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Federal do Rio Grande
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EENF - Escola de Enfermagem

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    Violência contra a mulher: características das usuárias de um serviço de proteção
    (2023) Fagundes, Jessica Souza; Silva, Mara Regina Santos da
    Este estudo aborda o tema violência contra a mulher, que ocorre em milhares de famílias, praticada de diferentes modalidades e disseminada ao redor do mundo. Trata-se de um problema complexo que perpassa as áreas da justiça, educação, saúde e impacta na vida das mulheres como um evento profundamente devastador. O objetivo geral do estudo é: analisar as características individuais e relacionais de mulheres usuárias de um serviço de proteção a vítimas de violência, que denunciaram seus agressores. Os objetivos específicos são: (1) Descrever as características individuais, relacionais e contextuais de uma amostra independente de mulheres em situação de violência que denunciaram seus agressores em um serviço especializado de proteção à mulher em situação de violência; (2) Analisar o nível de associação entre o tempo transcorrido para realização da denúncia e as características individuais e relacionais (idade, anos de estudo, tempo de convivência com o agressor e número de filhos) de mulheres que denunciaram seus agressores em um serviço especializado de proteção à mulher em situação de violência; (3) Explorar um modelo de agrupamento (cluster) adequado para explicar duas amostras de dados, dos anos de 2016, 2017, 2018 e 2020, coletados em um serviço especializado de atendimento à mulher em situação de violência. Do ponto de vista metodológico, trata-se de um estudo quantitativo, desenvolvido com uma amostra constituída de dados secundários obtidos nos registros de um serviço de atendimento a mulheres vítimas de violência, localizado em um município do extremo sul do Rio Grande do Sul, Brasil. Os dados foram submetidos a análises estatísticas uni (média, desvio padrão), bi (ANOVA a um fator) e multivariada (análise de cluster hierárquico e Regressão). Resultados: a idade das mulheres atendidas no serviço estava, em 50,9% dos casos, entre 18 e 32 anos; 50% tinham de zero a 8 anos de estudo, o que corresponde a nenhum estudo até o ensino fundamental completo; 56,8% conviviam ou conviveram com o agressor por até 8 anos; 61,1% tinham pelo menos um filho; 50,7% referiram problemas conjugais com o agressor. Em relação à média de tempo (em horas) transcorrido entre a agressão e a denúncia, o perfil típico que leva mais tempo para denunciar o agressor, na amostra estudada, foi de mulheres com idade entre 27 e 32 anos (103,42h), mais de 12 anos de estudo (83,33h), maior tempo de convivência com o agressor (110,55h) e com 1 ou 2 filhos (105,10h). O perfil que denunciou mais rapidamente os agressores foi de mulheres com menor faixa etária, entre 18 e 26 anos, (56,25h), com 9 a 11 anos de estudo (64,96h), menor tempo de convivência com o agressor (1 a 4 anos) (31,38h) e sem filhos (38,33h). Apesar de existirem diferenças reais entre as mulheres, a associação com significância estatística foi evidenciada em relação ao tempo de convivência com o agressor (p<0,05). Após a realização da análise de cluster hierárquico pelo método Ward, a amostra 1 apresentou 3 clusters. O cluster 1 é composto por 19 casos (13,66%), o cluster 2 por 39 (28,05%) e o cluster 3 por 81 (58,27%). O cluster 1 é caracterizado por mulheres com média de 53 anos de idade, 5 anos de estudo, 22 anos de convivência com o agressor e 1,32 filhos. O cluster 2 é caracterizado por mulheres com idade média de 38 anos, 9 anos de estudo, 13 anos de convivência com o agressor e 2,72 filhos. O cluster 3 é caracterizado por mulheres com idade média de 27 anos, 11 anos de estudo, 7 anos de convivência com o agressor e 1,01 filhos. A segunda amostra formou 2 clusters. Neste o cluster 1 é composto por 117 casos (71,77%) e o cluster 2 por 46 (28,22%). O cluster 1 é caracterizado por mulheres com média de 28 anos de idade, 9,8 anos de estudo, 5,35 anos de convivência com o agressor e 1,26 filhos. O cluster 2 é caracterizado por mulheres com média de 41 anos de idade, 10,4 anos de estudo, 