EENF - Escola de Enfermagem
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- ItemEnfermagem gerontológica: reflexão sobre o processo de trabalho(2000) Santos, Silvana Sidney CostaEste estudo teve por objetivo refletir sobre a Enfermagem Gerontológica subsidiado na abordagem sobre processo de trabalho, segundo Marx. Trata-se de um estudo bibliográfico onde verificou-se o conceito, as fundamentações teóricas, os objetivos e o processo de trabalho da Enfermagem Gerontológica. Os resultados apontaram co mo sendo sua finalidade à promoção da saúde, a prevenção das doenças, o cuidado específico, a recuperação e a reabilitação dos idosos, mantendo, a sua capacidade funcional; como seu objeto, o ser humano idoso e o próprio processo de envelhecimento; como seu instrumental, o conhecimento específico sobre o objeto, os instrumentos e as condutas direcionadas ao idoso; como seu produto, o idoso autocuidando- se, diante desta impossibilidade, sendo cuidado adequadamente por sua família e sendo-lhe dispensado um cuidado humanístico, conservando sua dignidade até a morte. A partir das reflexões realizadas pôde-se aplicar conceitos apreendidos sobre processo de trabalho à Enfermagem Gerontológica, procurando-se despertar para a importância da inclusão de conteúdos sobre Gerontologia na formação dos profissionais de Enfermagem
- ItemOs sentimentos da família frente a facticidade da doença mental(2001) Oliveira, Adriane Maria Netto deTrata-se de uma reflexão sobre os sentimentos vivenciados pela família ao deparar-se como diagnóstico médico da doença mental num de seus membros, evidenciando os momentos de fragilidade emocional deste grupo social. Ressalta-se também, a relevância da intervenção da equipe de saúde, através de um cuidado humanizado, como forma de ajudar a família a enfrentar e superar esta situação.A experiência da doença mental, vivenciada pela família é abordada, a partir do referencial teórico-filosófico de Martin Heidegger, priorizando um dos seus existenciais: a afetividade.
- ItemOs médicos na atenção básica no SUS, encontros e desencontros com os gestores de 50 municípios do estado de Rio Grande do Sul(2001) Nappi, Jaime Carlos Bech; Costa, Cesar Francisco Silva da; Sassi, Raul Andrés Mendonza; Vaghetti, Helena HeidtmannNeste trabalho, os autores desenvolvem uma pesquisa qualitativa sobre quais são, na opinião dos mais de 50 gestores das zonas noroeste e sul do Estado de Ri o Grande do Sul, os principais problemas para a construção do SUS nos municípios. Dois problemas foram considerados como os mais importantes: O papel do médico na atenção básica e a dificuldade para conseguir realizar diagnósticos e procedimentos de média e alta complexidade. Centralizando o estudo sobre os médicos os autores detectam que 100 % dos gestores consideram o médico como o principal responsável pela baixa qualidade da atenção clínica e atribuem isto à má preparação fornecida pela maioria das escolas de medicina. A análise praticada sobre os dados obtidos revela que nenhum dos municípios desenvolve um processo completo de administração de recursos humanos que compreenda a contratação, o acolhimento, o acompanhamento, a educação continuada e a participação dos médicos na gestão das unidades. Ao contrário, os médicos desenvolvem, segundo a opinião dos autores um trabalho alienante, num modelo de atenção à saúde tradicional e obsoleto, que se considera incapaz de fornecer um atendimento correto às nece ssidades mais sentidas pela população. A partir disso, se propõem uma série de medidas de curto e médio prazo que encaminhem uma melhoria da situação, mudando a cultura dos setores de recursos humanos das prefeituras.
- ItemO viver e ser saudável no envelhecimento humano contextualizado através da história oral(2002) Pelzer, Marlene Teda; Sandri, Juliana Vieira de AraujoEste é um estudo qualitativo com enfoque no envelhecimento dentro do processo de viver saudável, através da História Oral Temática. Realizadas oito entrevistas com pessoas idosas, sendo quatro delas pertencentes ao projeto de extensão UNIVIDA, da UNIVALI e as demais ao grupo de idosos do SESC - Florianópolis (SC). As dimensões espirituais, de gênero, de trabalho, de estética e a arte de envelhecer emergiram das narrativas, permitindo contextualizar o processo de envelhecimento saudável. Este grupo de pessoas idosas conseguiu romper com estereótipos ou preconceitos existentes em nossa sociedade, tornando-se agente do processo de mudança de mentalidade.
