Abstract:
A dissertação tem por objetivo geral analisar o impacto dos Fatores Contingenciais,
Orientação Empreendedora - OE e Desempenho na adoção do Sistemas de Controle Gerencial
– SCG nas empresas graduadas em incubadoras e parques de base tecnológica. Inerentemente,
têm-se por objetivos específicos: (i) Analisar a influência dos Fatores Contingenciais Internos
– FCI e Externos FCE no SCG e Desempenho; (ii) Analisar a influência da OE no SCG e
Desempenho; (iii) Analisar a moderação dos FCI e FCE na relação entre OE e Desempenho;
(iv) Analisar a influência do Desempenho na adoção do SCG. O Referencial Teórico compõese pela Teoria da Contingência, com os FCE (Ambiente) e FCI (Estratégia; Estrutura); OE
(Comportamento Inovador; Assunção de Riscos; Proatividade; Autonomia; Agressividade
Competitiva; Rede de Relações); o Desempenho perpassa a auto percepção dos gestores; e por
fim o SCG abarca o package de Malmi e Brown (2008), contemplando as cinco tipologias de
controle (Controles Culturais; Planejamento; Controles Cibernéticos; Controles
Administrativos; Remuneração e Recompensas). A pesquisa possui viés descritivo,
quantitativo e foi instrumentalizada por survey, com questionário em meio eletrônico, enviado
aos e-mails e mídias sociais dos proprietários / gestores de empresas graduadas, resultando em
uma amostra de 100 companhias. Os dados foram analisados com apoio da técnica de
Modelagem de Equações Estruturais por Mínimos Quadrados Parciais no software SmartPLS
3.0. Adicionalmente, foram feitos testes complementares no software SPSS 23. Variáveis
como tempo de graduação, setor e porte foram controladas. Pelo âmbito dos Fatores
Contingenciais, os resultados demonstram que a Estratégia influencia positivamente a adoção
de Controles Culturais e Controles Cibernéticos; a Estrutura não exerce influência
significativa sobre as demais variáveis estudadas, e o Ambiente Externo associa-se com a
adoção de Controle Cibernéticos e Controles Administrativos. Ademais, a Estratégia e
Ambiente Externo influenciam no Desempenho. Os resultados em relação a OE apontam que:
(i) a Autonomia influencia positivamente a adoção do Planejamento, Controles Cibernéticos,
Remuneração e Recompensas e Controles administrativos; (ii) a Agressividade Competitiva
influencia de forma positiva a adoção do Planejamento, Controles Cibernéticos e Controles
Administrativos; (iii) a Assunção de Riscos influência negativamente a adoção de Controles
Administrativos; (iv) o Comportamento Inovador, a Autonomia e a Agressividade
Competitiva influenciam positivamente na autopercepção de desempenho dos gestores. Uma
possível moderação dos FCE e FCI na relação da OE com o Desempenho, não foi
comprovada. O desempenho demonstrou propulsionar a adoção de todas as cinco tipologias
de controle, assim evidenciando ser um importante antecedente do SCG nesse tipo de
empresa. Ainda, os resultados sugerem que a OE promove efeito mediador na relação indireta
de Fatores Contingenciais (FCE; e FCI) no SCG e desempenho. Ademais, tendo que a
mediação, apesar de ocorrer para a amostra em questão, quando segregada em subgrupos não
apresenta efeito mediador para empresas jovens (≤ 5 anos de graduação). Os achados
contribuem com a literatura de antecedentes da adoção do SCG em empresas graduadas, bem
como demonstra o importante papel da OE dos gestores. As implicações são válidas para os
gestores das empresas graduadas e de parques e incubadoras.
The dissertation aim to analyze the impact of Contingency Factors, Entrepreneurial
Orientation - EO and Performance on the adoption of Management Control Systems - MCS in
companies graduated in incubators and technology-based parks. Additionally, they have as
specific objectives: (i) To analyze the influence of Internal Contingency Factors - ICF and
External - ECF on MCS and Performance; (ii) Analyze the influence of EO on MCS and
Performance (iii) Analyze IFC and EFC moderation in the relationship between EO and
Performance; (iv) Analyze the influence of Performance on MCS adoption. The Theoretical
Framework consists of the Contingency Theory, with the FCE (Environment) and FCI
(Strategy; Structure); EO (Innovativeness; Risk-Taking; Proactiveness; Autonomy;
Competitive Aggressiveness; Relationship Network); Performance goes beyond managers'
self-perception; and finally the MCS embraces the package of Malmi and Brown (2008),
covering the five control types (Cultural Controls; Planning; Cybernetics Controls;
Administrative Controls; Rewards and Conpensation). The research has a descriptive and
quantitative bias and was instrumented by survey, with a questionnaire in electronic media,
sent to e-mails and social media of owners / managers of graduated companies, resulting in a
sample of 100 companies. Data were analyzed using Structural Equation Modeling with
Partial Least Squares in SmartPLS 3.0. Additional tests were performed using the SPSS 23.
Variables such as graduation time, sector and size were controlled. From the Contingency
Factors scope, the results demonstrate that the Strategy positively influences the adoption of
Cultural Controls and Cybernetics Controls, the Structure does not influence anything
significantly, and the External Environment is associated with the adoption of Cybernetics
and Administrative Controls. In addition, Strategy and External Environment influence
Performance. The results regarding the EO indicate that: (i) Autonomy positively influences
the adoption of Planning, Cybernetics Controls, Rewards and Compensation and
Administrative Controls; (ii) Competitive Aggressiveness positively influences the adoption
of Planning, Cyber Controls Administrative Controls; (iii) Risk-taking negatively influences
the adoption of Administrative Controls; (iv) Innovativeness, Autonomy and Competitive
Aggressiveness positively influence managers' self-perception of performance. Concerning a
possible moderation of ECF and ICF in the relationship of EO with Performance, hand can be
proven. Performance has been shown to drive the adoption of all five control typologies, thus
proving to be an important antecedent of MCS in this type of company. Moreover, the results
suggest that the EO promotes a mediating effect on the indirect relationship of Contingency
Factors (ECF; and ICF) on MCS and performance. Although mediation occurs for the sample
in question, when segregated into subgroups, it has no mediating effect for young companies
(≤ 5 years of undergraduate). The findings contribute to the background literature on the
adoption of MCS in graduated companies, as well as demonstrating the important role of
managers' EO. The implications apply to both senior management and incubator managers.