17,83 anos de convivência com o agressor e 1,58 filhos. Conclusão: Os resultados deste estudo mostraram a diversidade em termos de características individuais e relacionais das mulheres que buscam ajuda em um serviço de referência para o atendimento das situações de violência a que estão expostas. São resultados que comprovam a violência como um evento danoso que atinge mulheres de diversas faixas etárias, com grau de escolaridade variados e que o tempo de convivência com o agressor e o número de filhos não segue um perfil único. Essa diversidade de características, mostrada nos resultados de todas as análises realizadas, permite inferir que, embora sejam mulheres que tem em comum o fato de serem vítimas de violência, suas necessidades e demandas são diferentes
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    Saúde mental positiva de familiares cuidadores de crianças com doenças crônicas
    (2023) Costa, Aline Rodrigues; Gomes, Giovana Calcagno
    A doença crônica traz repercussões para o processo de cuidado à criança. Este estudo objetivou avaliar a Saúde Mental Positiva de familiares cuidadores de crianças com doenças crônicas. Foi realizada uma pesquisa metodológica com abordagem quantitativa e delineamento transversal. Participaram do estudo 172 familiares cuidadores de crianças atendidas em um Hospital do extremo sul do Brasil. Os dados foram coletados no segundo semestre de 2020 por meio da aplicação do Cuestionario de Salud Mental Positiva CSM+ de Lluch, organizados em uma matriz no Excell e submetidos ao software estatístico R Project dos Statistical Computing versão 4.1.0. Os dados receberam tratamento estatístico descritivo e análise inferencial, sendo apresentados na forma de gráficos e tabelas. Foram respeitados os princípios éticos da pesquisa envolvendo seres humanos. Os resultados mostraram que que a maioria (138 / 80,3%) era mãe das crianças, mulheres (157 / 91,3%), com idades entre 20 e 39 anos (112 / 65.12%), casados (109 / 63%), com Ensino Médio completo (65 / 37,8%), naturais do município onde o estudo foi realizado (118 / 69%). Apresentavam patologias físicas (73 / 42%), sendo as mais citadas o HIV e a Hipertensão Arterial Sistêmica entre outras; 41 (23,84%) referiram algum tipo de problema de saúde mental em que 26 (63,41%) tinham depressão, 13 (31,71%) eram usuários de drogas ilícitas, um (2,44%) tinha transtorno bipolar e um (2,44%) era alcoólatra. Quanto à satisfação pessoal a maioria dos familiares 128 (74,4%) apresentou nível alto de saúde mental positiva. No entanto, cinco (2,9%) apresentaram nível baixo e 39 (22,7%) nível intermediário. O nível de atitude pró-social foi alto, representado por 137 (79,7%) familiares. No entanto, sete (4,1%) apresentaram nível baixo e 28 (16,3%) nível médio. O nível de autocontrole obtido foi alto, sendo representado por 153 (89,0%) familiares. No entanto, quatro (2,3%) apresentaram nível baixo. O nível de autonomia, também foi alto, sendo representado por 121 (70,3%) participantes. Mas 50 (29,1%) apresentaram nível intermediário. Quanto à resolução de problemas e realização pessoal verificou-se que a maioria 153 (89,0%) apresentou nível alto. No entanto, 18 (10,5%) encontram-se no nível intermediário. Quanto à habilidade de relação interpessoal, verificou-se que a maioria, 128 (74,4%), apresentou nível alto. No entanto, 38 (22,1%) apresentou nível intermediário e seis (3,5%) nível baixo. A análise inferencial mostrou autonomia prejudicada nos familiares com problemas de saúde mental. A saúde mental positiva obteve no geral 156 (90,7% dos participantes), estando no nível alto. Pode concluir que promover a saúde mental positiva dos familiares cuidadores de crianças com doenças crônicas é uma prioridade necessária. Para tal efeito deve-se melhorar a prestação de cuidados, criando-se novos programas de intervenção, avaliando a eficácia dos programas já existentes na busca por fortalecer as habilidades e recursos pessoais de cada participante. Verificou-se a possibilidade do enfermeiro atuar na perspectiva da promoção da saúde mental positiva, intervindo sobre os aspectos afetados, auxiliando familiares cuidadores de crianças com doenças crônicas a se fortalecerem tanto física quanto emocional e mentalmente.
