Universidade
Federal do Rio Grande
  • Alto contraste


 

EQA - Programa de Pós-Graduação em Engenharia e Ciência de Alimentos

URI permanente desta comunidadehttps://rihomolog.furg.br/handle/1/1999

Navegar

Resultados da Pesquisa

Agora exibindo 1 - 10 de 15
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Nanocarreadores lipídicos contendo ácidos graxos insaturados provenientes de tainha (Mugil liza) como transportadores de carotenoides
    (2016) Martinez, Juana Maria Huisa; Prentice-Hernández, Carlos; Dora, Cristiana Lima
    Inúmeros benefícios à saúde foram demonstrados com a utilização de ácidos graxos poli-insaturados em diferentes fases da vida humana, tais como na etapa fetal, infância e na velhice. Os benefícios destes lipídios, representados principalmente pelo ácido docosaexaenoico (DHA) e eicosapentaenoico (EPA), na dieta têm sido extensivamente estudados em sistemas celulares, em ensaios clínicos e em estudos epidemiológicos. Assim, seria importante fortificar alimentos com lipídios bioativos para oferecer aos seres humanos com importantes benefícios à saúde, no entanto, ainda há muitos desafios associados com a incorporação destes em alimentos. Muitos lipídios bioativos são físico-quimicamente instáveis e suscetíveis a mudanças ambientais, especialmente quando introduzidos em sistemas alimentares complexos. Uma alternativa para evitar a degradação desses lipídios seria obter nanocarreadores com um núcleo lipídico rodeado por materiais absorvidos e formar sistemas transportadores que ajudem a melhorar os fatores de instabilidade física. Ainda, nestes sistemas é possível incorporar compostos antioxidantes para potencializar os efeitos protetores ao organismo, como a astaxantina. Diante disto, este trabalho teve como objetivo desenvolver carreadores lipídicos nanoestruturados (CLN) e nanoemulsões (NE) contendo astaxantina, utilizando um concentrado de ácidos graxos insaturados obtido de tainha (Mugil liza) como componente da fase oleosa dos carreadores. Inicialmente, foi processada a tainha liberando as proteínas por hidrólise enzimática, utilizando Alcalase, para recuperar os lipídios; em seguida os ácidos graxos insaturados de tainha foram concentrados com auxílio de hidrolise lipídica comparando duas lipases de Candida rugosa e Candida antarctica. A continuação foi feita a complexação com ureia obtendo-se um concentrado de ácidos graxos insaturados de tainha (CAGIT) com 86,6% de ácidos graxos insaturados. Os nanocarreadores (CLN e NE) foram preparados através do método de homogeneização à alta pressão, utilizando-se formulações que poderiam conter CAGIT, ácido oleico e cera de carnaúba como componentes da fase oleosa, Span 80 e Tween 20, como surfactantes. Os CLNs e NEs contendo astaxantina foram obtidos e caracterizados através da determinação do diâmetro de partícula, indice de polidispersão (PDI), potencial zeta, e teor de astaxantina. Os resultados indicaram que as nanoemulsões apresentaram tamanho de aproximadamente 155 nm, potencial zeta negativo (-40mV) e teor de astaxantina de aproximadanente 173 μg/mL. Para os carreadores lipídicos nanoestruturados foi verificado um tamanho em torno de 274 nm, potencial zeta também negativo (-32mV) e teor de astaxantina de 39,04 μg/mL. Estes dados indicam que foram desenvolvidos nanocarreadores utilizando o concentrado de ácidos graxos insaturados de tainha como fase oleosa, mas que a nanoemulsão apresentou capacidade de incorporar maiores quantidades de astaxantina que os carreadores lipídicos nanoestruturados.
