Universidade
Federal do Rio Grande
  • Alto contraste


 

EENF - Escola de Enfermagem

URI permanente desta comunidadehttps://rihomolog.furg.br/handle/1/997

Navegar

Resultados da Pesquisa

Agora exibindo 1 - 10 de 67
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Comunicação entre profissionais da saúde e pessoas idosas na Atenção Básica: estratégias para o Letramento Funcional em Saúde
    (2023) Lima, Juliana Piveta de; Barlem, Jamila Geri Tomaschewski; Abreu, Daiane Porto Gautério
    Os profissionais da saúde são responsáveis pelo fornecimento de informações e cuidados diretos aos pacientes e precisam ser capacitados a respeito das técnicas de comunicação, da importância de saber identificar pacientes com baixo Letramento Funcional em Saúde além de conhecer as especificidades na comunicação com pessoas idosas. Têm-se como objetivos: conhecer o perfil de atendimento e como ocorre a comunicação dos profissionais da saúde da atenção básica com pessoas idosas com limitado ou inadequado Letramento Funcional em Saúde; identificar a percepção das pessoas idosas com limitado ou inadequado Letramento Funcional em Saúde acerca da forma como as informações são comunicadas pelos profissionais da saúde da atenção básica; elaborar, em conjunto com os profissionais da atenção básica, a partir das dificuldades referidas pelas pessoas idosas, estratégias de comunicação a serem utilizadas a fim de melhorar a compreensão das informações em saúde e o Letramento Funcional em Saúde. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, exploratória e descritiva realizada no município de São José do Norte-RS, nas sete unidades da Estratégia de Saúde da Família do município. Participaram do estudo profissionais da saúde e pessoas idosas das unidades de saúde do município de São José do Norte-RS. A coleta de dados ocorreu de abril a julho de 2022. A análise ocorreu por meio do método de análise textual discursiva. Foram respeitados os aspectos éticos conforme legislação. Os resultados e discussões foram apresentados através de três manuscritos, em formato de artigo. Diante dos resultados conclui-se que, as estratégias de comunicação utilizadas pelos profissionais da saúde da atenção básica influenciam na compreensão das informações em saúde de pessoas idosas com baixo letramento funcional em saúde, por isso os profissionais da saúde que são provedores de conhecimento precisam aprimorar e se informar a respeito das estratégias de comunicação que devem ser utilizadas para facilitar a compreensão das informações em saúde, principalmente de pessoas idosas com baixo Letramento Funcional em Saúde.
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Formação do técnico de enfermagem no contexto sociodemográfico da região sul do Rio Grande do Sul com ênfase na saúde da pessoa idosa
    (2019) Silva, Carla Regina André; Pelzer, Marlene Teda
    No Brasil, a Enfermagem é uma profissão constituída por três categorias profissionais que atuam em equipe que são auxiliares, técnicos de enfermagem e enfermeiros. A essência desta profissão é prestar o cuidado de Enfermagem à população nas suas necessidades de saúde de forma integralizada. Este estudo objetivou conhecer as competências e habilidades que estão sendo desenvolvidas na formação profissional formal dos Cursos Técnicos de Enfermagem da Região Sul do RS e suas prováveis inter-relações com o contexto sociodemográfico da região, destacando a saúde da pessoa idosa. Subsidia a tese, o entendimento que o conhecimento das competências profissionais desenvolvidas na formação formal dos Técnicos de Enfermagem e de suas inter-relações com o contexto sociodemográfico regional destacando a saúde da pessoa idosa, pode contribuir para atualizar os currículos escolares destes e de outros cursos da mesma área, contemplando as necessidades do mundo do trabalho e demandas sociais de saúde regionais e nacionais. O referencial teórico é baseado nas percepções de Perrenoud sobre desenvolvimento de competências profissionais nos processos formativos e suas implicações no saber “fazer” e no saber “ser”. A metodologia seguida foi abordagem qualitativa, de natureza exploratória e caráter descritivo. O desenvolvimento da pesquisa ocorreu em quatro dos sete Cursos Técnicos de Enfermagem reconhecidos e ofertados regularmente por instituições públicas e/ou particulares na Região Sul do Rio Grande do Sul. Os participantes do estudo foram os discentes e docentes dos cursos. A coleta de dados contemplou a análise documental (Plano de Desenvolvimento institucional, Projeto Político-Pedagógico), aplicação de instrumento semiestruturado a cinco docentes e 64 discentes. Os dados foram tratados pelo método de análise de conteúdo de Bardin. Em relação aos aspectos éticos respeitou-se