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Federal do Rio Grande
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EENF - Escola de Enfermagem

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    Violência contra a mulher: características das usuárias de um serviço de proteção
    (2023) Fagundes, Jessica Souza; Silva, Mara Regina Santos da
    Este estudo aborda o tema violência contra a mulher, que ocorre em milhares de famílias, praticada de diferentes modalidades e disseminada ao redor do mundo. Trata-se de um problema complexo que perpassa as áreas da justiça, educação, saúde e impacta na vida das mulheres como um evento profundamente devastador. O objetivo geral do estudo é: analisar as características individuais e relacionais de mulheres usuárias de um serviço de proteção a vítimas de violência, que denunciaram seus agressores. Os objetivos específicos são: (1) Descrever as características individuais, relacionais e contextuais de uma amostra independente de mulheres em situação de violência que denunciaram seus agressores em um serviço especializado de proteção à mulher em situação de violência; (2) Analisar o nível de associação entre o tempo transcorrido para realização da denúncia e as características individuais e relacionais (idade, anos de estudo, tempo de convivência com o agressor e número de filhos) de mulheres que denunciaram seus agressores em um serviço especializado de proteção à mulher em situação de violência; (3) Explorar um modelo de agrupamento (cluster) adequado para explicar duas amostras de dados, dos anos de 2016, 2017, 2018 e 2020, coletados em um serviço especializado de atendimento à mulher em situação de violência. Do ponto de vista metodológico, trata-se de um estudo quantitativo, desenvolvido com uma amostra constituída de dados secundários obtidos nos registros de um serviço de atendimento a mulheres vítimas de violência, localizado em um município do extremo sul do Rio Grande do Sul, Brasil. Os dados foram submetidos a análises estatísticas uni (média, desvio padrão), bi (ANOVA a um fator) e multivariada (análise de cluster hierárquico e Regressão). Resultados: a idade das mulheres atendidas no serviço estava, em 50,9% dos casos, entre 18 e 32 anos; 50% tinham de zero a 8 anos de estudo, o que corresponde a nenhum estudo até o ensino fundamental completo; 56,8% conviviam ou conviveram com o agressor por até 8 anos; 61,1% tinham pelo menos um filho; 50,7% referiram problemas conjugais com o agressor. Em relação à média de tempo (em horas) transcorrido entre a agressão e a denúncia, o perfil típico que leva mais tempo para denunciar o agressor, na amostra estudada, foi de mulheres com idade entre 27 e 32 anos (103,42h), mais de 12 anos de estudo (83,33h), maior tempo de convivência com o agressor (110,55h) e com 1 ou 2 filhos (105,10h). O perfil que denunciou mais rapidamente os agressores foi de mulheres com menor faixa etária, entre 18 e 26 anos, (56,25h), com 9 a 11 anos de estudo (64,96h), menor tempo de convivência com o agressor (1 a 4 anos) (31,38h) e sem filhos (38,33h). Apesar de existirem diferenças reais entre as mulheres, a associação com significância estatística foi evidenciada em relação ao tempo de convivência com o agressor (p<0,05). Após a realização da análise de cluster hierárquico pelo método Ward, a amostra 1 apresentou 3 clusters. O cluster 1 é composto por 19 casos (13,66%), o cluster 2 por 39 (28,05%) e o cluster 3 por 81 (58,27%). O cluster 1 é caracterizado por mulheres com média de 53 anos de idade, 5 anos de estudo, 22 anos de convivência com o agressor e 1,32 filhos. O cluster 2 é caracterizado por mulheres com idade média de 38 anos, 9 anos de estudo, 13 anos de convivência com o agressor e 2,72 filhos. O cluster 3 é caracterizado por mulheres com idade média de 27 anos, 11 anos de estudo, 7 anos de convivência com o agressor e 1,01 filhos. A segunda amostra formou 2 clusters. Neste o cluster 1 é composto por 117 casos (71,77%) e o cluster 2 por 46 (28,22%). O cluster 1 é caracterizado por mulheres com média de 28 anos de idade, 9,8 anos de estudo, 5,35 anos de convivência com o agressor e 1,26 filhos. O cluster 2 é caracterizado por mulheres com média de 41 anos de idade, 10,4 anos de estudo, 