Gramsci, Freire, Loureiro, Quintas, Singer, Biroli e Hellebrandt. Mediante as entrevistas e esses autores, construímos a tese de que, por meio da educação ambiental crítica aliada à economia solidária, é possível construir processos que visem a emancipação de pescadores e pescadoras artesanais, sendo que muitos desses processos já estão em desenvolvimento, mas que há ainda um longo caminho pela frente. Como descrito nas palavras de uma pescadora “está melhorando, não está bom, mas está melhorando. Poderia está pior ainda, mas está melhorando e a gente vê uma luz no fim do túnel. Enquanto tiver esperança a gente luta”.
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    Solidariedade como fundamento ético para a formação do educador ambiental: estudo de caso no Curso Técnico em Infraestrutura Escolar do Programa de Educação a Distância do Profuncionário - IFSul
    (2016) Arrial, Luciana Roso de; Calloni, Humberto
    A presente pesquisa de doutorado justifica-se na modalidade de ensino a distância do Profuncionário do IFSul, com sede administrativa em Pelotas, RS, Brasil. Tendo como corolário a consciência ética solidária no processo de formação do educador ambiental, assentado na busca por uma resposta possível e desejável quanto ao estatuto ético implícito ao conceito de solidariedade e especificamente refletido no processo de formação do educador ambiental na modalidade EaD. A presente Tese tem por objetivo saber em que medida a solidariedade constitui-se em fundamento ético para o processo de formação do educador ambiental em um curso técnico da modalidade de Ensino a Distância - EaD - à luz do paradigma da Complexidade, cuja teoria é proposta pelo filósofo francês Edgar Morin. Para esta teoria, o ser humano é percebido como produto e produtor de um conjunto de conexões entre sistemas interativos: biológicos, físicos, químicos, culturais, ecológicos, sociais e naturais, que abonam a relação do indivíduo/sujeito com a sociedade e a natureza. O estudo e a reflexão desenvolvem-se a partir de uma pesquisa na EaD, no Curso Técnico de Infraestrutura Escolar, do Programa Profuncionário - IFSul, que possuía 1.778 funcionários-estudantes matriculados em 12 polos no RS, iniciado em junho de 2012 e concluído em abril de 2014 para aqueles que não estiveram em recuperação e exames finais. O problema de pesquisa da Tese possui a seguinte formulação: É a solidariedade, enquanto componente afetivo relacionado a um modo de se conduzir uma prática do cuidado de si e do outro, capaz de se constituir em uma das variantes que podem auxiliar na compreensão da complexidade ética para a formação de educadores ambientais? A hipótese da Tese se estabelece com a seguinte afirmação: "A tecnologia da Educação a Distância possibilita a construção de solidariedades, fundamento ético que constitui a formação do educador ambiental, em novas configurações espaço-temporais, como no Programa Profuncionário do IFSul." A hipótese confirmou que o indivíduo/sujeito trona-se educador ambiental a partir do responsabilizar-se na escola e na comunidade e que esta mesma responsabilidade implica, por sua vez, esforço para aproximação do bem-estar individual conjugado à esfera social, onde a ética é o elemento determinante. A confirmação da hipótese pode ser melhor verificada na medida em que o antes eram ícones em uma tela de computador, passaram a ser possibilidades de transformação de indivíduos em sujeitos conscientes de responsabilidade ética e de compromisso durante o curso, através do desenvolvimento do potencial humano com o enfrentamento pessoal, conforme as 1.156 páginas analisadas e que demonstraram uma rede produtiva de cidadania através da concretude das relações do individual para o coletivo, da reciprocidade da "trans-forma-ação". A metodologia compreende um estudo de caso, onde então se presencia um processo de análise de todas as mensagens disponibilizadas no ambiente Moodle, em três dos 12 polos, entre funcionários-estudantes/tutores a distância e entre tutores presenciais/coordenações, relativo ao curso de Infraestrutura Escolar, bem como as falas dos professores formadores e coordenadores, nas reuniões semanais. A linha de pesquisa escolhida para o desenvolvimento da presente Tese em Educação Ambiental é a de Fundamentos da Educação Ambiental, visto que a mesma favorece a construção de novas e complexas perspectivas sobre a temática solidariedade/ética/educação a distância/educação ambiental.