- ItemA enfermagem e o idoso portador de demência tipo alzheimer: desafios do cuidar no novo milênio(2002) Pelzer, Marlene TedaEste artigo mostra a associação entre envelhecimento populacional e a demência tipo Alzheimer, considerada como um dos maiores problemas de saúde pública na atualidade. A família tem sido desafiada a assumir o cuidado do idoso fragilizado e dependente, requerendo suporte tanto por parte da enfermeira quanto de organizações não governamentais para poder enfrentar as demandas diárias do cuidar. A enfermagem brasileira precisa organizar seu corpo de conhecimento para fazer frente à complexa dinâmica do cuidado ao idoso que vivencia um processo de demência, oferecendo novas e efetivas estratégias de intervenção.
- ItemA enfermagem e o idoso portador de demência tipo Alzheimer: desafios do cuidar no novo milênio(2002) Pelzer, Marlene TedaEste artigo mostra a associação entre envelhecimento populacional e a demência tipo Alzheimer, considerada como um dos maiores problemas de saúde pública na atualidade. A família tem sido desafiada a assumir o cuidado do idoso fragilizado e dependente, requerendo suporte tanto por parte da enfermeira quanto de organizações não governamentais para poder enfrentar as demandas diárias do cuidar. A enfermagem brasileira precisa organizar seu corpo de conhecimento para fazer frente à complexa dinâmica do cuidado ao idoso que vivencia um processo de demência, oferecendo novas e efetivas estratégias de intervenção.
- ItemOs médicos na atenção básica no SUS, encontros e desencontros com os gestores de 50 municípios do Estado de Rio Grande do Sul(2003) Nappi, Jaime Carlos Bech; Costa, Cesar Francisco Silva da; Sassi, Raul Andrés Mendonza; Vaghetti, Helena HeidtmannNeste trabalho, os autores desenvolvem uma pesquisa qualitativa sobre quais são, na opinião dos mais de 50 gestores das zonas noroeste e sul do Estado de Rio Grande do Sul, os principais problemas para a construção do SUS nos municípios. Dois problemas foram considerados como os mais importantes: O papel do médico na atenção básica e a dificuldade para conseguir realizar diagnósticos e procedimentos de média e alta complexidade. Centralizando o estudo sobre os médicos os autores detectam que 100 % dos gestores consideram o médico como o principal responsável pela baixa qualidade da atenção clínica e atribuem isto à má preparação fornecida pela maioria das escolas de medicina. A análise praticada sobre os dados obtidos revela que nenhum dos municípios desenvolve um processo completo de administração de recursos humanos que compreenda a contratação, o acolhimento, o acompanhamento, a educação continuada e a participação dos médicos na gestão das unidades. Ao contrário, os médicos desenvolvem, segundo a opinião dos autores um trabalho alienante, num modelo de atenção à saúde tradicional e obsoleto, que se considera incapaz de fornecer um atendimento correto às necessidades mais sentidas pela população. A partir disso, se propõem uma série de medidas de curto e médio prazo que encaminhem uma melhoria da situação, mudando a cultura dos setores de recursos humanos das prefeituras.
- ItemCuidando de famílias de pacientes internados em uma unidade de terapia intensiva(2003) Ferrioli, Daniele Rodrigues; Acosta, Lisiane Silveira; Gomes, Giovana Calcagno; Lunardi Filho, Wilson DaniloAo adoecer e hospitalizar-se em uma UTI, o cliente é deslocado do seu meio ambiente, gerando uma situação de crise para todos os membros de sua família que, junto com a doença que ameaça a sua vida, compartilham o medo, o estresse, os sentimentos de perda e a preocupação com a morte. Assim, temos como objetivo identificar, junto aos familiares de pacientes internados em uma UTI, as suas principais necessidades, para criar um espaço de cuidado e de ajuda, de modo a auxiliá-los a vivenciar este momento de crise, da forma menos traumática possível. A partir de observações participantes e entrevistas com sete famílias de clientes internados em uma UTI Geral, pôde-se identificar percepções e sentimentos das famílias em relação à morte e ao adoecer, suas percepções acerca da visita hospitalar e da atuação da equipe, suas reivindicações e situações em que se reconhece cuidada.
