Abstract:
Nos valendo dos artefatos culturais como parte dos mecanismos de (re)construção das
masculinidades, objetivamos, neste artigo, problematizar algumas representações de
masculinidades expressas no seriado Chapolin, bem como vislumbrar de que maneira a
personagem protagonista produz estratégias de ruptura do tornar-se homem quando
relacionada a certa expressão de masculinidade, considerada como “hegemônica”. Ao
dialogarmos com parte da literatura sobre masculinidades, questionamos, por meio da
descrição de algumas cenas, como a personagem Chapolin Colorado produz estratégias
que se convertem em contrapontos, tensões e/ou rupturas com a performatização da
masculinidade hegemônica, comumente expressa pelos super-heróis estadunidenses. As
análises realizadas apontam para potencialidades apresentadas por este artefato cultural
para se (re)pensar processos socioculturais de construção de masculinidades,
deslocamento de sua representação de corpos considerados “machos” e
questionamentos sobre a cisheteronormatvidade que produzem a homofobia.
Utilizando artefactos culturales como parte de los mecanismos de (re)construcción de
masculinidades, pretendemos, en este artículo, problematizar algunas representaciones
de masculinidades expresadas en la serie Chapulín, así como vislumbrar de qué manera
el personaje protagonista produce estrategias de ruptura de "convertirse en hombre"
cuando se relaciona con una cierta expresión de masculinidad, considerada como
"hegemónica". Cuando dialogamos con parte de la literatura sobre masculinidades,
cuestionamos, a través de la descripción de algunas escenas, cómo el personaje
Chapulín Colorado produce estrategias que se convierten en contrapuntos, tensiones y/o
rupturas con la performatización de la masculinidad hegemónica, comúnmente
expresada por los superhéroes estadounidenses. Los análisis realizados apuntan a las
potencialidades que presenta este artefacto cultural para (re)pensar los procesos
socioculturales de construcción de masculinidades, el desplazamiento de su
representación de cuerpos considerados "masculinos" y cuestionamientos sobre la
cisheteronormatvidad que produce la homofobia.
Using cultural artifacts as part of the mechanisms of (re)construction of masculinities,
we aim in this article to problematize some representations of masculinities expressed in
the series "Chapolin", as well as to realize in which ways the protagonist character
produces strategies to break from the process of "becoming a man" when related to a
certain expression of masculinity considered as “hegemonic”. As we converse with part
of the literature on masculinities, we question, through the description of some scenes,
how the character Chapolin Colorado produces strategies that become counterpoints,
tensions and/or ruptures with the performance of hegemonic masculinity, commonly
expressed by American superheroes. The analyses carried out point to potentialities
presented by this cultural artifact to (re)think sociocultural processes of construction of
masculinities, displacement of their representation of bodies considered “male”, and
questions about the cisheteronormatvity that produce homophobia.
Description:
Revista Diversidade e Educação, v. 9, n. l, p.484-508, Jan./Jun. 2021.