EENF – Mestrado em Enfermagem (Dissertações)
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- ItemCompetências de estudantes de enfermagem e medicina para a segurança do paciente(2019) Zugno, Rochele Maria; Tomaschewski-Barlem, Jamila GeriO ensino da segurança do paciente deve ser visto como uma prioridade nos cursos de graduação em medicina e enfermagem, a fim de garantir ações e práticas seguras no decorrer de toda a formação, sustentando a posterior atuação profissional nos diferentes ambientes de saúde. Esta dissertação tem como objetivos: analisar a confiança no aprendizado das competências em segurança do paciente de estudantes de graduação em enfermagem e medicina; e compreender o desenvolvimento das competências de segurança do paciente entre estudantes de graduação em enfermagem e medicina. A metodologia foi desenvolvida em duas etapas: estudo quantitativo e estudo qualitativo, realizados com estudantes dos Cursos de Graduação em Enfermagem e Medicina de uma Universidade Pública do Sul do Brasil. Para a coleta de dados da etapa quantitativa foi aplicado o Health Professional Education in Patient Safety Survey, adaptado e traduzido para o contexto brasileiro, aplicado em 134 estudantes de medicina e 101 estudantes de enfermagem. A coleta de dados da etapa qualitativa foi realizada por meio de entrevistas semiestruturadas com 12 estudantes de enfermagem e 12 estudantes de medicina. A análise dos dados quantitativa foi realizada pela estatística descritiva e inferencial, por meio dos testes T pareado e para variáveis independentes, e a análise qualitativa por meio da análise textual discursiva. Foram garantidos todos os preceitos estabelecidos na Resolução 466 de 12 de dezembro de 2012 do Conselho Nacional de Saúde, no que diz respeito aos aspectos éticos que envolvem a pesquisa com seres humanos. Os resultados foram apresentados na forma de dois artigos. O primeiro aborda a etapa quantitativa do estudo, intitulado “Confiança no aprendizado da segurança do paciente de estudantes de graduação em enfermagem e medicina”, evidenciou maior confiança no aprendizado na sala de aula em detrimento ao ambiente de prática; e os estudantes de enfermagem sentem-se mais confiantes tanto nos domínios relacionados às áreas específicas como trabalho em equipe, comunicação e gerenciamento de riscos, quanto nos de maior abrangência para a segurança do paciente, como habilidades e conhecimentos adquiridos. O segundo abrange a parte qualitativa deste estudo, intitulado “Competências de segurança do paciente desenvolvidas por estudantes de graduação em enfermagem e medicina”, sendo possível verificar que os estudantes de enfermagem e medicina desenvolveram competências relacionadas ao estabelecimento de uma cultura de segurança; trabalho em equipe; comunicação efetiva; gerenciamento de riscos; otimização de fatores ambientais e humanos; e conduta frente a eventos adversos, no entanto, observam-se fragilidades no desenvolvimento de tais competências, principalmente relacionadas à atuação interdisciplinar. Conclui-se que a segurança do paciente na formação dos profissionais de enfermagem e medicina ainda se demonstra incipiente e fragmentada nos dois cursos, evidenciando a necessidade de maior articulação teórico-prática e de aprofundamento na abordagem da temática no ensino.