- ItemA arte como exercício ético e estético para compreensão do processo de trabalho em saúde da família(2003) Couto, Zelia de Fatima Seibt do; Vaz, Marta Regina CezarEste estudo tem por objeto de investigação o processo de trabalho, focado no trabalho em Saúde da Família, no espaço acadêmico do curso de especialização multiprofissional em Saúde da Família (PSF) da Fundação Universidade Federal do Rio Grande – FURG. O objetivo é identificar a forma como a força de trabalho (denominada sujeitos-atores sociais do PSF) se relaciona com seu objeto de trabalho (Saúde da Família), buscando uma tradução hermenêutico-dialética, considerando as manifestações expressivas (verbais ou não-verbais) que possam revelar percepções e imaginário (imagem/ação) dos trabalhadores em saúde. O processo teórico-metodológico foi desenvolvido com os participantes do curso, através de exercícios artísticos, permeando as questões da arte e da hermenêutica para a compreensão de significados, projetando o processo de trabalho em Saúde, lançado no PSF como uma produção artística e coletiva. Os exercícios foram desenvolvidos em dois momentos distintos, divididos em oficina de processo de trabalho e experimento em arte. A análise dos dados é desenvolvida a partir da hermenêutica dialética, através da semiotização global, de Paul Ricoeur, no uso do círculo hermenêutico, composto por mimese I, mimese II e mimese III. A mimese I ou pré-figuração apresenta o chão social dos sujeitos- atores sociais e a sua colocação no mundo, na relação histórica do desenvolvimento da Saúde Coletiva. A mimese II ou figuração discute o produto da construção artística da oficina de processo de trabalho, a passagem simbólica do individual para o coletivo, a integração do nível interno e a mediação ao nível externo através de uma história, nos eventos do processo de trabalho (necessidade, finalidade, projeto, objeto, instrumentos, força de trabalho e processo). A mimese III ou refiguração apresentou o círculo hermenêutico como um todo, retomando as mimeses I e II num nível mais ampliado, partindo do quadro-referência preenchido pelos sujeitos-atores sociais. Como síntese da ressignificação do processo de trabalho como produção artística, estabeleceu-se que: nasce da necessidade de compreensão do mundo e de si mesmo; ganha finalidade e transforma-se em projeto através do pensamento; é reificado no objeto, que se torna tangível pela contemplação, passando assim a constituir um produto resignificado, sobre o qual se imprimiu uma força de trabalho humano, vivo, se utilizando-se como ferramentas o conhecimento, as vivências. Este processo é recorrente, retro-alimentado, uma vez que o produto da criação do trabalho em saúde é a produção mesma de saúde, que necessita sempre ser produzida e ressignificada. Artístico, assim, é o próprio processo emanatório de significados para o cotidiano, e a “estética” está na tangibilidade dada a um processo abstrato que se concretiza na compreensão dos significados emanados pelo exercício de concretude/objetivação deste mesmo processo, infindável.
- ItemA utilização de plantas medicinais na promoção e na recuperação da saúde nas comunidades pertencente às equipes do programa de saúde da família do município do Rio Grande, RS(2003) Oliveira, Stella Minasi de; Baisch, Ana Luiza MuccilloThe use of medicinal herbs as a therapeutic alternative has been encouraged lately. This study has evaluated the use of these herbs to promote and recover health in communities which are monitored by the health teams of the Family Health Program in Rio Grande, RS. Their uses, how knowledge about these herbs is transmitted, the most used ones, their manipulation and preparation, their popular indication compared to literature, the first action taken in case of sickness in the family, and their uses associated with allopathic medication, were investigated. Ninety five percent out of 360 interviewees reported that they use medicinal herbs. In this study, the knowledge about medicinal herbs was taught mostly by mothers to their daughters (55.68%), or by their grandmothers (19.82%). Thirteen herbs were used by more than 50% of the interviewees: Egletes viscosa L. (88.62%), Mikania glomerata (81.87%), Foeniculum vulgare (77.84%), Peumus boldus molina (77.55%), Malva silvestris L. (72.88%), Plantago tomentosa L. (71.26%), (68.22%), Lippi alba B. (67.25%), Cymbopogon citratus (66.18%), Baccharis triptera (63.63%), Pimpinella anisium (60.64%), Pimpinella anisium (58.53%), and Mentha (53.50%). Considering these herbs, most are used against illnesses in the digestive tract, specially, Peumus boldus molina, Egletes viscosa, Foeniculum vulgare, Baccharis triptera and the Mentha. To alleviate pain, infection, and inflammation, both Malva silvestris L. and Plantago tomentosa L. were suggested. Mikania glomerata was the herb most interviewees suggested in case of respiratory diseases. In case of emotional instability, Pimpinella anisium and Cymbopogon citratus were suggested. The use of teas made of medicinal herbs was mentioned by 68.03% of the interviewees as being the first step taken in case of sickness in the family. The use of these herbs associated with allopathic medication was mentioned by only 29.61% of the interviewees. These data show us that medicinal herbs play a very important role in the prevention and promotion of health in this community and that knowledge about them is transmitted mainly from one generation to another. There is some connection between popular knowledge and practice, and prescriptions found in literature. Aiming at building a public policy for medicinal herbs, this study offers subsidies so that it can be carried out in our city.
