Universidade
Federal do Rio Grande
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EENF - Escola de Enfermagem

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    A arte como exercício ético e estético para compreensão do processo de trabalho em saúde da família
    (2003) Couto, Zelia de Fatima Seibt do; Vaz, Marta Regina Cezar
    Este estudo tem por objeto de investigação o processo de trabalho, focado no trabalho em Saúde da Família, no espaço acadêmico do curso de especialização multiprofissional em Saúde da Família (PSF) da Fundação Universidade Federal do Rio Grande – FURG. O objetivo é identificar a forma como a força de trabalho (denominada sujeitos-atores sociais do PSF) se relaciona com seu objeto de trabalho (Saúde da Família), buscando uma tradução hermenêutico-dialética, considerando as manifestações expressivas (verbais ou não-verbais) que possam revelar percepções e imaginário (imagem/ação) dos trabalhadores em saúde. O processo teórico-metodológico foi desenvolvido com os participantes do curso, através de exercícios artísticos, permeando as questões da arte e da hermenêutica para a compreensão de significados, projetando o processo de trabalho em Saúde, lançado no PSF como uma produção artística e coletiva. Os exercícios foram desenvolvidos em dois momentos distintos, divididos em oficina de processo de trabalho e experimento em arte. A análise dos dados é desenvolvida a partir da hermenêutica dialética, através da semiotização global, de Paul Ricoeur, no uso do círculo hermenêutico, composto por mimese I, mimese II e mimese III. A mimese I ou pré-figuração apresenta o chão social dos sujeitos- atores sociais e a sua colocação no mundo, na relação histórica do desenvolvimento da Saúde Coletiva. A mimese II ou figuração discute o produto da construção artística da oficina de processo de trabalho, a passagem simbólica do individual para o coletivo, a integração do nível interno e a mediação ao nível externo através de uma história, nos eventos do processo de trabalho (necessidade, finalidade, projeto, objeto, instrumentos, força de trabalho e processo). A mimese III ou refiguração apresentou o círculo hermenêutico como um todo, retomando as mimeses I e II num nível mais ampliado, partindo do quadro-referência preenchido pelos sujeitos-atores sociais. Como síntese da ressignificação do processo de trabalho como produção artística, estabeleceu-se que: nasce da necessidade de compreensão do mundo e de si mesmo; ganha finalidade e transforma-se em projeto através do pensamento; é reificado no objeto, que se torna tangível pela contemplação, passando assim a constituir um produto resignificado, sobre o qual se imprimiu uma força de trabalho humano, vivo, se utilizando-se como ferramentas o conhecimento, as vivências. Este processo é recorrente, retro-alimentado, uma vez que o produto da criação do trabalho em saúde é a produção mesma de saúde, que necessita sempre ser produzida e ressignificada. Artístico, assim, é o próprio processo emanatório de significados para o cotidiano, e a “estética” está na tangibilidade dada a um processo abstrato que se concretiza na compreensão dos significados emanados pelo exercício de concretude/objetivação deste mesmo processo, infindável.