a Resolução 466/2012. Os resultados obtidos foram que as características dos cursos são semelhantes, a duração varia entre dois anos a dois anos e meio, porem todos os cursos são organizados em quatro módulos ou blocos, cujas aulas são integralmente presenciais, e a carga horária média é de 1.765 horas totais; distribuída em aulas teóricas, práticas e estágios e atendem as especificações exigidas pelo Catálogo Nacional de Cursos Técnicos e pelo COFEn. São realizados estágio em rede básica de saúde e hospitais, entre outros espaços de produção de saúde que compreendem o exercício profissional. Quanto aos discentes, a idade média encontrada foi de 27 anos, predominando o público feminino, solteiro, com aproximadamente de 3 filhos. A maioria dos futuros TE demonstrou a intenção de realizar graduação em enfermagem. Assim, pode-se dizer que a enfermagem é uma profissão em ascensão, por ter mercado de trabalho e pessoas interessadas em exercer a profissão em suas diferentes categorias. O tempo de exercício profissional na docência foi em torno de 18,5 anos, a maior atua exclusivamente na docência e todos os entrevistados têm formação além da graduação. O processo de formação está ocorrendo por meio do desenvolvimento de competências e os achados relacionam-se com a teoria adotada, sendo a educação entendida como um processo social de transformação do indivíduo e do mundo, o aluno é o sujeito da própria história, o ensino com significado para a vida. As competências profissionais especificas estão voltadas a formar profissionais capazes de relacionar os conhecimentos teóricos, teórico-práticos e práticos, promover reflexões sobre o papel do TE no contexto profissional e social como estratégia para soluções de problemas relacionada à prática profissional e supere as demandas do mercado de trabalho. Há relação do compromisso institucional do processo formativo com o contexto sociodemográfico regional, mas no que tange a saúde da pessoa idosa a menção a este assunto é discreta, ficando diluída nas entrelinhas dos textos, favorecendo uma vulnerabilidade deste compromisso. Nos Planos de curso, não há descrição de disciplinas ou de conteúdo específicos direcionados a este público, fato que pode vir a comprometer o desenvolvimento de competências no decorrer do processo formativo dos TE. As falas dos docentes e dos discentes confirmam o constatado na análise documental sobre o assunto saúde da pessoa idosa. Percebe-se que ainda há uma fragilidade na formação dos TE para que estes desenvolvam, com maior propriedade, competências que aprimorem sua atuação no âmbito da saúde da pessoa idosa, com mais foco no envelhecimento ativo e com qualidade de vida. Embora seja indicado nos documentos que norteiam as Políticas Públicas da Pessoa Idosa, que conste nas grades curriculares e documentos norteadores dos cursos de formação profissional na área da saúde a existência de disciplinas e ou conteúdo que abordem o tema, esta lacuna ainda está presente.
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Cuidados Paliativos domiciliares à pessoa idosa com câncer
    (2021) Sousa, José Ismar dos Santos; Silva, Bárbara Tarouco da
    Com o aumento do número de pessoas idosas ocorre também o surgimento dos problemas de saúde derivados das doenças crônicas, o que pode levar à necessidade de cuidados paliativos. Sabe-se que a maioria dos cuidados ofertados ao paciente no Brasil é realizado pelos familiares e esses costumam apresentar um aumento de sobrecarga física, emocional, social e existencial. Nesse sentido, cabe destacar a necessidade da equipe multiprofissional para atender as demandas de cuidado tanto do paciente quanto da família que vivencia o processo de doença. Assim, o presente estudo tem como objetivo geral conhecer os cuidados paliativos prestados às pessoas idosas com câncer vinculadas a um serviço de atenção domiciliar de um hospital universitário da região sul do Rio Grande do Sul, cuidadas por sua família e pela equipe de saúde. Especificamente, pretende descrever o preparo da família para cuidar de pessoas idosas com câncer em cuidados paliativos; identificar as atividades de cuidado que os cuidadores familiares e os profissionais de saúde realizam para as pessoas idosas em cuidados paliativos; identificar as dificuldades enfrentadas e as estratégias utilizadas pelos profissionais e familiares no cuidado à pessoa idosa com câncer em cuidados paliativos e investigar a percepção dos profissionais de saúde acerca dos cuidados realizados ao paciente idoso com câncer sob cuidados paliativos. Trata-se de um estudo exploratório, descritivo com abordagem qualitativa. O estudo foi realizado no Programa de Internação Domiciliar Interdisciplinar para pacientes oncológicos vinculado ao Hospital