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    Cativeiros de animais para exibição e a educação ambiental: implicações éticas contemporâneas.
    (2018) Sanchez, Karine Ferreira; Calloni, Humberto
    A presente pesquisa teve por escopo um estudo de caso acerca da vida e permanência de animais em cativeiros, verificando e problematizando em que medida a noção de Educação Ambiental, assim entendida nesses ambientes, pode nos despertar certa perplexidade ao constatarmos a manutenção de ambientes cativos que insistem em servir a uma cultura antropocêntrica que já não se coaduna com os novos paradigmas em curso na atualidade que presumem, dentre outros entendimentos, a responsabilidade moral para com os demais seres vivos, bem como e especialmente, a salvaguarda da ética e dos Direitos Animais. Com efeito, o presente estudo teve como questão central o seguinte enunciado: Como se justifica a permanência do domínio humano sobre a natureza no comportamento contemporâneo de manutenção dos animais em cativeiro e qual a função da Educação Ambiental neste tema? A partir do problema/questão da pesquisa formulou-se a hipótese/Tese de que a Educação Ambiental pode/deve desconstruir noções e conceitos que normatizam/normalizam tanto a permanência quanto a exploração de animais vivos em cativeiros. Para confirmar a referida hipótese, este estudo de caso valeu-se de uma metodologia compatível com os seus propósitos: mapeamento e seleção dos locais a serem estudados; formação de um banco de imagens; observações presenciais; entrevistas com os responsáveis pelos locais; análise dos projetos de Educação Ambiental existentes com suas justificativas e políticas internas. Neste sentido, foram realizados registros de ambientações animais em cativeiros situados no estado do Rio Grande do Sul, tais como zoológicos e criadouros legalizados a seguir discriminados: o Criadouro Conservacionista São Braz, em Santa Maria; o Criadouro Conservacionista da Quinta da Estância, em Viamão; o GramadoZoo, em Gramado e a Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul, em Sapucaia do Sul. A hipótese da pesquisa foi confirmada no sentido de que não existem justificativas que estabeleçam a legitimidade da manutenção da cultura de animais em cativeiro para entretenimento, pesquisa, conservação ou Educação Ambiental, sempre que levarmos em conta a consideração ética. Os resultados demonstram que a justificativa de manutenção dos animais cativos, que escape à pura salvaguarda destes animais, ou se aproveite dela para outros fins, ignorando a natureza dos animais, permanece como um "retrocesso moral" na nossa sociedade, sendo agravada pela cumplicidade de determinados enfoques de Educação. Desta forma, postula-se a abolição progressiva desses locais de cativeiro como atitude ética pertinente e adequada ao nosso século. Por outro lado, o referencial teórico foi estabelecido com os conceitos de Ética de Edgar Morin, Albert Schweitzer e Carlos Naconecy; Estudos sobre o Homo sapiens, e sua relação com outros seres a partir de Yuval Harari, Charles Darwin e Keith Thomas, além das considerações fundamentais de Peter Singer, Gary Francione, Tom Reagan e Fernanda de Medeiros acerca dos Direitos Animais. A justificativa da pesquisa se dá na preocupação com a vida de outros seres sencientes - e não somente os humanos - que diariamente se encontram em estado de grande sofrimento.
