EENF - Escola de Enfermagem
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Resultados da Pesquisa
- ItemFormação do técnico de enfermagem no contexto sociodemográfico da região sul do Rio Grande do Sul com ênfase na saúde da pessoa idosa(2019) Silva, Carla Regina André; Pelzer, Marlene TedaNo Brasil, a Enfermagem é uma profissão constituída por três categorias profissionais que atuam em equipe que são auxiliares, técnicos de enfermagem e enfermeiros. A essência desta profissão é prestar o cuidado de Enfermagem à população nas suas necessidades de saúde de forma integralizada. Este estudo objetivou conhecer as competências e habilidades que estão sendo desenvolvidas na formação profissional formal dos Cursos Técnicos de Enfermagem da Região Sul do RS e suas prováveis inter-relações com o contexto sociodemográfico da região, destacando a saúde da pessoa idosa. Subsidia a tese, o entendimento que o conhecimento das competências profissionais desenvolvidas na formação formal dos Técnicos de Enfermagem e de suas inter-relações com o contexto sociodemográfico regional destacando a saúde da pessoa idosa, pode contribuir para atualizar os currículos escolares destes e de outros cursos da mesma área, contemplando as necessidades do mundo do trabalho e demandas sociais de saúde regionais e nacionais. O referencial teórico é baseado nas percepções de Perrenoud sobre desenvolvimento de competências profissionais nos processos formativos e suas implicações no saber “fazer” e no saber “ser”. A metodologia seguida foi abordagem qualitativa, de natureza exploratória e caráter descritivo. O desenvolvimento da pesquisa ocorreu em quatro dos sete Cursos Técnicos de Enfermagem reconhecidos e ofertados regularmente por instituições públicas e/ou particulares na Região Sul do Rio Grande do Sul. Os participantes do estudo foram os discentes e docentes dos cursos. A coleta de dados contemplou a análise documental (Plano de Desenvolvimento institucional, Projeto Político-Pedagógico), aplicação de instrumento semiestruturado a cinco docentes e 64 discentes. Os dados foram tratados pelo método de análise de conteúdo de Bardin. Em relação aos aspectos éticos respeitou-se a Resolução 466/2012. Os resultados obtidos foram que as características dos cursos são semelhantes, a duração varia entre dois anos a dois anos e meio, porem todos os cursos são organizados em quatro módulos ou blocos, cujas aulas são integralmente presenciais, e a carga horária média é de 1.765 horas totais; distribuída em aulas teóricas, práticas e estágios e atendem as especificações exigidas pelo Catálogo Nacional de Cursos Técnicos e pelo COFEn. São realizados estágio em rede básica de saúde e hospitais, entre outros espaços de produção de saúde que compreendem o exercício profissional. Quanto aos discentes, a idade média encontrada foi de 27 anos, predominando o público feminino, solteiro, com aproximadamente de 3 filhos. A maioria dos futuros TE demonstrou a intenção de realizar graduação em enfermagem. Assim, pode-se dizer que a enfermagem é uma profissão em ascensão, por ter mercado de trabalho e pessoas interessadas em exercer a profissão em suas diferentes categorias. O tempo de exercício profissional na docência foi em torno de 18,5 anos, a maior atua exclusivamente na docência e todos os entrevistados têm formação além da graduação. O processo de formação está ocorrendo por meio do desenvolvimento de competências e os achados relacionam-se com a teoria adotada, sendo a educação entendida como um processo social de transformação do indivíduo e do mundo, o aluno é o sujeito da própria história, o ensino com significado para a vida. As competências profissionais especificas estão voltadas a formar profissionais capazes de relacionar os conhecimentos teóricos, teórico-práticos e práticos, promover reflexões sobre o papel do TE no contexto profissional e social como estratégia para soluções de problemas relacionada à prática profissional e supere as demandas do mercado de trabalho. Há relação do compromisso institucional do processo formativo com o contexto sociodemográfico regional, mas no que tange a saúde da pessoa idosa a menção a este assunto é discreta, ficando diluída nas entrelinhas dos textos, favorecendo uma vulnerabilidade deste compromisso. Nos Planos de curso, não há descrição de disciplinas ou de conteúdo específicos direcionados a este público, fato que pode vir a comprometer o desenvolvimento de competências no decorrer do processo formativo dos TE. As falas dos docentes e dos discentes confirmam o constatado na análise documental sobre o assunto saúde da pessoa idosa. Percebe-se que ainda há uma fragilidade na formação dos TE para que estes desenvolvam, com maior propriedade, competências que aprimorem sua atuação no âmbito da saúde da pessoa idosa, com mais foco no envelhecimento ativo e com qualidade de vida. Embora seja indicado nos documentos que norteiam as Políticas Públicas da Pessoa Idosa, que conste nas grades curriculares e documentos norteadores dos cursos de formação profissional na área da saúde a existência de disciplinas e ou conteúdo que abordem o tema, esta lacuna ainda está presente.