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    Atendimento pré-hospitalar móvel na cidade do Rio Grande: socorro às vítimas de trauma
    (2006) Divino, Eveline do Amor; Siqueira, Hedi Crecencia Heckler de
    A questão norteadora deste estudo emergiu da prática assistencial em Pronto-Socorro. Ao abordar o tema Atendimento Pré-Hospitalar móvel (APH móvel) no socorro às vítimas de trauma buscou-se responder a questão pesquisa: Como atuam os profissionais componentes da equipe de APH móvel, da área da saúde, no socorro às vítimas de trauma na cidade do Rio Grande? Para responder esta indagação objetivou-se conhecer a atuação dos profissionais componentes da equipe de APH móvel, da área da saúde, no socorro às vítimas de trauma na cidade do Rio Grande. Justifica-se este objetivo a partir dos seguintes pressupostos: pouca relevância de algumas instituições/serviços que prestam o APH quanto ao cumprimento das exigências presentes na legislação que o regulamenta, atentando, inclusive, à qualificação e recertificação desses profissionais de maneira contínua e permanente; escassez de materiais e equipamentos disponíveis nos veículos de resgate e transporte dificultando o atendimento eficaz; desinformação ou despreparo da população que, muitas vezes, aciona, desnecessariamente, vários serviços ao mesmo tempo. Assim, a coleta de dados foi realizada através de entrevista semi-estruturada com os profissionais que atuam no APH móvel de três instituições/serviços, sendo complementada pela observação sistemática de uma equipe em cada local. A partir dos dados coletados foram realizadas análise e interpretação qualitativas, das quais resultaram os seguintes achados: duas, das três instituições/serviços pesquisadas apresentam escassez de materiais e equipamentos em quantidade, diversidade e especificidade para prestar o APH móvel. Em relação à capacitação prévia e educação permanente, das três instituições/serviços pesquisados, somente uma disponibiliza um programa de qualificação profissional e incentiva os trabalhadores a participarem do programa. Os dados demonstraram que a insegurança, a insatisfação e o estresse são fatores diretamente relacionados à não disponibilização de um programa de educação permanente para que possam atualizar seus conhecimentos, associando-se, ainda, aos componentes do ambiente que cercam este profissional, como: o tipo de trabalho, o cenário diversificado, a escassez de recursos humanos e materiais para o atendimento gerando uma sobrecarga de trabalho. Com base nos achados, é possível concluir que o APH móvel da Cidade do Rio Grande, ainda que empregando esforços, apresenta-se deficitário em diversos aspectos. Enfatiza-se, especialmente, a insuficiência de recursos humanos e materiais, o pouco e insuficiente preparo das equipes profissionais e de apoio, a falta do apoio psicológico aos trabalhadores do APH móvel. Soma-se a todos esses aspectos a desinformação da população no que concerne o APH móvel e a falta de articulação entre as instituições/serviços que prestam o atendimento nesta área. Portanto, é urgente a necessidade de rever os serviços de socorro às vítimas do trauma do município e adequá-los a legislação que regulamenta o APH móvel – Portaria nº 2.048, para que o atendimento seja reformulado otimizando o socorro, instituindo, principalmente a Central Reguladora do APH móvel, bem como a criação dos Núcleos de Educação em Urgência (NEU).
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    Depressão em idosos residentes em uma Instituição de Longa Permanência (ILP) : identificação e ações de Enfermagem e saúde
    (2006) Tier, Cenir Gonçalves; Santos, Silvana Sidney Costa
    Este estudo teve como objetivos: identificar a depressão; propor ações de enfermagem e de saúde que poderão ser realizadas para minimização e/ou prevenção de sinais e sintomas de depressão em idosos residentes em uma Instituição de Longa Permanência (ILP). Foi realizada uma pesquisa, com abordagem qualitativa do tipo convergente-assistencial, tendo como local o Asylo de Pobres da cidade de Rio Grande, RS. Os sujeitos do estudo totalizaram 55 idosos Foram utilizados três instrumentos de coleta dos dados. Para o primeiro e segundo instrumentos, empregaram-se as técnicas de entrevista estruturada, para o terceiro a entrevista não-estruturada. Os resultados do primeiro e segundo instrumentos encontram-se apresentados graficamente. Com base no segundo instrumento, realizou-se o somatório das características predominantes, a partir da Escala Geriátrica de Depressão de Yesavage. Para o terceiro instrumento, foi utilizado o direcionamento da pesquisa convergente-assistencial, onde as percepções foram codificadas até se estabelecer categorias e/ou temas. A aplicação dos instrumentos efetivou-se após aprovação do projeto pelo CEPAS, seguindo as orientações da Resolução 196/96. Obteve-se, como resultados: a idade dos idosos varia entre 60 a 105 anos, predominado o sexo feminino, viúvos seguidos por solteiros, nascidos em Rio Grande e aposentados. Vinte idosos apresentaram depressão e seis deles transtorno afetivo limítrofe. As ações de enfermagem voltaram-se para os diagnósticos de enfermagem de impotência, desesperança, risco para solidão, alteração no processo de pensamento, potencial para o aumento do bem-estar espiritual, revelando que alguns idosos se sentem felizes e satisfeitos com a vida e a institucionalização. As ações de saúde propostas foram: oficina literária – ouvir e contar histórias; atividades físicas; dança; trabalhos manuais; passeios; bingo e oficinas de memória. Percebeu-se que este trabalho tem contribuído para que ocorram algumas mudanças na vida e rotina dos idosos pesquisados. As ações de saúde e enfermagem foram propostas com intuito de ajudar os idosos a melhorar sua saúde física e mental, bem como proporcionar que participassem de algumas atividades de recreação. Desta forma, constata-se, que as atividades implementadas já estão proporcionando aos idosos, alegria, participação e convívio social com outras pessoas.