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    O ensino da Engenharia Civil na perspectiva dialética da Educação Ambiental: proposta de emancipação crítica dos sentidos humanos na prática do engenheirar
    (2020) Nunes, Jorge Luiz Oleinik; Minasi, Luis Fernando
    A formação de Engenheiros Civis pela Universidade Federal do Rio Grande FURG, no período de 2012 a 2017, constituiu-se o fenômeno material social concreto sensível deste estudo doutoral. O objetivo principal, trabalhado na pesquisa, centralizou-se na identificação, análise e interpretação das condições de trabalho desses egressos que atuam na construção civil, salientando, a partir de suas práticas, as contradições existentes no currículo desenvolvido no processo de sua formação e as exigências do mercado de trabalho para esse profissional. Buscou também compreender as dificuldades que uma grande parte desses egressos tem enfrentado ao iniciar sua vida profissional, em função de carências que a Matriz Curricular formadora apresenta frente ao avanço tecnológico da realidade vigente. Neste estudo, as informações coletadas e interpretadas sobre o fazer profissional dos egressos foram efetuadas com o auxílio das redes sociais, contatos pessoais e do banco de dados da própria Universidade, abrangendo o todo dos egressos desse período. O aporte teórico metodológico da pesquisa foi o Materialismo Histórico e Dialético com a categorização apoiada na concepção de Laurence Bardin, realizada pela Análise de Conteúdo. Os resultados obtidos no estudo constaram a contradição existente entre o Teórico desenvolvido como conteúdo técnico do ensino da Engenharia Civil e a Prática oferecida como exercício de ação enquanto reflexo da aprendizagem desta fundamentação teórica, ambas apartadas da Educação Ambiental, logo, ausente neste currículo. Pelo todo interpretado das falas dos egressos, ratificamos nossa tese constitui-se como eixo de cognição pedagógica em todos os componentes curriculares da formação deste profissional, criarão as condições necessárias para uma sólida formação do Engenheiro Civil, onde a Educação Ambiental enriquecerá o Currículo de modo a produzir, engenheirar o e emancipador dos sentidos humanos do Engenheiro Civil. A crítica feita pelo Materialismo Histórico Dialético levou-nos a entender a dificuldade de haver passos substanciais sob a lógica do capital para resolução popular de problemas sociais, onde a vigência é a maximização de lucros, a concorrência e a propriedade privada. Na Engenharia Civil as formas de produção capitalista são incompatíveis com uma utilização racional de recursos. A Educação Ambiental como um conjunto de práticas pedagógicas e sociais de conteúdo técnico, político e científico que no âmbito das práticas de atenção à saúde da natureza, do homem e da sociedade, precisa ser vivenciada e compartilhada por gestores, professores, técnicos, trabalhadores e setores organizados da população, entre eles a organização de parte dessa população que se dirige a ser engenheiros civis.
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    Observatorios sócio-ambientales desde las escuelas rurales de Uruguay: uma herramienta para la educación y la justicia ambiental
    (2020) Pensado, Solana Ximena González; Machado, Carlos Roberto da Silva
    Esta es una investigación de doctorado en Educación Ambiental (EA). Una tesis que utilizó la EA como una herramienta para la co-construcción de Observatorios Socio-Ambientales (OSAs) en las Escuelas Rurales (ER) del Uruguay, si parten de las necesidades, problemas y/o Conflictos Ambientales (CA) de las comunidades. Los OSAs deben ser reflexionados participativamente, siendo una herramienta a constituir que tiene sus limitaciones y oportunidades, con la finalidad de producir una EA para la Justicia Ambiental. Recorremos los caminos de Henri Acselrad; Carlos Frederico Bernardo Loureiro; y, Boaventura de Souza Santos, entre otros. La metodología elegida para abordar los territorios se basó en un abordaje sistémico, enfocando la observación en los vínculos interpersonales e institucionales, tomando en cuenta las personas que habitan y se relacionan con las ER y los agrupamientos. Además de describir los contextos, el tiempo - personal e histórico - en que se realizó, así como los procesos que se fueron dando entre los vínculos observados. Se definieron categorías de análisis, además de tener en cuenta factores desde lo micro a lo macrosistémico, para llegar a describir cuáles son las limitantes y las oportunidades para que se puedan materializar los OSAs en las ER en Uruguay. Los capítulos siguen la estructura de las hipótesis planteadas, con la intención de responderlas, pero