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Federal do Rio Grande
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IO - Instituto de Oceanografia

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    Condicionamento reprodutivo do matrinxã Brycon amazonicus (Spix & Agassiz, 1829) submetido a jejum prolongado
    (2012) Fonseca, Vivianne da Silva; Robaldo, Ricardo Berteaux; Correa, Marle Angélica Villacorta
    O matrinxã Brycon amazonicus é bastante apreciado pela qualidade de sua carne e é a segunda espécie mais produzida por piscicultura da Região Norte do Brasil. É uma espécie reofilica, e em sua migração reprodutiva experimenta redução da ingesta por três meses contínuos. Trabalhos realizados com a espécie em estudo indicaram que a restrição alimentar pré-reprodutiva melhora a resposta dos reprodutores em cativeiro, como um aumentou dos óvulos de fêmeas restritas. O objetivo desse trabalho foi avaliar o desempenho reprodutivo do matrinxã quando exposto a jejum prolongado, semelhante ao sofrido pela espécie no ambiente natural. Para isso, foi realizado experimento de out/2010 a jan/2011 na Estação de Aquicultura da UFAM-AM (2°39’39.27”S 60°03’04.07”W), quando 100 reprodutores foram estocados em 4 viveiros de 600m2 (n=25/viveiro), distribuídas em 2 grupos controle alimentados diariamente e dois grupos em jejum por 3 meses no período anterior a desova Ao término do período experimental, coincidente com o período de desova da espécie, foram efetuados ensaios de indução hormonal com extrato hipofisário de carpa e coleta de tecidos para análises bioquímicas (sangue, fígado e músculo) e cálculo dos índices biométricos: índice hepatosomático, gonadosomático, de gordura cavitária e fator de condição . Nas induções, o jejum promoveu melhora do desempenho reprodutivo com valores superiores nas taxas de sucesso na indução, fertilidade, fertilização e eclosão, comprovando a hipótese testada. Nas fêmeas, o jejum também promoveu diminuição nos níveis plasmáticos de glicose, fração das lipoproteínas de muito baixa densidade e nos triglicérides, indicando uma maior mobilização dos nutrientes para o desenvolvimento ovariano. Nos machos apenas os níveis de colesterol plasmáticos foram elevados. Os parâmetros bioquímicos hepáticos e musculares demonstraram discreto efeito do jejum, com níveis de triglicérides no fígado reduzidos e de glicogênio muscular aumentado nos machos. Os índices IGS, IHS e IGC não apresentaram diferença para as fêmeas, e apenas o K foi reduzido no jejum. Nos machos o IGS e IGC foram elevados e o K reduzido na mesma condição. Foi constatada uma maior mobilização de energia para o período reprodutivo nos machos. A principal fonte de energia utilizada parece ter sido os lipídios e as proteínas. Diante dos resultados obtidos neste estudo e em consonância com aqueles realizados anteriormente, foi possível concluir que a manutenção dos reprodutores de matrinxã em jejum prolongado durante os três meses que antecedem o período natural de desova da espécie, promove a otimização da resposta reprodutiva.