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    Games: significados e implicações para a saúde biopsicossocial do adolescente em um município do extremo sul do Brasil
    (2022) Gáz, Elisabete Zimmer Ferreira; Brum, Aline Neutzling; Oliveira, Adriane Maria Netto de
    O avanço tecnológico das últimas décadas, especialmente da informática, associado à popularização da internet, alocou os jogos eletrônicos e online como uma das atividades de lazer mais importantes para crianças e adolescentes. No entanto, a prática excessiva destas atividades pode acarretar prejuízos à saúde dos praticantes. A tese proposta neste estudo é: Os games possuem em sua essência uma simbologia capaz de mobilizar significados, logo, a sua prática recorrente pode promover situações positivas e negativas para a saúde biopsicossocial dos adolescentes. O objetivo deste estudo é investigar o uso de games e suas implicações na saúde biopsicossocial do adolescente em um município do extremo sul do Brasil. Trata-se de um estudo quanti-qualitativo, conduzido à luz do interacionismo simbólico, nas escolas da rede estadual de ensino, do município do Rio Grande/RS. A primeira fase do estudo, teve abordagem quantitativa, mediante a realização de um estudo observacional, com delineamento transversal, exploratório, descritivo e analítico; a amostra foi estimada em 370 adolescentes, número estratificado entre as escolas conforme seu quantitativo de alunos; os dados foram coletados por meio de instrumento digital e analisados pelo software Statistical Package for the Social Science, sendo, posteriormente, submetidos a análises de frequências absoluta e relativa; teste Chi-quadrado de Pearson, para variáveis categóricas; ANOVA, Test -T Student e Correlação de Pearson, considerando-se p<0,05, para comparação e correlação de médias das variáveis numéricas. Também foi realizada a análise de cluster, para identificar padrões de comportamento dos adolescentes perante os jogos, e análises de regressão, para identificar o efeito existente entre as variáveis. A segunda fase do estudo teve abordagem qualitativa, situação em que se realizou estudo de casos múltiplos, com informações coletadas por meio da técnica de grupo focal. Nesta fase, a amostra foi composta por adolescentes que manifestaram interesse em participar dos grupos focais e tiveram disponibilidade de horário e meios para participar das reuniões online, os quais foram distribuídos em 3 grupos. As informações foram coletadas por meio de sessões de grupos focais e analisadas pela técnica de Análise de Conteúdo. Participaram da primeira fase, 513 adolescentes, dos quais 434 foram considerados jogadores. Houve predominância de meninas (50,9%; n=221), de estudantes do 1º ano do Ensino Médio (26,3%; n=114), com idade média de 15,1 (±2,20) anos e idade que começaram a jogar de 8,4 (±3,43) anos; maioria constituída por famílias nucleares (38,0%; n=165); que conheceram os games através de pessoas externas ao grupo familiar (68,5%; n=298). Referem gostar de jogos (98,8%; n=429), jogar de uma a cinco horas semanais (35,3%; n=153), utilizar o celular para o jogo (53,0%; n=230) e nunca mentir para jogar (64,3%; n=279). Em geral, são sedentários (32,4%; n=141), porém, não apresentam problemas com o peso (53,7%; n=233). No Gaming Addiction Scale (GAS), 64,0% (n=278) foram classificados como jogadores sem problemas, com preferência por jogos online (60,4%; n=262) e período noturno (60,4%; n=262). Foram identificados 4 clusters definidos a partir das variáveis: classificação GAS, tempo de jogo semanal, sexo, gostar de jogos, idade que começou a jogar e idade atual. Apesar dos jogadores ser maioria feminina (50,9%; n=221), o maior cluster (32,9%; n=169) é formado apenas por jogadores sem problemas, homens e que gostam de games, costumam jogar entre uma e cinco horas por semana (29,6%; n=50), possuem média de idade de 15,2 (±2,22) anos e iniciaram nos jogos aos 8,1 (±2,95). A segunda fase, contou com a participação de 20 adolescentes nos grupos focais, 90,0% (n=18) são jogadores, 55,0% (n=11) do sexo masculino, tinham média de idade de 14,5 (±1,79) anos e classificação GAS em jogadores sem problemas (80,0%; n=16). Mediante às discussões nos grupos focais, emergiram quatro categorias: 1) O universo dos jogos; 2) Relacionamento entre pares nos jogos; 3) Relacionamento entre pais e filhos no contexto dos jogos; e 4) Dependência de Games. Ao final, considerou-se que o uso de games pode afetar a saúde dos adolescentes tanto positiva, como negativamente, sendo necessário maior atenção e supervisão dos pais, a fim de promover o uso consciente desta tecnologia. Espera-se subsidiar o trabalho da enfermagem fornecendo recursos para desenvolver estratégias de educação em saúde junto aos adolescentes, seus responsáveis e à comunidade escolar, no intuito de promover o bem-estar de todos os envolvidos.
