Abstract:
O artigo analisa a proposta da Agenda 21 de Magé, município do estado do Rio de Janeiro. A argumentação é feita sob a ótica da educação ambiental crítica, com objetivo de compreender a utilização da Agenda para a conformação da hegemonia discursiva neodesenvolvimentista na região. A partir da análise documental, identificam-se premissas pedagógicas que direcionam discursos para uma perspectiva que naturaliza o padrão de desenvolvimento e apaga conflitos ambientais. Afirmamos que a nova pedagogia da hegemonia incentiva movimentos de caráter voluntário ao invés da construção pública da política ambiental e do enfrentamento de conflitos ambientais. Afirmamos ser possível, por meio da educação ambiental crítica, criar alternativas e possibilidades de disputas, no sentido de contribuir com processos de construção de uma outra hegemonia, pautados nos conflitos ambientais que se apresentam como eixo estruturante de propostas pedagógicas voltadas à justiça ambiental.
This article analyzes the proposal of Agenda 21 in the city of Mage, State of Rio de Janeiro. We argument from the perspective of critical environmental education, in order to understand the use of this agenda for the conformation of a “new developementalist” discursive hegemony in the region. From the analysis of government documents and Agenda 21of the city chosen to be in a zone of economic expansion in the state of Rio de Janeiro, we could see the establishment of pedagogical assumptions that direct talks that space to a perspective that naturalizes development pattern and deletes environmental conflicts in which the population is immersed. Thus, we affirm that the new pedagogy of hegemony, embodied in Agenda 21 encourages voluntary movements (that emphasize behavioral and technological solutions) instead of public construction of environmental policy and coping with conflicts that define the territoriality in the region. In this context,we claim to be possible through the critical environmental education, create alternatives and possibilities of disputes in the context of environmental policies, in order to contribute to the construction of processes of another hegemony, guided by the environmental conflicts that arise as structure of educational proposals aimed at environmental justice.