Participar de um grupo de pesquisa: uma autoetnografia coletiva das experiências vivenciadas no AFRODITE

Abstract

A vivência em um laboratório de pesquisa em gêneros e sexualidades possibilita experiências transformadoras, na medida em que a sociabilidade é composta de uma pluralidade bastante marcada por diferenças, estejam elas no âmbito da epistemologia ou das categorias de análise das diversidades. O presente estudo tem por objetivo analisar a experiência das pessoas autoras enquanto integrantes de um laboratório interdisciplinar de ensino, pesquisa e extensão em gêneros e sexualidades. Para tanto, as seis pessoas autoras – entre estudantes e pesquisadoras – propuseram uma autoetnografia coletiva analítica. O processo de construção – por meio de debates, inquietações, incômodos, reflexões – retratou a experiência em grupo, culminando em novos desconfortos que, mais uma vez, possibilitaram a transformação. Assim, consideramos que o elo que marca a união e que sustenta o papel social do laboratório enquanto espaço de educação é a possibilidade de experienciar e seu caráter transformador.

Vivir en un laboratorio de investigación de género y sexualidades posibilita experiencias transformadoras, en la medida en que la sociabilidad se compone de una pluralidad marcada por las diferencias, ya sea en el ámbito de la epistemología o en las categorías de análisis de las diversidades. El presente estudio tiene como objetivo analizar la experiencia de las autoras como integrantes de un laboratorio interdisciplinario de docencia, investigación y extensión en género y sexualidades. Para ello, los seis autores, entre estudiantes e investigadores, propusieron una autoetnografía colectiva analítica. El proceso de construcción -a través de debates, inquietudes, molestias, reflexiones- retrató la experiencia del grupo, culminando en nuevos malestares que, una vez más, posibilitaron la transformación. Así, consideramos que el vínculo que marca la unión y que sustenta el rol social del laboratorio como espacio de educación es la posibilidad de vivencia y su carácter transformador.

Living in a gender and sexualities research laboratory enables transformative experiences, insofar as sociability is composed of a plurality marked by differences, whether in the scope of epistemology or the categories of analysis of diversities. The present study aims to analyze the experience of the authors as members of an interdisciplinary laboratory of teaching, research and extension in gender and sexualities. To this end, the six authors – among students and researchers – proposed an analytical collective autoethnography. The construction process – through debates, concerns, annoyances, reflections – portrayed the group experience, culminating in new discomforts that, once again, enabled the transformation. Thus, we consider that the link that marks the union and that sustains the social role of the laboratory as an education space is the possibility of experiencing and its transforming character.