- ItemPessoa idosa na Estratégia Saúde da Família: relação entre adesão à medicação e letramento funcional em saúde(2018) Martins, Nidia Farias Fernandes; Abreu, Daiane Porto GautérioA adesão à medicação é o comportamento esperado para as pessoas idosas, pois é um dos grupos que mais utilizam medicamentos, e estão entre as que mais têm dificuldade para aderir ao tratamento. Um dos principais fatores que contribuem para a não adesão é o baixo grau de letramento funcional em saúde, capacidade cognitiva para compreender, interpretar e utilizar informações de saúde. Pessoas idosas são mais propensas a ter um baixo grau de letramento funcional em saúde, e consequentemente aderir menos. Foram objetivos deste estudo: caracterizar a produção científica nacional e internacional, sobre a relação do letramento funcional em saúde e a adesão à medicação em pessoas idosas; verificar o grau de adesão à medicação de pessoas idosas atendidas na Estratégia Saúde da Família da zona oeste do município de Rio Grande; verificar o grau de letramento funcional em saúde de pessoas idosas atendidas na Estratégia Saúde da Família da zona oeste do município de Rio Grande; verificar a relação entre letramento funcional em saúde e adesão à medicação em pessoas idosas atendidas na Estratégia Saúde da Família da zona oeste do município de Rio Grande. Para o primeiro objetivo, propôs-se uma revisão integrativa da literatura, realizada em julho de 2016 que seguiu as etapas: identificação do tema e seleção da hipótese ou questão norteadora; estabelecimento de critérios de inclusão e exclusão de estudos/amostragem ou busca na literatura; categorização dos estudos; avaliação dos estudos incluídos na revisão integrativa; interpretação dos resultados; apresentação da revisão. Foram selecionados sete artigos, os resultados demonstram que o letramento inadequado influencia para a não adesão à medicação, e que existem diversas estratégias e intervenções que podem ser realizadas na prática para modificar essa relação. Para os demais objetivos, foi realizado um estudo transversal, exploratório-descritivo, quantitativo, em 17 equipes de saúde da família, na zona oeste do município de Rio Grande/RS. A amostra foi de 350 pessoas idosas. A coleta dos dados ocorreu de julho a novembro de 2017, por meio da aplicação de três instrumentos: um de caracterização sociodemográfica e de saúde; uma versão em português da Morisky Medication Adherence Scale, que verificou o grau de adesão à medicação; e uma versão traduzida e adaptada para a realidade brasileira do Short-Test of Functional Health Literacy in Adults, que verificou o grau de letramento funcional em saúde. Foi realizada análise estatística descritiva e inferencial dos dados. 224 (64%) participantes foram considerados não aderentes à medicação, e 206 (58,9%) tiveram letramento inadequado. Não houve relação estatisticamente significante entre essas variáveis (p=0,435). Os participantes relataram outras dificuldades no tratamento medicamentoso, entre elas, o esquecimento teve relação significativa com a adesão (p=0,016). Os profissionais devem atentar para outras dificuldades que podem surgir para a adesão à medicação, focando o esquecimento, elencando estratégias voltadas à minimização desse episódio, como acompanhamento e monitorização do tratamento medicamentoso. Os resultados dessa pesquisa mostram a necessidade de atentar para o baixo grau de letramento e de adesão evidenciados, verificando os motivos que levam à não adesão e propondo ações direcionadas à essas dificuldades, bem como voltar as práticas de educação em saúde conforme as necessidades que surgirem nas pessoas idosas.