Escola da Universidade Federal de Pelotas. Participaram do estudo familiares de pessoas idosas em cuidados paliativos e profissionais atuantes no referido programa. A coleta dos dados foi realizada por meio de entrevista semiestruturada entre os meses de setembro e novembro. Utilizou-se para análise de dados a técnica de análise textual discursiva. O estudo foi autorizado pela Gerência de Ensino e Pesquisa do hospital participante e aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa, sob CAEE 32334620.6.0000.5324. Participaram 13 profissionais de saúde, a maioria do sexo feminino, com idade compreendida entre 33 anos a 59 anos. Emergiram as seguintes categorias: “Concepção de cuidados paliativos à pessoa idosa”, “Promovendo conforto e qualidade de vida à pessoa idosa em final de vida” e “Dificuldades da equipe multiprofissional na prática de cuidados paliativos”. Participaram dez familiares que desempenham a função de cuidador de pessoa idosa, oito participantes do sexo feminino, com idade compreendida entre 42 a 75 anos. Em relação ao grau de parentesco, cinco são cônjuges, três são filhos, um é irmão e uma é nora. Emergiram três categorias: “vivências da rotina do cuidador familiar da pessoa idosa com câncer em cuidados paliativos”, “sentimentos experienciados pelo cuidador familiar da pessoa idosa com câncer em cuidados paliativos” e “o processo de cuidar e as dificuldades enfrentadas pelo cuidador familiar”. Constatou-se a importância da rede de apoio para os cuidadores familiares de modo a evitar a sobrecarga e, consequentemente fragilizar sua saúde. Foi possível identificar que os cuidadores familiares apresentaram alternâncias de sentimentos, sendo descritos carinho, amor como também impotência, angústia, tristeza. O conhecimento do papel dos cuidadores familiares, suas demandas e dificuldades podem contribuir para aumentar a qualidade do cuidado prestado pelos profissionais, tanto para o paciente como para a família.
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Perfil terapêutico medicamentoso de pessoas idosas adscritas a áreas de Estratégia de Saúde da Família de um município no extremo Sul do Brasil
    (2020) Paula, Ana Cláudia Schuab Faria de; Abreu, Daiane Porto Gautério
    O uso de medicamentos com efeitos duplicados ou potencialmente inapropriados prejudicam a efetividade terapêutica e provocam danos à saúde e qualidade de vida da pessoa idosa. A polifarmácia é um fator de risco para que eventos como estes ocorram. Este estudo teve como objetivo geral descrever o perfil terapêutico medicamentoso das pessoas idosas residentes em áreas adscritas a Estratégias de Saúde da Família de um município no extremo Sul do Brasil. Os objetivos específicos incluíram: Descrever os principais medicamentos utilizados; Verificar a prevalência de medicamentos potencialmente inapropriados, duplicidade terapêutica e polifarmácia; Descrever os medicamentos inapropriados mais utilizados; Identificar os fatores relacionados ao uso de polifarmácia e de medicamentos inapropriados; Verificar a prevalência e o nível das interações medicamentosas potenciais encontradas (leve, moderada ou grave); Descrever os medicamentos responsáveis pelas interações graves e Identificar os fatores relacionados. Métodos: Trata-se de um estudo exploratório-descritivo, de natureza quantitativa, do tipo transversal, integrante ao macroprojeto “Relação entre Letramento Funcional em Saúde: adesão à medicação e funcionalidade em pessoas idosas na Estratégia de Saúde da Família”. Foram pesquisadas 350 pessoas com 60 anos ou mais de idade de um município do extremo Sul Brasileiro, no período de julho a dezembro do ano de 2017, através da aplicação do instrumento de caracterização sociodemográfica, de saúde e terapêutica medicamentosa, elaborado para esta pesquisa. Os medicamentos foram analisados quanto à apropriação para a idade por meio do Beers Criteria® 2019, e quanto às interações potenciais e duplicidade terapêutica através do programa online Drug Interactions Checker. Os dados foram organizados em um banco de dados informatizado do Microsoft Excel®, e analisados por estatística descritiva e inferencial, utilizando-se o software Statistical Package for the Social Sciences versão 21.0. Resultados: O uso médio foi de 5,3 medicamentos/dia/idoso, variando de um a 18 medicamentos/dia, a maioria (96,3%) prescritos e atuantes nos sistemas cardiovascular ou digestivo/metabólico. 