- ItemPercepção de Pacientes-Trabalhadores com Doenças Cardiovasculares acerca da Capacidade para o Retorno ao Trabalho em um Hospital de Cardiologia no Sul do Brasil(2019) Lima, Janice Mendieta; Cezar-Vaz, Marta Regina; Xavier, Daiani ModernelIntrodução: As doenças cardiovasculares – DCV são responsáveis por cerca de 30% das causas de morte, sendo causa de morbimortalidade em todo o mundo, o que repercute tanto na qualidade de vida dos indivíduos como na sua capacidade para o trabalho. Objetivo: Compreender a percepção de pacientes- trabalhadores, acometidos por doenças cardiovasculares acerca da capacidade para o retorno ao trabalho. Metodologia: Trata-se de uma revisão sistemática de literatura e investigação empírica, descritiva e exploratória, com abordagem qualitativa. Pesquisa realizada em um hospital com serviço de urgência e emergência intra-hospitalar de cardiologia, de um município no sul do Brasil. Os participantes do estudo constituíram-se de pacientes-trabalhadores com doença cardiovascular. Para a coleta de dados foram utilizadas duas fontes de dados. A primeira, como fonte secundária, corresponde às informações contidas nos prontuários dos pacientes-trabalhadores, das quais foram utilizados os dados relativos às condições clínicas e psicológicas dos mesmos, no primeiro semestre de 2019. Na segunda, como fonte primária, foram realizadas entrevistas semiestruturadas e gravadas, com pacientes-trabalhadores que aceitaram contribuir com o estudo. Para a análise dos dados, foi aplicada a análise temática. Por se tratar de uma pesquisa envolvendo seres humanos, assegurou- se o anonimato dos participantes, a privacidade e a confidencialidade dos dados, conforme Resolução do Conselho Nacional de Saúde n.o 466/12. Resultados: Observou-se que a média de idade foi de 50 anos, a maior parte dos entrevistados era do sexo masculino, o diagnóstico de infarto agudo do miocárdio apresentou-se em maior ocorrência. Dos participantes, 70% percebiam-se capazes de retornar ao trabalho. Evidenciou-se que o principal fator para a retomada das atividades laborais, de acordo com o significado que o trabalho representava para cada pessoa, foi a sua autorreferência. Conclusão: O presente estudo buscou compreender a percepção de pacientes-trabalhadores com doenças cardiovasculares acerca da sua capacidade para o retorno ao trabalho no intuito de servir de ferramenta para o desenvolvimento de estratégias de saúde que visem à recuperação/manutenção da saúde desses trabalhadores.
- ItemAs vítimas de violência física atendidas pelo SAMU e as redes de atenção a saúde em um município do sul do Brasil(2019) Santos, Fernanda Pires Freire dos; Rocha, Laurelize PereiraIntrodução: O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência está inserido na Rede de Atenção à Saúde e geralmente é o primeiro a realizar o atendimento a vítima de violência física. Este estudo tem como objetivos: analisar as características do atendimento às vítimas de violência física, a partir dos boletins realizados pelas equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgências em município no sul do Brasil; e, Conhecer a assistência às vítimas de violência física e o funcionamento da Rede de Atenção à Saúde, a partir do trabalho das enfermeiras, em Unidades Básicas de Saúde e Unidades Saúde da Família. Metodologia: a pesquisa foi realizada em duas etapas. A primeira, analítica, retrospectiva, documental e de abordagem quantitativa analisando os boletins de atendimento do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência no período entre 2013 a 2017. Fizeram parte da amostra 1.201 boletins de atendimento. A coleta ocorreu de outubro a dezembro de 2018, por meio de um instrumento estruturado. Os dados foram analisados no software Statistical Package for the Social Sciences versão 21, mediante estatística descritiva simples, Teste Kruskal Wallis e Teste Qui- Quadrado. A segunda etapa constituiu-se de pesquisa analítica, exploratória e de abordagem qualitativa, na qual foram efetuadas entrevistas semiestruturadas com 14 enfermeiras das Unidades Básicas de Saúde e Unidades Básicas de Saúde da Família, dos bairros com maior índice de atendimento pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência as vítimas de violência física. Resultados: Os resultados foram apresentados em dois artigos: ―Os atendimentos do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência às vítimas de violência física.‖ e ―Enfermeiras e a Rede de Atenção à Saúde na assistência as vítimas de violência física‖. No primeiro artigo foi possível identificar maior frequência de violência física entre homens de 18 a 25 anos, vítimas de agressão. Constatou-se diferenças significativas entre os tipos de violência e faixa etária (p=0,000) e entre o tipo de violência e segmento corporal atingido (p=0,000). Constatou-se associação significativa entre as condutas adotadas pelas equipes e os tipos de violência sofridos pelas vítimas (p=0,000). O segundo artigo evidenciou que a maioria das enfermeiras desconheciam os índices de violência que ocorrem nos bairros em que trabalham. O uso de drogas foi elencado como fator predisponentes de violência física. As enfermeiras não reconhecem o funcionamento da Rede de Atenção a Saúde, assim como, os serviços de apoio da comunidade. A educação em saúde foi reconhecida como uma forma de reduzir índices de violência física, porém não há ações nas unidades com essa finalidade. Conclusões: Ao caracterizar os atendimentos realizados pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência às vítimas de violência física foi possível concluir que a maioria dos enfermeiros desconhecem os índices dos casos de violência física que ocorrem nos bairros em que trabalham, gerando angústia e medo em relação aos impactos na assistência prestada, o que leva a necessidade de esclarecimento destes profissionais sobre a temática, bem como quanto ao funcionamento da Rede de Atenção à Saúde.