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Desenvolvimento e caracterização de empanado a partir de corvina (Micropogonias furnieri)
    (2006) Bonacina, Marlice Salete; Queiroz, Maria Isabel
    O trabalho teve por objetivo a elaboração de empanado de pescado utilizando a espécie corvina (Micropogonias furnieri). A formulação foi escolhida através de um planejamento fatorial completo 23, com triplicata dos pontos centrais variando-se o tempo de lavagem do músculo (0; 15 e 30 segundos), concentração de lactato de sódio (0; 0,8 e 1,6%) e de leite em pó (0; 1 e 2%). As variáveis respostas consideradas foram a capacidade de retenção de água (CRA), umidade, proteína e gordura, bem como a qualidade sensorial geral e os atributos de aparência, textura, em especial crocancia e sabor. Os resultados demonstraram que o tempo de lavagem do músculo, foi o fator de maior influencia nas características sensoriais do produto, enquanto que as características físico-químicas sofreram influência dos três fatores estudados. Assim sendo a formulação selecionada cumpriu a condição de 30 segundos de lavagem do músculo, 2% de leite em pó e ausência de lactato de sódio. Uma vez definida a formulação, foram elaborados empanados os quais foram armazenados a -180C por 120 dias. Empanados recém elaborados e armazenados, foram sensorialmente avaliados segundo a Análise Descritiva Quantitativa, a partir de dez julgadores selecionados através do teste triangular, realizado segundo a análise seqüencial de Wald. O levantamento dos termos descritivos foi realizado mediante o método de rede Kelly. Uma vez definida a terminologia foi elaborada a ficha de avaliação com escala de 9 cm. As amostras foram fritas em óleo de soja por três minutos a 1800C e então servidas de forma monadica com três repetições. Foi possível verificar que o tempo de armazenamento influenciou significativamente apenas para o termo granulometria. O empanado de pescado pode ser caracterizado por apresentar cor amarela descrita como bege pelos julgadores, gosto salgado, odor, sabor, aroma e sabor residual a pescado e gordura. Os empanados armazenados a -180C foram avaliados sob o ponto de vista microbiológico (salmonella, Staphylococcus coagulase positivo e coliformes a 450C), químicas (ácido tiobarbiturico, índice de peróxido, acidez titulavel e índice de iodo) e sensoriais no que se refere a intensidade de odor e sabor estranho, com uma freqüência amostral de 15 dias visando a estimativa da vida útil. Verificou-se ausência de salmonella (determinada apenas no tempo zero de armazenamento) e Staphylococcus coagulase positivo. O número mais provável de coliformes a 450C foram inferiores ao permitido pela legislação. No que se refere às análises químicas observou-se redução do índice de peróxido e iodo. Os valores de TBA e acidez titulavel tiveram um aumento gradativo durante o armazenamento. A intensidade do odor e sabor estranho aumentaram em função do tempo e os dados obtidos proporcionaram uma estimativa da vida útil do empanado, mediante um modelo linear, em aproximadamente sete meses.
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Estudo do enriquecimento de biscoito tipo cracker com proteínas de Bijupirá (Rachycentron canadum)
    (2014) Gonçalves, Louise Souza; Salas-Mellado, Myriam de Las Mercedes
    Define-se biscoito como o produto obtido pela mistura de farinha(s), amido(s) e/ou fécula(s) com outros ingredientes, submetidos a processos de amassamento e cocção, fermentados ou não. Podem apresentar cobertura, recheio, formato e textura diversos. O biscoito cracker é classificado como biscoito de massa fermentada e possui um teor de proteína elevado (em torno de 11%). Nos países latino-americanos o interesse em produzir alimentos que sejam fontes de proteínas de boa qualidade tem aumentado nos últimos anos, uma vez que são vistos como provável solução para os problemas da má nutrição. Considerando a intensa demanda da indústria de alimentos por novos produtos, especialmente no que tange ao mercado de biscoitos, o enriquecimento dos mesmos com proteínas de pescado apresenta-se como uma boa alternativa de utilização do bijupirá (Rachycentron canadum), originando um alimento popular, de prático consumo e com alto valor nutricional agregado. O objetivo do trabalho foi obter a polpa de bijupirá, verificando seu rendimento e caracterizando-a para enriquecer nutricionalmente biscoitos cracker com a adição de proteínas do bijupirá na formulação dos biscoitos com 3, 7 e 10% de polpa, avaliando suas características físico-químicas, tecnológicas e sensoriais. A partir dos filés, foi obtida a polpa liofilizada com um rendimento de 13,4% em relação ao peso do filé. A polpa apresentou em sua composição aproximadamente 84% de proteínas e digestibilidade de 97%. Em relação às propriedades funcionais da polpa, os valores de solubilidade ficaram na faixa de 20% (pH 5) até 