- ItemGestão do regime terapêutico da pessoa idosa com Diabetes Mellitus Tipo 2(2015) Costa, Sheila Silveira; Pelzer, Marlene TedaObjetivou-se identificar os fatores que influenciam a gestão do regime terapêutico da pessoa idosa com Diabetes Mellitus Tipo 2. Realizou-se pesquisa exploratória e descritiva, com abordagem qualitativa. A coleta de dados foi efetuada nos meses de abril e maio do ano de 2015 no Centro Integrado de Diabetes de um Hospital Universitário do sul do Brasil, com 10 pessoas idosas, por meio de entrevista semiestruturada. Os dados foram submetidos à análise textual discursiva. Evidenciou-se que o descobrimento da doença ocorre na faixa etária dos 40 anos. A polidipsia é o principal sintoma que leva à descoberta da patologia. Os participantes possuíam histórico familiar da doença na maioria dos casos. O processo de aquisição de conhecimentos em Diabetes Mellitus ocorreu em consulta a médico do serviço especializado. Enfermeiros, nutricionistas e multiplicadores de informações também mostraram-se relevantes para a aquisição de conhecimentos. As práticas educativas foram efetivas a partir do momento em que houve absorção dos conhecimentos pelos participantes, assim como a busca por novas informações. A hipertensão arterial foi a comorbidade referida como a que mais os acomete, seguida pelas doenças osteomusculares. As complicações elencadas foram a retinopatia diabética, a catarata, os problemas vasculares, o glaucoma, a nefropatia diabética, a disfunção erétil e a hipoglicemia. Os participantes referiram abusos, ainda que estejam cientes da importância de uma dieta alimentar adequada para a manutenção do tratamento. As comorbidades e complicações dificultam/impedem a realização de atividade física e a participação em grupos de apoio. Em relação às medidas farmacológicas, verificou-se a ocorrência de polifarmácia. Os participantes utilizavam insulina associada aos hipoglicemiantes orais. Os efeitos colaterais motivam a interrupção da terapia medicamentosa. A aceitação da condição de saúde mostrou-se associada à funcionalidade, e a limitação atrelada à restrição alimentar, destacando-se a dos doces. A rede de apoio é constituída pela família, serviços de saúde, grupos de apoio e religiosidade/espiritualidade. Atribui-se o sucesso do tratamento aos cuidados com a doença, à fé e à paz interior. Os obstáculos consistem na falta de medicamentos no Sistema Único de Saúde, no elevado preço dos alimentos próprios para este público e na dificuldade em realizar consulta com profissional especializado. Acredita-se que este estudo, ao evidenciar os fatores atuantes como facilitadores e dificultadores que influenciam a gestão do regime terapêutico, poderá subsidiar intervenções de enfermagem que venham a colaborar com as necessidades da pessoa idosa com a doença, e a gerar benefícios à manutenção da qualidade de vida, à autonomia e à independência. O estudo poderá contribuir com a assistência oferecida pelo Centro Integrado de Diabetes às pessoas idosas.
