IE – Doutorado em Educação em Ciências: Química da Vida e Saúde (Teses)
URI permanente para esta coleçãohttps://rihomolog.furg.br/handle/1/2338
Navegar
4 resultados
Resultados da Pesquisa
- ItemCurrículos de Matemática nos anos iniciais do Ensino Fundamental frente a reforma proposta pela Base Nacional Comum Curricular(2020) Freitas, Fabrício Monte; Silva, João Alberto daA Base Nacional Comum Curricular - BNCC, aprovada como lei no derradeiro final de dezembro de 2017, traz consigo a ideia de uma reforma curricular balizadora e norteadora do que deve ser trabalhado e discutido em cada componente curricular nas escolas de Ensino Fundamental. Ao analisar os níveis de currículo – na perspectiva de Sacristán – e os discursos pedagógicos, as traduções e as recontextualizações – segundo Bernstein –, buscou-se responder a pergunta de como se dá a produção de discursos e de currículos de Matemática nos anos iniciais do Ensino Fundamental frente à nova Base Nacional Comum Curricular – BNCC. Para responder a essa questão traçou-se como objetivo articular os processos de recontextualização dos currículos de Matemática a partir da BNCC para problematizar as possibilidade de contextualização com a realidade local. Além disso, teve-se como objetivos específicos: a) analisar as diretrizes e as regras distributivas previstas na BNCC; b) debater as particularidades das competências de Matemática no Ensino Fundamental previstas na BNCC; e, c) comparar os currículos de Matemática nos anos iniciais estabelecidos pela BNCC e o Referencial Curricular Gaúcho – RCG com o intuito de perceber recontextualizações no âmbito regional. A metodologia da pesquisa é qualitativa, de caráter descritivo e interpretativo. Além disso, trata-se de uma Pesquisa Documental na qual a BNCC e o RCG foram fonte de dados. Ao serem analisados os documentos pode-se concluir que a Matemática é uma área de conhecimento que sofre pequena recontextualização diante da reforma curricular proposta pela BNCC e pelo RCG, haja vista que as práticas cotidianas da sala de aula são fundamentadas na realidade específica e no espaço/tempo singular do grupo de alunos e professores, o que se distancia do discurso pedagógico oficial sustentado em processos que pouco dialogam com os contextos locais e aspectos subjetivos e particulares do ensinar. Pode-se dizer, ainda, que a articulação dos processos de recontextualização dos currículos de Matemática, a partir da BNCC, para problematizar as possibilidades de contextualização com a realidade local é desacreditada quando as habilidades a serem desenvolvidas não são recontextualizadas. Além disso, conclui-se que os documentos que norteiam os currículos escolares se tornam articuladores no processo de responsabilização dos professores quanto aos resultados obtidos pelos estudantes.
- ItemNascimento e evolução da disciplina de Física no Ensino Secundário brasileiro: uma análise a partir da teoria de David Layton(2017) Buss, Cristiano da Silva; Mackedanz, Luiz FernandoEste texto apresenta uma pesquisa que analisou a gênese e a evolução da disciplina de Física no Brasil à luz da teoria de David Layton. A partir de uma investigação qualitativa, foram levantados aspectos que deram subsídios para o entendimento do modo como tal disciplina surgiu e tomou espaço no currículo secundário nacional. O trabalho foi amparado numa metodologia de pesquisa bibliográfica que analisou livros, artigos, teses e dissertações. Além disso, o exame de documentos relativos as legislações educacionais auxiliaram a estruturação e escrita da história da disciplina de Física em nosso país. Todos os acontecimentos que possibilitaram o seu nascimento e desenvolvimento foram considerados a partir da teoria de David Layton. Este autor prevê que o movimento histórico de uma disciplina ocorre em três etapas, indo desde um princípio mais utilitarista e de interesse às resoluções de problemas imediatos de estudantes, passando por um processo de afirmação até o momento em que a disciplina, já estabilizada, aproxima-se das características das cadeiras universitárias. Os resultados da pesquisa mostraram que as contingências históricas da disciplina de Física no Brasil são muito particulares e não podem ser descritas em uma teoria geral.