93% (pH 11). Os valores para capacidade de retenção de água foram de 4,03 (pH 5) a 10,58 g de água/g de proteína (pH 9). A polpa apresentou uma capacidade de retenção de óleo de 2,5 mL de óleo/g de proteína e capacidade emulsificante de 23,40 mL de óleo emulsificado/g proteína. Com a adição da polpa de bijupirá nas formulações, foi possível enriquecer nutricionalmente os biscoitos, o que ficou comprovado pelo aumento no teor proteico, pelo perfil de aminoácidos e pela alta digestibilidade da polpa adicionada. A formulação com o maior teor proteico foi o biscoito com 10% de polpa, que apresentou 18% de proteína. Com relação a dureza, a formulação com 10% de polpa diferiu das demais formulações; para a fraturabilidade, os valores variaram de 0,31 a 0,91 mm. Quanto a cor, o biscoito com 3% de polpa apresentou maior valor de luminosidade, resultando em um produto mais claro, enquanto que o biscoito com 10% de polpa apresentou menor valor de luminosidade, resultando em um biscoito mais escuro, assim a adição de polpa influenciou na cor dos biscoitos. Sensorialmente, o biscoito com 3% de polpa foi o mais preferido. Porém, pelos resultados da escala hedônica, não houve diferença significativa entre as amostras em relação aos atributos sensoriais, indicando aceitação equivalente em relação a essas características. Os escores para os atributos ficaram entre os termos hedônicos “gostei moderadamente” e “gostei muito”, o que demonstra a boa aceitação dos biscoitos. Considerando-se a intenção de compra, os julgadores avaliaram entre os termos “talvez compraria/talvez não compraria” e “provavelmente compraria”, aproximando-se deste último.
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Nanocarreadores lipídicos contendo ácidos graxos insaturados provenientes de tainha (mugil liza) como transportadores de carotenoides
    (2016) Martínez, Juana Maria Huisa; Prentice-Hernández, Carlos
    Inúmeros benefícios à saúde foram demonstrados com a utilização de ácidos graxos poli-insaturados em diferentes fases da vida humana, tais como na etapa fetal, infância e na velhice. Os benefícios destes lipídios, representados principalmente pelo ácido docosaexaenoico (DHA) e eicosapentaenoico (EPA), na dieta têm sido extensivamente estudados em sistemas celulares, em ensaios clínicos e em estudos epidemiológicos. Assim, seria importante fortificar alimentos com lipídios bioativos para oferecer aos seres humanos com importantes benefícios à saúde, no entanto, ainda há muitos desafios associados com a incorporação destes em alimentos. Muitos lipídios bioativos são físico-quimicamente instáveis e suscetíveis a mudanças ambientais, especialmente quando introduzidos em sistemas alimentares complexos. Uma alternativa para evitar a degradação desses lipídios seria obter nanocarreadores com um núcleo lipídico rodeado por materiais absorvidos e formar sistemas transportadores que ajudem a melhorar os fatores de instabilidade física. Ainda, nestes sistemas é possível incorporar compostos antioxidantes para potencializar os efeitos protetores ao organismo, como a astaxantina. Diante disto, este trabalho teve como objetivo desenvolver carreadores lipídicos nanoestruturados (CLN) e nanoemulsões (NE) contendo astaxantina, utilizando um concentrado de ácidos graxos insaturados obtido de tainha (Mugil liza) como componente da fase oleosa dos carreadores. Inicialmente, foi processada a tainha liberando as proteínas por hidrólise enzimática, utilizando Alcalase, para recuperar os lipídios; em seguida os ácidos graxos insaturados de tainha foram concentrados com auxílio de hidrolise lipídica comparando duas lipases de Candida rugosa e Candida antarctica. A continuação foi feita a complexação com ureia obtendo-se um concentrado de ácidos graxos insaturados de tainha (CAGIT) com 86,6% de ácidos graxos insaturados. Os nanocarreadores (CLN e NE) foram preparados através do método de homogeneização à alta pressão, utilizando-se formulações que poderiam conter CAGIT, ácido oleico e cera de carnaúba como componentes da fase oleosa, Span 80 e Tween 20, como surfactantes. Os CLNs e NEs contendo astaxantina foram obtidos e caracterizados através da determinação do diâmetro de partícula, indice de polidispersão (PDI), potencial zeta, e teor de astaxantina. Os resultados indicaram que as nanoemulsões apresentaram tamanho de aproximadamente 155 nm, potencial zeta negativo (-40mV) e teor de astaxantina de aproximadanente 173 µg/mL. Para os carreadores lipídicos nanoestruturados foi verificado um tamanho em torno de 274 nm, potencial zeta também negativo (-32mV) e teor de astaxantina de 39,04 µg/mL. Estes dados indicam que foram desenvolvidos nanocarreadores utilizando o concentrado de ácidos graxos insaturados de tainha como fase oleosa, mas que a nanoemulsão apresentou capacidade de incorporar maiores quantidades de astaxantina que os carreadores lipídicos nanoestruturados.