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    Vivenciando o ser prematuro extremo e sua família no contexto hospitalar e domiciliar
    (2006) Soares, Deisi Cardoso; Siqueira, Hedi Crecencia Heckler de
    A questão norteadora deste estudo surgiu, a partir da vivência profissional, em uma Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica. Ao pesquisar o tema processo de cuidado dos prematuros extremos, buscou-se respostas para a questão norteadora: Como se processa o cuidado ao prematuro extremo, no contexto hospitalar e domiciliar? Para encontrar resposta a essa questão objetivou-se identificar como se processa o cuidado ao prematuro extremo no contexto hospitalar e domiciliar. Em relação, ao objetivo, foram traçados os seguintes pressupostos: o prematuro extremo não recebe o cuidado da família, conforme as suas necessidades, porque a mesma não foi orientada, de maneira sistemática e contextualizada, durante a hospitalização; a evolução biopsicossocial e espiritual do prematuro extremo é influenciada pelo ambiente hospitalar e domiciliar; o prematuro extremo não dispõe de ações e serviços de saúde específicos para lhe assegurar um suporte as suas fragilidades e não existe um serviço de seguimento domiciliar ao prematuro. O referencial teórico construído mostrou-se coerente e consistente em relação à análise e interpretação dos dados. Na trajetória metodológica utilizou-se uma abordagem qualitativa exploratória-descritiva, com três sujeitos prematuros extremos e suas famílias, internados na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal, de um Hospital Universitário, no município do Rio Grande/RS. Para a coleta de dados foram construídos três roteiros, um para a observação sistemática, outro para a observação participante e o terceiro para a entrevista semi-estrutura contemplando a categoria pré-estabelecida: o processo de cuidado ao prematuro extremo. Além disso, utilizou-se de um roteiro de identificação da família e da criança no hospital e outro para contextualização do domicilio. A coleta foi realizada de outubro de 2005 a agosto de 2006, através da observação sistemática durante a internação hospitalar e observação participante e entrevista semi-estruturada no domicilio. Dentre os resultados observou-se que: o processo de cuidado no domicílio foi influenciado pela presença materna durante a hospitalização do prematuro extremo; o suporte familiar beneficiou o cuidador, possibilitando segurança e tranqüilidade para o cuidado; os aspectos biológicos mereceram, por parte das mães, um destaque especial e se evidenciaram associados com a insegurança materna no cuidado; as orientações da equipe de saúde foram dadas de forma isolada, esporádicas, não sistemáticas e, portanto, não abrangendo todos os cuidados e necessidades individuais de cada criança, mesmo assim, influenciaram, positivamente, no cuidado domiciliar; o processo de cuidado inicia-se nos primeiros encontros da mãe com seu bebê, configurando-se no cuidado afetivo; os serviços de apoio à saúde existentes são distanciados do contexto domiciliar e oferecem apoio, especificamente, ao desenvolvimento biológico, não possuindo uma visão integral do desenvolvimento destas crianças. Evidenciou-se que os aspectos biológicos, psicossociais, espirituais e o cuidado são interdependentes e se processam em interação continua, possibilitando visualizar o recém-nascido prematuro extremo, como um ser humano único e diferente.