17,83 anos de convivência com o agressor e 1,58 filhos. Conclusão: Os resultados deste estudo mostraram a diversidade em termos de características individuais e relacionais das mulheres que buscam ajuda em um serviço de referência para o atendimento das situações de violência a que estão expostas. São resultados que comprovam a violência como um evento danoso que atinge mulheres de diversas faixas etárias, com grau de escolaridade variados e que o tempo de convivência com o agressor e o número de filhos não segue um perfil único. Essa diversidade de características, mostrada nos resultados de todas as análises realizadas, permite inferir que, embora sejam mulheres que tem em comum o fato de serem vítimas de violência, suas necessidades e demandas são diferentes
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    Saúde mental positiva de familiares cuidadores de crianças com doenças crônicas
    (2023) Costa, Aline Rodrigues; Gomes, Giovana Calcagno
    A doença crônica traz repercussões para o processo de cuidado à criança. Este estudo objetivou avaliar a Saúde Mental Positiva de familiares cuidadores de crianças com doenças crônicas. Foi realizada uma pesquisa metodológica com abordagem quantitativa e delineamento transversal. Participaram do estudo 172 familiares cuidadores de crianças atendidas em um Hospital do extremo sul do Brasil. Os dados foram coletados no segundo semestre de 2020 por meio da aplicação do Cuestionario de Salud Mental Positiva CSM+ de Lluch, organizados em uma matriz no Excell e submetidos ao software estatístico R Project dos Statistical Computing versão 4.1.0. Os dados receberam tratamento estatístico descritivo e análise inferencial, sendo apresentados na forma de gráficos e tabelas. Foram respeitados os princípios éticos da pesquisa envolvendo seres humanos. Os resultados mostraram que que a maioria (138 / 80,3%) era mãe das crianças, mulheres (157 / 91,3%), com idades entre 20 e 39 anos (112 / 65.12%), casados (109 / 63%), com Ensino Médio completo (65 / 37,8%), naturais do município onde o estudo foi realizado (118 / 69%). Apresentavam patologias físicas (73 / 42%), sendo as mais citadas o HIV e a Hipertensão Arterial Sistêmica entre outras; 41 (23,84%) referiram algum tipo de problema de saúde mental em que 26 (63,41%) tinham depressão, 13 (31,71%) eram usuários de drogas ilícitas, um (2,44%) tinha transtorno bipolar e um (2,44%) era alcoólatra. Quanto à satisfação pessoal a maioria dos familiares 128 (74,4%) apresentou nível alto de saúde mental positiva. No entanto, cinco (2,9%) apresentaram nível baixo e 39 (22,7%) nível intermediário. O nível de atitude pró-social foi alto, representado por 137 (79,7%) familiares. No entanto, sete (4,1%) apresentaram nível baixo e 28 (16,3%) nível médio. O nível de autocontrole obtido foi alto, sendo representado por 153 (89,0%) familiares. No entanto, quatro (2,3%) apresentaram nível baixo. O nível de autonomia, também foi alto, sendo representado por 121 (70,3%) participantes. Mas 50 (29,1%) apresentaram nível intermediário. Quanto à resolução de problemas e realização pessoal verificou-se que a maioria 153 (89,0%) apresentou nível alto. No entanto, 18 (10,5%) encontram-se no nível intermediário. Quanto à habilidade de relação interpessoal, verificou-se que a maioria, 128 (74,4%), apresentou nível alto. No entanto, 38 (22,1%) apresentou nível intermediário e seis (3,5%) nível baixo. A análise inferencial mostrou autonomia prejudicada nos familiares com problemas de saúde mental. A saúde mental positiva obteve no geral 156 (90,7% dos participantes), estando no nível alto. Pode concluir que promover a saúde mental positiva dos familiares cuidadores de crianças com doenças crônicas é uma prioridade necessária. Para tal efeito deve-se melhorar a prestação de cuidados, criando-se novos programas de intervenção, avaliando a eficácia dos programas já existentes na busca por fortalecer as habilidades e recursos pessoais de cada participante. Verificou-se a possibilidade do enfermeiro atuar na perspectiva da promoção da saúde mental positiva, intervindo sobre os aspectos afetados, auxiliando familiares cuidadores de crianças com doenças crônicas a se fortalecerem tanto física quanto emocional e mentalmente.