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    Reprodução e desenvolvimento do peixe anual Austrolebias nigrofasciatus Costa & Chefe, 2001 em laboratório
    (2015) Fonseca, Alinca Peres da; Robaldo, Ricardo Berteaux
    Peixes anuais são considerados organismos extremos por viverem exclusivamente em áreas úmidas sazonais e possuírem adaptações únicas para sobrevivência nestes ambientes. Apesar de serem considerados bons modelos para ensaios de laboratório, poucos estudos têm sido realizados com o intuito de aprimorar as técnicas de manejo de Rivulidae Neotropicais. Assim, foram relizados três estudos para elucidar questões do desenvolvimento e reprodução de Austrolebias nigrofasciatus em laboratório. No primeiro capítulo foi manipulada a quantidade de fêmeas, mantendo uma (T1), duas (T2), três (T3) e quatro (T4) fêmeas para cada macho por unidade experimental, com cinco repetições, para verificar a oviposição (OV), a taxa de fertilização (TF), e a razão entre neutrófilos (N): linfócitos (L). A OV média por fêmea não diferiu, mas a TF foi inferior no T4 coincidindo com o aumento da razão N:L nos machos. Até o T3 a adição de fêmeas aumenta o total de ovos fertilizados disponível. Diante dos resultados, observamos que aumentar a razão de fêmeas para até três por macho favorece o desempenho reprodutivo da espécie. O segundo experimento analisou a sobrevivência, trajetória e tempo de desenvolvimento embrionário em diferentes meios de incubação. Foi verificado que até a diapausa II (DII) não existe influência dos meios no padrão de desenvolvimento, mas desta fase em diante o meio de água com casca de coco em pó apresentou atraso no tempo de desenvolvimento. O meio úmido com solução de Yamamoto foi o que apresentou os primeiros embriões completamente desenvolvidos, com 27 dias após a postura. Ovos que foram mantidos na mesma água dos reprodutores desde a postura permaneceram na DI. A sobrevivência em todos os meios de incubação foi alta (70 a 98 %). Conclui-se que todos os meios são viáveis para a manutenção dos embriões, podendo se alterar as trajetórias de desenvolvimento através da manipulação das diapausas. No terceiro e último estudo, para identificar a forma como o enchimento inicial da vesícula gasosa é comprometido, impedindo a natação normal (belly sliders), e determinar as implicações disto no crescimento dos juvenis, analisamos histologicamente a vesícula gasosa de peixes com natação normal e de rampantes durante o crescimento inicial. Verificamos que os rampantes apresentam metaplasia com descamação do epitélio da vesícula gasosa e hemorragia, além de apresentar crescimento inferior. Concluímos que em laboratório a incidência desta patologia é um problema relevante e responsável por uma grande quantidade de juvenis inviáveis.
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    Relevância da alcalinidade, pH e dióxido de carbono na sobrevivência e crescimento de Litopenaeus vannamei (Boone 1931) em sistema de bioflocos
    (2014) Furtado, Plinio Schmidt; Wasielesky, Wilson; Poersch, Luís Henrique da Silva
    Os cultivos de organismos aquáticos em sistemas sem renovação de água que utilizam altas densidades de estocagem, forte aeração e biota predominantemente aeróbia e heterotrófica, formadora de flocos microbianos são chamados de tecnologia de bioflocos (BFT). Estes sistemas são considerados biosseguros e permitem elevar a produtividade do cultivo devido ao suplemento nutricional fornecido pelos bioflocos. Como não há renovação de água ao longo do cultivo e a água pode ser reutilizada por vários ciclos de produção, ocorre a redução dos níveis de alcalinidade e de pH , podendo também ocorrer um acúmulo de dióxido de carbono (CO2), proveniente dos processos respiratórios dos camarões e dos