- ItemPercepção do cuidador de idoso hospitalizado acerca de suas próprias necessidades(2019) Fagundes, Angélica Bigliardi Veiga; Pelzer, Marlene TedaNo Brasil, o aumento da população idosa trouxe consigo um aumento na demanda econômica e social, sendo necessária a criação de políticas públicas voltadas ao idoso como o Estatuto do Idoso. A pessoa idosa pode vivenciar seu processo de envelhecimento com saúde e disposição física/mental para desenvolver seu auto cuidado e suas atividades diárias. Alguns idosos desenvolvem doenças crônicas devido as alterações fisiológicas naturais, ocasionando a necessidade de um cuidador. Tanto no ambiente hospitalar como no domicílio, a figura do cuidador é desempenhada, em sua maioria, por um membro da família ou afim, sem formação na área da saúde. Contudo, em muitos casos, somente um familiar desempenha esta função, tendo uma sobrecarga de responsabilidades e a perda de sua autonomia, devido à falta de tempo, recursos financeiros, entre outros. Frente à esta realidade, esse estudo visou conhecer as necessidades psicossociais do cuidador do idoso hospitalizado que desempenha informalmente, porém, diariamente a função de cuidar. Como campo de estudo, foi utilizada a Unidade de internação de Clínica Médica do Hospital Universitário Dr. Miguel Riet Corrêa Junior – (HU /FURG/EBSERH), localizado na cidade de Rio Grande (RS), o qual dispõe atendimento exclusivo a usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). Os participantes da pesquisa foram cuidadores de idosos, os quais, apresentavam um determinado grau de dependência. Os critérios de inclusão foram tempo de internação do idoso de no mínimo cinco dias, idade mínima do cuidador de dezoito anos, disponibilidade para participar da pesquisa, permitir o uso de gravador. Como critérios de exclusão determinou-se: três tentativas de contato com o cuidador sem sucesso, falecimento do idoso durante o desenvolvimento deste estudo e o cuidador não permitir que a entrevista fosse gravada. Para a coleta de dados foi utilizada entrevista semiestruturada contendo perguntas abertas e pertinentes com o objetivo do estudo. Os dados foram analisados conforme Método de Análise Temática de Minayo. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande, sob parecer de aprovação número 117/2019. Os resultados foram apresentados sob a forma de dois artigos: Hospitalização do idoso dependente: Perspectivas dos cuidadores sobre suas necessidades no acompanhamento da internação e Informações de enfermagem e a satisfação dos cuidadores de idosos dependentes durante a internação hospitalar. No primeiro artigo identificou-se as necessidades dos cuidadores relacionadas principalmente a alimentação e descanso. No segundo artigo foi possível identificar as necessidades dos cuidadores no que se referem à carência de informações sobre as rotinas e serviços da instituição. Em certos momentos, os cuidadores deixaram transparecer que sentem-se abandonados pela enfermagem e pela Instituição, com isso, passam a ter sentimentos negativos como estresse, solidão o que acarreta em sobrecarga no cuidado. A equipe de enfermagem, além da assistência ao paciente idoso, deve informar e capacitar o cuidador para que esses sintam-se seguros e possam desenvolver um cuidado de qualidade.
- ItemPessoa Idosa Hospitalizada: adaptação e validação de um instrumento para identificação dos fatores que dificultam a alimentação por via oral(2016) Lima, Deise Feijó; Pelzer, Marlene TedaDurante o período de hospitalização foi observado que as dietas oferecidas não eram aceitas ou havia pouca aceitação, fato evidenciado pelas sobras significativas de dieta nas enfermarias e perdas de peso consideráveis enquanto se encontram sob hospitalização. O objetivo geral da pesquisa foi adaptar e validar a escala de avaliação alimentar para o idoso hospitalizado, e como objetivo específico identificar os fatores que dificultam o processo de se alimentar por via oral em pacientes idosos hospitalizados. Trata-se de uma pesquisa de caráter quantitativo, do tipo exploratório, descritivo e com delineamento transversal. Os dados foram coletados nos meses de junho e julho de 2016, em unidades de internação clínica, cirúrgica e mista de uma instituição hospitalar filantrópica, localizada na cidade de Rio Grande, Rio Grande do Sul, Brasil. Os participantes da pesquisa foram idosos hospitalizados, sem contraindicação de receber dieta por via oral, e que estavam sob hospitalização há pelo menos três dias. Para a coleta de dados, foi utilizada uma escala adaptada pela autora, denominada “escala de avaliação dos fatores que dificultam a alimentação do idoso hospitalizado”, a qual contem inicialmente uma caracterização dos participantes, seguida de questões que mensuram em uma escala do tipo Likert de 5 pontos, as dificuldades alimentares do idoso hospitalizado. Durante o processo de adaptação, foram modificadas duas questões e acrescidas oito, totalizando uma escala com 35 itens que após análise descritiva e fatorial exploratória, mediante a utilização de médias e distribuição de frequência, foram eliminadas seis questões. A presente escala, após validação, ficou constituída por 29 itens, índice de confiabilidade verificado pelo alpha de Cronbach que foi 0,76, a variância total explicada pelo instrumento validado foi de 74,91% e a medida de adequação da amostra obtida pelo índice Kaiser-Meyer-Olkin (KMO) foi de 0,582 - indicando que a análise fatorial é apropriada. O Teste de Esferacidade de Bartlett´s foi significativo (χ2 = 2520,002; gl = 703; p<000). A amostra pesquisada foi composta por 111 idosos, com média de idade de 72 anos, sendo 56 homens, com média de 9 dias de internação. No que se refere a analise fatorial, foram obtidos quatro fatores denominados (em ordem decrescente de frequência): fatores ambientais, fatores alimentares, fatores fisiológicos e de equipe. Assim, têm-se os fatores ambientais como aqueles que mais dificultam a alimentação por via oral dos idosos hospitalizados e os fatores relacionados à equipe como os que menos dificultam. O instrumento mostrou ser de fácil aplicabilidade, voltado à enfermagem e os resultados são norteadores para um melhor planejamento da assistência.
