Abstract:
No presente artigo, são retomados os diferentes significados que definem a
categoria sustentabilidade, problematizando-a diante do quadro de
desigualdade e exclusão social existente no Brasil, e seus efeitos sobre a
possibilidade de reorganização das relações sociais no planeta. Em
seguida, são estabelecidas considerações críticas acerca das práticas
dominantes em Educação Ambiental e suas interfaces com a
Comunicação, evidenciando seus limites quando se entende a educação
e a comunicação como meios para a atividade autônoma dos sujeitos e
como práticas sociais indissociáveis do processo de transformação
societária. Concomitantemente à análise feita, são apontados elementos
teóricos que favorecem a compreensão do que é uma Educação
Ambiental que considere as especificidades culturais, que dialogue com
as classes populares e que contribua para a reversão do quadro de
expropriação material e coisificação da natureza.
In this article, the different meanings that define the category sustainability are resumed, questioning it before the scenery of disparity and social
exclusion that exists in Brazil and its effects on the possibility of
rearrangenment of the social relations in the planet. Afterwards, analytical
appreciations are made concerning the dominant actions in the
Environmental Education and its interfaces with Communication, revealing
its limits when education and communication are taken as ways of
autonomous activity of the individuals and as social actions inseparable
from the process of society transformation. Concurrently to this analysis,
theoretical elements are pointed out to help understanding what is an
Environmental Education that takes under consideration cultural
peculiarities, that dialogues with lower class social groups and that
contributes to revert the scenery of material expropriation and the way
nature is objectified.