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    O baixo peso ao nascer em recém-nascidos de mães residentes nas cidades próximas ao parque industrial do município do Rio Grande/RS: um estudo de casos e controles
    (2004) Backes, Marli Terezinha Stein; Soares, Maria Cristina Flores
    O presente estudo de casos e controles teve como objetivo avaliar o peso ao nascer em recém-nascidos (RNs) de mães residentes nas proximidades da área industrial do município de Rio Grande/RS (RG/RS), consideradas mais expostas à poluição ambiental. A coleta de dados foi realizada durante os meses de abril a novembro de 2003 e o instrumento utilizado foi um questionário aplicado às mães, após o parto, ainda durante o período de internação hospitalar. A amostra foi composta por 138 casos (RNs com peso inferior a 2500 gramas) e 409 controles (RNs com peso igual ou acima de 2500 gramas). Esta pesquisa partiu da hipótese de que a residência das gestantes nas proximidades da área industrial do município de Rio Grande interfere no desenvolvimento de suas gestações, determinando uma redução do peso ao nascer de seus filhos. A análise dos resultados foi realizada através de regressão logística não condicional. Constatou-se uma forte tendência de associação positiva (p=0,057) entre a residência das mães nas proximidades da área industrial do município de RG/RS, o que aumentou o risco (RO=4,67) da criança nascer com baixo peso. Além disso, as principais associações encontradas entre o baixo peso ao nascer (BPN) e as demais variáveis consideradas como possíveis fatores de risco e/ou confusão foram os natimortos prévios (RO=3,23), BPN prévios (RO=5,30), hipertensão arterial (RO=3,77) e ameaça de aborto (RO=6,27). O aumento da altura materna (RO=0,43), o ganho de peso (RO=0,08) e o aumento do número de consultas pré-natais (RO=0,17) foram identificados como fatores de proteção. Além disso, a ausência do companheiro (p=0,052), o aumento da idade materna (p=0,052), o número de cigarros fumados por dia pelo companheiro (p=0,09), o consumo de bebidas alcoólicas pela mãe (p=0,07) e a diabete presente na gestação (p=0,08) tendem a associar-se positivamente com o BPN enquanto que, o local de trabalho tende a associar-se negativamente com o BPN (p=0,08). Acredita-se que este estudo poderá apontar subsídios para a prevenção de danos à saúde, decorrentes da exposição aos poluentes ambientais neste município, assim como pode contribuir para o planejamento e implementação de políticas públicas que visem o bem-estar materno-infantil e o desenvolvimento sustentável, mantendo a saúde e a qualidade de vida da população.
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    A comunicação como um dos fatores de auxílio ao paciente cirúrgico no processo de tomada de decisão sobre a sua saúde
    (2003) Oliveira, Jocelda Gonçalves; Lunardi Filho, Wilson Danilo
    Este estudo teve sua motivação em quase quinze anos de trabalho da autora em Instituição Hospitalar, em que pôde observar, empiricamente, que as relações de comunicação entre profissionais de saúde e pacientes ocorrem de maneira verticalizada, nas quais o profissional transmite o seu saber, impondo e negando o direito à voz do outro e, em conseqüência, negando-lhe, também, a autonomia de decidir. Transformando essa assertiva em uma questão hipotética, foi constatada a sua confirmação, por ocasião do desenvolvimento da presente pesquisa, cujo objetivo geral foi compreender como vem se dando a participação do cliente/paciente no processo de tomada de decisão. Visando atingir o objetivo pretendido, foi desenvolvido um estudo qualitativo em uma Unidade de Internação Cirúrgica, de um Hospital Universitário, público, do Estado do Rio Grande do Sul. Os sujeitos da pesquisa foram os clientes/pacientes de cirurgia eletiva e os profissionais de saúde (médicos e membros da equipe de enfermagem). A coleta de dados deu-se por meio do uso das técnicas de observação e entrevista. Ambas as técnicas seguiram um roteiro pré estabelecido. A análise dos dados emergentes permitiu comprovar que é o paciente quem decide procurar auxílio médico e que os profissionais parecem percebê-lo somente como um caso cirúrgico, não se identificando perante ele nem fornecendo informações a respeito de exames e procedimentos realizados. Também não permitem ou incentivam a sua participação no seu cuidado. Além de não considerarem queixas e temores, não respeitam o direito à recusa a qualquer procedimento prescrito. Comprovou-se, assim, que subestimam a sua capacidade e inteligência. O Ser humano, portanto, desde o momento em que interna no hospital, aos poucos, é destituído da sua condição de sujeito. Passando a emergir como objeto, perde o comando de seu próprio corpo, a autonomia, sendo-lhe negada a sua capacidade de reflexão e, portanto, de decisão.