- ItemEntre sonhos e realidades: a auto-eco-formação interdisciplinar de professores em Ciências da Natureza(2017) Araújo, Rafaele Rodrigues de; Tauchen, Gionara; Heckler, ValmirA organização dos processos de formação de professores, na perspectiva interdisciplinar, vem produzindo discussões nos meios de ensino e na pesquisa científica. Esse movimento ocorre no campo epistemológico e pedagógico, desde o currículo dos cursos de licenciatura até as ações e atividades propostas para a formação dos estudantes. Nesse sentido, a pesquisa teve por objetivo geral investigar e compreender como se constituem os lugares e oportunidades de formação interdisciplinar experienciadas por estudantes de um curso de Licenciatura em Ciências da Natureza. Para isso, iniciamos a pesquisa investigando o estado do conhecimento das pesquisas sobre formação inicial de professores em Ciências da Natureza. Posteriormente, analisamos o programa e as estratégias previstas na organização curricular do curso de Licenciatura em Ciências da Natureza da Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA) do Campus Dom Pedrito. E, por fim, buscamos compreender, a partir da perspectiva dos estudantes do referido curso, os lugares e as oportunidades de formação interdisciplinar experienciadas pelos mesmos. A pesquisa organizada por artigos foi epistemológica e metodologicamente orientada pelos princípios do pensamento complexo. A produção das informações e as análises envolveram métodos diferenciados, sendo estes: Análise de Conteúdo, Hermenêutica e Análise Textual Discursiva. Os resultados da pesquisa nos mostram que a formação de professores em Ciências da Natureza é dependente das interações decorrentes desse processo e da atitude dos sujeitos envolvidos em querer ser, pensar e fazer interdisciplinar. Nesse processo atitudinal o currículo é assumido como programa/estratégia, possibilitando uma formação auto-eco-organizadora. Além disso, destacamos que os lugares de formação interdisciplinar são constituídos nas interações diversificadas, nas estratégicas e da ação ecologizada da prática docente, por um currículo dialógico disciplinar/interdisciplinar, que desafia os estudantes a um pensamento transdisciplinar. Com base nessas compreensões, comunicamos a emergência da tese: Os lugares e as oportunidades de formação interdisciplinar em Ciências da Natureza, auto-eco-organizam-se na ação ecologizada da prática docente dos sujeitos, por meio de um currículo dialógico disciplinar/interdisciplinar, que os desafia ao pensamento transdisciplinar. Dessa forma, ressaltamos o movimento recursivo de formação, entre sujeitos e seus pensamentos, como nesse processo de interação com o objeto que se mostra por intermédio do currículo e na ação realizada pelos estudantes nesse processo de auto-eco-formação.
- ItemA construção do currículo interdisciplinar: da regeneração dos princípios ao fortalecimento da formação dos professores(2016) Alvarenga, André Martins; Tauchen, GionaraOs currículos dos cursos de licenciatura são, em geral, organizados de maneira disciplinar, mas a educação necessita de docentes que, além de possuírem saberes científicos específicos, tenham também uma visão de mundo ampliada e com condições de integrar diferentes áreas do conhecimento. Neste sentido, o objetivo geral desta tese foi investigar o processo de organização curricular do curso de Licenciatura em Ciências Exatas (LCE), da Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA), identificando e compreendendo os processos interdisciplinares de inovação curricular. Sendo assim, inicialmente, mapeamos a organização curricular das Licenciaturas da área das Ciências Exatas e da Terra, de instituições brasileiras, e analisamos como estão contemplando os conteúdos referentes à formação interdisciplinar na organização dos componentes curriculares que integram seus currículos. No segundo movimento da pesquisa, analisamos o processo de construção do currículo da LCE, da UNIPAMPA, e as implicações na formação dos professores envolvidos nessa construção. Em seguida, investigamos e compreendemos as organizações propostas no âmbito da reestruturação curricular da LCE, da UNIPAMPA, que potencializaram a construção de estratégias interdisciplinares, e analisamos as possíveis contribuições decorrentes para a formação dos professores. E, por fim, discutimos possibilidades para a organização dos currículos dos cursos de licenciatura. Neste sentido, organizamos a tese por meio de Métodos Mistos. O conjunto da tese foi estruturado em 4 artigos, correspondendo aos objetivos da pesquisa. Cada artigo possui instrumentos de produção e de análise dos dados diferenciados: Análise de Conteúdo, Análise Textual Discursiva – ATD e Hermenêutica. Como resultados da pesquisa, destacamos que, ao se propor atividades/cursos interdisciplinares, que sejam valorizadas as trajetórias acadêmicas e as áreas dos docentes envolvidos nesta construção; sejam respeitadas, mas problematizadas as resistências e compreensões individuais e do grupo; as políticas nacionais preocupem-se em elaborar diretrizes que orientem a construção de licenciaturas interdisciplinares; sejam pensados mais cursos com estruturas curriculares inovadoras, integrados, interdisciplinares, com diferentes percursos formativos. A partir deste estudo, concluímos também que práticas pedagógicas inseridas em componentes curriculares, estágios desde o início do curso, disciplinas como Integração das Ciências e diferentes licenciaturas integradas em uma única licenciatura, envolvem estratégias que potencializam a interdisciplinaridade e, desse modo, podem contribuir com a formação dos professores na perspectiva da reintegração de saberes. Sugerimos também que a organização curricular disciplinar, que é pautada na lógica clássica aristotélica, seja tensionada para a construção de um currículo transdisciplinar orientado pelo princípio da dialógica. Por fim, expressamos a tese decorrente deste estudo: a (re)construção e o desenvolvimento dos currículos interdisciplinares demanda princípios orientadores que potencializem o tensionamento das concepções e dos fundamentos que os docentes construíram durante as suas trajetórias acadêmicas. Por isso, a colaboração, a dialógica e as interações são princípios que potencializam a construção de currículos interdisciplinares e transdisciplinares, bem como a auto-eco-formação permanente dos docentes em seus contextos de atuação.
