Universidade
Federal do Rio Grande
  • Alto contraste


 

IE – Doutorado em Educação em Ciências (Teses)

URI permanente para esta coleçãohttps://rihomolog.furg.br/handle/123456789/11522

Navegar

Resultados da Pesquisa

Agora exibindo 1 - 3 de 3
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Escola promotora da igualdade de gênero e de sexualidade: uma constituição em tramas históricas e no cotidiano da Educação Infantil
    (2024) Pereira, Lara Torrada; Ribeiro, Paula Regina Costa; Rizza, Juliana Lapa
    Esta tese de doutorado foi desenvolvida no Programa de Pós-Graduação Educação em Ciências da Universidade Federal do Rio Grande - Furg, na linha de pesquisa intitulada “Discursos, culturas e subjetividades na Educação em Ciências”. A pesquisa teve como objetivo investigar como uma Escola Municipal de Educação Infantil (EMEI), da cidade de Rio Grande/RS, vem se produzindo em meio a relações de poder/saber enquanto uma instituição que promove o debate das questões de gênero e de sexualidade. Esse estudo foi produzido a partir de algumas inspirações acerca do conceito de história proposto por Michel Foucault e sobre produção de experiência a partir de Jorge Larrosa, além dos conceitos-adjetivos de educação maior e menor, cunhados por Silvio Gallo. Ainda, a pesquisa apresenta ao longo da escrita, interlocuções com outros pressupostos foucaultianos, com o campo dos estudos de gênero e da educação para a sexualidade, que nos possibilitaram pensar gênero e sexualidade articulados com a Educação Infantil. Para a produção de dados, buscamos apoio na metodologia da investigação narrativa, a qual foi produzida a partir de quatro instrumentos: entrevistas com membros da gestão da EMEI e com duas professoras que participaram do Projeto Escola Promotora da Igualdade de Gênero; encontros narrativos com as professoras e a gestão da EMEI; construção de um diário com as percepções da pesquisadora ao longo do desenvolver da pesquisa; e outras fontes de dados narrativos que marcaram a EMEI. A análise se constituiu com base na ramificação de dois capítulos analíticos, que emergiram a partir dos dados narrativos, os quais entendemos como potentes para pensarmos na produção da EMEI enquanto uma escola promotora das questões de gênero e de sexualidade. No primeiro capítulo de análise, problematizamos fatos e acontecimentos presentes nas tramas históricas da EMEI, que se evidenciaram na luta da comunidade em que a escola está inserida geograficamente a fim de que ela existisse naquele espaço; na participação da EMEI no Projeto Escola Promotora da Igualdade de Gênero; na participação das famílias das crianças nas atividades e no cotidiano da EMEI; na trajetória acadêmica da professora Deborah Thomé Sayão, que dá nome à escola; e nos atravessamentos e feitos do movimento antigênero na escola. Já no segundo capítulo analítico, foram problematizadas algumas ações que emergiram do cotidiano escolar, que pulsaram nas relações desse cotidiano, as quais tomamos como educações menores e estão diretamente imbricadas na produção da EMEI enquanto uma escola que promove o debate das questões de gênero e de sexualidade. Além disso, nesse processo de constituir-se uma escola promotora, a EMEI reconhece a instituição escolar como espaço generificado e sexualizado. Com isso, busca questionar, relativizar, desnaturalizar, junto às crianças, às famílias e ao seu corpo docente, os entendimentos das normas de gênero e de sexualidade. Por fim, nessa escrita, apontamos que é necessário multiplicar as potencialidades de espaços de formação docente sobre as temáticas de gênero e de sexualidade com o intuito de que as escolas, desde a primeira infância, repensem coletivamente as normas que (re)produzem discriminações. É preciso buscar as brechas com o propósito de possibilitar um pensar diferente dos padrões, o qual possa reverberar na constituição das/os sujeitas/os.
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Experiências e processos de subjetivação de homens autores de violência em grupos reflexivos de gênero da comarca do Rio Grande/RS
    (2023) Hatje, Luis Felipe; Magalhães, Joanalira Corpes; Ribeiro, Paula Regina Costa
    Esta tese de doutorado foi desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências, na linha de pesquisa “Discursos, culturas e subjetividades na Educação em Ciências”. A Lei Maria da Penha instituiu, em 2006, mecanismos de coibição da violência doméstica e familiar, estabelecendo medidas de prevenção, assistência e proteção às mulheres, como a formação de grupos reflexivos de gênero, compostos por homens autores de violência, para acompanhamento em centros de educação e reabilitação. A pesquisa tem como objetivo problematizar Grupos Reflexivos de Gênero da Comarca do Rio Grande/RS e as experiências dos homens autores de violência participantes desses grupos. E como objetivos específicos: analisar os aspectos regulatórios e legais dos grupos reflexivos gênero para homens autores de violência doméstica; problematizar as transformações das formas de punição, desde os suplícios até abordagens pedagógicas, e investigar a percepção dos homens que participam dos grupos em relação à função dessas práticas como instrumentos de reeducação para autores de violência; analisar as narrativas de homens autores de violência, a fim de perceber as experiências desses sujeitos sobre as relações de gênero e produções das masculinidades. Esta pesquisa está subsidiada nos estudos pós-estruturalistas, bem como em autoras/es que discutem a temática da violência doméstica e familiar articulada com os saberes educacionais e jurídicos.No que diz respeito às discussões em torno do campo da Educação em Ciências, este estudo parte do pressuposto de que a produção de saberes presentes nos grupos, as condições de possibilidade para emergência deles e