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    Representações de adolescentes acerca de sexualidade, gênero e as implicações na promoção de saúde
    (2007) Telles, Kátia da Silva; Gomes, Vera Lúcia de Oliveira
    No dia-a-dia, observa-se que são estabelecidas entre os/as jovens relações díspares, havendo desrespeito aos seus pares, vínculos afetivos frágeis, uma conduta de dominação dos homens para com as mulheres e, ao mesmo tempo, a aceitação e submissão delas para com eles. Por meio da presente investigação, busca-se desvelar as representações de sexualidade e gênero dos/as adolescentes e como essas implicam na sua promoção de saúde. A pesquisa, aprovada pelo Comitê de Ética da FURG, foi desenvolvida com adolescentes do 1° ano do ensino médio, do Colégio Estadual Lemos Júnior. Adotou-se a Teoria das Representações Sociais como referencial teórico. Utilizou-se a técnica de Grupo Focal para a coleta de dados formando-se dois grupos, um de moças e um de rapazes, pois, acreditou-se que, separadamente, adolescentes teriam mais liberdade para expressar seus sentimentos, emoções, crenças e preconceitos. Escolheu-se o Discurso do Sujeito Coletivo para análise dos dados que foram agrupados nas secções: representações de gênero, representações de sexualidade e implicações de gênero e sexualidade na promoção de saúde de adolescentes. Manteve-se, em separado, a produção de cada grupo para a apresentação dos resultados, no entanto, aspectos semelhantes foram agrupados em um núcleo comum. Apreendeu-se que as representações dos/as adolescentes ainda permanecem, em alguns aspectos, ancoradas em modelos tradicionais de comportamentos para homens e mulheres, isto é revelado com idéias centrais que expressam a Mulher como geradora e o Homem como provedor da prole, o sentimento de menos-valia feminino, a mulher como cuidadora, a dificuldade de estabelecerem diálogo acerca da sexualidade. Por outro lado, há o reconhecimento dos/as adolescentes que as diferenças existentes entre o comportamento de homens e de mulheres são socialmente construídas. Nas implicações na promoção de saúde, suscitam-se idéias centrais que trazem sentimentos emergidos do relacionamento afetivo, vulnerabilidade à gravidez e DSTs, violência contra a mulher advinda de sua própria instabilidade emocional, virilidade e masculinidade como atributos que precisam ser comprovados na adolescência, e, por último, a fragilidade e feminilidade desencadeando a sensação de incompletude. O entendimento de que as representações de gênero e sexualidade, construídas pelos/as adolescentes, estão dificultando o alcance de resultados favoráveis na prevenção e na promoção de saúde, reforça a necessidade de legitimarem-se espaços para compartilhar vivências, reflexões acerca de sua postura e, principalmente, que se possam vislumbrar relacionamentos, embasado na eqüidade e no respeito mútuo.