sin el afán de que esas respuestas sean acabadas, sin buscar la perfección, pero si la coherencia entre las teorías, la práctica y el análisis que tuvimos a la hora de llevar adelante esta investigación. Es por esto, que se comienza con las bases que sustentan la reflexión entendiendo que la metodología que se utiliza es juez y parte, mirada que interviene en las reflexiones que se hacen de los territorios observados y esta forma de mirarlos, desde cerca o de más lejos . Por esto entendimos que, para cerrar, o abrir la discusión de los capítulos, proponiendo atrevidamente una posible e inacabada forma de pensar los OSAs en ER y agrupamientos en Uruguay. Este trabajo logró identificar las oportunidades y las limitaciones que tienen las ER y los Agrupamientos Escolares, para materializarse los OSAs en dos territorios, uno próximas al Paisaje Protegido Quebrada de los Cuervos - PPQC (Agrupamiento de las Sierras - AS) y en áreas de producción arrocera (Agrupamiento del Arrozal - AA) en el departamento de Treinta y Tres (Uruguay). En el arrozal presenta más limitaciones que oportunidades, visualizando como central el aislamiento y la dependencia de la ER con las empresas. Mientras que en el PPQC tienen sobradas oportunidades, pero el despoblamiento la está dejando sin posibilidad de gestar OSAs. Las ER vinculadas al PPQC suele estar sobreintervenidas con proyectos que no sostienen ni devuelven sus trabajos a los territorios, pero sí son una oportunidad cuando los CA emergen dado que aparecen muchxs actores a protagonizar las discusiones sobre el tema. La ER, como institución que es, está encorsetada en una formalidad, jerarquía, y sistema controlador de las maestras y lxs estudiantes, y vienen perdiendo su espíritu creativo y reflexivo, por lo que los OSAs en ellas podrían ser espacios de creación de nuevas subjetividades, utopías y lucha en el territorio. Aprender de la EA crítica y transformadora para crear nuevas utopías, donde se corren las fronteras, y se podría ir aún más lejos, apostando a una red de OSAs en ER en todo el país, pensado en un gran agrupamiento país, donde sean las propias comunidades que definan cuáles son los problemas o CA, latentes y emergentes, y protagonicen las discusiones que les pertenecen.
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    As ações afirmativas no contexto da FURG mediante a perspectiva da educação ambiental e do pensamento complexo
    (2020) Jardim, Daniele Barros; Calloni, Humberto
    A presente tese buscou analisar as Ações Afirmativas na FURG, entre os anos de 2009 e 2019, mediante a seguinte questão de pesquisa: no contexto universitário da FURG, como se constituem as Ações Afirmativas para a comunidade acadêmica e quais significados e sentidos da Educação Ambiental e do pensamento complexo permeiam esses processos educativos e formativos? Como estratégia metodológica, foi utilizada a Inserção Ecológica, uma vez que essa tem como objetivo avaliar os processos de interação das pessoas com o contexto. Os procedimentos utilizados consistiram em entrevistas individuais com servidores, grupos focais com os estudantes, bem como observações ativas na FURG, mediante a utilização do diário de campo em todas as instâncias. Quanto à apreciação dos dados foi empregada a Análise de Conteúdo, porque a mesma ofereceu as condições necessárias para explorar a gama de informações levantadas na pesquisa. Durante a classificação dos elementos, foram constituídas três grandes categorias para inferência e interpretação: Constituição das Ações Afirmativas no Ensino Superior; Significados e sentidos das questões socioambientais; e Contribuições do Pensamento Complexo para os Fundamentos da Educação Ambiental. O referencial teórico das Ações Afirmativas reconhece a diversidade, desconstrói discursos e práticas e constitui-se em um novo processo de pensar nos indivíduos em geral e na coletividade em especial (FERES JUNIOR e ZONINSEIN, 2006; FONSECA, 2009; MUNANGA, 2005). O referencial da Educação Ambiental auxiliou na reflexão sobre as ações que se destina assegurar, mediante a educação, a integração das múltiplas dimensões como: ambiental, social, ética, cultural, econômica, espacial e política (LAYARGUES, 2000, 2004, 2012; GUIMARÃES, 2004; LOUREIRO, 2004, 2016 e TREIN, 2008). E o referencial do pensamento complexo nos levou a esse profundo processo de reflexão, da crise à solidariedade, dos conceitos às ações, descortinando novos modos de pensar a realidade, com sua complexidade inerente, através de novos modos de dialogar com o mundo (ALMEIDA, 2004 e MORIN, 1998, 2000, 2002, 2005, 2006, 2012). Logo, defende-se a tese que a perspectiva da Educação Ambiental e a dimensão