Abstract:
Pensando a Internet enquanto espaço educativo onde não apenas experiências, mas
representações são compartilhadas, o ambiente virtual se mostra como potente campo de
pesquisa para pensar o gênero não-binário. Por outro lado, a Internet facilita e incentiva
os discursos exaltados, tornando-se campo propício para os comentários de ódio,
principalmente contra minorias sociais. Nesse sentido, este artigo analisa comentários
deixados em vídeos de dois canais do YouTube de pessoas não-binárias, focando
naqueles que disferem palavras de repulsa contra as youtubers. Para isso, este artigo
insere-se no campo teórico dos Estudos Culturais em Educação, que enxerga os vídeos
no YouTube como artefatos culturais que ensinam diferentes modos de ser e agir, bem
como me fundamento em Jeffrey Jerome Cohen (2000) que aproxima a alteridade da
monstruosidade.
Considerando la Internet como un espacio educativo donde no solo se comparten
experiencias, sino representaciones, el entorno virtual se muestra como un campo de
investigación poderoso para pensar en el género no binario. Además, la Internet facilita
y fomenta los discursos apasionados, lo que la convierte en un campo propicio para
comentarios de odio, especialmente contra las minorías sociales. En este sentido, este
artículo analiza los comentarios dejados en videos de dos canales de YouTube por
personas no binarias, enfocándose en quienes expresan palabras de repulsión contra las
youtubers. Para ello, este artículo trabaja en el campo teórico de los Estudios Culturales
en Educación, que ve los videos en YouTube como artefactos culturales que enseñan
diferentes formas de ser y actuar, así como mi base en Jeffrey Jerome Cohen (2000)
quien aproxima la alteridad a la monstruosidad.
Considering the Internet as an educational space where not only experiences, but
representations are shared, the virtual environment is shown as a powerful field of
research to think about the non-binary genre. On the other hand, the Internet facilitates
and encourages passionate speeches, making it a favorable field for hateful comments,
especially against social minorities. In this sense, this article analyzes comments in
videos of two non-binary people’s YouTube channels, focusing on those that express
repulse against the youtubers. For this, this article works in the theoretical field of
Cultural Studies and Education, which sees videos on YouTube as cultural artifacts that
teach different ways of being and acting. Besides, I base my arguments on Jeffrey
Jerome Cohen (2000), who approximates otherness to monstrosity.
Description:
Revista Diversidade e Educação, v. 9, n. 2, p. 40-65, 2021.