- ItemA judicialização da saúde no Município do Rio Grande(2019) Alves, Bianca Rocha; Barlem, Edison Luiz DevosCom o advento da Constituição Federal em 1988, o direito à saúde foi inserido no rol dos direitos sociais, ficando garantido a todos os brasileiros. Porém, nem sempre o Sistema Único de Saúde consegue solucionar todas as solicitações que recebe. Essa deficiência de atendimento deu origem a um fenômeno chamado de judicialização da saúde. Trata-se de pleitear na justiça direitos relativos à saúde, garantidos pela Carta Magna. A judicialização da saúde começou a ganhar espaço na década de 1990 e passou a ser amplamente discutida nos anos 2000. Este estudo objetivou analisar o teor dos acórdãos do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul de processos envolvendo o direito à saúde, oriundos do município do Rio Grande, no estado do Rio Grande do Sul e analisar o impacto da judicialização nos serviços de saúde na perspectiva dos gestores de saúde do município. Para alcançar o objetivo proposto, foi desenvolvida pesquisa de abordagem múltipla. A pesquisa quantitativa se desenvolveu de forma documental com análise estatística de acórdãos que versavam sobre direito à saúde do município do Rio Grande, que foram julgadas pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, no período de 01 de janeiro a 31 de dezembro de 2018, oriundos da Comarca do Rio Grande. A abordagem quantitativa desenvolveu-se por meio de elementos da análise descritiva e foi efetuada no período de maio a julho de 2019 no sítio do Tribunal de Justiça/RS. O projeto foi encaminhado para aprovação no Comitê de Pesquisa da Escola de Enfermagem e ao Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande para avaliação e aprovação. Após aprovação, foram iniciadas as coletas de dados. A coleta ocorreu em três momentos: a) partir de revisão de literatura acerca do direito constitucional à saúde e sua judicialização; b) através de estudo documental e análise dos acórdãos emitidos pelo Judiciário a partir das demandas judiciais em saúde no município de Rio Grande no ano de 2018 e c) a partir de entrevistas com os gestores de saúde acerca dos impactos da judicialização da saúde. A análise de dados se deu com a análise documental dos acórdãos, com o objetivo de traçar o perfil das ações protocoladas no município envolvendo saúde e a judicialização. Em um segundo momento os dados foram obtidos após as entrevistas com os gestores de saúde municipais. Os dados foram analisados a partir da estatística descritiva seu conteúdo foi organizado na produção de metatexto, em que possibilitou-se a descrição e interpretação dos sentidos e significados construídos. A abordagem qualitativa foi realizada através de análise textual discursiva, a partir de entrevistas com roteiro semiestruturado com os gestores de saúde do município do Rio Grande, realizadas nos meses de agosto, setembro e outubro de 2019. A pesquisa respeitou todos os aspectos éticos da Resolução N° 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde que regulamenta a pesquisa envolvendo seres humanos. Verificou-se que, uma vez que há falta de argumento técnico dos entes governamentais, todas as solicitações dos réus foram atendidas. Assim, o Poder Judiciário posicionou-se positivamente em relação às demandas judiciais julgadas pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, facilitando a entrada dos usuários no Sistema de Saúde. Os medicamentos foram os itens mais solicitados em saúde no ano de 2018 nos acórdãos analisados, representando 69,44%. Em um segundo momento, Emergiram três categorias: a escassez de recursos, a cultura da judicialização para priorização do atendimento e o sofrimento moral dos profissionais da saúde, que refletem as alterações que a judicialização da saúde traz para a gestão em saúde. Com o trabalho foi possível traçar o perfil das ações envolvendo a judicialização da saúde no município e analisar o impacto da judicialização nos serviços de saúde no município na perspectiva dos gestores de saúde.