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    Games: significados e implicações para a saúde biopsicossocial do adolescente em um município do extremo sul do Brasil
    (2022) Gáz, Elisabete Zimmer Ferreira; Brum, Aline Neutzling; Oliveira, Adriane Maria Netto de
    O avanço tecnológico das últimas décadas, especialmente da informática, associado à popularização da internet, alocou os jogos eletrônicos e online como uma das atividades de lazer mais importantes para crianças e adolescentes. No entanto, a prática excessiva destas atividades pode acarretar prejuízos à saúde dos praticantes. A tese proposta neste estudo é: Os games possuem em sua essência uma simbologia capaz de mobilizar significados, logo, a sua prática recorrente pode promover situações positivas e negativas para a saúde biopsicossocial dos adolescentes. O objetivo deste estudo é investigar o uso de games e suas implicações na saúde biopsicossocial do adolescente em um município do extremo sul do Brasil. Trata-se de um estudo quanti-qualitativo, conduzido à luz do interacionismo simbólico, nas escolas da rede estadual de ensino, do município do Rio Grande/RS. A primeira fase do estudo, teve abordagem quantitativa, mediante a realização de um estudo observacional, com delineamento transversal, exploratório, descritivo e analítico; a amostra foi estimada em 370 adolescentes, número estratificado entre as escolas conforme seu quantitativo de alunos; os dados foram coletados por meio de instrumento digital e analisados pelo software Statistical Package for the Social Science, sendo, posteriormente, submetidos a análises de frequências absoluta e relativa; teste Chi-quadrado de Pearson, para variáveis categóricas; ANOVA, Test -T Student e Correlação de Pearson, considerando-se p<0,05, para comparação e correlação de médias das variáveis numéricas. Também foi realizada a análise de cluster, para identificar padrões de comportamento dos adolescentes perante os jogos, e análises de regressão, para identificar o efeito existente entre as variáveis. A segunda fase do estudo teve abordagem qualitativa, situação em que se realizou estudo de casos múltiplos, com informações coletadas por meio da técnica de grupo focal. Nesta fase, a amostra foi composta por adolescentes que manifestaram interesse em participar dos grupos focais e tiveram disponibilidade de horário e meios para participar das reuniões online, os quais foram distribuídos em 3 grupos. As informações foram coletadas por meio de sessões de grupos focais e analisadas pela técnica de Análise de Conteúdo. Participaram da primeira fase, 513 adolescentes, dos quais 434 foram considerados jogadores. Houve predominância de meninas (50,9%; n=221), de estudantes do 1º ano do Ensino Médio (26,3%; n=114), com idade média de 15,1 (±2,20) anos e idade que começaram a jogar de 8,4 (±3,43) anos; maioria constituída por famílias nucleares (38,0%; n=165); que conheceram os games através de pessoas externas ao grupo familiar (68,5%; n=298). Referem gostar de jogos (98,8%; n=429), jogar de uma a cinco horas semanais (35,3%; n=153), utilizar o celular para o jogo (53,0%; n=230) e nunca mentir para jogar (64,3%; n=279). Em geral, são sedentários (32,4%; n=141), porém, não apresentam problemas com o peso (53,7%; n=233). No Gaming Addiction Scale (GAS), 64,0% (n=278) foram classificados como jogadores sem problemas, com preferência por jogos online (60,4%; n=262) e período noturno (60,4%; n=262). Foram identificados 4 clusters definidos a partir das variáveis: classificação GAS, tempo de jogo semanal, sexo, gostar de jogos, idade que começou a jogar e idade atual. Apesar dos jogadores ser maioria feminina (50,9%; n=221), o maior cluster (32,9%; n=169) é formado apenas por jogadores sem problemas, homens e que gostam de games, costumam jogar entre uma e cinco horas por semana (29,6%; n=50), possuem média de idade de 15,2 (±2,22) anos e iniciaram nos jogos aos 8,1 (±2,95). A segunda fase, contou com a participação de 20 adolescentes nos grupos