57,1% das pessoas idosas faziam uso de medicamento inapropriado, 89,5% desses sob prescrição médica, especialmente clonazepam (15%), brometo de propantelina (9%), amitriptilina (8%), diazepam (7,5%) e alprazolam (5,5%). O uso inapropriado se associou à presença de interações medicamentosas, duplicidade terapêutica, polifarmácia, hipertensão, diabetes e cardiopatias. A prevalência de polifarmácia foi de 71,7% e mostrou associação significativa à necessidade de ajuda com a medicação; ao número de interação potencial grave; e à duplicidade terapêutica. Das medicações utilizadas 24% acusaram duplicidade terapêutica e 80,5% interações potenciais (17,7% leve, 75,9% moderadas, e 6,4% graves). Daquelas consideradas graves 17,3% ocorreram entre amlodipino-sinvastatina. A polifarmácia e a presença de interações graves apresentaram associação significativa com a presença de doenças crônicas; Hipertensão; Diabetes; cardiopatias e ocorrência de pelo menos uma internação nos últimos 12 meses. Conclusão: é necessário muito mais do que “medicar” o paciente idoso, deve-se “tratá-lo com auxílio de medicamentos” de forma holística e integrada, respeitando sua individualidade e peculiaridades da idade, a fim de evitar o uso de medicamentos inapropriados e os problemas dele decorrente, aproximando-se assim do verdadeiro objetivo terapêutico: acrescentar não só anos à vida, mas também vida aos anos.
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Perfil das pessoas idosas hospitalizadas: fatores de risco e intervenções para prevenção de lesões por pressão
    (2020) Garcia, Eduarda de Quadros Morrudo; Silva, Bárbara Tarouco da; Abreu, Daiane Porto Gautério
    Ao considerar o contexto do envelhecimento mundial e a vulnerabilidade das pessoas idosas ao desenvolvimento de lesões por pressão, destacam-se os prejuízos de diversas naturezas que elas podem causar aos indivíduos e sistemas de saúde. O presente estudo teve por objetivos: descrever o perfil de pessoas idosas internadas em uma unidade hospitalar da Região Sul; descrever a prevalência e os fatores associados as lesões por pressão em pacientes idosos; descrever a prevalência de pessoas idosas que possuem risco ao desenvolvimento dessas lesões segundo a escala de Braden e os fatores associados a esse risco; e elaborar um plano de cuidados de enfermagem com base nos fatores de risco para lesão por pressão com vistas a prevenção de sua ocorrência em pessoas idosas hospitalizadas. Esta dissertação utilizou dados de um estudo maior, intitulado “Lesão por pressão: prevalência e fatores de risco em pessoas idosas hospitalizadas.” Trata-se de um estudo exploratório, descritivo, transversal, do tipo documental, predominantemente quantitativo. A amostra do estudo foi composta por 100 prontuários de pessoas idosas hospitalizadas na unidade de Clínica Médica, no período de fevereiro a maio de 2019. Foram incluídos no estudo todos os prontuários de pacientes com idade igual ou superior a 60 anos, e, destes, foi excluído apenas um prontuário que apresentou informações rasuradas e/ou incompletas. A coleta de dados teve início após aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande. Os dados foram analisados com o auxílio do software Statistical Package for the Social Sciences® versão 20.0. Foi realizada uma análise estatística descritiva e inferencial. A partir dos fatores de risco foi proposto um plano de cuidados com os diagnósticos e as intervenções de enfermagem e os resultados esperados segundo as taxonomias da North American Nursing Diagnosis Association International (NANDA-I), Classificação das Intervenções de Enfermagem (NIC) e a Classificação dos Resultados de Enfermagem (NOC), respectivamente. A maioria dos idosos hospitalizados era do sexo masculino (53%), na faixa etária entre 60-69 anos (43%), viviam com companheiro (59,8%), tinham renda entre dois e três salários mínimos (67,4%). Em relação aos idosos hospitalizados com lesão a maioria era do sexo masculino (63,6%), na faixa etária de 70-79 anos (45,4%), sem companheiros (70%), e com renda entre dois e três salários mínimos (72,7%). A prevalência de lesão por pressão foi de 11% de LP, o estado marital e a imobilidade dos pacientes, dividida em três variáveis: acamado; necessitar de auxílio para locomoção e restrição de posicionamento no leito, foram estatisticamente relacionados com o risco para o desenvolvimento das lesões. Entre as pessoas idosas com risco, predominaram as mulheres, pessoas com mais de 80 anos e com risco moderado segundo a escala de Braden. No plano de cuidados, destacaram-se intervenções que estimulam a mobilidade do paciente, controle da pressão, supervisão da pele, nutrição, incontinência e higiene. Destaca-se o papel da enfermagem, como ciência, que deve ter suas ações desenvolvidas sistematicamente, com base na prática baseada em evidências. Assim sendo, o seguinte estudo pode contribuir para um cuidado voltado na prevenção de lesões por pressão em pessoas idosas, valorizando a assistência de forma individualizada e integral afastando agravos que podem ser facilmente evitáveis.
