Transtornos Mentais Comuns e aspectos psicossociais em universitários do sul do Brasil

Abstract

Os transtornos mentais caracterizam-se como um dos principais fatores responsáveis pelo aumento da morbimortalidade em nível global, principalmente devido à natureza crônica e incapacitante da depressão e outros transtornos mentais comuns (TMC). No entanto, o tratamento dos TMC é um desafio. Nesse sentido, o presente trabalho pretende contribuir com dados acerca da prevalência dos TMC e associação com aspectos psicossociais em estudantes de uma universidade de Santo Ângelo – RS. A amostra foi composta por um total de 246 alunos. A prevalência de TMC na amostra foi de 40%, resultado semelhante a outros estudos. Os fatores associados à presença de TMC foram: gênero, insatisfação com o curso, dificuldade em fazer amigos ou sentir-se rejeitado por eles, percepção de pouco apoio emocional. Outro fator relevante foi o não recebimento de atendimento em saúde mental, que compõe 88,8% dos sujeitos com TMC. Esses resultados mostram que podem ser desenvolvidas estratégias de prevenção e tratamento de saúde mental em ambiente acadêmico. O presente trabalho demonstrou a presença de TMC em uma população universitária e variáveis associadas.

Mental disorders are characterized as one of the main factors responsible for the increase in morbidity and mortality at the global level, mainly due to the chronic and incapacitating nature of depression and other common mental disorders (CMD). However, treating CMD is a challenge. In this sense, the present work intends to contribute with data about the prevalence of CMD and association with psychosocial aspects in students of a university of Santo Ângelo - RS. The sample consisted of a total of 246 students. The prevalence of CMD in the sample was 40%, similar to other studies. The factors associated with the presence of CMD were: gender, dissatisfaction with the course, difficulty in making friends or feeling rejected by them, perception of little emotional support. Another relevant factor was the non-receipt of mental health care, which makes up 88.8% of subjects with CMD. These results show that mental health prevention and treatment strategies can be developed in an academic setting. The present study demonstrated the presence of CMD in a university population and associated variables.