- ItemQualidade de vida dos idosos em Cabo Verde: subsídios para atuação da Enfermagem(2017) Semedo, Deisa Salyse dos Reis Cabral; Pelzer, Marlene TedaO envelhecimento populacional não é mais uma preocupação apenas dos países desenvolvidos, pois o aumento do número de idosos tem ocorrido mundialmente em diversos contextos, sendo um dos maiores desafios para os profissionais de saúde, em especial para os enfermeiros, devido à sua ação direta e contínua com esses clientes. O objetivo geral da pesquisa foi analisar a qualidade de vida das pessoas idosas cabo-verdiana. Ainda, foram objetivos específicos: adaptar culturalmente e validar o instrumento The World Health Organization Quality of Life (WHOQOL-Bref) para idosos cabo-verdianos; Caracterizar o perfil sociodemográfico da amostra de idosos cabo-verdianos selecionados; Identificar as dimensões da qualidade de vida que mais influenciam no domínio geral do WHOQOL-BREF e Correlacionar as características socioeconômicas, demográficas e clinicas com a percepção da qualidade de vida e satisfação com a saúde da amostra de idosos cabo-verdianos selecionados. Foi defendida a seguinte tese: as dimensões de Qualidade de Vida dos idosos são influenciadas por fatores sociodemográficos, econômicos, clinicas e que são suscetíveis de mudança, conforme as alterações desses fatores O estudo foi desenvolvido em duas etapas, a adaptação transcultural e validação do instrumento The World Health Organization Quality of Life, mediante avaliação de comitê de especialistas, realização do pré-teste e alfa de Cronbach, a validade de face, conteúdo e constructo do instrumento foi considerada satisfatória para utilização no contexto cabo-verdiano. Para a análise dos dados foi utilizada a estatística descritiva, análise de correlação e análise de regressão, sendo utilizado o software estatístico Statistical Package for Social Sciences versão 20.0. A partir da análise fatorial, foram identificados quatro constructos: domínio I-Físico, domínio II- Ambiente, domínio III- Relações sociais e domínio IV-Sexualidade. Na segunda etapa foi aplicado junto a 405 idosos a versão cabo-verdiana do instrumento, sendo possível identificar que os fatores sociodemográficos, econômicos e clínicos influenciam positiva ou negativamente a qualidade de vida e satisfação de saúde dos idosos. O domínio relações sociais teve a maior média doinstrumento, evidenciando que esse fator tem a maior influência na qualidade de vida percebida pelos idosos e o domínio físico apresenta a menor média. Verificou-se que a maioria dos indivíduos percebiam a sua qualidade de vida como nem má nem boa. Enquanto em relação à satisfação com a sua saúde, a maioria dos idosos sentia-se satisfeito ou muito satisfeito com a saúde. Os aspectos éticos foram respeitados, conforme as recomendações da Resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde, de forma que o estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa na Área da Saúde (CEPAS) da Universidade Federal do Rio Grande (Parecer n. 163/2016). Também foi enviado à Comissão de Ética do Ministério da Saúde de Cabo Verde, respeitando o Decreto-Lei nº 26/2007 sobre a pesquisa envolvendo humanos, tendo parecer positivo (Parecer nº 08/2017). Foi concedida autorização da Organização Mundial da Saúde para a adaptação transcultural do instrumento WHOQOL- BREF, por meio de contato eletrônico. Por fim, conhecer os domínios que mais influenciam a qualidade de vida dos idosos permite conhecer os diferentes elementos que afetam a qualidade de vida, que podem facilitar na criação de políticas direcionada aos idosos, bem como criar a possibilidade dos enfermeiros intervirem no continuum de vida por meio da execução de um planejamento estratégico baseado nas variáveis que influenciam negativamente ou positivamente a qualidade de vida.