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Hidrolisados protéicos de anchoita (engraulis anchoita): obtenção, atividade antioxidante e aplicação em embutido emulsionado
    (2012) Piotrowicz, Inajara Beatriz Brose; Salas-Mellado, Myriam de las Mercedes; Prentice-Hernández, Carlos
    Uma alternativa para pescados subaproveitados e subprodutos da industrialização de pescado é o desenvolvimento de processos para recuperação e/ou alteração das proteínas musculares de pescados. O objetivo deste trabalho foi a obtenção de hidrolisados protéicos de carne mecanicamente separada (CMS) de anchoita (Engraulis anchoita) e a avaliação da sua atividade antioxidante, aplicando-os bem embutido preparado com o surimi de anchoita. Foram produzidos diferentes hidrolisados com as enzimas microbianas Alcalase, Flavourzyme e Protamex, fixando a concentração de substrato e de enzima e os parâmetros pH e temperatura foram variados. Os hidrolisados foram efetivos contra a inibição da peroxidação lipídica (43,8±0,2%) e no poder redutor, onde o hidrolisado com a enzima Flavourzyme em 1 hora de reação mostrou-se mais efetivo. No seqüestro de radicais livres, como o DPPH, o hidrolisado com a enzima Flavourzyme, obtido em tempo de hidrólise de 5 horas, alcançou valores acima de 45,0% em concentração de 5 mg/mL. Na produção de surimi foram testadas lavagens da CMS de anchoita com soluções de bicarbonato de sódio 0,5%, ácido fosfórico 0,05% e cloreto de sódio 0,3%. O maior rendimento (90,5%) e uma coloração mais clara (W= 50,24±1,81) foram encontrados no surimi obtido por lavagens com bicarbonato de sódio e cloreto de sódio (BS), em comparação ao surimi que se utilizou água, ácido fosfórico e cloreto de sódio (AF) ou com soluções de cloreto de sódio, ácido fosfórico e bicarbonato de sódio (AB). Na força de gel o surimi AF (1154,25 ± 4,37 g.mm) obteve maior valor, sendo utilizado para a produção de salsichas. Foram analisadas diferentes concentrações de surimi (70, 75 e 80%) em salsichas, que foram submetidas às análises de cor e textura. Não houve influência da concentração de surimi nas características tecnológicas da salsicha, exceto nos valores de luminosidade. A salsicha com 75% de surimi de anchoita foi caracterizada pela composição proximal, valor energético total (VET) e conteúdo de sódio. A salsicha com surimi e comercial apresentou composição semelhante. O produto com surimi apresentou menor VET (193,7Kcal/100g) e conteúdo de sódio (520 mg/100g) que a salsicha comercial. Nas condições de estudo, no embutido emulsionado, não foi verificada ação antioxidante de hidrolisados, porém houve efeito sobre a CMS de anchoita.