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    Representações sociais de familiares cuidadores acerca do cuidado à criança com tuberculose pulmonar
    (2020) Jung, Bianca Contreira de; Gomes, Giovana Calcagno
    As crianças são consideradas grupo alvo em adquirir a tuberculose, pois o contágio acontece a partir da convivência de um adulto diagnosticado com a doença. Estima se que no mundo a cada ano um milhão de crianças adoeçam por tuberculose e enfrentem dificuldades de obter o diagnóstico e tratamento. Objetivou-se conhecer as representações sociais dos cuidadores familiares acerca do cuidado que prestam à criança com tuberculose pulmonar. Trata-se de uma pesquisa de abordagem qualitativa, descritiva, que utilizou o referencial da Teoria das Representações Sociais. Foi realizada nos 22 municípios que compõem a 3ª Coordenadoria Regional de Saúde no primeiro semestre de 2019. Os participantes foram escolhidos mediante amostragem intencional, totalizando 13 familiares cuidadores. A produção dos dados foi obtida por meio de entrevista semiestruturada, sendo gravadas e transcritas. O estudo foi aprovado por um Comitê de Ética em Pesquisa na Área da Saúde da Universidade Federal do Rio Grande, sob o número 162/2019 e parecer: 94574218.2.0000.5324. Os dados foram submetidos à posterior análise pela técnica do Discurso do Sujeito Coletivo. Como resultados as crianças adquiriram a tuberculose pela convivência com um adulto diagnosticado na família, houve história da doença no próprio contexto familiar. Não se identificou um rastreamento efetivo para as crianças contatos de caso índice e detecção precoce. Todas as crianças receberam a vacina do Bacilo Calmette–Guérin, com destaque para a elevada cobertura vacinal nos municípios de realização da pesquisa, o que faz prevenir as formas graves da doença. Os familiares cuidadores desconheciam sobre a baixa eficácia de proteção da vacina contra a forma pulmonar da tuberculose. O fato de a maioria das crianças terem sido imunizadas representou para eles a concepção de segurança e proteção em relação à transmissibilidade. Os sintomas apresentados pelas crianças serviram de alerta para a busca de ajuda na rede de serviços de saúde, entretanto, houve a demora em obter o diagnóstico da criança e falta de resolubilidade no atendimento. Os profissionais que realizaram o diagnóstico empregaram diferentes métodos de investigação, antagônicos ao sistema de escore para o diagnóstico pediátrico da tuberculose preconizado pelo Ministério da Saúde. O adoecimento foi um acontecimento transformador e multifacetado da dinâmica familiar, impactou em mudanças físicas, emocionais, psicológicos, sociais, culturais e econômicas. A família contou com uma rede de apoio social formada pelos familiares, amigos, vizinhos, escola e professores, profissionais de saúde, sobretudo, a enfermagem, serviços de saúde e a fé em Deus. O cuidado conferido pela família foi importante para a adesão da criança ao tratamento e atingir a cura da tuberculose. Destacou-se o papel da enfermagem na vida das famílias e crianças, nas práticas de cuidados e contribuição no processo de recuperação da criança.
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    Interconexões dos serviços e ações da Rede Cegonha e a integralidade do cuidado do enfermeiro à luz do Pensamento Ecossistêmico
    (2021) Thurow, Mara Regina Bergmann; Siqueira, Hedi Crecencia Heckler de
    Objetivou-se analisar, na percepção do enfermeiro, as interconexões e as inter-relações dos serviços e ações da Rede Cegonha para desenvolver a integralidade do cuidado ao binômio mãe-bebê, à luz do Pensamento Ecossistêmico. A Rede Cegonha, é uma estratégia do Ministério da Saúde, instituída pela Portaria no 1.459 de 24 de junho de 2011, cunhada para melhorar a saúde da mulher e da criança no Brasil, organizando e estruturando a atenção à saúde materno-infantil. Cada um de seus componentes possui orientações e ações a serem cumpridas, visando o cuidado integral ofertado na atenção primária, secundária e terciária ao binômio mãe-bebê. No presente estudo a Rede Cegonha tem por base teórico-filosófica, os princípios e as características do Pensamento Ecossistêmico, de interconexão, inter-relação, cooperação, interação e influências mútuas que possuem aderência à temática e norteiam o funcionamento da totalidade de cuidados/ações ao binômio mãe-bebê. A visão ecossistêmica permite perceber a Rede Cegonha contemplando a mulher no período gravídico, bem como, o recém-nascido frente a mortalidade materno-infantil, a violência obstétrica e a baixa qualidade da rede de atenção ao parto e nascimento. Aponta-se como Tese: As interconexões e as inter-relações dos serviços e ações da Rede Cegonha, à Luz do Pensamento Ecossistêmico possibilitam desenvolver a integralidade do cuidado do enfermeiro ao binômio mãe-bebê e contribuem para a promoção e prevenção da sua saúde e prevenção de agravos. Trata-se de um estudo descritivo, exploratório, de abordagem qualitativa. Os dados foram coletados em março e abril de 2021, com treze enfermeiros: sete que atuam nas Unidades Básicas de Saúde com Estratégia Saúde da Família com pré-natal; e, seis enfermeiros que trabalham no alojamento