do pensamento complexo colaboram para a compreensão das Ações Afirmativas na FURG, enquanto uma das inúmeras ações que podem cooperar para as reparações sócio históricas no Brasil, uma vez que essa ação política contribuirá para a Universidade repensar sua articulação com o currículo, este enquanto ambiente inclusivo nas relações sócio-culturais-ambientais, em prol de qualificar as relações e a formação de cidadãos críticos, capazes de transformar a crise socioambiental vigente, desarticulando os fatores que desmoralizam essas conquistas. As Ações Afirmativas buscam garantir o desenvolvimento integral do humano, que consequentemente desenvolve o crescimento local e global em todos os aspectos que possamos imaginar. Outrossim, contribui para a reflexão com o objetivo de uma educação mais integradora da condição humana em harmonia com a vida e com o planeta, a partir de uma compreensão de mundo complexa. Reforça-se, assim, a importância de entender e viver a Universidade como espaço de reivindicações e de luta, compreendendo que a mesma tem um papel social relevante, com o potencial de transformar a história da sociedade e a trajetória das Ações Afirmativas.
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    Educação ambiental e o ensino de administração: desafios e perspectivas - um estudo de caso no curso de administração da FURG-
    (2017) Malta, Suzana de Oliveira; Calloni, Humberto
    Esta tese situada na linha de pesquisa Fundamentos em Educação Ambiental (FEA), do Programa de Pós-graduação em Educação Ambiental da Universidade Federal do Rio Grande (FURG), contemplou a seguinte problemática de pesquisa: "Quais são os principais desafios e perspectivas relativos ao processo de ambientalização curricular do curso de Administração da FURG?". Os novos parâmetros da legislação brasileira impõem a inserção do debate ambiental na educação formal, fazendo com que as Instituições de Ensino Superior (IES) assumam a responsabilidade de formar profissionais que estejam preparados tecnicamente para atuar em suas atividades, mas que também sejam sensíveis e conscientes para lidar com os problemas ambientais. A realidade do curso de Administração foi abordada partindo da seguinte hipótese: "A falta de fundamentação teórica e metodológica, por parte dos docentes, para trabalhar as questões ambientais se evidenciam como os principais desafios para a implementação da Educação Ambiental no curso de Administração da FURG". Para a realização do estudo, foram analisados o Projeto Pedagógico do curso de Administração da FURG, os planos de ensino das disciplinas e realizadas entrevistas semiestruturadas com os docentes que trabalham no curso de Administração. Na análise dos dados produzidos utilizou-se a Análise Textual Discursiva, metodologia proposta por Moraes e Galiazzi, escolhida justamente por permitir a produção de novas compreensões sobre os fenômenos e discursos. O movimento de análise sintetizou em quatro categorias os significados construídos através dos relatos produzidos nas entrevistas junto aos docentes: Educação Ambiental no curso de Administração: fragilidades e desafios a serem enfrentados; Visões da Educação Ambiental: diferentes interpretações elaboradas pelos docentes do curso de Administração; Reflexões sobre a formação do administrador e o seu papel no estímulo do consumo e na degradação ambiental; Gestão Ambiental, Sustentabilidade e Responsabilidade Social: discursos sobre as questões ambientais baseados numa visão economicista. Os metatextos construídos a partir do diálogo do campo empírico com o campo teórico que inclui, entre outros autores, Morin, Saito, Guimarães, Layrargues, Leff, Loureiro e Sauvé, sintetizam o movimento de desconstrução e (re)construção das narrativas. As discussões contidas nos metatextos identificam os desafios para trabalhar com a Educação Ambiental no curso de Administração como sendo originados por diversos fatores, que passam pelo desconhecimento da legislação ambiental e pela dificuldade de operacionalizar a transversalidade, entre outros. O que se percebe é que essas dificuldades acabam definindo um cenário de intenções que não são realizadas ou de ações que são incipientes no que se refere à implementação da EA. A Educação Ambiental, através de seus aportes teóricos, abre um estimulante espaço para um repensar de práticas sociais e do papel dos educadores. Neste sentido, o enfoque em conjunto da complexidade e da transdisciplinaridade possibilitaria uma forma diferente de pensar os problemas contemporâneos, colaborando para uma práxis pedagógica em Educação Ambiental, que incorpora os temas ligados à realidade através do diálogo entre educadores e educandos.