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Intervenções prestadas a pessoas idosas em cuidados paliativos: proposta de um protocolo clínico
    (2021) Roque, Thicianne da Silva; Silva, Bárbara Tarouco da
    O perfil de necessidades que a população idosa apresenta, requer atuação ampla de equipes de saúde multiprofissionais que, a partir de seu processo de trabalho, devem ser organizadas para prestar assistência de forma contínua, possibilitando o desenvolvimento de ações e serviços de saúde voltados para a promoção da saúde e do bem-estar. Cuidados paliativos são prestados a pacientes com doenças irreversíveis, quando se reconhece que não há possibilidades terapêuticas de cura, buscando atuar no controle dos sintomas e na melhora da qualidade de vida. Os cuidados paliativos devem ser desenvolvidos por uma equipe multiprofissional, de forma integrada, compartilhando seus conhecimentos para apoiar e assistir o paciente e sua família. Salienta-se que ainda são poucos os serviços de Cuidados Paliativos no Brasil. A maioria dos serviços ainda requer a implantação de modelos padronizados de atendimento que garantam a eficácia e a qualidade. O estudo tem como objetivo elaborar o conteúdo de um protocolo assistencial com foco nos cuidados paliativos para as pessoas idosas hospitalizadas, em situação de terminalidade, a partir de uma revisão sistemática. A revisão sistemática buscou, nas evidências científicas, intervenções que pudessem ser desenvolvidas pela equipe multiprofissional para o cuidado paliativo à pessoa idosa hospitalizada. Trata-se de um estudo metodológico com abordagem quantitativa, que teve como finalidade a elaboração do conteúdo de um protocolo assistencial. Para a elaboração do conteúdo de um protocolo assistencial foi adotado as seguintes etapas: refinamento de tópicos e questões; revisão sistemática e estabelecimento de recomendações para diversos cenários. Na revisão sistemática, a busca foi realizada nas bases de dados Medical Literature Analysis and Retrieval System Online, Excerpta Medica Database; Cumulative Index to Nursing & Allied Health Literature e Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde. A estratégia de busca consistiu na combinação dos descritores controlados palliative care/cuidados paliativos; Aged/idoso e patient care team/equipe de assistência ao paciente. Foram utilizados descritores qualificadores como: end of life care/cuidados em fim de vida/, competence/competência ou professional competence/competência profissional/, hospitalization/hospitalização. Foi realizada a elaboração do conteúdo do protocolo em forma de texto com ações da equipe multiprofissional, para subsidiar a prestação de cuidados a pessoa idosa em cuidados paliativos. Por meio das estratégias de buscas foram selecionados seis estudos. As intervenções identificadas mostram que a melhoria da qualidade de vida exige uma abordagem interdisciplinar de modo a atender as demandas do paciente e família. Essas devem ser aplicadas em conjunto e adaptadas aos desejos do paciente para que a qualidade de vida, em fim de vida, possa ser o objetivo do cuidado. O uso de protocolos assistenciais na atenção aos pacientes sob as condições finais de vida é importante para qualificar o cuidado prestado ao paciente e a família. O protocolo assistencial proposto foi estruturado respeitando as necessidades de assistência do paciente idoso em cuidados paliativos. A primeira versão é composta de intervenções interdisciplinares, envolvendo as necessidades físicas, psicológicas, social, espiritual e da família. Este estudo nos fornece evidências que apoiam a implementação dos cuidados paliativos interdisciplinares na melhoria do quadro clínico dos pacientes, sendo um desafio emergente otimizar recursos para implementar esse serviço de forma eficaz. Deste modo, o protocolo elaborado apresenta-se como um instrumento relevante para a prática clínica da equipe multidisciplinar no ambiente hospitalar, facilitando a prestação de assistência à pessoa idosa, no que tange a promoção da qualidade de vida e conforto.