- ItemServiço de educação continuada na enfermagem nas instituições de saúde do município de Rio Grande(2003) Cecagno, Diana; Siqueira, Hedi Crecencia Heckler de
- ItemEnfermeiras construindo estratégias para implementação das ações em saúde(2003) Fernandes, Jeanice de Freitas; Lunardi, Valéria LerchEnfermeiras confrontam-se, no cotidiano, com situações das quais podem discordar, o que pode estar relacionado a seus valores, crenças, saberes, assumindo posturas de aceitação e/ou de resistência. Especificamente na área de saúde coletiva, enfermeiras podem estabelecer relações de poder com o gestor municipal de saúde, com a comunidade ou, ainda, com a própria equipe de enfermagem e com os demais profissionais de saúde. A partir da concepção foucaultiana de poder, procurou-se conhecer as estratégias construídas por enfermeiras no enfrentamento de dificuldades vivenciadas na implementação das ações em saúde. Nesta pesquisa, de caráter qualitativo, a coleta de dados foi realizada através de entrevistas semi-estruturadas, com oito enfermeiras que atuam no Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS) ou Programa de Saúde da Família (PSF), em municípios de abrangência da 6ª Coordenadoria Regional de Saúde (CRS) do Rio Grande do Sul. As entrevistas enfocaram as dificuldades vivenciadas pela enfermeira com o gestor municipal de saúde, a equipe de saúde e a comunidade para a implementação das ações em saúde; e as estratégias construídas para enfrentar tais dificuldades. A partir da análise dos dados, quatro categorias foram construídas: - Reunião de equipe como estratégia de organização do trabalho: pela possibilidade da enfermeira expressar-se, resistir, lutar, afrontar e reagir diante de dificuldades vivenciadas ao implementar as ações em saúde, sendo uma prática essencial para este processo. Pela sua relevância, a enfermeira luta e resiste para garanti-la como uma prática efetiva no seu ambiente de trabalho; - Prática dialógica como estratégia de cuidado de si e dos outros: favorece que as enfermeiras conquistem estrutura física adequada, recursos materiais e humanos necessários para implementar as atividades, bem como reajustes salariais, de modo a reconhecerem maior valorização pelo trabalho realizado; - A legislação como instrumento de construção de espaços de resistência: utilizado, pelas enfermeiras, como recurso de argumentação e de construção de espaços de resistência, o que favorece a luta por melhorias na sua prática profissional, refletindo, conseqüentemente, na implementação das ações em saúde e; - A comunidade exercendo poder na implementação das ações em saúde: mediante a busca de comprometimento da própria comunidade com o seu processo de saúde e a implementação das ações em saúde, como expressão de sua cidadania.