- ItemTecnologia assistiva e comunicação alternativa : processo do cuidado em instituição de longa permanência para idosos(2019) Palmeiras, Graciela de Brum; Pelzer, Marlene TedaA comunicação ineficaz entre os profissionais de saúde e as pessoas idosas impedidas de se comunicarem é um fato comum vivenciado nas Instituições de Longa Permanência para Idosos. O uso de tecnologias para comunicação pode potencializar o processo de cuidado realizado por profissionais que compõem as equipes interdisciplinares de saúde. O objetivo do estudo foi investigar a percepção dos profissionais quanto ao uso de uma tecnologia assistiva como método de comunicação alternativa no processo do cuidado de saúde com pessoas idosas institucionalizadas e impossibilitadas de se comunicarem verbalmente. O estudo é misto, descritivo-analítico de cunho transversal. A amostra foi composta por profissionais de 19 instituições do município de Passo Fundo/RS. A coleta de dados foi dividida em três etapas; na primeira etapa foi aplicado um questionário que abordou as características sociodemográficas, a realização do processo de cuidado e comunicação e o conhecimento dos profissionais sobre o uso de tecnologia assistiva; na segunda etapa foi realizada uma intervenção com o uso da tecnologia em oito instituições; e na terceira etapa foi realizado grupo focal para verificar a percepção dos profissionais quanto ao uso da tecnologia assistiva. A análise da confiabilidade do questionário foi mensurada por meio do coeficiente alfa de Cronbach. Para analisar os dados quantitativos foram utilizados os testes t de Student, qui-quadrado e análise fatorial. A similaridade das categorias foi analisada por meio do coeficiente de correlação linear de Pearson. O nível de significância foi de p 0,05. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa na Área da Saúde da Universidade Federal do Rio Grande sob parecer 121/2018. Apercepção do profissional quanto ao cuidado é independente do grau de conhecimento que possui sobre geriatria e gerontologia. Para não prejudicar a rotina diária de cuidado um profissional especializado deveria ser responsável pelo uso da tecnologia assistiva no processo de comunicação. O cuidado realizado pela equipe interdisciplinar de saúde à pessoa idosa institucionalizada não se diferencia quanto aos métodos de comunicação utilizados. O desenvolvimento de um novo modelo de tecnologia assitiva se faz necessário para atender o perfil heterogêneo das pessoas idosas institucionalizadas.
