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SANTOS, Carlos Figueiredo dos. Movimentos sindicais e a terceirização: a importância (e a necessidade) da defesa dos direitos dos trabalhadores terceirizados. 2015. 59 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Direito) - Curso de Direito, Faculdade de Direito, Universidade Federal do Rio Grande, Rio Grande, 2015. |
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O presente trabalho visa abordar a necessidade e a importância dos
trabalhadores terceirizados terem uma participação maior dentro da vida sindical,
bem como que ocorra uma união entre sindicatos e terceirizados buscando reverter
o cenário precarizador das relações de trabalho impostas pelos contratos trilaterais
de trabalho.
Para isto, o trabalho foi dividido em três momentos distintos, iniciando-se
pela análise da terceirização, partindo de seu nascimento no neoliberalismo, mais
especificamente no fordismo, e posteriormente no toyotismo, ou ohnismo. Nesse
momento também é tratado sobre a acumulação flexível, e como funciona esse novo
método, utilizando-se dos ganhos da flexibilização do trabalho para promover um
acúmulo maior de capital para as empresas tomadoras de serviço. Como final da
análise sobre terceirização, é abordada a sua existência dentro da estrutura
normativa do direito brasileiro, abordando sua construção, iniciando dos contratos de
empreitada, regulados pela CLT, passando pelo trabalho temporário, às súmulas
256 e 331 do TST, e os projetos de lei 4.330/2004, aprovada como a Lei da
Terceirização, e a PL 1.621/2007.
Após, passando para a análise do sindicalismo, faz-se um estudo sobre a
história dos sindicatos em nível internacional, analisando seu início durante a
revolução industrial inglesa, e posteriormente com a consolidação e divisão das
ideias de luta sindical, e sua evolução e nacional, de início tardio, dando destaque
para o governo getulista e a criação da CLT e do peleguismo, assim como a
participação dos sindicatos na ditadura militar e o novo sindicalismo, iniciado na
década de 90. Em seguida é visto sobre a crise do sindicalismo, tratando da nova
estrutura imposta pelo neoliberalismo, passando pela dessindicalização e pela
derrocada do sindicalismo de esquerda, que perdeu forças após o período de
bipolarização mundial. Finalizando com a retomada dos sindicatos como importantes
movimentos sociais, bem como o surgimento do novo sindicalismo, demonstrando o
afastamento da crise com o aumento crescente do número de greves e
reinvindicações feitos pelos trabalhadores.
No terceiro e último momento, é feita a análise da convergência entre o
sindicalismo e a terceirização. É abordada a posição de duas vertentes sindicais
brasileira: a CUT representando os movimentos mais ligados a esquerda, sendo
colocada como um modelo combativo de sindicato e a Força Sindical como
movimento mais ameno, adotando o estilo conciliatório de sindicalismo,
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apresentando documentos que expressam opiniões dos dois entes sobre a
terceirização. Passando para a análise de casos apresentados por Paula Marcelino
sobre o Sindicato da Construção Civil de Paulínia e o Sindicato dos Comerciários, é
desenvolvido um paralelo entre o que seria uma ideia de sindicato ligado aos
terceirizados, no caso da Construção Civil, e outro que não possui participação ativa,
que é o caso do Sindicato dos Comerciários. Encerrando a última parte do trabalho,
é abordada a relação entre sindicatos e os direitos humanos, abordando o
pluralismo na qual estão inseridos os movimentos sindicais e a ofensa a direitos
inerentes dos trabalhadores, ao passo que a flexibilização traz consigo a diminuição
dos direitos trabalhistas e econômicos, reforçando assim a importância da defesa
dessa classe de trabalhadores. |
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