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Desenvolvimento e caracterização de filmes a base de isolado protéico de resíduos de corvina (micropogonias furnieri) e óleo de palma
    (2012) El Halal, Shanise Lisie Mello; Prentice-Hernández, Carlos; Luvielmo, Marisa de Mello
    Nas últimas duas décadas, o descarte e o acúmulo de embalagens não biodegradáveis têm agravado os problemas ambientais. Uma das soluções encontradas, particularmente na área de embalagens de alimentos, é o desenvolvimento de filmes a partir de polímeros que possam substituir os materiais sintéticos. Fontes alternativas de proteína, como os resíduos de pescados, tornam-se importante, pois estes representam de 60 a 70% da matéria-prima e são descartados pelas indústrias de filetagem contribuindo com os danos ao meio ambiente. As propriedades funcionais dos filmes biodegradáveis são resultantes das características das macromoléculas utilizadas, das interações entre os constituintes envolvidos na formulação (macromolécula, solvente, plastificante e outros aditivos), dos parâmetros de fabricação (temperatura, tipo de solvente, pH, entre outras), do processo de dispersão da solução filmogênica (pulverização, espalhamento, etc.) e das condições de secagem. Um problema limitante no uso de filmes biodegradáveis a base de proteínas de pescado é a sua susceptibilidade à umidade, devido à hidrofilicidade dos aminoácidos das moléculas de proteína. O objetivo geral do trabalho foi desenvolver e caracterizar filmes a base de isolado proteico de resídeos de corvina (IPC) e óleo de palma (OP). O desenvolvimento dos filmes foi estudado em duas etapas. Neste estudo utilizou-se resíduos de corvina (Micropogonias furnieri) para a obtenção do isolado protéico, glicerol como plastificante e óleo de palma para conferir hidrofobicidade ao filme. Na primeira etapa, o objetivo foi investigar o efeito das concentrações de IPC, de glicerol e do pH sobre as propriedades dos filmes de proteína de resíduos de corvina (Micropogonias furnieri). Os filmes foram avaliados quanto aos parâmetros de cor, opacidade, propriedades mecânicas, espessura, solubilidade em água, permeabilidade de vapor de água (PVA) e propriedades morfológicas. Como resultado foi observado que a opacidade e a luminosidade dos filmes não foram afetados pelas variáveis do processo. Os filmes de IPC ficaram amarelados e opacos. Apresentaramse mais claros quando elaborados com baixas concentrações de IPC e altas concentrações de glicerol nas soluções filmogênicas. A menor solubilidade em água ocorreu nos filmes com pH baixo e menores concentrações de glicerol. Com relação as propriedades mecânicas, os filmes apresentaram alta elongação e sua resistência à tração aumentou quando utilizadas maiores concentrações de IPC, menores concentrações de glicerol e pHs mais baixos.Os filmes apresentaram superficies ásperas e irregulares. Na segunda etapa foram elaborados filmes biodegradáveis de IPC contendo diferentes concentrações de óleo de palma (OP) (10 e 20 g de OP /100g de IPC) e suas propriedades de barreira, mecânicas, físico-químicas, térmicas e morfológicas foram estudadas. A adição de OP aumentou as espessuras dos filmes com 2 e 4% de IPC, no entanto a solubilidade não foi afetada pela adição do OP. Os filmes com 3 e 4% de IPC ficaram menos permeáveis a água quando incorporado 20% de OP nos mesmos. A opacidade dos filmes aumentou com a adição do OP. A incorporação do OP nos filmes resultou em uma diminuição da resistência à tração e no aumento da elongação dos filmes. Nos filmes com 2% de IPC o aumento na elongação foi significativo apenas quando adicionado 20% de OP. O aparecimento de apenas uma temperatura de fusão nos filmes sugeriu uma homogeneidade dos mesmos. A decomposição térmica dos filmes iniciou em torno de 120 -173ºC. Os filmes apresentaram uma superfície descontínua.
