Abstract:
O presente artigo tem, como foco, analisar as dificuldades e os obstáculos encontrados
nas narrativas de mulheres cientistas, em um ambiente inóspito, de difícil acesso e
majoritariamente masculino, como o Continente Antártico. Por meio de entrevistas
semiestruturadas, o estudo busca dar visibilidade às narrativas de três pesquisadoras
coordenadoras e de cinco pesquisadoras alunas, com experiências em embarques,
estação e/ou acampamentos, nas quais é possível perceber que, nas relações de gênero, a
partir de uma materialidade biológica, discursos são construídos, em função de atributos
ditos masculinos ou femininos. Tais discursos indicam as atividades que podem ou não
ser executadas por mulheres cientistas, emergindo, nos enunciados, aspectos que
configuram discriminações, preconceitos velados como cuidados, o “funil” maternidade
e o modo “feminino” de fazer ciência.
Este artículo se enfoca en analizar las dificultades y los obstáculos encontrados en las
narraciones de mujeres científicas en un ambiente inhóspito, difícil de alcanzar y en su
mayoría masculino, como la Antártida. A través de entrevistas semiestructuradas, el
estudio busca dar visibilidad a las narraciones de tres investigadoras coordinadoras y
cinco estudiantes investigadoras, con experiencias en embarque, estación y/o
campamentos, en las cuales es posible percibir que, en las relaciones de género, desde
una materialidad biológica, los discursos se construyende acuerdo con atributos
llamados masculino o femenino. Tales discursos indican las actividades que pueden o
no ser realizadas por mujeres científicas, surgiendoen los enunciados aspectos que
constituyen discriminación, prejuicios velados como los cuidados, el "embudo"
maternidad y la forma "femenina" de hacer ciencia.
This article focuses on analyzing the difficulties and obstacles encountered in the
narratives of woman scientists in an inhospitable, hard-to-reach and mostly male
environment such as the Antarctic Continent. Through semi-structured interviews, the
study seeks to give visibility to the narratives of three coordinator researchers and five
student researchers, with experiences in shipments, station and/or camps, in which it is
possible to perceive that in gender relations, from a biological materiality, speeches are
constructed according to attributes called masculine or feminine. Such speeches indicate
the activities that may not be performed by women scientists, emerging in the
statements aspects that constitute discrimination, veiled prejudices such as care, the
“funnel” motherhood and the “feminine” way of doing science.