- ItemDepressão em idosos residentes em uma Instituição de Longa Permanência (ILP) : identificação e ações de Enfermagem e saúde(2006) Tier, Cenir Gonçalves; Santos, Silvana Sidney CostaEste estudo teve como objetivos: identificar a depressão; propor ações de enfermagem e de saúde que poderão ser realizadas para minimização e/ou prevenção de sinais e sintomas de depressão em idosos residentes em uma Instituição de Longa Permanência (ILP). Foi realizada uma pesquisa, com abordagem qualitativa do tipo convergente-assistencial, tendo como local o Asylo de Pobres da cidade de Rio Grande, RS. Os sujeitos do estudo totalizaram 55 idosos Foram utilizados três instrumentos de coleta dos dados. Para o primeiro e segundo instrumentos, empregaram-se as técnicas de entrevista estruturada, para o terceiro a entrevista não-estruturada. Os resultados do primeiro e segundo instrumentos encontram-se apresentados graficamente. Com base no segundo instrumento, realizou-se o somatório das características predominantes, a partir da Escala Geriátrica de Depressão de Yesavage. Para o terceiro instrumento, foi utilizado o direcionamento da pesquisa convergente-assistencial, onde as percepções foram codificadas até se estabelecer categorias e/ou temas. A aplicação dos instrumentos efetivou-se após aprovação do projeto pelo CEPAS, seguindo as orientações da Resolução 196/96. Obteve-se, como resultados: a idade dos idosos varia entre 60 a 105 anos, predominado o sexo feminino, viúvos seguidos por solteiros, nascidos em Rio Grande e aposentados. Vinte idosos apresentaram depressão e seis deles transtorno afetivo limítrofe. As ações de enfermagem voltaram-se para os diagnósticos de enfermagem de impotência, desesperança, risco para solidão, alteração no processo de pensamento, potencial para o aumento do bem-estar espiritual, revelando que alguns idosos se sentem felizes e satisfeitos com a vida e a institucionalização. As ações de saúde propostas foram: oficina literária – ouvir e contar histórias; atividades físicas; dança; trabalhos manuais; passeios; bingo e oficinas de memória. Percebeu-se que este trabalho tem contribuído para que ocorram algumas mudanças na vida e rotina dos idosos pesquisados. As ações de saúde e enfermagem foram propostas com intuito de ajudar os idosos a melhorar sua saúde física e mental, bem como proporcionar que participassem de algumas atividades de recreação. Desta forma, constata-se, que as atividades implementadas já estão proporcionando aos idosos, alegria, participação e convívio social com outras pessoas.
- ItemMedicamentos utilizados e interações medicamentosas em pessoa idosas cadastradas em estratégias de saúde da família(2018) Rosa, Bibiane Moura da; Silva, Bárbara Tarouco daO envelhecimento pode ser compreendido como um processo dinâmico, progressivo e diferencial, marcado pelas questões demográficas, as quais versam a redução das taxas de mortalidade e queda das taxas de natalidades que levaram a modificações na estrutura etária da população . Em consonância com as mudanças do perfil etário, o número de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) está em ascensão, estando atrelado às escolhas de vida pouco saudáveis das pessoas idosas, contribuindo com o aumento da utilização de vários medicamentos como forma de tratamento, considerando-se, o uso de cinco ou mais medicamentos como polifarmácia. A polifarmácia, a sobrecarga de doenças e as alterações fisiológicas próprias do processo de envelhecimento levam a pessoa idosa a compor o grupo de risco para utilização de medicamentos inapropriados, tendo maior probabilidade de apresentar ocorrência de interações medicamentosas e reações adversas aos medicamentos. Foram objetivos desse estudo: identificar os medicamentos potencialmente inapropropriados através dos Critérios de Beers, prescritos para pessoas idosas, cadastradas em Unidades de Estratégia Saúde da Família (ESF) da área rural e urbana do município de Rio Grande/RS; identificar a frequência de interações medicamentosas nas prescrições; descrever as possíveis interações medicamentosas ennvolvendo esses medicamentos a partir da base de dados Micromedex 2.0; verificar associação entre a presença de doenças crônicas e o uso de medicamentos potencialmente inapropriados. Utilizou-se o método do estudo documental, exploratório, descritivo, realizado em sete Unidades de Estratégia Saúde da Família (ESF), contemplando zona urbana e rural, da cidade do Rio Grande/RS Brasil. Utilizou-se 602 prontuários. A coleta dos dados ocorreu entre maio a agosto de 2018, por meio de um instrumento de caracterização sociodemográfica das pessoas idosas. Foram realizadas análises estatística descritiva, para o tratamento dos dados sociodemográficos, e análise descritiva por meio dos Critérios de Beers de 2015 