focais, 90,0% (n=18) são jogadores, 55,0% (n=11) do sexo masculino, tinham média de idade de 14,5 (±1,79) anos e classificação GAS em jogadores sem problemas (80,0%; n=16). Mediante às discussões nos grupos focais, emergiram quatro categorias: 1) O universo dos jogos; 2) Relacionamento entre pares nos jogos; 3) Relacionamento entre pais e filhos no contexto dos jogos; e 4) Dependência de Games. Ao final, considerou-se que o uso de games pode afetar a saúde dos adolescentes tanto positiva, como negativamente, sendo necessário maior atenção e supervisão dos pais, a fim de promover o uso consciente desta tecnologia. Espera-se subsidiar o trabalho da enfermagem fornecendo recursos para desenvolver estratégias de educação em saúde junto aos adolescentes, seus responsáveis e à comunidade escolar, no intuito de promover o bem-estar de todos os envolvidos.
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    Representações sociais de familiares cuidadores acerca do cuidado à criança com tuberculose pulmonar
    (2020) Jung, Bianca Contreira de; Gomes, Giovana Calcagno
    As crianças são consideradas grupo alvo em adquirir a tuberculose, pois o contágio acontece a partir da convivência de um adulto diagnosticado com a doença. Estima se que no mundo a cada ano um milhão de crianças adoeçam por tuberculose e enfrentem dificuldades de obter o diagnóstico e tratamento. Objetivou-se conhecer as representações sociais dos cuidadores familiares acerca do cuidado que prestam à criança com tuberculose pulmonar. Trata-se de uma pesquisa de abordagem qualitativa, descritiva, que utilizou o referencial da Teoria das Representações Sociais. Foi realizada nos 22 municípios que compõem a 3ª Coordenadoria Regional de Saúde no primeiro semestre de 2019. Os participantes foram escolhidos mediante amostragem intencional, totalizando 13 familiares cuidadores. A produção dos dados foi obtida por meio de entrevista semiestruturada, sendo gravadas e transcritas. O estudo foi aprovado por um Comitê de Ética em Pesquisa na Área da Saúde da Universidade Federal do Rio Grande, sob o número 162/2019 e parecer: 94574218.2.0000.5324. Os dados foram submetidos à posterior análise pela técnica do Discurso do Sujeito Coletivo. Como resultados as crianças adquiriram a tuberculose pela convivência com um adulto diagnosticado na família, houve história da doença no próprio contexto familiar. Não se identificou um rastreamento efetivo para as crianças contatos de caso índice e detecção precoce. Todas as crianças receberam a vacina do Bacilo Calmette–Guérin, com destaque para a elevada cobertura vacinal nos municípios de realização da pesquisa, o que faz prevenir as formas graves da doença. Os familiares cuidadores desconheciam sobre a baixa eficácia de proteção da vacina contra a forma pulmonar da tuberculose. O fato de a maioria das crianças terem sido imunizadas representou para eles a concepção de segurança e proteção em relação à transmissibilidade. Os sintomas apresentados pelas crianças serviram de alerta para a busca de ajuda na rede de serviços de saúde, entretanto, houve a demora em obter o diagnóstico da criança e falta de resolubilidade no atendimento. Os profissionais que realizaram o diagnóstico empregaram diferentes métodos de investigação, antagônicos ao sistema de escore para o diagnóstico pediátrico da tuberculose preconizado pelo Ministério da Saúde. O adoecimento foi um acontecimento transformador e multifacetado da dinâmica familiar, impactou em mudanças físicas, emocionais, psicológicos, sociais, culturais e econômicas. A família contou com uma rede de apoio social formada pelos familiares, amigos, vizinhos, escola e professores, profissionais de saúde, sobretudo, a enfermagem, serviços de saúde e a fé em Deus. O cuidado conferido pela família foi importante para a adesão da criança ao tratamento e atingir a cura da tuberculose. Destacou-se o papel da enfermagem na vida das famílias e crianças, nas práticas de cuidados e contribuição no processo de recuperação da criança.