as pedagogias envolvidas são construções históricas, sociais, culturais e discursivas, permeadas de valores e significados, os quais são representados e engendradas mediante relações de poder-saber. Como metodologia de pesquisa, valemo-nos de análise documental e de investigação narrativa. Dessa forma, foram realizadas: 1) análise documental da legislação protetiva da mulher e de documentos regulatórios dos Grupos Reflexivos de Gênero; 2) entrevistas com homens autores de violência envolvidos nesses grupos, facilitadores/as dos grupos e magistrada do Juizado da Violência Doméstica e Familiar; 3) produção de diários de campo. Para a análise dos dados, utilizamos algumas ferramentas de inspiração foucaultiana. Nas análises realizadas, verificou-se, nos documentos legais, série de estratégias para conduzir os sujeitos a conduta não violenta no ambiente doméstico, como recomendações de desconstrução da masculinidade hegemônica e possibilidade de produção e de vivência das masculinidades. Constatou-se existência de currículo nos grupos reflexivos de gênero, com a finalidade de tornar homens autores de violência capazes de se governarem. Por meio das entrevistas, constatou-se a violência doméstica vinculada às desigualdades de gênero e às visões dominantes de masculinidade. Por outro lado, inferiu-se participação dos homens nos grupos não enquanto prática punitiva, mas construindo processo pedagógico capaz de promover reflexões e responsabilização de atos. Assim, interpelados por construções socioculturais, a mudança de comportamentos violentos dos homens torna-se possível a partir de grupos reflexivos emergentes como estratégia para combater a violência. Portanto, a relevância desta pesquisa consistiu em promover o debate acerca de masculinidades de comportamento violento e de mecanismos utilizados para tentar inibir tais práticas.
  • Imagem de Miniatura
    Item
    O experienciar na constituição do(a) professor(a) de educação física para atuar em processos inclusivos
    (2023) Silva, Camila Rubira; Laurino, Débora Pereira
    Na presente Tese buscamos compreender e gerar explicações para o questionamento: “Como no/pelo experienciar acontece a Formação e a Constituição de Professores(as) de Educação Física para atuar em processos inclusivos?”. Para tanto, primeiramente, situamos como o movimento de Inclusão Educacional vem se configurando no cenário nacional por meio de políticas educacionais inclusivas, sobretudo, no que implicam o(a) professor(a) de Educação Física. Com o propósito de explicar o questionamento mote desta pesquisa, adotamos dois caminhos investigativos, fundamentando nossas explicações científicas com base nas concepções de Humberto Maturana e de Jorge Larrosa. No primeiro, tecemos um conversar a partir de um mapeamento na Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações entre o período de jan./2000 à dez./2020, a fim de compreender a produção científica sobre a Formação e Constituição de Professores(as) de Educação Física para atuar em processos inclusivos. Na elaboração desse conversar, optamos pela produção de um Estado do Conhecimento de Teses e Dissertações, adotando na análise dos resumos as técnicas na Análise de Conteúdo (BARDIN, 2011). Assim, identificamos 26 produções científicas, sendo oito Teses e 18 Dissertações, nas quais a abordagem correspondeu 62% Formação Continuada e 38% Formação Inicial. Essas produções evidenciaram, dentre outros aspectos: uma compreensão restrita por parte dos(as) professores(as) sobre o público-alvo da Educação Inclusiva; a importância do trabalho colaborativo entre professores(as) e acadêmico(as); a necessidade da promoção de experiências com a Inclusão Escolar nos cursos de licenciatura, assim como, do tratamento interdisciplinar entre as disciplinas específicas voltadas a esta temática e as demais da grade curricular. No segundo caminho, investigamos e compreendemos as percepções e experiências formativas com/na Inclusão Escolar vivenciadas e partilhadas por 12 acadêmicos(as) e egressos(as) de um curso de Licenciatura em Educação Física de uma Universidade Federal do Extremo Sul do Brasil, por meio de narrativas elaboradas a partir de um conversar. No tratamento das narrativas adotamos a técnica Discurso do Sujeito Coletivo (DSC) (LEFÈVRE; LEFÈVRE, 2005). Assim, elaboramos quatro discursos, intitulados respectivamente: Experiências do sentir-se um(a) professor(a) inclusivo(a); Experiências do conviver na Formação Inicial para atuar em processos inclusivos; Experiências do ser professor(a) inclusivo(a); Experiências do agir em processos inclusivos. Identificamos que a Formação e a Constituição de Professores(as) de Educação Física, acontece por meio de experiências do conviver desde a Formação Inicial de Professores(as) e das ações que os(as) acadêmicos(as) e professores(as) desenvolvem na relação com os(as) estudantes, de modo que essas experiências e ações possam contribuir para a construção do saber e do fazer docente, colaborar para o sentir-se professor(a) inclusivo(a) e definir a partir de si mesmo o seu modo de ser inclusivo(a). Evidenciamos que a Formação e a Constituição de Professores(as) de Educação Física para atuar em processos inclusivos acontece no/pelo experienciar da autoaceitação, da autoconfiança e do autorrespeito dos(as) professores(as) em formação pelo seu próprio ser, saber e fazer docente, de modo que assim possam atuar na cocriação de espaços de conversação que possibilitem a convivência na legitimidade de sua presença e da presença do outro(a), o(a) estudante. Consideramos que esta pesquisa possa contribuir para compreendermos as implicações das experiências vivenciadas na formação profissional de professores(as) de Educação Física visando à construção de saberes docentes que poderão auxiliar para atuarmos em processos inclusivos.