conjunto nas instituições hospitalares que integram a Rede Cegonha. Na coleta de dados foi utilizado um instrumento, com questões fechadas e abertas, elaborado especificamente, para este estudo, aplicado via online, após teste piloto, utilizando a ferramenta digital Google Forms. A análise dos dados foi realizada pelo Método da Análise de Conteúdo de Bardin. Obteve-se resultados importantes, em relação a estratégias a seguir para o alcance das interconexões dos serviços e ações da Rede Cegonha e a integralidade do cuidado, entre os quais: ações e cuidados do enfermeiro à usuária da Rede Cegonha revelados com ênfase e destaque no acolhimento e o diálogo estabelecido com a usuária; apresentou importante elucidação sobre o processo de interconexão e inter-relação dos serviços e ações da Rede Cegonha, desenvolvidas pelo enfermeiro para auxiliar no alcance da integralidade do cuidado ao binômio mãe-bebe. Evidenciou-se que a Rede Cegonha apresenta pontos fortes, como a inserção das enfermeiras obstetras e na atenção primária, existência de uma relação de cooperação entre as Unidades Básicas de Saúde com Estratégia de Saúde da Família e a Secretaria da Saúde. Acredita-se que o estudo possibilitou a construção de conhecimentos, para o aprimoramento do ensino e o fazer do enfermeiro na Rede Cegonha e, assim, auxiliou no avanço da integralidade do cuidado ao binômio mãe-bebê, à Luz do Pensamento Ecossistêmico e contribuiu para a promoção e prevenção da sua saúde e prevenção de agravos.
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    Reestruturação da vida familiar após o suicídio de um de seus membros: um estudo na perspectiva da resiliência familiar
    (2022) Alfaro, Elena Bustos; Silva, Mara Regina Santos da
    O fenômeno do suicídio é um importante problema de saúde pública em nível mundial e um tema prioritário de investigação, devido ao impacto que causa nas famílias, principalmente nas pessoas mais próximas, nas comunidades e nos países. Esta tese tem como objetivo geral compreender os processos que sustentam a reestruturação da vida familiar após a perda de um dos seus membros por suicídio. Como objetivos específicos, inclui: (1) identificar elementos que denotam os sentidos atribuídos à perda do familiar por suicídio; (2) examinar os processos de comunicação e organização intrafamiliar que contribuem para a reestruturação da vida familiar após o suicídio de um dos seus membros; (3) analisar os recursos externos da família que se constituem em referências de apoio no processo de reestruturação da vida familiar, ao longo da experiência da morte por suicídio. Trata-se de um estudo qualitativo, exploratório que utiliza como referencial teórico o conceito de Resiliência Familiar. Participaram do estudo nove familiares pertencentes a oito famílias, residentes em Rio Grande, RS/Brasil, que vivenciaram a perda de um membro por suicídio entre 2016 e 2021. Os dados foram coletados por meio de entrevistas semiestruturadas, realizadas no período entre maio e agosto de 2022 e submetidos à técnica de análise temática. De forma complementar, foi utilizado o Genograma e o Ecomapa com cada uma das famílias participantes. Todos os preceitos éticos e legais da Resolução no 510/2016, do Ministério da Saúde do Brasil, foram respeitados. Os resultados, agrupados em núcleos temáticos, mostram os sentidos atribuídos pelas famílias à perda por suicídio, os quais foram assim denominados: a descoberta marcante do ato executado; uma dor imensurável; sentimento de abandono; culpabilidade que paralisa; vazio e saudade da história vivida. Constatou-se, também, que o processo de reestruturação familiar ocorre prioritariamente dentro da própria família, por meio de modificações na rotina e/ou nos papeis; e as famílias não acessam ou não reconhecem os serviços de saúde como fonte de apoio para sua reestruturação após a perda. Ainda, os resultados apontam que as intervenções dirigidas à posvenção podem ser orientadas pelos indicadores presentes nestas famílias, dentre os quais destacam-se: histórico de separações conjugais; família reconstituída; relações familiares conflituosas; histórico de doenças físicas e mentais concomitantes; abuso de álcool e drogas; violência (física, emocional e sexual) entre os membros da família; ser alvo de racismo; e condição econômica deficitária. Comprova- se, portanto, a tese que as famílias que vivenciaram o suicídio de um dos seus membros podem se reestruturar, desde que sejam capazes de mobilizar os processos e as estruturas de apoio, existentes no contexto em que vivem. Conclui-se destacando a relevância da posvenção como abordagem das famílias sobreviventes, sendo imperativo a inclusão de políticas públicas que reforcem a necessidade de atenção às famílias sobreviventes, nos diferentes serviços da Rede de Atenção Primária onde elas podem ser reconhecidas, acolhidas e consideradas como grupo em situação de vulnerabilidade. São famílias que precisam de ajuda para identificar e acessar os recursos extrafamiliares, principalmente o apoio social e nesta tarefa os profissionais têm papel preponderante, por meio da mobilização das potencialidades das famílias, permitindo fortalecer o seu processo de reestruturação.