- ItemA Simulação em Saúde para a Construção do Conhecimento acerca da Segurança do Paciente na Administração de Medicamentos(2019) Nunes, Karen Oliveira; Mello, Marlise Capa Verde Almeida deA simulação é um método que vem sendo aplicado na educação em Enfermagem, pois desenvolve habilidades de raciocínio e pensamento crítico, busca reproduzir a realidade, integrando teoria e prática. Apesar de haver todo um avanço tecnológico nos laboratórios de ensino, percebe-se que alguns estudantes vão para a prática despreparados, o que pode interferir na segurança do paciente, vista como primordial para uma assistência de qualidade e um cuidado livre de danos. Assim, destaca-se a simulação em saúde na administração de medicamentos, cujo erro na prática, amplia a importância de que o estudante de enfermagem tenha conhecimento das habilidades inerentes, visto que é uma das primeiras práticas ensinadas em laboratório. Frente a essa realidade, o estudo visou investigar a contribuição da simulação em saúde para a construção do conhecimento acerca da segurança do paciente na administração de medicamentos, segundo acadêmicos de enfermagem. Trata-se de um estudo exploratório e descritivo, de caráter qualitativo, realizado em uma universidade pública do Sul do Rio Grande do Sul. Foram incluídos na pesquisa os acadêmicos matriculados no curso de enfermagem que estivessem cursando o último ano de graduação. Já os acadêmicos afastados por motivo de doença, licença maternidade ou que tivessem trancado a matricula junto ao curso, foram excluídos da amostra. A pesquisa foi realizada com 31 acadêmicos, sendo que o estudo contou com uma perda. A coleta dos dados ocorreu de outubro a novembro de 2019, por meio de entrevista gravada, com a utilização de um instrumento, semiestruturado, composto por questões fechadas e abertas. Os dados do estudo foram analisados pela técnica de análise de conteúdo. Este estudo seguiu os critérios estabelecidos na Resolução CONEP 510/2016, sendo aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa, da Universidade que está vinculado, sob o parecer de aprovação número 3.669. 484/2019. Os resultados foram apresentados sob a forma de dois artigos: “Simulação em saúde e erro de medicação sob a ótica dos acadêmicos de enfermagem” e “Percepção dos acadêmicos de enfermagem sobre práticas de simulação em saúde no processo de medicação”. No primeiro artigo, destacou-se que o conhecimento sobre o erro de medicação está fundamentalmente voltado aos erros de prescrição, bem como os ‘cinco certos’ foram o cuidado mais praticado em simulação em saúde com vistas ao cuidado de enfermagem para a promoção da segurança do paciente. No segundo artigo, constatou-se que os acadêmicos apresentaram boas experiências em seus primeiros contatos com a simulação em saúde, especialmente por que esta associa teoria e prática. Desta forma, o estudo conclui que é necessário abordar de forma mais enfática os erros de medicação, destacando sua importância para a saúde pública, bem como os danos que podem causar aos pacientes e como preveni-los, e visualiza a simulação em saúde como estratégia efetiva e bem aceita pelos acadêmicos para o aprendizado e desenvolvimento de práticas cada vez mais seguras, com foco na segurança do paciente.