- ItemPesquisa em enfermagem à luz da complexidade de Edgar Morin(2003) Santos, Silvana Sidney CostaO objetivo deste artigo foi apresentar a Complexidade, mostrando sua importância na pesquisa em enfermagem. Trata-se de uma reflexão em duas partes: os princípios da Complexidade, de Edgar Morin; a pesquisa em enfermagem a partir da Complexidade. Considerando a complexidade que envolve os objetos de estudo da enfermagem, torna-se desejável escolher um caminho metodológico mais apropriado a sua apreensão, ou seja optar por um método que apresente maior possibilidade de retratar esta realidade. E entendendo o método como caminho da investigação acoplado a/e originário da teoria e não amarra do fazer científico, a Complexidade, de Edgar Morin, quando utilizado como escolha teórica termina sendo um guia para o caminho metodológico
- ItemFamília de alcoolista: o retrato que emerge da literatura(2003) Silva, Mara Regina Santos daEmbora o alcoolismo seja uma doença que extrapola os limites individuais da pessoa que bebe e se repercute de forma negativa sobre a saúde das famílias, observa-se, freqüentemente, que os cuidados aos outros membros da família, são raros e quando acontecem, se fazem sem uma sustentação teórica maior. A partir deste pressuposto, foi desenvolvida esta pesquisa bibliográfica com o objetivo de buscar o conhecimento já construído sobre o tema “família e alcoolismo”. A fonte de dados foi constituída pela produção científica veiculada em periódicos nacionais, latinos e norte-americanos, publicados no período de 1990 a 1994. A partir dos estudos examinados, emergiu material para construir um retrato da família que convive com o alcoolismo, o qual mostra seus problemas, suas necessidades e as estratégias que utilizam para enfrentar um quotidiano difícil. O conhecimento apreendido acerca do viver destas famílias pode, de alguma maneira, contribuir para respaldar as intervenções profissionais.
- ItemA enfermagem em saúde coletiva e a modelagem da programação: uma abordagem socioambiental do trabalho(2003) Cabreira, Graciela Oliveira; Cezar, Marta Regina VazO objeto deste estudo está centrado na construção da modelagem da programação em saúde no interior do trabalho da enfermagem, na 3ª Coordenadoria Regional de Saúde, no Estado do Rio Grande do Sul. O termo modelagem, incluso no objeto de estudo, é entendido como modelo de organização do trabalho, que se expressa em um conteúdo tecnológico, através da forma da programação. Para tanto, tem-se como objetivo geral analisar, por meio de uma visão socioambiental, a construção da modelagem (conteúdo/forma) da programação no trabalho da enfermagem em saúde coletiva, na Rede Básica de Serviços Públicos de Saúde da 3ª Coordenadoria Regional de Saúde. O processo teórico metodológico da pesquisa foi construído através de um quadro de referência teórico, constituído pelas temáticas do conceito de trabalho, modelagem da programação e visão socioambiental do trabalho. Os dados foram coletados através da entrevista semi-estruturada gravada e, da apreciação de documentos oficiais. Foram entrevistadas 30 (trinta) agentes sociais enfermeiras, em 13(treze) municípios, extraídas por meio de uma amostra, do total de 143(cento e quarenta e três) enfermeiras, distribuídas nos 22(vinte e dois) municípios que compõem a 3ª coordenadoria regional de saúde. Através de uma proposta de análise qualitativa, com abordagem dialética, foi possível visualizar a modelagem da programação, historicamente construída, junto às políticas públicas de saúde e, no trabalho da enfermagem, na saúde coletiva. Visualizou-se, ainda, por meio de uma visão socioambiental do trabalho da enfermagem, numa analogia ao processo de trabalho em saúde, a construção de ações individuais e coletivas, mediadas pelas necessidades do objeto/sujeito, visualizando-os como seres humanos culturais, na correspondência do potencial de liberdade da ação, na relação com a natureza social particular e coletiva, por meio da racionalidade cultural. Na tentativa de unificar esta diversidade cultural, as enfermeiras se utilizam do instrumental da programação, codificado através dos grupos específicos instituídos, nos quais busca-se a integralidade da ação, utilizando-se a interdisciplinaridade, conformada pelo trabalho cooperativo, na constituição da força de trabalho, identificada como equipe de saúde, na correspondência da racionalidade instrumental. Desta forma, apreende-se o produto do trabalho, por meio da racionalidade substantiva, vinculado a demanda que aporta na unidade, com uma prédefinição de coletivo, identificando-se a qualidade de vida, na referência das necessidades básicas de sobrevivência. Nesta direção, aproximando-se os princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde, às racionalidades cultural, instrumental e substantiva, verifica-se que estas tendem para a construção da equidade social e diversidade cultural, no trabalho da enfermeira, na modelagem da programação em saúde. Reitera-se, portanto que a enfermeira, como agente social do trabalho, assume a programação como elemento do processo de trabalho, como forma de aproximação do objeto/sujeito cultural, utilizando-se do conteúdo da programação, como instrumental de trabalho, no seu processo de trabalho na atenção básica, no desdobramento desse conteúdo em formato do próprio trabalho da enfermagem, na aderência às propostas públicas de atenção às necessidades sociais dos grupos humanos em seus ambientes.