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    Educação Ambiental e os lugares das infâncias: uma nova interpretação para o acolhimento institucional através das crianças.
    (2017) Cruz, Raquel Cunha; Paludo, Simone dos Santos
    Este trabalho buscou através dos olhares das crianças em situação de acolhimento compreender o ambiente institucional. A partir da abordagem Bioecológica do desenvolvimento humano, sociologia da infância e da educação ambiental foi possível traçar alguns propósitos que auxiliaram na aproximação com a problemática do estudo, sendo eles: Conhecer e compreender a organização do atendimento às crianças no cotidiano institucional na perspectiva da criança; investigar as concepções sobre infância que as crianças identificam no cotidiano institucional; Buscar os significados atribuídos para as experiências no ambiente institucional pelo o olhar das crianças. O estudo foi desenvolvido em duas casas de acolhimento do município de Rio Grande/RS, que recebem crianças asseguradas pela medida de proteção por determinação do Juizado da Infância e Juventude. Participaram desta investigação 5 crianças com idade entre 5 e 11 anos, vivenciando o acolhimento no mínimo à 6 meses. A metodologia de base foi à Inserção Ecológica. Como instrumento de produção dos dados foi utilizado o registro fotográfico como estratégia de narração, no qual os participantes receberam orientações para fotografar. Os registros foram semanais, os quais totalizaram 8 semanas e os participantes após registro fotográfico narraram ao pesquisador sua escolha. A Análise Textual Discursiva (ATD) orientou o processo de análise de dados. As crianças evidenciaram em suas narrativas o quanto as casas de acolhimento podem ser um lugar de brincadeiras, de moradia coletiva e, principalmente, de construção de vínculos entre as crianças. Esta proposta possibilitou compreendermos que o ambiente de acolhimento é percebido pelas crianças como possibilidade de relações, independente do tempo de estadia, pois as crianças vivem suas experiências na totalidade.
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    Formação do educador ambiental a partir do conhecimento didático do conteúdo: uma experiência no contexto EaD no Brasil.