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    Vivências de famílias no cuidado à criança com transtornodo espectro autista (TEA): subsídios para a prática de enfermagem
    (2023) Nobre, Camila Magroski Goulart; Gomes, Giovana Calcagno
    O diagnóstico do Transtorno do Espectro Autista constitui uma situação de impacto, podendo repercutir na mudança da rotina diária, na readaptação de papéis, ocasionando efeitos diversos no âmbito ocupacional, financeiro e das relações familiares. Este estudo tem como objetivo compreender os significados atribuídos pela família ao cuidado que prestam a criançascom Transtorno do Espectro Autista e construir um modelo teórico que sustente o processo evidenciado nesta adaptação. Para alcançá-lo realizou-se uma pesquisa qualitativa de caráter exploratório, descritivo, no período compreendido entre agosto de 2021 e agosto de 2022. Os participantes foram 16 familiares cuidadores de crianças com esse diagnóstico divididos em 3 grupos amostrais. Teve como contexto uma escola especial que essas crianças frequentam localizada em um município no sul do Brasil. Os dados foram coletados por meio de entrevista semiestruturada em profundidade realizada via videoconferência, utilizando a ferramentadigital WhatsApp. O referencial teórico utilizado foi o Interacionismo Simbólico e metodológico a Teoria Fundamentada nos Dados. A coleta de dados e a análise dos dados foram realizadas concomitantemente. A análise foi realizada pela codificação aberta, axial e seletiva.Foram respeitados os princípios éticos da pesquisa, conforme a resolução 510/2016. Descobrindo o Transtorno do Espectro Autista se consolidou quando as famílias apresentaramou não intercorrências na gestação; perceberam ou não as características do transtorno do espectro autista na criança e caminharam para o processo de recebimento do diagnóstico. Sendocuidada em diferentes contextos apontou o domicílio, a escola regular, a escola especial e os serviços de saúde como os locais onde o cuidado à criança acontece. Construindo estratégias para vivenciar o processo de cuidado da criança apontou que as famílias estudam sobre o transtorno; inserem a criança em diversasterapias com diferentes profissionais; aprendem sobreo transtorno com os terapeutas da equipe de cuidados da criança; utilizam figuras para estabelecer comunicação com a criança e deixam de oferecer leite e glúten para o filho com o transtorno. Referiram como interveniências positivas durante o processo de cuidado à criança ter uma rede de apoio para auxílio no cuidado às crianças, entendersobre o assunto, estabeleceruma rotina com a criança, oferecer à criança uma alimentação saudável e ter condições financeiras favoráveis. Apresentam como interveniências negativas ter que prever com antecedência tudo que vai ser feito, ter dificuldade na realização das atividades de vida diária, de comunicação, para dormir, de encontrar profissionais qualificados na área, de entender o comportamento do filho(a), de aceitação da criança no âmbito familiar, de inclusão da criança na escola, do comportamento agressivo da criança, de sua seletividade alimentar, de não ter uma rede de apoio para o cuidado da criança e de ter uma condição financeira desfavorável. Como consequências do diagnóstico da criança verificou-se que as famílias aprendem aentender o transtorno, ressignificam o cuidado à criança e mudam a dinâmica familiar após o recebimento do diagnóstico da criança. Concluiu-se que há necessidade de aprimoramento do conhecimento teórico-científico da enfermagem acerca do tema, sustentado em reflexões que promovam transformações no cuidar.