- ItemCultura de segurança do paciente na formação dos estudantes de graduação em enfermagem e medicina(2019) Neutzling, Bruna Ruoso da Silva; Tomaschewski-Barlem, Jamila GeriEntre as estratégias para redução de erros e eventos adversos nos ambientes de cuidado à saúde, está a inclusão transversal do tema segurança do paciente na formação de estudantes de graduação em enfermagem e medicina, além do reconhecimento e fortalecimento da cultura de segurança no ambiente de formação. Nessa perspectiva, atualmente, existe uma escassez de estudos e instrumentos a respeito da cultura de segurança na formação dos estudantes de enfermagem e medicina, uma vez que estes têm se concentrado majoritariamente na área hospitalar com os profissionais, fato esse que demonstra a necessidade em difundir esse tema no ensino, com vistas à construção de saberes em prol da cultura de segurança. Tem-se como objetivos: elaborar e validar um instrumento que permita analisar a cultura de segurança do paciente na formação de estudantes de graduação em enfermagem e medicina; analisar a cultura de segurança do paciente na formação de estudantes em graduação de enfermagem e medicina. A metodologia do estudo foi composta por duas etapas: metodológica e quantitativa. O estudo metodológico seguiu as oito etapas do autor Robert F. DeVellis para a elaboração de escalas. Para a validação do constructo, foram realizados dois testes estatísticos: a análise fatorial e o alfa de Cronbach. O estudo quantitativo, do tipo analítico, de delineamento transversal, foi desenvolvido com 101 estudantes de graduação em enfermagem e 134 de medicina de uma Universidade Pública do Sul do Brasil. A coleta dos dados foi realizada por meio da aplicação da “Escala de cultura de segurança do paciente para estudantes de enfermagem e medicina”, elaborada e validada na etapa metodológica. Os dados foram analisados por meio de estatística descritiva e inferencial. Obteve-se aprovação do Comitê de Ética e Pesquisa na Área da Saúde sob parecer no 254/2018. Como resultados, obteve-se a “Escala de cultura de segurança do paciente para estudantes de enfermagem e medicina”, a qual apresentou 29 itens na versão validada, divididos em três constructos: desenvolvimento de competências para a segurança do paciente; estratégias para o fortalecimento da cultura de segurança; e gerenciamento do erro; além de uma questão geral. O alfa de cronbach da escala foi de 0, 952. Mediante validade de face, conteúdo e constructo, a escala foi considerada válida e confiável para utilização no contexto brasileiro com estudantes de enfermagem e medicina. A análise descritiva permitiu verificar que, de forma geral, os estudantes do curso de graduação em enfermagem consideram como boa a cultura de segurança do paciente no seu ambiente de formação, enquanto os estudantes do curso de graduação em medicina entendem a cultura de segurança do paciente como ruim no seu ambiente de formação. Os estudantes de enfermagem apresentaram maiores médias nos três constructos: desenvolvimento de competências para a segurança do paciente; estratégias para o fortalecimento da cultura de segurança e gerenciamento do erro. Espera-se que esse estudo contribua para o estabelecimento e fortalecimento da cultura de segurança do paciente no processo de formação dos estudantes de medicina e enfermagem, priorizando uma assistência em saúde mais segura.