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Desenvolvimento de produtos à base de anchoíta e comportamento do mercado consumidor
    (2013) Daltoé, Marina Leite Mitterer; Queiroz, Maria Isabel
    Anchoíta (Engraulis anchoita) é uma espécie pelágica encontrada no Sudoeste do Oceano Atlântico. Estima-se que 135000 toneladas/ano desse peixe possam ser exploradas ao longo do litoral sul do Brasil. Entretanto, os recursos pesqueiros do país são ainda inexplorados, o que torna esta matéria prima candidata em potencial para a fabricação de novos produtos a base desse pescado. Com o apoio de programas governamentais sociais, a tendência para o Brasil é para o desenvolvimento de produtos de anchoíta alternativos e que sejam capazes de suprir as necessidades específicas de cada grupo de consumo alvo. Dentro desse cenário, um estudo de novos produtos de pescado frente ao mercado se faz necessário, na tentativa de compreender as variáveis influentes do setor. Para tanto, na presente tese teve objetivou-se desenvolver produtos à base de anchoíta e estudar o comportamento do mercado consumidor frente a esses novos produtos de pescado. Um total de seis artigos foi gerado. O primeiro artigo intitulou-se: “Potencial de inserção de empanados de pescado na merenda escolar mediante determinantes individuais”. Neste objetivou-se detectar os determinantes individuais do consumo de pescado com adolescentes em idade de 12 a 17 anos, visando à inserção de empanados de pescado na merenda escolar. Foi verificado que as variáveis que melhor discriminaram a frequência de consumo foram “gosta de pescado” e “grau de escolaridade dos pais”. Os resultados indicaram um potencial de consumo de empanados de pescado por adolescentes, associado à necessidade de educação alimentar. O segundo artigo “Elaboração de hambúrguer a partir de base proteica de anchoíta (Engraulis anchoita)” no qual se objetivou avaliar o efeito de diferentes combinações de solventes para a obtenção de base proteica de anchoíta visando à elaboração de hambúrguer de pescado. As lavagens com ácido fosfórico e mais dois ciclos de água foram as que apresentaram os melhores valores para a obtenção da base proteica, baseando-se na remoção de nitrogenados e respostas sensoriais. No terceiro artigo “Aceitação de empanados de pescado (Engraulis anchoita) na merenda escolar no extremo sul do Brasil” o objetivo foi avaliar a aceitação de empanados de pescado (Engraulis anchoita) com alunos (n = 830) da rede pública de ensino, em idades entre 5 e 18 anos, de duas cidades do estado do Rio Grande do Sul, Brasil. Os resultados indicaram relação inversa entre a aceitação de empanados de pescado e o aumento da idade das crianças. O quarto artigo estudou “Razões subjacentes ao baixo consumo de pescado pelo consumidor brasileiro.” Neste objetivou-se investigar o comportamento referente ao consumo de pescado de uma população com baixo consumo de pescado (Brasil), aplicando a Teoria do Comportamento Planejado (TCP). Os resultados indicaram que tanto a intenção como a atitude provou serem determinantes significativos na frequência de comer pescado, sendo a atitude inversamente correlacionada com o consumo de pescado. Hábito apareceu como uma importante variável discriminante para o consumo de pescado. O quinto artigo intitula-se “Modelagem de equações estruturais e associação de palavras como ferramentas para melhor compreensão do baixo consumo de pescado”. O objetivo foi desenvolver um modelo e explicar o conjunto das relações entre os construtos do consumo de pescado em uma população com baixo consumo de pescado (Brasil) através da aplicação da TCP e pelo Questionário das Escolhas dos Alimentos. Além disso, a percepção cognitiva de produtos de pescado (Engraulis anchoíta) foi avaliada pela mesma população. Os resultados indicaram um bom ajuste para o modelo proposto e mostraram que os construtos “saúde” e “controle de peso” são bons preditores da intenção. A técnica associação de palavras provou ser um método útil para a análise de percepção de um novo produto de pescado, além de ajudar a explicar os resultados obtidos pelas equações estruturais. O sexto e último artigo “Percepção de saudável em produtos de pescado em uma população com alto consumo de pescado. Uma investigação por eye tracking” em que se objetivou explorar o uso do método eye tracking para estudar a percepção de saudável em diferentes produtos de pescado. Dois pontos importantes podem ser salientados como influentes na percepção de saudável: produtos de pescado processados e alimentos fritos.