    (2017) Ariza, Leidy Gabriela Ariza; Freitas, José Vicente de
    A tese propõe uma compreensão do aspecto do conhecimento didático do conteúdo (CDC), na formação do educador ambiental para sua constituição como profissional na educação, a partir do epistemológico, pedagógico, contextual, disciplinar, afetivo e histórico, como uma forma de contribuir no campo da didática na Educação Ambiental. O reconhecimento desses aspectos como propósito do ensino de Educação Ambiental na formação, com o eixo na interpretação, descrição de categorias empíricas e teóricas com a metodologia de pesquisa ATD (Análise Textual Discursiva), utilizando como ferramenta tecnológica Atlas.Ti para o tratamento dos dados qualitativos. Na compreensão do CDC na Educação Ambiental, a partir das categorias emergentes, caracteriza-se a constituição do educador ambiental a partir da intencionalidade na formação e propõe-se relações para representar esse conhecimento. O recorte amostral refere-se a três cursos de especialização em Educação Ambiental das seguintes universidades brasileiras: FURG, UFMS e UFOP. Como parte do corpo de análise foca-se as políticas em educação ambiental locais e geral e sua relação com a formação de educadores, políticas públicas da educação a distância no país de estudo, documentação dos curso e entrevistas. Identifica-se características heurísticas entre o substantivo, sintático, estético e dinâmico do conhecimento, a partir da transformação, a ética, o pertencimento, a coletividade, territorialidade, democratização, participação, motivação, reflexão e ação, saberes, cultura, entre outros elementos cognitivos, procedimentais e atitudinais na formação curricular dos educadores ambientais. Na pesquisa conclui-se que ensinar educação ambiental não só é apelar as leis e processos, mas envolve interações pedagógicas, disciplinais, epistemológicas, históricas e do contexto nos diferentes campos das ações. Ser educador ambiental é um compromisso social, um ator político e eticamente responsável de ações e processos socioambientais, um reconhecedor de conteúdos inter-relacionados e articulados, constituído das vivências e ontologias próprias que trazem ações de ensino, é um diálogo interno e coletivo.
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    Resiliência profissional e a Educação Ambiental: promoção de ambientes de desenvolvimento em instituição de acolhimento.
    (2017) Bersch, Ângela Adriane Schmidt; Yunes, Maria Angela Mattar
    A Tese organizada em artigos teve por objetivo investigar e compreender a dinâmica de trabalho dos educadores sociais em instituições de acolhimento, e propôs um Programa de intervenção formador com foco na promoção da resiliência profissional, sob a perspcetiva da Educação Ambiental não formal. No texto abordamos inicialmente as interlocuções entre a abordagem Bioecológica, a Educação Ambiental e a resiliência no contexto profissional, temas que perpassam e conectam a trama da escrita dessa Tese. A associação das metodologias: Inserção Ecológica, Modelo Experiencial, Teoria Fundamentada nos Dados e o software Atlas.ti potencializou o olhar ecológico proposto nesta pesquisa qualitativa. Os primeiros dados a partir de um mapeamento mais amplo com a participação de 30 educadores sociais de 3 instituições de acolhimento visaram a compreender a (re)signficação da identidade do Educador Social no ambiente institucional. Os dados coletados nesse estudo evidenciaram a urgência de processos formativos, para que o Educador Social se constitua em um tutor de resiliência. Para tanto, este profissional precisa se entender como promotor de bons tratos, de relações de apego e de afetividade garantindo um desenvolvimento positivo dele e dos acolhidos. As concepções e imagens sociais dos educadores sociais sobre aspectos relacionados a instituição de acolhimento se revelaram negativos, esteriotipados e pessimistas. Fato que motivou a equipe do Centro de Referência em Apoio às Famílias (CRAF) a organizar o Programa de formação que visou a desmistificar e descristalizar estas crenças e qualificar as relações no ambiente em prol da resiliência profissional. O Programa balizado pelo modelo experiencial tendo como tônica a linguagem corporal e o diálogo foi estruturado em 4 módulos, 16 sessões e ocorreu em 2016, com 10 educadores sociais, em um microssistema - instituição de acolhimento - de um município do extremo sul do RS. Destacamos a potência desta proposta em identificar fatores de risco e transformá-los em fatores de proteção, tais como: ampliar a capacidade de comunicação interpessoal por meio do diálogo e da linguagem corporal; demonstrar mais motivação, esperança e credibilidade no trabalho em equipe; investir mais afetividade com os colegas e acolhidos; ampliar a presença do componente lúdico e cooperativo nas intervenções, bem como do humor positivo. São elementos essenciais na elaboração da resiliência profissional em contextos de risco. Portanto, a Bioecologia e o olhar ecológico são possibilidades potentes de Educação Ambiental a partir da melhoria da qualidade das relações em contextos de risco por meio da promoção da resiliência profissional.