- ItemPerfil da sífilis gestacional e congênita no município do Rio Grande(2019) Guerra, Prycilla Albuquerque de Resende; Gomes, Giovana CalcagnoA Sífilis Congênita permanece um grande desafio à Saúde Pública em muitos países, incluindo no Brasil. O objetivo da pesquisa foi conhecer o perfil da Sífilis Gestacional e Congênita no município do Rio Grande. Realizou-se no período de junho a setembro do ano de 2019 um estudo de abordagem quantitativa do tipo descritivo e transversal. A amostra foi composta por 67 casos de sífilis em gestantes diagnosticados, através do teste rápido para sífilis nas Unidades Básicas de Saúde e Unidades de Estratégia de Saúde da Família do ano de 2018 e por 89 casos de sífilis congênita diagnosticados por meio de teste não treponêmico reagente nos Hospitais do município de Rio Grande, Rio Grande do Sul, do ano de 2018. A coleta de dados deu-se nos prontuários das gestantes e dos recém-nascidos por meio de dois instrumentos. Foi utilizado o software estatístico Statistical Package for Social Science versão 24.0 para organização dos dados. Esses receberam tratamento estatístico descritivo, sendo apresentados em tabelas. Foram respeitados os aspectos éticos para pesquisa com seres humanos seguindo os preceitos da resolução 466/2012, CAAE: 12658919.2.0000.5324. Em relação à Sífilis Gestacional, 60% das gestantes estavam na faixa etária entre 20 a 34 anos, 33% eram brancas, 36% conviviam com o companheiro, 40% não chegaram ao ensino médio, 66% residiam na zona urbana, 46% estavam na terceira gestação ou mais, 55% iniciaram o pré-natal no primeiro trimestre, 48% foram diagnosticadas no primeiro trimestre de gestação, a Penicilina G. Benzatina 7.200 000UI foi prescrita para 97% das gestantes, sendo o tratamento concluído 30 dias antes do parto em 66% dos casos. Apenas 15% dos parceiros concluíram o tratamento. Nos hospitais, foram analisados 89 prontuários de recém-nascidos e de suas genitoras. A incidência de sífilis congênita foi de 31,4 casos para cada 1000 nascidos vivos, 52% dos recém-nascidos foram do sexo masculino, a média de idade gestacional ao nascimento foi de 39 semanas, 8% nasceram pré-termo, 14% nasceram com baixo peso, não houve óbitos. Todos nasceram assintomáticos, 98% realizaram tratamento para sífilis congênita no hospital e 76% dos tratamentos foram com a Penicilina G. Cristalina. Porém, 91% das suas genitoras tiveram assistência pré- natal, realizando uma média de sete consultas e 42% das genitoras foram consideradas adequadamente tratadas antes do parto. Ao comparar os dados da atenção básica com os dos Hospitais, pelo menos 14 gestantes da atenção básica tiveram seus recém-nascidos tratados para sífilis congênita. Verificou-se a necessidade de melhoria na qualidade da assistência pré-natal, no sentido da busca ativa da gestante e do parceiro para realização do diagnóstico e início precoce do tratamento. É necessária a disponibilização de tecnologias necessárias para diagnóstico, tratamento e controle/seguimento, melhoria na qualidade dos registros e atividades educativas dentro da comunidade relacionadas à sífilis. Espera-se que este trabalho contribua para o planejamento de ações mais eficazes no combate à sífilis congênita.