bioflocos. Alterações na qualidade de água de cultivo geram estresse e reduzem o crescimento e a capacidade de resposta do sistema imunológico, podendo afetar a sobrevivência dos camarões. Este trabalho busca aprimorar as técnicas de cultivo de Litopenaeus vannamei em sistemas de bioflocos sem renovação de água, compreendendo e corrigindo as concentrações de dióxido de carbono, alcalinidade e pH. Para tal, foram realizados cinco experimentos na estação marinha de aquacultura da Universidade Federal do Rio Grande (EMA-FURG-Brasil) e um na Universidad Nacional Autónoma do México (UMDI-Sisal-UNAM): 1. Determinação do nível letal do pH ácido e básico (pH50-96h) e avaliação do efeito subletal do pH nos parâmetros de estresse oxidativo em juvenis de L. vannamei; 2. Determinação da concentração letal e do nível de segurança de dióxido de carbono para juvenis de L. vannamei; 3. Verificação das concentrações de CO2 em diferentes densidades de cultivo e de sólidos em suspensão quando ocorre falha no sistema de aeração e se aplica peróxido de hidrogênio (H2O2) como fonte de oxigênio em sistema BFT; 4. Avaliação do efeito do CO2 no consumo de oxigênio de juvenis de L. vannamei cultivados em sistema BFT; 5. Avaliação do efeito de diferentes concentrações de alcalinidade nos parâmetros de qualidade da água, na formação dos bioflocos e no desempenho zootécnico de L. vannamei cultivados em sistema BFT; 6. Determinação da melhor dosagem de hidróxido de cálcio (Ca(OH)2) nos parâmetros de qualidade da água e desempenho zootécnico de L. vannamei cultivados em sistema BFT. Nas condições experimentais descritas no capítulo 1, o pH50 96 h de pH ácido e básico foram de 4,04 e 9,58 para juvenis de L. vannamei. Quanto ao ensaio de estresse oxidativo constatamos que os camarões expostos tanto ao pH 4,5 como ao pH 9,5 apresentaram desequilíbrio na atividade das enzimas antioxidantes. Já no Capítulo 2 encontramos os valores de CL50 e limites de confiança 95% em 24, 48, 72 e 96 h foram de 130,05 (104,2-162,1), 77,2 (73,8-80,02), 69,65 (65,47-74,32), 59,12 (53,08-66,07) mg/L de CO2, respectivamente. Assim, o nível de segurança calculado para L. vannamei foi de 5,9 mg/L de CO2. No capítulo 3 verificamos que as concentrações de CO2 se incrementaram com os incrementos de biomassa e de sólidos suspensos totais com o passar do tempo, alcançando valores subletais de CO2 para os camarões. No capitulo 4 foi verificado um incremento no consumo de oxigênio de juvenis nas concentrações de até 60 mgCO2/L e uma redução no consumo de oxigênio nas concentrações de 95, 150 e 300 mgCO2/L seguido de sintomas de anestesia e mortalidade. No Capítulo 5 foi possível formar bioflocos com valores de alcalinidade superiores a 70 mgCaCO3/L e pH superior a 7,38. Contudo, as melhores taxas de nitrificação e melhor desempenho zootécnico ocorreram nos tratamentos com maior alcalinidade. No capítulo 6 para a correção da alcalinidade, pH e CO2 pode ser aplicado dosagens de 0,05 g/L de hidróxido de cálcio ou aplicações diárias entre 10 e 20% da quantidade de ração ofertada aos camarões. Os resultados obtidos poderão auxiliar no dia a dia dos produtores de camarões em sistemas BFT.
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    Avaliação da qualidade e processamento do Bijupirá (Rachycentron canadum) procedente de piscicultura
    (2014) Gonzaga Júnior, Marcondes Agostinho; Prentice-Hernández, Carlos
