Abstract:
O artigo constrói um histórico da campanha “Libera Meu Xixi” na Universidade Federal de Juiz de Fora, visando problematizar as tensões e os efeitos que essa política produziu tanto internamente quanto na comunidade externa. A partir de uma discussão sobre o uso do banheiro por pessoas trans, discutimos a atuação da universidade na garantia dos direitos dessa população em meio aos jogos de poder que enredam a micropolítica cotidiana. Pensando nos processos de democratização do ensino superior, argumenta-se sobre a necessidade de um debate mais amplo, que envolve a desnaturalização das noções binárias e cis-heteronormativas de gênero baseadas no biológico como reguladoras dos corpos e limitadoras das experiências dos sujeitos.
El artículo construye una historia de la campaña "Libera Meu Xixi" en la Universidad Federal de Juiz de Fora, con el objetivo de problematizar las tensiones y efectos que esta política produjo tanto internamente como en la comunidad externa. A partir de una discusión sobre el uso del baño por parte de las personas trans, se analiza el papel de la Universidad en la garantía de los derechos de esta población en medio de los juegos de poder que enredan la micropolítica cotidiana. Pensando en los procesos de democratización en la educación superior, se argumenta sobre la necesidad de un debate más amplio, que implica la desnaturalización de las nociones biológicas y cis-heteronormativas de género basadas en lo biológico como reguladores de los cuerpos y limitando las vivencias de los sujetos.
The article builds on the history of the 'Libera Meu Xixi' campaign at the Federal University of Juiz de Fora, with the aim of problematizing the tensions and the effects that this policy has produced both internally and in the external community. From a discussion on the use of the bathroom by Trans people, we discuss the University's performance in guaranteeing the rights of this population in the midst of power games that entangle everyday micropolitics. Thinking about the processes of democratization of higher education, we argue about the need for a broader debate, which involves the denaturalization of binary and cis-heteronormative notions of gender, based on the biological as regulating bodies and limiting subjects' experiences.