- ItemPercepção de pessoas com estomias intestinais atendidas em um Serviço de Estomaterapia acerca da qualidade de vida(2019) Silva, Prisciane Cardoso; Gomes, Giovana Calcagno; Oliveira, Stella Minasi deAs pessoas com estomias intestinais podem ter sua qualidade de vida afetada após a estomização. Intervenções de enfermagem podem auxiliar na melhora da qualidade de vida dessas pessoas, pautando-se nas mudanças concretas que a estomia acarreta em suas vidas. Para tanto, é necessário que se conheça as suas necessidades e quais aspectos de sua vida são afetados, por meio de instrumentos de avaliação de qualidade de vida. Objetivou-se conhecer a percepção de pessoas com estomias intestinais atendidas em um serviço de estomaterapia acerca da qualidade de vida. Realizou-se um estudo exploratório e descritivo de abordagem qualitativa. Teve como contexto o Serviço de Estomaterapia de um Hospital Universitário de um município do sul do Brasil. Participaram 26 pessoas com estoma intestinal definitivo ou temporário com 18 anos ou mais. Os dados foram coletados nos meses de outubro a novembro de 2019 no consultório do serviço. Foi aplicado um questionário para coleta de dados sóciodemográficos e clínicos e realizada uma entrevista semiestruturada. Os dados foram submetidos à Análise de Conteúdo. Foram atendidos os preceitos estabelecidos nas resoluções 466/2012 e 510/2016 do Conselho Nacional de Saúde, no que diz respeito aos aspectos éticos que envolvem a pesquisa com seres humanos, recebendo parecer favorável do Comitê de ética em Pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande sob parecer n°253/2019. Como resultado, as pessoas com estomias intestinais referem ter sua qualidade de vida afetada por diversos aspectos como as complicações da estomia e as mudanças nos seus papéis sociais, bem como as alterações emocionais e fisiológicas decorrentes da estomização. Ainda, a equipe de enfermagem tem papel primordial na melhora e manutenção da qualidade de vida dessas pessoas ao realizar os cuidados de forma calorosa e receptiva, fazendo com que as pessoas se sintam respeitadas, acolhidas e protegidas. Espera-se com o estudo construir conhecimento cientifico que auxiliem o enfermeiro a desenvolver ações terapêuticas em enfermagem que melhorem a qualidade de vida e promovam a saúde das pessoas com estomias intestinais e de suas famílias.
- ItemA ocorrência de microrganismos multirresistentes e as atitudes do pessoal de saúde relacionadas à assistência(2019) Oliveira, Suelen Gonçalves de; Rocha, Laurelize PereiraAs Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde são responsáveis pelo aumento considerável nos custos do cuidado, tempo de internação e na taxa de mortalidade. As atitudes dos profissionais de saúde têm influência direta na transmissão dessas infecções, visto que esses são veículos de transmissão. Nesse contexto, esta pesquisa possui como objetivos: analisar a ocorrência de microrganismos multirresistentes em um hospital universitário e conhecer as atitudes da equipe de saúde diante das Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde, na perspectiva dos enfermeiros. A pesquisa foi realizada em duas etapas. A primeira uma pesquisa transversal, por meio de análise documental, retrospectiva. Foram analisados 478 registros da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar, positivos para microrganismos multirresistentes, de maio de 2017 a maio de 2019. Foram excluídos registros ambulatoriais, com menos de 24 horas de internação e em processo de resolução. A coleta de dados foi realizada nos meses de maio e junho de 2019 por instrumento estruturado. Os dados foram analisados pelo Statistical Package for the Social Science por analise descritiva simples e teste de associação conforme normalidade dos dados (p=0,000). Foi adotado p-valor<0,05 como significância estatística em todas as análises. A segunda etapa da pesquisa apresentou caráter qualitativo, exploratório e descritivo. Participaram da pesquisa 35 enfermeiros atuantes há mais de três meses nas Unidade de: Clínica Médica, Tratamento Intensivo Adulto, Clínica Cirúrgica, Serviço de Pronto Atendimento e Unidade de Tratamento Intensivo Neonatal. Foram excluídos enfermeiros afastados por atestados, férias ou licenças de qualquer natureza. Os dados foram coletados nos meses de julho a setembro de 2019, por meio de entrevista individual guiada por instrumento semiestruturado e foram analisados por Analise Textual Discursiva. Os resultados da primeira etapa evidenciaram a média de idade dos pacientes com microrganismos multirresistentes de 51,5 anos (dp±23,02). Houve associação estatisticamente significativa (p=0,000) entre material coletado e microrganismos identificados, sendo a Klebsiella pneumoniae o microrganismo mais frequente, encontrado na urina. O desfecho mais frequente do total de registros foram as altas hospitalares. Os resultados da segunda etapa foram apresentados nas duas categorias: Atitudes favoráveis diante das Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde e Atitudes não favoráveis diante das Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde. Assim, conclui-se que os objetivos propostos foram contemplados. Acredita-se que conhecer a realidade da instituição tanto quanto aos microrganismos multirresistentes presentes no local, assim como as atitudes do pessoal de saúde diante das Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde, favoreça o direcionamento das intervenções necessárias, visto que os resultados dos dois estudos apontam para a necessidade de reforçar e qualificar medidas de prevenção e controle das infecções. Este estudo integra o macroprojeto intitulado “Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde e as atitudes da equipe multiprofissional”, aprovado no Comitê de Ética em Pesquisa local mediante parecer 81/2019 e foram respeitados os princípios éticos, segundo normatização da Resolução 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde.