para identificar as medicações potencialmente inapropriadas prescritas para as pessoas idosas, base de dados Micromedex para verificar e descrever as interações medicamentosas existentes e para verificação de significância estatística utilizou-se o teste do Qui-quadrado (p<0,05). Resultados: evidenciou-se predomínio do sexo feminino (66%), faixa-etária entre 60-69 anos (51,5%), pessoas idosas casadas (53%), alfabetizadas (71,5%) e aposentadas (74%). A doença crônica mais prevalente foi a hipertensão arterial sistêmica, com (80%) da população estudada, seguida do diabetes mellitus (32,3%). Verificou-se que 63% dos idosos apresentaram prescrição de um ou mais medicamento potencialmente inapropriado. Quanto a classe de medicamento considerado potencialmente inapropriado, destacou-se os referentes ao sistema nervoso central (58,0%). Dos medicamentos potencialmente inapropriados, 26,9% apresentaram alguma interação medicamentosa. Em relação às interações medicamentosas encontradas entre os medicamentos potencialmente inapropriados, o presente estudo evidenciou maior prevalência entre os medicamentos prescritos para o Sistema Nervoso Central (58,0%). Quanto aos medicamentos que mais interagem com outros fármacos cita-se: alprazolam, amitripitilina, bromazepam, clonazepam, diazepam, duloxetina, imipramina, paroxetina, risperidona, sertralina e valproato. Verificou-se associação estatísticamente significativa (p<0,05), entre uso de medicamentos potencialmente inapropriados para idosos e as doenças crônicas Hipertensão Arterial, Hipercolesterolemia, Depressão e Ansiedade. Os resultados desse estudo mostram a necessidade de atentar para o uso dos medicamentos potencialemnte inapropriados e as interações medicamentosas que ocorrem entre eles na perspectiva da saúde da pessoa idosa. Salienta-se a relevância de novos estudos acerca da temática, com a intenção de buscar soluções que minimizem os agravos para à saúde da pessoa idosa.
- ItemVivências, sentimentos e necessidades de cuidadores familiares de idosos com demência(2018) Ienczak, Fabiana Souza; Pelzer, Marlene TedaA demência é uma das principais causas de incapacidade e dependência das pessoas idosas, modificando a rotina das famílias e do cuidador principal, resultando em estresse e sobrecarga. Torna-se necessária a compreensão por parte dos profissionais sobre a importância de realizar a assistência de enfermagem ao cuidador familiar. Os objetivos dessa pesquisa foram conhecer as vivências, sentimentos e necessidades dos cuidadores familiares de idosos com demência e propor intervenções de enfermagem com base nas necessidades encontradas nos cuidadores familiares de idosos com demência. Foi realizada pesquisa descritiva, exploratória, de abordagem qualitativa. Os dados foram coletados no município de Pedro Osório, no sul do Rio Grande do Sul, nas Unidades de Saúde da Família. Os participantes da pesquisa foram sete cuidadores familiares de idosos com demência. Os critérios de inclusão utilizados foram: possuir idade mínima de 18 anos, ser usuário das unidades de saúde da família e ser cuidador do idoso há no mínimo seis meses. Como critério de exclusão estabeleceu-se: três tentativas de contato sem sucesso, falecimento do idoso e o cuidador não permitir que a entrevista fosse gravada. Para a coleta de dados foi utilizado roteiro de entrevista semiestruturada, composto por questões abertas que respondessem ao objetivo do estudo. Os dados foram analisados conforme a Análise Textual Discursiva. Respeitando a Resolução 466/2012, o projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande, sob parecer de aprovação número 87/2017. Os resultados foram apresentados sob a forma de dois artigos: Vivências e sentimentos de cuidadores familiares de idosos com demência, e Necessidades de cuidadores familiares de idosos com demência: intervenções de enfermagem. No primeiro artigo foi possível identificar as experiências e os sentimentos vivenciados pelos cuidadores após o diagnóstico da demência e durante o cotidiano de cuidados ao idoso. O segundo artigo revelou que as necessidades dos cuidadores dizem respeito à carência de informações sobre a demência e sobre como realizar o cuidado ao idoso. Os cuidadores familiares apresentam sentimentos ambíguos em relação ao idoso e ao diagnóstico da demência. Também vivenciam diversas situações no cotidiano de cuidados que aumentam o risco de estresse e sobrecarga. Os cuidadores não possuem informação e capacitação necessárias para se sentirem seguros em relação ao cuidado com o idoso, fato que contribui para o aumento da sobrecarga. Os enfermeiros podem intervir com os cuidadores instrumentalizando-os e capacitando-os para que se sintam mais seguros e consequentemente, menos estressados e sobrecarregados com a rotina de cuidados.