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Obtenção de um hidrogel proveniente de proteínas da corvina (micropogonias furnieri) e solubilização das proteínas fibrosas residuais
    (2009) Martins, Vilásia Guimarães; Prentice-Hernández, Carlos; Costa, Jorge Alberto Vieira
    Com o aumento na captura de pescado e da poluição do meio ambiente, esta-se à margem de exceder a estimativa do limite da sustentabilidade, e obviamente isto faz com se utilize os recursos marítimos com mais inteligência e precaução. Aplicando tecnologia enzimática ou química é possível recuperar as proteínas do processamento do pescado, produzindo hidrolisados e isolados protéicos. Uma grande quantidade de proteínas insolúveis está disponível em escamas, peles e ossos, subprodutos do processamento do pescado, que podem ser solubilizadas através de fungos e bactérias. Utilizando isolados protéicos é possível obter biopolímeros, estes têm chamado a atenção nos últimos anos, pois são biodegradáveis, não-tóxicos e geralmente biocompatíveis. Os hidrogéis protéicos são polímeros que podem absorver uma quantidade de água a partir de 10 até centenas de vezes o seu peso seco. O objetivo deste trabalho foi desenvolver um hidrogel protéico, com propriedades superabsorventes, a partir das proteínas solúveis e insolúveis da corvina (Micropogonias furnieri). Para a produção dos hidrolisados a partir das proteínas solúveis foi utilizado processo enzimático (Alcalase e Flavourzyme) e químico (solubilização ácida e alcalina). Nos processos de solubilização das proteínas insolúveis foram utilizados microrganismos (bactérias e fungos). Tanto as bactérias como os fungos avaliados apresentaram capacidade de solubilizar as proteínas insolúveis presentes nos resíduos (escamas, ossos, cartilagens e outros). A bactéria que atingiu a maior atividade proteolítica foi a Bacillus velesensis (47,56 U mL-1) e o fungo foi o Penicillium sp. (E20) (31,20 U mL-1). Para a produção dos hidrogéis, foram utilizados isolados protéicos provenientes de solubilização ácida ou alcalina, produzidos a partir de resíduos da industrialização de pescado, modificados quimicamente com dianidrido etilenodiamino tetraacético (EDTAD) e adicionados de agente de ligação cruzada (glutaraldeído). Algumas proteínas modificadas ainda foram submetidas a tratamento com etanol. Foram realizadas análise estrutural das proteínas modificadas e estudo da capacidade de retenção de água dos hidrogéis assim obtidos. Os hidrogéis produzidos apresentaram alta capacidade de retenção de água. A máxima absorção de água foi alcançada pelo hidrogel ácido sem o tratamento com etanol foi de 103,25 gágua/ggel seco, enquanto que a mesma amostra tratada com etanol alcançou 216,05 gágua/ggel seco. Os hidrogéis produzidos podem ser utilizados em diversas indústrias, tais como, farmacêutica, alimentícia, médica, agroindústria, entre outras, que necessitem de hidrogéis com alta capacidade de retenção de água.
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Avaliação da atividade antimicrobiana de filmes protéicos a base de anchoita (engraulis anchoita) incorporados com ácidos orgânicos.
    (2012) Rocha, Meritaine da; Prentice-Hernández, Carlos
    Os filmes são produzidos a partir de macromoléculas, que podem ser utilizados como embalagem, como os polissacarídeos, lipídeos e proteínas. As proteínas se destacam dos demais, pois possuem uma estrutura com 20 monômeros diferentes, que confere um amplo potencial de ligações intermoleculares. A incorporação de agentes ativos em filmes é uma alternativa como embalagem, para inibir ou retardar a multiplicação de microrganismos patógenos e deteriorantes em alimentos. O objetivo deste trabalho foi avaliar a atividade antimicrobiana de filmes à base de isolado protéico de anchoita (Engraulis anchoita) – IPA adicionados de ácidos orgânicos. Para tanto, foi elaborado o IPA, pela solubilização alcalina da proteína e precipitação no ponto isoelétrico a partir de carne mecanicamente separada. O IPA foi avaliado quanto a sua composição proximal, aminoacídica e por DSC. A solução formadora dos filmes foi elaborada a partir de IPA, água, glicerol e hidróxido de sódio. As formulações dos filmes foram elaboradas segundo um planejamento fatorial 23 . Foram avaliadas as propriedades físico-químicas de resistência a tração (RT) e elongação (E); espessura, solubilidade e permeabilidade ao vapor de água (PVA); a diferença de cor (∆E*) e opacidade (Y) e microscopia eletrônica de varredura (MEV) de filmes à base de IPA. Os filmes com diferentes concentrações de ácido sórbico (AS) ou ácido benzóico (AB) foram desenvolvidos a partir da condição cujo as propriedades físico-químicas foram as melhores, sendo comparados aos filmes controles. Estes, foram avaliados quanto a sua atividade antimicrobiana frente aos microrganismos Escherichia coli O157:H7, Listeria monocytogenes, Staphylococcus aureus e Salmonella Enteritidis pelo método de difusão em disco, além das propriedades físico-químicas, MEV e FT-IV. Os filmes com maior atividade antimicrobiana e os filmes controle foram aplicados sobre carne bovina, inoculados com os microrganismos inibidos no método de difusão em disco e armazenados a 5°C. Estes, foram avaliados a cada 2 dias durante 12 dias de armazenamento, pela método de contagem em gotas. O IPA apresentou 88,8% de proteína e 53,3% de aminoácidos polares e temperatura de desnaturação de 62,2°C. A espessura, PVA, ∆E* e Y dos filmes não foram afetados pelas variáveis estudadas no experimento. A menor solubilidade e maior RT dos filmes ocorreram em baixa concentração de IPA, glicerol e tratamento térmico, mas a E aumentou com o acréscimo dessas variáveis. As MEV das superfícies dos filmes foram homogêneas, para aqueles com leve tratamento térmico. O aumento da concentração de AS e AB na faixa de 0,50 a 1,50% resultou na diminuição da RT e aumento da E, solubilidade, ∆E* e Y. Houve mudança da organização molecular e interações intermoleculares entre as moléculas de IPA e AB testados pela avaliação do FT-IV. As MEV revelaram microporos em filmes com 1,50% de AS, o que resultou em filmes com menor homogeneidade. A maior atividade antimicrobiana foi verificada nos filmes com 1,50% de AS e AB frente a E. coli O157:H7, L. monocytogenes e S. Enteritidis. Estes filmes foram aplicados sobre carne bovina inoculada com E. coli O157:H7 e L. monocytogenes. Os filmes de AS frente a E. coli O157:H7 e L. monocytogenes apresentaram uma redução de 5 e 4 log UFC.g-1, respectivamente, em relação ao filme controle. O efeito do AB frente a estas bactérias, apresentou uma redução de 6 e 5 log UFC.g-1, ao final do 12° dia de armazenamento, respectivamente. Os filmes elaborados à base de IPA, adicionados de AS ou AB podem ser eficazes contra os patógenos alimentares testados.
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Comparação da medida de cor de pescado entre sistema de visão computacional e colorímetro convencional no frescor do pescado
    (2015) Vásquez, Rosmer Huamán; Prentice-Hernández, Carlos
    A cor da superfície dos alimentos é o primeiro parâmetro de qualidade avaliado pelos consumidores, e é critico para a aceitação do produto, então a medição adequada da cor é uma importante ferramenta. Nesta pesquisa avaliou-se a variação da cor em corvina (Micropogonias furnieri) armazenada em gelo durante 16 dias; os parâmetros de luminosidade (L*), valor cromático a*, valor cromático b*, variação total da cor (ΔE) e croma (C*) foram obtidos por sistema de visão computacional, e por colorímetro Konica Minolta CR-400. O frescor da corvina baseada nas mudanças da cor das brânquias foi avaliado utilizando um sistema de visão computacional. Também se modelou a oxidação da mioglobina em files de burriquete (Pogonias cromis), utilizando os parâmetros de vermelho (valor a* e R). Para registrar as mudanças da cor durante 57,6 h utilizou-se um sistema de visão computacional, a análise química realizou-se determinando a concentração de metamioglobina (%). Na avaliação da cor de corvina armazenada em gelo, o sistema de visão computacional mostrou diferenças significativas para L*, a*, ΔE e C*, enquanto que o colorímetro mostrou diferenças significativas para L* e ΔE, o único parâmetro que não apresentou diferenças entre instrumentos foi ΔE durante a avaliação da corvina armazenada em gelo. O coeficiente de correlação entre os parâmetros da cor (L*, a* e b*) das brânquias da corvina armazenada em gelo pelo tempo de armazenamento foi de 0,9747. O sistema de visão computacional registrou as mudanças da cor em filés de burriquete e se modelaram as mudanças utilizando um modelo exponencial. O sistema de visão computacional mostrou ser mais sensível às mudanças da cor durante a avaliação da cor na corvina armazenada em gelo. É possível prognosticar o tempo de armazenamento da corvina em gelo em função da mudança da cor das brânquias. Assim, foi possível modelar a variação da mioglobina em filés de burriquete utilizando sistemas de visão computacional para registrar ditas mudanças. Os sistemas de visão computacional têm grande capacidade para registrar as mudanças da cor e é possível utiliza-los para avaliar os alimentos em função da cor.