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    Qualidade de vida de clientes submetidos a intervenção coronária percutânea
    (2005) Zamberlan, Cláudia; Siqueira, Hedi Crecencia Heckler de; Soares, Maria Cristina Flores
    A questão norteadora deste estudo surgiu a partir da prática assistencial em unidade de hemodinâmica. Ao pesquisar o tema qualidade de vida de clientes submetidos a procedimentos hemodinâmicos buscou-se respostas para a questão norteadora: Como é a qualidade de vida de clientes submetidos a intervenção coronária percutânea no contexto domiciliar? Para que esta e outras indagações pudessem ser respondidas objetivou-se investigar a qualidade de vida de clientes submetidos a intervenções coronárias percutâneas no contexto domiciliar. Justifica-se este objetivo a partir dos pressupostos de que a qualidade de vida pode ser mensurada através de escalas específicas permitindo o entendimento da objetividade, subjetividade, multidimensionalidade e presença de questões positivas e negativas relacionadas aos sujeitos, além do que a qualidade de vida influencia no restabelecimento de clientes submetidos a intervenções coronarianas, especialmente no que se refere a sua adaptação a essa nova condição de vida. Neste sentido, realizou-se um levantamento documental no Serviço de Hemodinâmica e Cardiologia do Rio Grande, para buscar os sujeitos a serem pesquisados. Após esta etapa a coleta de dados processou-se através da observação sistemática e da aplicação do instrumento WHOQOL-bref, que mensura a percepção dos sujeitos acerca da qualidade de vida, a partir de quatro domínios e vinte e seis facetas. A partir da coleta de dados os mesmos foram analisados quantitativamente seguidos de uma discussão qualitativa onde se encontrou os seguintes achados quanto aos domínios e facetas do instrumento: os sujeitos pesquisados inseriram-se no nível intermediário de satisfação quanto aos domínios. Em relação ao domínio físico as facetas melhor avaliadas foram capacidade de locomoção, necessidade de tratamento para levar a vida diária e satisfação com a capacidade de desempenhar as atividades cotidianas, contrapondo-se a estas encontra-se a faceta pior avaliada que foi a dor física como empecilho para fazer o que se precisa. Em relação ao domínio psicológico a faceta melhor avaliada diz respeito ao sentido da vida, em contra ponto a que refere sentimentos negativos, como mau humor, desespero, ansiedade foi a pior avaliada. Quanto ao domínio social destacou-se a faceta relativa a satisfação com as relações pessoais, porém, a satisfação com a atividade sexual foi a pior avaliada. Em relação ao domínio ambiental a faceta que tende ser melhor avaliada relaciona-se com a satisfação com o local onde o sujeito reside, porém possuir dinheiro suficiente para satisfazer as necessidades diárias foi a faceta pior avaliada neste domínio. A avaliação destes dados permite um conhecimento da qualidade de vida dos sujeitos pesquisados, além do que, propicia subsídios para elencar ações educativas que vão ao encontro das necessidades dos sujeitos pesquisados.