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Pessoa idosa na Estratégia Saúde da Família: relação entre adesão à medicação e letramento funcional em saúde
    (2018) Martins, Nidia Farias Fernandes; Abreu, Daiane Porto Gautério
    A adesão à medicação é o comportamento esperado para as pessoas idosas, pois é um dos grupos que mais utilizam medicamentos, e estão entre as que mais têm dificuldade para aderir ao tratamento. Um dos principais fatores que contribuem para a não adesão é o baixo grau de letramento funcional em saúde, capacidade cognitiva para compreender, interpretar e utilizar informações de saúde. Pessoas idosas são mais propensas a ter um baixo grau de letramento funcional em saúde, e consequentemente aderir menos. Foram objetivos deste estudo: caracterizar a produção científica nacional e internacional, sobre a relação do letramento funcional em saúde e a adesão à medicação em pessoas idosas; verificar o grau de adesão à medicação de pessoas idosas atendidas na Estratégia Saúde da Família da zona oeste do município de Rio Grande; verificar o grau de letramento funcional em saúde de pessoas idosas atendidas na Estratégia Saúde da Família da zona oeste do município de Rio Grande; verificar a relação entre letramento funcional em saúde e adesão à medicação em pessoas idosas atendidas na Estratégia Saúde da Família da zona oeste do município de Rio Grande. Para o primeiro objetivo, propôs-se uma revisão integrativa da literatura, realizada em julho de 2016 que seguiu as etapas: identificação do tema e seleção da hipótese ou questão norteadora; estabelecimento de critérios de inclusão e exclusão de estudos/amostragem ou busca na literatura; categorização dos estudos; avaliação dos estudos incluídos na revisão integrativa; interpretação dos resultados; apresentação da revisão. Foram selecionados sete artigos, os resultados demonstram que o letramento inadequado influencia para a não adesão à medicação, e que existem diversas estratégias e intervenções que podem ser realizadas na prática para modificar essa relação. Para os demais objetivos, foi realizado um estudo transversal, exploratório-descritivo, quantitativo, em 17 equipes de saúde da família, na zona oeste do município de Rio Grande/RS. A amostra foi de 350 pessoas idosas. A coleta dos dados ocorreu de julho a novembro de 2017, por meio da aplicação de três instrumentos: um de caracterização sociodemográfica e de saúde; uma versão em português da Morisky Medication Adherence Scale, que verificou o grau de adesão à medicação; e uma versão traduzida e adaptada para a realidade brasileira do Short-Test of Functional Health Literacy in Adults, que verificou o grau de letramento funcional em saúde. Foi realizada análise estatística descritiva e inferencial dos dados. 224 (64%) participantes foram considerados não aderentes à medicação, e 206 (58,9%) tiveram letramento inadequado. Não houve relação estatisticamente significante entre essas variáveis (p=0,435). Os participantes relataram outras dificuldades no tratamento medicamentoso, entre elas, o esquecimento teve relação significativa com a adesão (p=0,016). Os profissionais devem atentar para outras dificuldades que podem surgir para a adesão à medicação, focando o esquecimento, elencando estratégias voltadas à minimização desse episódio, como acompanhamento e monitorização do tratamento medicamentoso. Os resultados dessa pesquisa mostram a necessidade de atentar para o baixo grau de letramento e de adesão evidenciados, verificando os motivos que levam à não adesão e propondo ações direcionadas à essas dificuldades, bem como voltar as práticas de educação em saúde conforme as necessidades que surgirem nas pessoas idosas.
