Abstract:
A horta tem consolidado presença nas escolas urbanas e rurais, principalmente através da realização de projetos extracurriculares visando a Educação Ambiental e alimentar. Nesse sentido, objetivamos nessa pesquisa compreender quais as implicações pedagógicas de articular a atividade da horta ao Ensino de Ciências. Delimitando nosso estudo consideramos como sujeitos da pesquisa as famílias da Comunidade Nova Gonçalves – Canguçu/RS bem como uma Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) dessa região e seus educadores. As informações da pesquisa foram obtidas a partir de questionários realizados com as famílias da comunidade de forma colaborativa e coletiva com integrantes do Núcleo de Pesquisa e Extensão Educamemória/FURG que configura-se como um grupo interinstitucional, entrevistas e Roda de Diálogo com as educadoras da EMEF que possibilitaram sinalizar questões importantes referentes a vida no campo e do campo; produção agrícola produzindo significados a respeito do lugar; saúde e qualidade de vida do lugar; escolaridade e preocupações com o futuro dos adolescentes. Tais questões quando dialogadas e problematizadas em Roda de Diálogo com as educadoras nos proporcionaram subsídios a fim de construirmos uma Trama Conceitual “Solo: fonte de vida e subsistência” a qual contribuiu para a construção de um ensaio de uma proposta didático-pedagógica a fim de compreender as possibilidades de articular a horta escolar as atividades de Ciências. Nesse ensaio, identificamos inúmeros conteúdos escolares que podem ser articulados com a horta, como: solo, água, plantas, microrganismos, ciclo de nutrientes. Dessa forma, apontamos que a horta pode ser utilizada, além de projetos extracurriculares, como articuladora do Ensino de Ciências que objetive a desmistificação do ensino tradicional e incorpore uma educação enfatizando a realidade e a problematização. Nesse caso, em escolas do campo, a horta pode ser utilizada para problematizar as práticas agrícolas instauradas e além de utilizar dos conteúdos já citados com a finalidade de dinamizar o currículo e constituir saberes.
The garden has consolidated presence in urban and rural schools, mainly by conducting extracurricular projects aimed at environmental education and food. In this sense, this research aimed to understand what the pedagogical implications of joint activity of the garden to the Teaching of Science. Confining our study we consider as research subjects families Community New Gonçalves - Canguçu / RS and a Municipal Elementary School (EMEF) in this region and their educators. The survey information was obtained from questionnaires conducted with families in the community collaboratively and collectively with members of the Research and Extension Educamemória / FURG that is configured as an interagency group, interviews and Wheel Dialogue with the educators EMEF that enabled flag important issues the country life and field; agricultural producing meanings about the place; health and quality of life of the place; schooling and concerns about the future of adolescents. Such questions when dialogued and problematized in wheel Dialogue with educators provided subsidies to build a conceptual Trama "Solo: source of life and livelihood" which contributed to the construction of a test of a didactic and pedagogic proposal to understand the possibilities of articulating the school garden activities of Sciences. In this essay, we identified numerous educational content that can be articulated with the garden, such as soil, water, plants, microorganisms, and nutrient cycling. Thus, we point out that the garden can be used in addition to extracurricular projects such as articulating the science education which aims to demystify the traditional teaching and incorporate an education emphasizing the reality and the questioning. In this case, schools in the field, the garden can be used to problematize introduced agricultural practices and besides using content already mentioned in order to streamline the curriculum and build knowledge.