    Nos últimos anos, o bijupirá Rachycentron canadum tem despertado interesse mundial. No Brasil, ainda são poucos os estudos visando gerar pacotes para a viabilização de sua criação, muito menos para o desenvolvimento de tecnologias para o seu processamento. A efetiva consolidação da aquicultura depende do escoamento da produção que, por sua vez, dependerá da demanda dos produtos. Para que o consumo de pescado no Brasil seja ampliado, é necessário que haja oferta de produtos com a qualidade exigida pelo consumidor. Desta forma, o presente estudo visou auxiliar a tecnologia desenvolvida para pescado inteiro e minimamente processado. Foram utilizados exemplares de bijupirá cultivado em tanques-rede (sistema near-shore) e em sistema de recirculação de água, alimentados com ração comercial e rejeitos de pesca, com peso variável de 2 a 3 e 9 a 11 kg. Após despesca, os peixes foram sacrificados por hipotermia em água gelada (método choque térmico, proporção 1:1, gelo:água). Foram investigadas no bijupirá cultivado, as alterações sensoriais, físico-químicas e microbiológicas visando determinar o tempo de conservação em gelo e congelado do pescado inteiro e de seu filé. Para o estudo da conservação em gelo, os peixes foram estocados em caixas de isopor, seguindo-se então de duas variantes de investigação: 1) Após sacrificados por choque térmico os exemplares foram armazenados em gelo durante 30 dias, onde se avaliou, em cada intervalo de 2 dias, as alterações de qualidade pós-mortem, através de análises químicas (nitrogênio das bases voláteis totais – N-BVT e pH), sensoriais (método do índice de qualidade – MIQ do pescado inteiro) e microbiológicas (contagem de mesófilos, psicrótrofilos, psicrófilos e coliformes totais); 2) Acompanhamento dinâmico da vida-útil, com aplicabilidade de indicador inteligente fotocrômico com etiquetas inteligentes (ITT). Para o estudo da estocagem congelada, os filés do bijupirá foram processados e congelados em congelador de placas (-30 0C) e estocados em freezer a -18 0C, durante 180 dias, onde foram acompanhados, em cada intervalo de 30 dias, pH, teste de oxidação (TBA), umidade, proteínas, dureza instrumental do filé e as mesmas análises microbiológicas realizadas para o peixe conservado em gelo. Também foi avaliado o potencial tecnológico desta espécie, sob a forma de filé embalados em atmosfera modifica e embalagens com diferentes filmes, acondicionados em sacos plásticos de alta densidade de etileno-álcool-vinilico – EVOH. As amostras foram submetidas a 3 tratamentos: A (Controle) e mais 2 atmosferas contendo aproximadamente 0,5 L de ar: (100 % CO2 ) e (Vácuo). As amostras embaladas foram 8 mantidas sob refrigeração, na faixa de 2 ± 1oC, quando foram submetidas a análise nos tempos 0,1,7,14,21,30,45 e 50 dias de armazenamento refrigerado em estufa climatizada. Foram realizadas analises físico-químicas (bases voláteis totais – N-BVT, pH ), estabilidade lipídica (TBA), textura (força de rompimento), cor e microbiológicas. Ainda trabalhando com embalagens foi avaliado o efeito de biofilmes nanocompósitos de isolado protéico (IPC) de pescado sobre a qualidade dos filés mantido sob refrigeração. O IPC foi obtido a partir de subprodutos da industrialização do pescado. Os filmes poliméricos foram desenvolvidos a partir do IPC pela técnica de casting. Foram testados três tipos de filmes, dois industriais e um preparado a base de IP: TA (EVOH), TB (PVC), e TC (IPC), submetidos às mesmas análises das embalagens com EAM. Desta forma concluimos que, a análise sensorial do pescado acondicionado em gelo mostrou um ponto de rejeição com 15 dias de armazenamento. No filé embalado sob atmosfera modificada, as embalagens à vácuo e 100 % de CO2 prolongaram a vida útil por até 21 dias em temperatura de refrigeração. Quando embalados a vácuo os resultados mostraram que o filé congelado nessas condições experimentais possui evidente estabilidade sensorial, química, física, e microbiológica armazenados a -180C, durante 180 dias. As embalagens de filmes nanocompósitos elaboradas a partir de IPC mostraram-se eficientes para conversação do pescado refrigerado em relação a filmes comerciais.