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Gestão do regime terapêutico da pessoa idosa com Diabetes Mellitus Tipo 2
    (2015) Costa, Sheila Silveira; Pelzer, Marlene Teda
    Objetivou-se identificar os fatores que influenciam a gestão do regime terapêutico da pessoa idosa com Diabetes Mellitus Tipo 2. Realizou-se pesquisa exploratória e descritiva, com abordagem qualitativa. A coleta de dados foi efetuada nos meses de abril e maio do ano de 2015 no Centro Integrado de Diabetes de um Hospital Universitário do sul do Brasil, com 10 pessoas idosas, por meio de entrevista semiestruturada. Os dados foram submetidos à análise textual discursiva. Evidenciou-se que o descobrimento da doença ocorre na faixa etária dos 40 anos. A polidipsia é o principal sintoma que leva à descoberta da patologia. Os participantes possuíam histórico familiar da doença na maioria dos casos. O processo de aquisição de conhecimentos em Diabetes Mellitus ocorreu em consulta a médico do serviço especializado. Enfermeiros, nutricionistas e multiplicadores de informações também mostraram-se relevantes para a aquisição de conhecimentos. As práticas educativas foram efetivas a partir do momento em que houve absorção dos conhecimentos pelos participantes, assim como a busca por novas informações. A hipertensão arterial foi a comorbidade referida como a que mais os acomete, seguida pelas doenças osteomusculares. As complicações elencadas foram a retinopatia diabética, a catarata, os problemas vasculares, o glaucoma, a nefropatia diabética, a disfunção erétil e a hipoglicemia. Os participantes referiram abusos, ainda que estejam cientes da importância de uma dieta alimentar adequada para a manutenção do tratamento. As comorbidades e complicações dificultam/impedem a realização de atividade física e a participação em grupos de apoio. Em relação às medidas farmacológicas, verificou-se a ocorrência de polifarmácia. Os participantes utilizavam insulina associada aos hipoglicemiantes orais. Os efeitos colaterais motivam a interrupção da terapia medicamentosa. A aceitação da condição de saúde mostrou-se associada à funcionalidade, e a limitação atrelada à restrição alimentar, destacando-se a dos doces. A rede de apoio é constituída pela família, serviços de saúde, grupos de apoio e religiosidade/espiritualidade. Atribui-se o sucesso do tratamento aos cuidados com a doença, à fé e à paz interior. Os obstáculos consistem na falta de medicamentos no Sistema Único de Saúde, no elevado preço dos alimentos próprios para este público e na dificuldade em realizar consulta com profissional especializado. Acredita-se que este estudo, ao evidenciar os fatores atuantes como facilitadores e dificultadores que influenciam a gestão do regime terapêutico, poderá subsidiar intervenções de enfermagem que venham a colaborar com as necessidades da pessoa idosa com a doença, e a gerar benefícios à manutenção da qualidade de vida, à autonomia e à independência. O estudo poderá contribuir com a assistência oferecida pelo Centro Integrado de Diabetes às pessoas idosas.
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Percepção do cuidador de idoso hospitalizado acerca de suas próprias necessidades
    (2019) Fagundes, Angélica Bigliardi Veiga; Pelzer, Marlene Teda
    No Brasil, o aumento da população idosa trouxe consigo um aumento na demanda econômica e social, sendo necessária a criação de políticas públicas voltadas ao idoso como o Estatuto do Idoso. A pessoa idosa pode vivenciar seu processo de envelhecimento com saúde e disposição física/mental para desenvolver seu auto cuidado e suas atividades diárias. Alguns idosos desenvolvem doenças crônicas devido as alterações fisiológicas naturais, ocasionando a necessidade de um cuidador. Tanto no ambiente hospitalar como no domicílio, a figura do cuidador é desempenhada, em sua maioria, por um membro da família ou afim, sem formação na área da saúde. Contudo, em muitos casos, somente um familiar desempenha esta função, tendo uma sobrecarga de responsabilidades e a perda de sua autonomia, devido à falta de tempo, recursos financeiros, entre outros. Frente à esta realidade, esse estudo visou conhecer as necessidades psicossociais do cuidador do idoso hospitalizado que desempenha informalmente, porém, diariamente a função de cuidar. Como campo de estudo, foi utilizada a Unidade de internação de Clínica Médica do Hospital Universitário Dr. Miguel Riet Corrêa Junior – (HU /FURG/EBSERH), localizado na cidade de Rio Grande (RS), o qual dispõe atendimento exclusivo a usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). Os participantes da pesquisa foram cuidadores de idosos, os quais, apresentavam um determinado grau de dependência. Os critérios de inclusão foram tempo de internação do idoso de no mínimo cinco dias, idade mínima do cuidador de dezoito anos, disponibilidade para participar da pesquisa, permitir o uso de gravador. Como critérios de exclusão determinou-se: três tentativas de contato com o cuidador sem sucesso, falecimento do idoso durante o desenvolvimento deste estudo e o cuidador não permitir que a entrevista fosse gravada. Para a coleta de dados foi utilizada entrevista semiestruturada contendo perguntas abertas e pertinentes com o objetivo do estudo. Os dados foram analisados conforme Método de Análise Temática de Minayo. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande, sob parecer de aprovação número 117/2019. Os resultados foram apresentados sob a forma de dois artigos: Hospitalização do idoso dependente: Perspectivas dos cuidadores sobre suas necessidades no acompanhamento da internação e Informações de enfermagem e a satisfação dos cuidadores de idosos dependentes durante a internação hospitalar. No primeiro artigo identificou-se as necessidades dos cuidadores relacionadas principalmente a alimentação e descanso. No segundo artigo foi possível identificar as necessidades dos cuidadores no que se referem à carência de informações sobre as rotinas e serviços da instituição. Em certos momentos, os cuidadores deixaram transparecer que sentem-se abandonados pela enfermagem e pela Instituição, com isso, passam a ter sentimentos negativos como estresse, solidão o que acarreta em sobrecarga no cuidado. A equipe de enfermagem, além da assistência ao paciente idoso, deve informar e capacitar o cuidador para que esses sintam-se seguros e possam desenvolver um cuidado de qualidade.
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Pessoa Idosa Hospitalizada: adaptação e validação de um instrumento para identificação dos fatores que dificultam a alimentação por via oral
    (2016) Lima, Deise Feijó; Pelzer, Marlene Teda
    Durante o período de hospitalização foi observado que as dietas oferecidas não eram aceitas ou havia pouca aceitação, fato evidenciado pelas sobras significativas de dieta nas enfermarias e perdas de peso consideráveis enquanto se encontram sob hospitalização. O objetivo geral da pesquisa foi adaptar e validar a escala de avaliação alimentar para o idoso hospitalizado, e como objetivo específico identificar os fatores que dificultam o processo de se alimentar por via oral em pacientes idosos hospitalizados. Trata-se de uma pesquisa de caráter quantitativo, do tipo exploratório, descritivo e com delineamento transversal. Os dados foram coletados nos meses de junho e julho de 2016, em unidades de internação clínica, cirúrgica e mista de uma instituição hospitalar filantrópica, localizada na cidade de Rio Grande, Rio Grande do Sul, Brasil. Os participantes da pesquisa foram idosos hospitalizados, sem contraindicação de receber dieta por via oral, e que estavam sob hospitalização há pelo menos três dias. Para a coleta de dados, foi utilizada uma escala adaptada pela autora, denominada “escala de avaliação dos fatores que dificultam a alimentação do idoso hospitalizado”, a qual contem inicialmente uma caracterização dos participantes, seguida de questões que mensuram em uma escala do tipo Likert de 5 pontos, as dificuldades alimentares do idoso hospitalizado. Durante o processo de adaptação, foram modificadas duas questões e acrescidas oito, totalizando uma escala com 35 itens que após análise descritiva e fatorial exploratória, mediante a utilização de médias e distribuição de frequência, foram eliminadas seis questões. A presente escala, após validação, ficou constituída por 29 itens, índice de confiabilidade verificado pelo alpha de Cronbach que foi 0,76, a variância total explicada pelo instrumento validado foi de 74,91% e a medida de adequação da amostra obtida pelo índice Kaiser-Meyer-Olkin (KMO) foi de 0,582 - indicando que a análise fatorial é apropriada. O Teste de Esferacidade de Bartlett´s foi significativo (χ2 = 2520,002; gl = 703; p<000). A amostra pesquisada foi composta por 111 idosos, com média de idade de 72 anos, sendo 56 homens, com média de 9 dias de internação. No que se refere a analise fatorial, foram obtidos quatro fatores denominados (em ordem decrescente de frequência): fatores ambientais, fatores alimentares, fatores fisiológicos e de equipe. Assim, têm-se os fatores ambientais como aqueles que mais dificultam a alimentação por via oral dos idosos hospitalizados e os fatores relacionados à equipe como os que menos dificultam. O instrumento mostrou ser de fácil aplicabilidade, voltado à enfermagem e os resultados são norteadores para um melhor planejamento da assistência.