- ItemA saúde como direito: o exame preventivo de câncer de colo uterino sob o olhar da faltosa(2003) Madureira, Alexandra Bittencourt; Lunardi, Valéria LerchO exame citopatológico de Papanicolaou é o mais utilizado como estratégia para a detecção precoce de câncer de colo uterino. No entanto, um grande número de mulheres agenda sua realização nos Postos de Saúde, mas não comparece para a coleta do material. Assim, este estudo tem como objetivos: - conhecer os motivos apresentados pelas mulheres para agendarem um Exame Preventivo de Câncer de Colo Uterino e não comparecem para a sua realização; - elaborar estratégias para a redução do não comparecimento de usuárias ao exame preventivo do câncer de colo uterino agendado nas Unidades Básicas de Saúde. A pesquisa se deu em duas etapas: a primeira, consistiu na realização de 25 entrevistas semi-estruturadas, com mulheres que agendaram o exame em duas Unidades de Saúde e não compareceram para a coleta; a partir da identificação dos motivos apontados pelas mulheres, na segunda etapa foram realizados encontros com as enfermeiras dos postos de saúde que serviram de captação das mulheres faltosas, a fim de elaborar estratégias de enfrentamento. A partir da análise do conteúdo dos dados, cinco categorias foram construídas: - a busca do agendamento pela mulher: a mulher procura o serviço de saúde como um ser integral e não como um órgão em busca de diagnóstico; - o compromisso da unidade de saúde frente à escolha da mulher: favorece a adesão da usuária considerando suas necessidades e buscando atendê-las através da organização do serviço; - o tempo entre o agendamento e o exame: uma questão de organização do trabalho e de compromisso com a usuária: um período de tempo mais reduzido entre a data do agendamento e o exame reflete o compromisso com a usuária, facilitando a lembrança da data do exame e a previsão do seu ciclo menstrual; - o cartão informativo ou a usuária como centro do fazer?: a utilização do cartão informativo como apoio e não como o centro do agendamento e; - a orientação da usuária como expressão do comprometimento da equipe, com a preocupação com o processo de educação em saúde e busca de autonomia das usuárias. O trabalho demonstra a necessidade e a importância do contínuo processo de avaliação dos serviços em saúde, tendo em vista a sua organização, o alcance de suas finalidades e o compromisso com a comunidade.
- ItemDinâmica da vivência do familiar que assume o cuidado de um paciente insulino-requerente(2003) Oliveira, Silvia Lúcia de Castro; Lunardi Filho, Wilson DaniloEste é um estudo qualitativo, que teve por objetivo compreender como é vivenciada a relação do cuidado familiar ao paciente diabético, baseado na Teoria do Vínculo de Pichon Rivière, subsidiada por conceitos de Caplan, Bronfenbrenner e Yunes. Com sua realização, buscou-se conhecer o impacto que esta doença provoca no contexto familiar, principalmente em relação à personagem cuidador. O estudo foi realizado em um Centro de Saúde, no município de Rio Grande, junto a familiares de pacientes vinculados ao Programa Municipal de Assistência ao Diabetes. A coleta de dados aconteceu por meio de oito reuniões semanais com este grupo de cuidadores e de entrevistas individuais com cada uma das pessoas participantes do grupo de pesquisa. Com as sucessivas reuniões, através dos depoimentos e das trocas havidas entre as mesmas, pôde ser compreendido como é distribuída a responsabilidade familiar de cuidar de uma pessoa com diabetes, sendo possível identificar fatores como preparo para a função, informação recebida, disponibilidade emocional e vital. Os aspectos políticos sociais foram abordados como forma de contextualizar o trabalho. Foram, ainda, levadas informações aos cuidadores, de forma a possibilitar, não apenas conhecer seu nível de conhecimento e sua capacidade crítica, mas, principalmente, para auxiliá-los a promover melhoras em suas condições de vida.