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    Famílias com adolescentes que manifestam comportamentos de risco: áreas prioritárias de intervenção
    (2022) Carvalho, Elga Mirta Furtado Barreto de; Silva, Mara Regina Santos da
    A família é um contexto fundamental para o processo de desenvolvimento de seus membros, particularmente dos adolescentes que se encontram em um período crítico de transição e necessitam de um ambiente saudável para atingirem seu potencial humano e, assim, contribuir para a construção de sociedades mais justas. É nesta perspectiva que se desenvolve esta tese de doutoramento, cujo objetivo geral consiste em: compreender as interações que demarcam o cotidiano das famílias de adolescentes com comportamentos de risco que vivem na ilha de Santiago/Cabo Verde/África. Trata-se de um estudo exploratório, descritivo, de abordagem qualitativa, pautado nos conceitos de ciclo de vida familiar, vulnerabilidade psicossocial e suporte social. Participaram 18 famílias com adolescentes, estudantes de uma escola secundária da cidade da Praia, ilha de Santiago/Cabo Verde, os quais manifestam comportamentos de risco, incluindo: consumo de álcool e drogas, gravidez na adolescência e violência juvenil. Os dados foram coletados entre junho e julho de 2022, por meio de entrevistas semiestruturadas, realizadas individualmente com os pais ou os responsáveis pelo adolescente e após submetidos à análise de conteúdo. O estudo recebeu uma certificação ética do Comitê Nacional de Ética em Pesquisa para a Saúde de Cabo Verde. Os resultados são apresentados em um conjunto de categorias que retratam: (1) Situações cotidianas reconhecidas pelos pais de adolescentes como difíceis de serem geridas, na qual estão incluídos: comportamentos inadequados; ausência de referências familiares positivas; comportamentos perigosos e problemas escolares; (2) Estratégias utilizadas pelas famílias para gerenciar os comportamentos de risco manifestados pelos filhos adolescentes, incluindo: adaptação intrafamiliar no enfrentamento dos desafios; clima familiar promotor de crescimento; mobilização de recursos familiares, sociais e comunitários; e padrão de interação disfuncional; (3) As fortalezas da família reconhecidas por seus membros, constituída pelas relações de proteção e cuidado entre seus membros; interações afetivas entre os membros da família e sistema de crenças religiosas; (4) Funções/áreas prioritárias nas quais as famílias de adolescentes com comportamento de risco necessitam de ajuda, englobando: suporte familiar; competências parentais; ambiente escolar seguro com qualidade de vida; e organizações comunitárias que trabalham junto as famílias com a adolescentes. Os resultados deste estudo evidenciam a necessidade de reorganização e integração dos serviços sociais e de saúde disponibilizados às famílias de adolescentes com comportamentos de risco, com vistas a apoiá-las no desenvolvimento e redirecionamento das trajetórias de vida dos adolescentes. São resultados que podem subsidiar o delineamento de políticas, programas e estratégias de enfermagem familiar específicas para amparar as famílias na tarefa de construir um contexto favorável para o desenvolvimento dos seus membros, com impacto na produção de uma geração mais saudável, capaz de catapultar o desenvolvimento social e econômico do país, no futuro.