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    Caracterização da microbiota bacteriana associada à formação de flocos e no processo de nitrificação em sistemas de produção intensiva (Biofloc Technology - BFT) do camarão-branco Litopenaeus vannamei
    (2014) Ferreira, Lise Maria Mendes Holanda de Melo; Wasielesky, Wilson; Abreu, Paulo Cesar
    As bactérias têm diversas funções cruciais para o sucesso da produção de organismos aquáticos com a tecnologia de bioflocos (Biofloc Technology – BFT), entretanto, o nosso conhecimento sobre a diversidade e atividade das bactérias tem sido limitado principalmente pela falta de técnicas mais eficientes para caracterização dessas comunidades bacterianas. Portanto, o objetivo desse trabalho foi analisar a diversidade da comunidade bacteriana envolvida na formação de bioflocos e no processo de nitrificação em sistemas de aquacultura utilizando o sistema BFT e a adição de substratos artificiais para a formação de biofilme durante a produção intensiva do camarão-branco Litopenaeus vannamei. Para isto foi necessário implementar uma técnica de analise de diversidade bacteriana para sistemas de aquacultura, no caso, a técnica de impressão digital (“fingerprinting”) Temporal Temperature Tradiente Electrophoresis (TTGE). Nesse trabalho foi possível observar que o biofilme serve como complemento alimentar e diminuiu o estresse causado pela alta densidade de estocagem, melhorando o desempenho zootécnico dos camarões, entretanto, a adição dos substratos artificiais no ambiente de produção não influenciou na nitrificação. Esta foi mais influenciada pela reutilização da água com bioflocos, acelerando a oxidação de amônia a nitrito. Outro fator que influenciou no processo de nitrificação foi a intensidade de mistura da água (turbulência), controlando o tamanho dos bioflocos. Foi observado que o uso de pedras porosas apresentou menor intensidade de mistura e permitiu a formação de bioflocos de maior tamanho e maior eficiência na nitrificação do que com o uso de aerotubes nos tanques de produção, que apresentaram maior intensidade de mistura, mas bioflocos menores e nitrificação menos eficiente, demonstrando a importância da turbulência no tamanho dos bioflocos no sistema BFT. A técnica de TTGE foi eficaz para analise da diversidade e sucessão da comunidade bacteriana do bioflocos e do biofilme em sistema BFT, podendo ser aplicada nos diversos sistemas de aquicultura. O uso dessa técnica, aliada aos dados ambientais durante o ciclo de produção de L. vannamei, permitiu inferir ribotipos bacterianos relacionados a formação dos bioflocos e ao processo de nitrificação. Além disso, foi observado que as comunidades bacterianas do biofloco e biofilme são semelhantes entre si.
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    Descrição morfológica do sangue, da ontogenia dos órgãos linfóides e análise da expressão de genes relacionados ao sistema imune do linguado Paralichthys orbignyanus
    (2014) Gusmão, Emeline Pereira; Romano, Luis Alberto; Sampaio, Luís André
    Este estudo descreve a ontogenia do sistema imune inato e adaptativo do linguado Paralichthys orbignyanus e analisa a expressão de genes RAG1, CD3, CD4-2 e IL-1β, relacionados ao desenvolvimento do sistema imune em larvas e juvenis de P. orbignyanus, e a morfologia do sangue periférico. A larvicultura foi realizada no Laboratório de Piscicultura Estuarina e Marinha da Universidade Federal do Rio Grande (EMA – FURG). O rim apareceu 1 dia após a eclosão (dae), o timo aos 5 dae e o baço aos 10 dae, com células linfóides observadas em torno dos 25 dae. A expressão do gene RAG1 seguiu o aparecimento do timo, e os níveis de mRNA de CD3 e CD4-2 aumentaram após 30 dae. Um aumento nos níveis da citocina IL-1 foi observado aos 30 dae. O sangue de P. orbignyanus segue basicamente o mesmo padrão de outros vertebrados (eritrócitos, leucócitos e trombócitos). Estes resultados sugerem que, a partir dos 25-30 dae, o sistema imune do linguado pode apresentar memória imunológia, podendo-se utilizar imunoestimulantes e vacinação para melhorar as taxas de sobrevivência durante a larvicultura, bem como o perfil normal das células sanguíneas pode servir de base para a futura análise de condições patológicas.
