Abstract:
Este ensaio busca estabelecer um diálogo com pesquisas que se dedicam ao estudo da socialização militar, do militarismo enquanto cultura e agente político e da expansão da militarização como política educacional, a partir de uma perspectiva de gênero. Aciona-se um referencial teórico dedicado à compreensão das relações entre gênero e poder para apontar como a transposição em escala de uma “pedagogia militar” para as redes de ensino, articulada à expansão do militarismo no sistema político com a chegada da extrema-direita ao poder, contribui para a reinstalação de regimes masculinistas ao investir na somatização de noções generificadas de poder no processo de produção de “cidadãos” disciplinados, passíveis a formas autoritárias de governo.
Este ensayo busca dialogar con investigaciones dedicadas al estudio de la socialización militar, el militarismo como cultura y agente político, y la expansión de la militarización como política educativa, desde una perspectiva de género. Se utiliza un marco teórico dedicado a la comprensión de las relaciones entre género y poder para señalar cómo la transposición em larga escala de una “pedagogía militar” a los sistemas educativos, articulada con la expansión del militarismo en el sistema político con la llegada de la extrema derecha al poder, contribuye al restablecimiento de regímenes masculinistas al invertir en la somatización de nociones generificadas de poder en el proceso de producir “ciudadanos” disciplinados, susceptibles a formas autoritarias de gobierno.
This essay seeks to establish a dialogue with researches dedicated to the study of military socialization, militarism asa culture and political agent, and the expansion of militarization as an educational policy, from a gender perspective. A theoretical framework dedicated to the understanding of the relations between gender and power is used to point out how the large transposition of a “military pedagogy” to educational systems, articulated with the expansion of militarism in the political system with the arrival of the far right to presidency, contributes to the reinstatement of masculinist regimes by investing in the somatization of gendered notions of power in the process of producing disciplined “citizens”, amenable to authoritarian forms of government.