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    Vivências de famílias no cuidado à criança com transtornodo espectro autista (TEA): subsídios para a prática de enfermagem
    (2023) Nobre, Camila Magroski Goulart; Gomes, Giovana Calcagno
    O diagnóstico do Transtorno do Espectro Autista constitui uma situação de impacto, podendo repercutir na mudança da rotina diária, na readaptação de papéis, ocasionando efeitos diversos no âmbito ocupacional, financeiro e das relações familiares. Este estudo tem como objetivo compreender os significados atribuídos pela família ao cuidado que prestam a criançascom Transtorno do Espectro Autista e construir um modelo teórico que sustente o processo evidenciado nesta adaptação. Para alcançá-lo realizou-se uma pesquisa qualitativa de caráter exploratório, descritivo, no período compreendido entre agosto de 2021 e agosto de 2022. Os participantes foram 16 familiares cuidadores de crianças com esse diagnóstico divididos em 3 grupos amostrais. Teve como contexto uma escola especial que essas crianças frequentam localizada em um município no sul do Brasil. Os dados foram coletados por meio de entrevista semiestruturada em profundidade realizada via videoconferência, utilizando a ferramentadigital WhatsApp. O referencial teórico utilizado foi o Interacionismo Simbólico e metodológico a Teoria Fundamentada nos Dados. A coleta de dados e a análise dos dados foram realizadas concomitantemente. A análise foi realizada pela codificação aberta, axial e seletiva.Foram respeitados os princípios éticos da pesquisa, conforme a resolução 510/2016. Descobrindo o Transtorno do Espectro Autista se consolidou quando as famílias apresentaramou não intercorrências na gestação; perceberam ou não as características do transtorno do espectro autista na criança e caminharam para o processo de recebimento do diagnóstico. Sendocuidada em diferentes contextos apontou o domicílio, a escola regular, a escola especial e os serviços de saúde como os locais onde o cuidado à criança acontece. Construindo estratégias para vivenciar o processo de cuidado da criança apontou que as famílias estudam sobre o transtorno; inserem a criança em diversasterapias com diferentes profissionais; aprendem sobreo transtorno com os terapeutas da equipe de cuidados da criança; utilizam figuras para estabelecer comunicação com a criança e deixam de oferecer leite e glúten para o filho com o transtorno. Referiram como interveniências positivas durante o processo de cuidado à criança ter uma rede de apoio para auxílio no cuidado às crianças, entendersobre o assunto, estabeleceruma rotina com a criança, oferecer à criança uma alimentação saudável e ter condições financeiras favoráveis. Apresentam como interveniências negativas ter que prever com antecedência tudo que vai ser feito, ter dificuldade na realização das atividades de vida diária, de comunicação, para dormir, de encontrar profissionais qualificados na área, de entender o comportamento do filho(a), de aceitação da criança no âmbito familiar, de inclusão da criança na escola, do comportamento agressivo da criança, de sua seletividade alimentar, de não ter uma rede de apoio para o cuidado da criança e de ter uma condição financeira desfavorável. Como consequências do diagnóstico da criança verificou-se que as famílias aprendem aentender o transtorno, ressignificam o cuidado à criança e mudam a dinâmica familiar após o recebimento do diagnóstico da criança. Concluiu-se que há necessidade de aprimoramento do conhecimento teórico-científico da enfermagem acerca do tema, sustentado em reflexões que promovam transformações no cuidar.
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    Condições de saúde de homens imigrantes, refugiados e asilados durante a pandemia de covid-19
    (2024) Bacelo, Sidiane Rodrigues; Lourenção, Luciano Garcia; Sousa, Anderson Reis de
    A comunidade internacional tem se concentrado em pesquisar e discutir sobre a saúde dos imigrantes, refugiados e asilados, considerando que a discriminação, as vulnerabilidades e os desafios na integração e na formação identitária afetam a qualidade de vida e o bem-estar desses grupos. Nesse contexto, esse estudo teve como objetivo geral investigar as condições de saúde de homens imigrantes, refugiados e asilados, durante a pandemia de covid-19. Metodologicamente, foram percorridas duas etapas, sendo: 1) uma revisão de escopo que buscou delinear, sistematicamente, as evidências científicas acerca dos impactos da pandemia de covid-19 nas condições de saúde de homens imigrantes, refugiados e asilados, visando contribuir para elaboração de políticas e estratégias que orientem o atendimento da população migrante; e 2) Estudo descritivo e exploratório, com abordagem qualitativa, fundamentado na análise lexical dos corpus obtidos na revisão de escopo, por meio da análise de similitude, análise fatorial, análise hierárquica descendente e geração de nuvem de palavras, permitindo uma exploração abrangente e detalhada dos temas e padrões presentes nas sínteses. O mapeamento das produções científicas, cobrindo 93 estudos realizados entre 2020 e 2023, revelou uma tendência de priorização dos imigrantes em detrimento dos refugiados e asilados. Os estudos abordaram aspectos biológicos, mentais, morais e sociais da saúde desses homens. A análise lexical identificou quatro grandes dimensões: implicações sociais da pandemia na vida dos imigrantes, refugiados e asilados frente às transformações geradas pelas restrições sociossanitárias; a vulnerabilidade de imigrantes, refugiados e asilados e os riscos de mortalidade por covid-19; acesso à informação, aos cuidados de saúde e à vacinação para a proteção dos trabalhadores imigrantes, refugiados e asilados; e intervenções e políticas públicas para a prevenção e o tratamento de covid-19, assegurando as necessidades básicas e de saúde aos imigrantes, refugiados e asilados. O estudo destaca as profundas desigualdades estruturais que afetam a saúde e a vida de homens imigrantes, refugiados e asilados, exacerbadas pela pandemia. Esses grupos enfrentam alta prevalência de infecções, maior risco de hospitalização e mortalidade, e dificuldades no acesso a serviços de saúde devido a fatores como precariedade habitacional, desemprego, falta de informações claras e barreiras linguísticas. A distribuição desigual dos grupos populacionais nos estudos sugere uma falta de equidade ou uma lacuna nas pesquisas sobre os asilados. Para mitigar esses impactos e prevenir futuros desequilíbrios, é essencial desenvolver políticas públicas que atendam às necessidades específicas dessas populações, garantindo acesso igualitário a cuidados de saúde, suporte psicológico e proteção contra discriminação, e promover um sistema de saúde mais justo e resiliente para todos.