- ItemO processo de ensino-aprendizagem na perspectiva do acadêmico de enfermagem em uma universidade federal no extremo sul do Brasil(2019) Galvão, Daniela Menezes; Cezar-Vaz, Marta ReginaO ensino pode ser entendido como a relação que o docente estabelece com o conhecimento que é produzido e sistematizado. Ele é composto de três atividades que são desenvolvidas pelo docente: a primeira delas é selecionar um tema que será apresentado aos acadêmicos; a segunda é a organização dessa seleção e a terceira é transmitir aos acadêmicos aquilo que foi selecionado e organizado. Esse processo de ensino precisa fazer sentido para o acadêmico; a nova informação precisa interagir e ancorar-se nos conceitos pré-existentes (subsunçores) e relevantes da estrutura cognitiva do acadêmico. O processo de ensino-aprendizagem visa integrar a teoria e a prática. É uma expectativa tanto para docentes e enfermeiros, quanto para acadêmicos, que devem ser sujeitos ativos do processo de aprendizagem. Nesse momento o acadêmico tem como expectativa se desenvolver no campo de prática, como forma de facilitar sua aprendizagem. O presente trabalho apresenta o pressuposto: O processo de ensino- aprendizagem constrói significativo para os acadêmicos de Enfermagem quando os conteúdos teórico-práticos se estruturam na relação entre acadêmicos e docentes, por meio de seus elementos cognitivos, afetivos e psicossociais. E tem como objetivo geral: Identificar elementos da Teoria da Aprendizagem Significativa no processo ensino-aprendizagem; e objetivos específicos: Identificar a aplicabilidade da Teoria da Aprendizagem Significativa e suas categorias constituintes no processo de ensino-aprendizagem da Enfermagem. Apreender a significação do processo mediador do docente na perspectiva dos acadêmicos no campo teórico prático. Elegeu-se como marco teórico a Teoria da Aprendizagem Significativa de David Ausubel. Para tanto, esta pesquisa dividiu-se em dois momentos metodológicos: revisão integrativa da literatura e uma pesquisa exploratória, descritiva e analítica, de abordagem qualitativa. A revisão integrativa respeitou as seis etapas de desenvolvimento: elaboração da questão de pesquisa, definição dos critérios de inclusão e exclusão e busca na literatura, definição das informações a serem extraídas dos estudos, análise dos dados, interpretação dos resultados e a apresentação da revisão contendo a síntese do conhecimento apreendido. A Revisão de Literatura apresentou 22 artigos que demonstraram a aplicação das categorias da Teoria da Aprendizagem Significativa em diversas disciplinas de várias áreas do conhecimento, o que demonstra que ela pode ser aplicável em qualquer disciplina dos cursos de Enfermagem. No segundo momento foi realizada uma pesquisa com 74 acadêmicos da Escola de Enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande. Os dados foram coletados, por meio de questionários. Para a análise dos dados utilizou-se a Teoria Fundamentada nos Dados, com auxílio do Software NVIVO para a categorização dos mesmos. Foi possível identificar através da percepção dos acadêmicos algumas características importantes e que tornam o processo ensino-aprendizagem significativo, a partir da relação que é construída com o docente nesse ambiente teórico prático.
