Direito e decolonialidade : prefigurações contra-hegemônicas e insurgentes em Abya Yala (América Latina)

Abstract

O presente trabalho discute a necessidade de se problematizar o Direito tradicional, a partir de uma análise crítica e contextualizada da realidade do povo espoliado pela colonialidade epistêmica, e tantos outros meios para permitir que se perpetuem as desigualdades sociais com a conivência de parte do mundo jurídico. Propõe-se uma ressignificação do Direito a partir de estudos subalternos, decoloniais, de abordagens contra-hegemônicas, de possibilidades outras de se viver, e de uma releitura dos processos coloniais que moldaram através da colonialidade, o ser, o saber, o ter e o poder na América Latina. O método a ser utilizado é o analético, que compreende a abordagem metodológica decolonial, operando numa lógica contramajoritária, libertadora e, acima de tudo não homogeneizante dos fenômenos sociais. Tal metodologia é uma congregação do método dialético com a realidade latino-americana, pensada e proposta por Enrique Dussel. Quanto às técnicas de pesquisa, num primeiro momento utilizar-se-á a análise e revisão bibliográfica, propondo-se um diálogo com a história, para que na sequência seja possível empreender esforços teóricos, no sentido de problematizar o tema com rigor acadêmico, responsabilidade social e acima de tudo possibilitar a crítica ao que está estabelecido no mundo jurídico, que acaba impactando o mundo real.

El presente trabajo discute la necesidad de problematizarse el Derecho tradicional, desde un análisis crítico y contextualizado de la realidad del pueblo espoliado por la colonialidad epistémica, y tantos otros medios para permitir que se perpetúen las desigualdades sociales con la connivencia de parte del mundo jurídico. Se propone una resignificación del Derecho a partir de estudios subalternos, decoloniales, de enfoques contrahegemónicos, de posibilidades otras de vivir, y de una relectura de los procesos coloniales que moldearon a través de la colonialidad, el ser, el saber, el tener y el poder en América Latina. El método a ser utilizado es el analéctico, que comprehende el abordaje metodológico decolonial, operando en una lógica contramajoritaria, libertaria y, sobre todo que no homogeneizante de los fenómenos sociales. Esta metodología es una congregación del método dialéctico con la realidad latinoamericana, pensada y propuesta por Enrique Dussel. En cuanto a las técnicas de investigaciones, en un primer momento se utilizará el análisis y revisión bibliográfica, proponiéndose un diálogo con la historia, para que en la secuencia sea posible emprender esfuerzos teóricos, en el sentido de problematizar el tema con rigor académico, responsabilidad social y sobre todo posibilitar la crítica a lo que está establecido en el mundo jurídico, que termina por impactando el mundo real.