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    Estudo da dinâmica de geleiras de maré do Nordeste da Península Antártica através de imagens SAR de alta resolução
    (2012) Santos, Virginia Luiz Cerqueira; Arigony Neto, Jorge
    Este trabalho tem como objetivo principal avaliar, em curta escala temporal, a dinâmica de algumas geleiras de maré da Península Antártica. Velocidades de fluxo superficial das geleiras Drygalski, Hektoria, Green, Evans, Punchbowl, Jorum, Crane, Mapple e Melville foram estimadas através do calculo de correlação cruzada entre pares de imagens de do sensor TerraSAR-X. Os dados de velocidade das geleiras foram relacionados aos dados de temperatura do ar medidos por uma estação meteorológica automática localizada na plataforma de gelo Larsen C, a cobertura de gelo marinho na região e às variações na posição das frentes das geleiras. Os resultados demonstram uma boa relação entre as variáveis ambientais analisadas e as velocidades de fluxo. A geleira Drygalski apresentou a maior velocidade de fluxo, 6,41 m d-1, calculada sobre região frontal com imagens do mês de janeiro de 2008. As variações de velocidade registradas na Drygalski entre novembro de 2007 e fevereiro de 2008 indicam a complexidade que existe nas conexões atmosfera-criosfera-oceano, na região nordeste da Península Antártica. A maior variação de velocidade de fluxo foi encontrada para as geleiras Hektoria e Green. Para essas geleiras, foi possível verificar um forte sinal sazonal, pois velocidades estimadas para o período do fim do verão austral 2007/2008 estavam mais de 10% acima das velocidades calculadas ao fim do inverno de 2008. Este sinal também ficou evidente na posição da frente dessas geleiras, que avançou cerca de um quilometro entre abril e outubro de 2008.
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    A circulação oceânica do hemisfério sul no período Bolling-Allerod (14.000 anos antes do presente)
    (2012) Schroeder, Fábio de Andrade; Mata, Mauricio Magalhães
    A partir de simulações do modelo climático global CCSM3 (Community Climate System Model, versão 3), forçado com dados paleoclimáticos (e.g. concentração de gases a base de carbono como o CO2 e CH 4 na atmosfera, aerossóis, insolação e nível dos oceanos), realizou-se uma descrição da circulação oceânica do Hemisfério Sul no período Bolling-Allerod, ou 14K (14.000 anos antes do presente). Realizou-se também uma comparação entre o 14K e os dados do CCSM3 para o período Pré-Industrial, ou PI (meados do sec. XIX), utilizado como controle para a compreensão dos processos oceanográficos no 14K. Na comparação entre os dados do 14K e PI, a superfície oceânica do Hemisfério Sul se apresentava em torno 1,5 o C (ou 9%) mais frio e 1,2 (ou 4%) mais salgado no 14K. Na integração da coluna de água, essas diferenças são maiores, sendo o 14K cerca de 8,6o C (ou 85%) mais frio e 1,6 (ou 5%) mais salgado. As velocidades superficiais também foram superiores no 14K, com diferença média de 0,8 cm/s (ou 8%) para a circulação oceânica, acompanhando o aumento de 0,05 dina/cm 2 (ou 7%) para o estresse do vento na superfície do mar. O padrão da circulação oceânica foi semelhante entre os períodos, sendo que as principais diferenças no 14K foram: posição da Frente Subtropical, cerca de 1,5o mais ao sul e a Frente Subantártica, cerca de 0,5o mais ao norte; intensificação do vazamento das Agulhas, ocupando uma área cerca de 10% maior no 14K; aceleração da CCA (Corrente Circumpolar Antártica), chegando a ser 20 cm/s (ou 40%) mais veloz. Na coluna de água, a principal diferença foi uma menor participação da NADW (Água Profunda do Atlântico Norte), reduzindo sua área em cerca de 40% no Atlântico Sul e um aumento na ocupação da AABW (Água de Fundo Antártica), cerca de 30% maior no 14K.