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    Bases teórico-metodológicas utilizadas pelo enfermeiro na educação em saúde ao usuário com acidente vascular cerebral e família à luz do pensamento ecossistêmico
    (2021) Paula, Saul Ferraz de; Siqueira, Hedi Crecencia Heckler de
    Objetivou-se analisar as concepções teórico-metodológicas do enfermeiro acerca da educação em saúde e como ele desenvolve o processo educativo ao usuário com acidente vascular cerebral e família, no período de internação hospitalar, para o cuidado domiciliar: à luz do Pensamento Ecossistêmico. Este estudo ancorou-se no paradigma teórico-filosófico ecossistêmico, cuja aplicabilidade sustentou a temática em estudo. Assim, teve-se a Tese: As ações educativas desenvolvidas pelo enfermeiro, conforme suas concepções teórico- metodológicas ao usuário com Acidente Vascular Cerebral e família, no período de internação hospitalar, à luz do Pensamento Ecossistêmico, possibilitam transformar o conhecimento, comportamentos e atitudes dos usuários e familiares e contribuir para a prática do cuidado domiciliar e melhoria da sua saúde. O percurso metodológico caracterizou-se como pesquisa descritiva e exploratória, com abordagem qualitativa. A coleta de dados foi realizada online no primeiro semestre de 2021, utilizando-se de entrevista semiestruturada com 18 enfermeiros que exercem função assistencial nas unidades de clínica médica dos três Hospitais Universitários do Estado do Rio Grande do Sul-Brasil, que possuem contrato vigente com a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares. Para o recrutamento dos participantes seguiu-se os passos de Goodman, por meio da técnica de amostragem não probabilística denominada Snowball. Os dados das entrevistas foram analisados pelo método de Análise de Conteúdo de Bardin. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande, sob o parecer CAAE: 39733320.6.0000.5324, sob o parecer no 4.442.386. A partir dos resultados surgiram as categorias: “Perfil sociodemográfico e funcional dos enfermeiros”; “Início e desenvolvimento do processo educativo para a alta hospitalar”; “Bases Teórico-metodológicas utilizadas pelos enfermeiros no processo educativo”; “Dificuldades para o desenvolvimento do processo educativo”; “Facilidades para o desenvolvimento do processo educativo”, as quais foram discutidas no desenvolver da Tese. As categorias permitiram traçar o perfil sociodemográfico e funcional dos participantes. Evidenciaram que as formas de desenvolver o processo educativo são diversas, e com objetivos distintos, influenciadas por diferentes Teorias Educativas, além de terem conhecimento a respeito de alguns autores, mas que não são seguidos para o desenvolver do processo educativo. O processo educativo de forma processual e continuo a usuários e familiares durante o período de internação hospitalar pode trazer benefícios para o desenvolver do cuidado domiciliar após a alta hospitalar. Os dados também permitiram conhecer as facilidades e dificuldades elencadas pelos enfermeiros para a realização do processo educativo. Desta maneira, denota- se a importância de uma Educação em Saúde, capaz de superar e o paradigma cartesiano, modificações do pensamento fragmentado e verticalizado para o paradigma do pensamento ecossistêmico. A aceitação de um novo paradigma requer não apenas mudanças conceituais nas ciências da saúde, mas uma reeducação da população, e dos profissionais de forma geral. Nesse sentido, entende-se que a prática educativa do enfermeiro, sob a luz do Pensamento Ecossistêmico envolve além da mudança paradigmática, repensar o cuidado, a própria prática educativa, bem como as concepções teóricas e metodológicas que sustentam essa prática.