- ItemA globalização e o segundo sexo(2003) Fonseca, Adriana Dora da; Madureira, Valéria Silvana FaganelloTrata-se de uma reflexão que toma como ponto de partida o processo de globalização estabelecendo um contraponto entre as características deste processo e as proposições da Conferência Internacional sobre População e Desenvolvimento/1994, procurando discuti-lo com base nos escritos de Sen (2000, 2001) sobre igualdade. Esta análise comparativa indica que a discussão sobre a igualdade entre os sexos tem se globalizado enfatizando a situação da mulher no mundo contemporâneo como um obstáculo ao desenvolvimento, o que foi reafirmado nas discussões da IV Conferência Mundial Sobre a Mulher/1995. Em seguida, analisa os avanços ocorridos no Brasil a partir dos encaminhamentos dados às proposições da Conferência e conclui colocando a busca da igualdade entre os sexos, no campo dos direitos e das oportunidades.
- ItemA comunicação como um dos fatores de auxílio ao paciente cirúrgico no processo de tomada de decisão sobre a sua saúde(2003) Oliveira, Jocelda Gonçalves; Lunardi Filho, Wilson DaniloEste estudo teve sua motivação em quase quinze anos de trabalho da autora em Instituição Hospitalar, em que pôde observar, empiricamente, que as relações de comunicação entre profissionais de saúde e pacientes ocorrem de maneira verticalizada, nas quais o profissional transmite o seu saber, impondo e negando o direito à voz do outro e, em conseqüência, negando-lhe, também, a autonomia de decidir. Transformando essa assertiva em uma questão hipotética, foi constatada a sua confirmação, por ocasião do desenvolvimento da presente pesquisa, cujo objetivo geral foi compreender como vem se dando a participação do cliente/paciente no processo de tomada de decisão. Visando atingir o objetivo pretendido, foi desenvolvido um estudo qualitativo em uma Unidade de Internação Cirúrgica, de um Hospital Universitário, público, do Estado do Rio Grande do Sul. Os sujeitos da pesquisa foram os clientes/pacientes de cirurgia eletiva e os profissionais de saúde (médicos e membros da equipe de enfermagem). A coleta de dados deu-se por meio do uso das técnicas de observação e entrevista. Ambas as técnicas seguiram um roteiro pré estabelecido. A análise dos dados emergentes permitiu comprovar que é o paciente quem decide procurar auxílio médico e que os profissionais parecem percebê-lo somente como um caso cirúrgico, não se identificando perante ele nem fornecendo informações a respeito de exames e procedimentos realizados. Também não permitem ou incentivam a sua participação no seu cuidado. Além de não considerarem queixas e temores, não respeitam o direito à recusa a qualquer procedimento prescrito. Comprovou-se, assim, que subestimam a sua capacidade e inteligência. O Ser humano, portanto, desde o momento em que interna no hospital, aos poucos, é destituído da sua condição de sujeito. Passando a emergir como objeto, perde o comando de seu próprio corpo, a autonomia, sendo-lhe negada a sua capacidade de reflexão e, portanto, de decisão.
- ItemA percepção dos enfermeiros acerca das ações administrativas em seu processo de trabalho(2004) Vaghetti, Helena Heidtmann; Reis, Daniela; Kerber, Nalú Pereira da Costa; Azambuja, Eliana Pinho de; Fernandes, Geani Farias MachadoEstudo qualitativo de caráter exploratório, desenvolvido de março a dezembro de 2002, em um Hospital Universitário situado no extremo sul do país, que buscou identificar a percepção dos enfermeiros acerca das ações administrativas exercidas em seu trabalho diário. As categorias temáticas emergiram do levantamento dos dados e da análise do conteúdo de entrevistas realizadas com 10 enfermeiros. Salientamos, neste momento, a Categoria I: Ações Administrativas como Instrumento de Gerenciamento e a Categoria II: Ações Administrativas como Cuidado Direto/ Indireto. Na primeira, as ações administrativas são percebidas como planejamento, coordenação, liderança, controle, detenção da informação e organização e a segunda, retrata as ações administrativas como parte integrante da assistência de enfermagem. Observou-se que muitas das ações administrativas realizadas pelos enfermeiros são inerentes a sua função, conforme apregoa o Código de Exercício do Profissional do Enfermeiro e são fundamentais para a concretização do cuidado.