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    Sobre a variabilidade da Energia Cinética Turbulenta (EKE) nas correntes de contorno oeste dos giros subtropicais do Hemisfério Sul
    (2012) Fonteles, Caio Sampaio; Mata, Mauricio Magalhães
    Este trabalho teve como objetivo estudar a variabilidade da energia cinética turbulenta (EKE) de três sistemas de corrente de contorno oeste do hemisfério Sul (HS): a Confluência Brasil-Malvinas (CBM), a Corrente das Agulhas (CA) e a Corrente Leste Australiana (CLA). Para a estimativa da EKE, foram utilizados dados altimétricos de anomalia de velocidade geostróficas e, ao mesmo tempo, beneficiou-se do produto altimétrico de topografia oceânica (MADT) para investigar as feições oceanográficas das regiões, entre 1992 e 2011. A variabilidade espacial foi investigada a partir de análises de composições em diferentes estágios energéticos da EKE (baixa, média e alta). Foram utilizadas tendências lineares, análises espectrais e de ondeletas para avaliar a variabilidade temporal da EKE, ainda foram feitas correlações cruzadas em relação a índices de modos de variabilidade climática. No geral, ficou marcado que no regime de baixas energias as correntes atingem sua maior extensão ao sul, no caso da Corrente do Brasil (CB) e da CLA, e a oeste na CA. O cenário mais energético ficou marcado pela presença de vórtices liberados pelas correntes e retração dos respectivos primeiros meandros de retroflexão. A EKE teve tendências de aumento significativas para a CBM e a CA, com 0,23 e 0,3 cm² s-2 por mês desde 1992, sendo na primeira um aumento mais monotônico ao longo do período. Na CBM, o aumento da EKE ocorreu provavelmente por duas causas: (i) o aumento da atividade de mesoescala relacionada a vórtices e (ii) devido a uma variabilidade interanual da posição média da CBM, relacionada com a intensificação dos campos de ventos de larga escala do HS. Na CA, a EKE teve aumentos significativos principalmente por dois períodos específicos, 1999-2001 e 2006-2008, onde devido à combinação do ciclo anual com dois modos de variabilidade interanual na região, SAM e ENSO, causaram uma migração anômala da posição da retroflexão para leste. A análise espectral e correlações cruzadas mostraram que a EKE está correlacionada com o ENSO, sendo uma evidência da modulação da mesoescala desta região por este modo de variabilidade climática. A CLA não mostrou tendências significativas na série de EKE ao longo dos últimos 18 anos. As principais frequências de variabilidades da EKE na CLA foram as entre 3 e 4 meses e a de 1 ano, relacionadas com os vórtices liberados pelo primeiro meandro da retroflexão e variação sazonal da posição da retroflexão, respectivamente. As frequências de modos como SAM e ENSO, apesar de não significativas, parecem ter papel na modulação da EKE na região da CLA, no entanto a alta atividade de mesoescala na região pode ter dificultado a identificação dessas modulações.
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    Circulação Costeira Antártica: Variabilidade e Tendências a partir de Dados do Modelo OCCAM
    (2010) Marson, Juliana Marini; Mata, Mauricio Magalhães
    Diversos estudos têm se preocupado em estabelecer os impactos das recentes mudanças climáticas na circulação oceânica global e vice versa. Porém, ainda existem muitas lacunas do conhecimento sobre o efeito destas mudanças em menores escalas da circulação, especialmente no Oceano Austral. Embora a circulação costeira Antártica tenha papel fundamental na formação de águas de fundo, esta feição é pouco estudada devido à falta de dados in situ. Modelos numéricos muitas vezes são as únicas alternativas para que estudos sobre a variabilidade do Oceano Austral sejam possíveis e abrangentes. Assim, o presente trabalho dedica-se a investigar a circulação costeira Antártica através de dados do modelo OCCAM (Ocean Circulation and Climate Advanced Modelling Project). Numa análise preliminar acerca da eficiência do modelo em representar o Oceano Austral, notou-se que tanto a evolução temporal quanto os campos médios obtidos correspondem ao observado em campo e ao descrito pela literatura, respectivamente. Os maiores erros de representação encontrados foram na faixa costeira que abrange desde o Mar de Amundsen até a ponta da Península Antártica e no modelo de gelo marinho, onde a parametrização inadequada levou a concentrações de gelo super estimadas. As tendências de diminuição de velocidade na Corrente Costeira Antártica, especialmente no Mar de Weddell, parecem refletir o ajuste retardado do modelo ao aumento de cobertura de gelo no verão nesta região. Os picos mais energéticos dos espectros de freqüência das séries temporais de velocidade de corrente estão concentrados nos períodos entre 2 e 4 anos. Eles podem estar relacionados ao Dipolo Antártico, modo de variabilidade observado nas bordas de gelo, resultante da teleconexão entre o clima tropical (essencialmente, do fenômeno El Niño – Oscilação Sul) e as altas latitudes.