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    As perspectivas de um retrato da cultura organizacional de hospitais públicos brasileiros: uma tradução, uma bricolagem
    (2008) Vaghetti, Helena Heidtmann; Padilha, Maria Itayra Coelho de Souza; Silva, Rosimeri de Fátima Carvalho da
    Os hospitais públicos brasileiros têm mostrado descompassos, percebidos no seu gerenciamento e nas questões relativas aos trabalhadores da saúde, que influenciam a produção e organização do trabalho e a assistência prestada nestes espaços. Esta problemática catalisou a presente investigação, na emergência do entendimento destes fenômenos pela cultura organizacional. Também encaminhou os objetivos desta pesquisa, no sentido de traduzir/interpretar os significados acerca de aspectos hospitalares encontrados em estudos empíricos, que continham a temática cultura organizacional de hospitais, e compor um retrato da cultura destes hospitais, na forma de bricolagem. A tese sustentada foi de que a configuração estrutural dos hospitais, as relações dos trabalhadores da saúde com o trabalho nestes locais e a interface de ambos com o modelo público de gestão da saúde são aspectos que evidenciam significados, emergentes da interpretação dos autores, sobre significados construídos e incorporados pelos trabalhadores acerca dos mesmos. A re-interpretação do conjunto destes significados leva à compreensão de traços da cultura organizacional de hospitais públicos brasileiros. O referencial teórico e metodológico esteve assentado na perspectiva subjetivista da antropologia simbólico/interpretativa/hermenêutica defendida por Geertz. Os aspectos hospitalares, capturados de três teses e sete dissertações produzidas nos diversos programas de pós-graduações brasileiros entre 2002 e 2006, constituíram três estruturas de significação: “A cultura de hospitais públicos brasileiros na dimensão organizacional”; “A cultura de hospitais públicos brasileiros na dimensão dos sujeitos no trabalho”; e “A cultura de hospitais públicos brasileiros na dimensão ambiental”. A re-interpretação dos significados apontou que o arranjo funcional dos hospitais, formado pela natureza pública, a burocracia e os desdobramentos destas, contorna um conjunto de significados que traduzem a cultura em que o público e a burocracia são ineficientes, dificultam as demandas hospitalares, aumentam as distâncias entre os sujeitos, acirram conflitos e são instrumentos de discriminação e disputas profissionais. Afora este, outros desenhos de gerenciamentos materiais e humanos ainda são efetivados pelos hospitais, a fim de responder às exigências do modelo público de gestão da saúde, que busca empresariá-los, para a efetiva operacionalização e consolidação do SUS. As tensões resultantes destas transações impactam os significados que os trabalhadores da saúde constroem acerca do seu trabalho e desta lógica gestora. Assim, eles instituem e propagam, através da cultura organizacional, meios criativos de sobrevivência intra-hospitalares e de contra-reações à ingerência do modelo público de gestão da saúde nos hospitais, que se reproduzem nas relações de vínculo, subsistência e oposição processadas nestes ambientes. A expressão material da percepção/tradução/interpretação da cultura organizacional de hospitais públicos brasileiros pode ser exposta através do símbolo-significante de um retrato bricolado. Neste, o cenário é composto pela questão do público e da burocracia, as figuras centrais são os trabalhadores da saúde, em relações com seu trabalho, e a moldura constitui-se no modelo público de gestão da saúde, que dirige e ordena a realidade hospitalar. Esta investigação pretendeu fortalecer o estudo da cultura organizacional na especificidade dos hospitais, e, com isto, participar do processo de construção do conhecimento da Enfermagem, fornecendo subsídios para condução deste retrato, onde, sabidamente, os enfermeiros ocupam lugar de destaque.
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    Adsorption of FD&C Red 40 by chitosan: isotherm analysis
    (Elsevier, 2009) Piccin, Jeferson Steffanello; Dotto, Guilherme Luiz; Vieira, Mery Luiza Garcia; Gonçalves, Janaína Oliveira; Pinto, Luiz Antonio de Almeida
    The adsorption of azobenzene FD&C Red No. 40 (C.I. 16035) from aqueous solutions by chitosan was studied through adsorption isotherms. The effects of pH (5.7, 6.6 and 7.5), particle size ranges (0.10 ± 0.02, 0.18 ± 0.02 and 0.26 ± 0.02 mm), deacetylation degree (42 ± 5%, 64 ± 3% and 84 ± 3%) and temperature (25, 35 and 45 °C) were investigated. Langmuir, Freundlich and Redlich–Peterson (R–P) adsorption models were applied in order to describe the experimental isotherms and isotherm constants. Coefficients of determination (R2 > 0.95) and mean relative error (MRE < 0.10) values showed that Langmuir and R–P models presented better fit with the experimental data. The maximum monolayer adsorption value has been found to be 529 mg g−1, at pH 6.6, temperature 35 °C, particle size range 0.10 ± 0.02 mm, and deacetylation degree 84 ± 3%.