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    Bases teórico-metodológicas utilizadas pelo enfermeiro na educação em saúde ao usuário com acidente vascular cerebral e família à luz do pensamento ecossistêmico
    (2021) Paula, Saul Ferraz de; Siqueira, Hedi Crecencia Heckler de
    Objetivou-se analisar as concepções teórico-metodológicas do enfermeiro acerca da educação em saúde e como ele desenvolve o processo educativo ao usuário com acidente vascular cerebral e família, no período de internação hospitalar, para o cuidado domiciliar: à luz do Pensamento Ecossistêmico. Este estudo ancorou-se no paradigma teórico-filosófico ecossistêmico, cuja aplicabilidade sustentou a temática em estudo. Assim, teve-se a Tese: As ações educativas desenvolvidas pelo enfermeiro, conforme suas concepções teórico- metodológicas ao usuário com Acidente Vascular Cerebral e família, no período de internação hospitalar, à luz do Pensamento Ecossistêmico, possibilitam transformar o conhecimento, comportamentos e atitudes dos usuários e familiares e contribuir para a prática do cuidado domiciliar e melhoria da sua saúde. O percurso metodológico caracterizou-se como pesquisa descritiva e exploratória, com abordagem qualitativa. A coleta de dados foi realizada online no primeiro semestre de 2021, utilizando-se de entrevista semiestruturada com 18 enfermeiros que exercem função assistencial nas unidades de clínica médica dos três Hospitais Universitários do Estado do Rio Grande do Sul-Brasil, que possuem contrato vigente com a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares. Para o recrutamento dos participantes seguiu-se os passos de Goodman, por meio da técnica de amostragem não probabilística denominada Snowball. Os dados das entrevistas foram analisados pelo método de Análise de Conteúdo de Bardin. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande, sob o parecer CAAE: 39733320.6.0000.5324, sob o parecer no 4.442.386. A partir dos resultados surgiram as categorias: “Perfil sociodemográfico e funcional dos enfermeiros”; “Início e desenvolvimento do processo educativo para a alta hospitalar”; “Bases Teórico-metodológicas utilizadas pelos enfermeiros no processo educativo”; “Dificuldades para o desenvolvimento do processo educativo”; “Facilidades para o desenvolvimento do processo educativo”, as quais foram discutidas no desenvolver da Tese. As categorias permitiram traçar o perfil sociodemográfico e funcional dos participantes. Evidenciaram que as formas de desenvolver o processo educativo são diversas, e com objetivos distintos, influenciadas por diferentes Teorias Educativas, além de terem conhecimento a respeito de alguns autores, mas que não são seguidos para o desenvolver do processo educativo. O processo educativo de forma processual e continuo a usuários e familiares durante o período de internação hospitalar pode trazer benefícios para o desenvolver do cuidado domiciliar após a alta hospitalar. Os dados também permitiram conhecer as facilidades e dificuldades elencadas pelos enfermeiros para a realização do processo educativo. Desta maneira, denota- se a importância de uma Educação em Saúde, capaz de superar e o paradigma cartesiano, modificações do pensamento fragmentado e verticalizado para o paradigma do pensamento ecossistêmico. A aceitação de um novo paradigma requer não apenas mudanças conceituais nas ciências da saúde, mas uma reeducação da população, e dos profissionais de forma geral. Nesse sentido, entende-se que a prática educativa do enfermeiro, sob a luz do Pensamento Ecossistêmico envolve além da mudança paradigmática, repensar o cuidado, a própria prática educativa, bem como as concepções teóricas e metodológicas que sustentam essa prática.
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    Governamentalidade do parto: modulações na parturição na perspectiva de profissionais da assistência obstétrica
    (2022) Biondi, Heitor Silva; Barlem, Edison Luiz Devos
    As maneiras como assistência ao parto são desenvolvidas advém da construção histórica dos saberes e verdades, que constituem em uma intelecção das práticas envoltas na parturição, configurando-se em racionalidades. Por estarem difundidas e introjetadas no corpo social, as racionalidades passaram a prescrever condutas e regular comportamentos, por meio do acionamento de instituições, procedimentos, táticas, estratégias, análises, reflexões e cálculos que, articuladamente, engendrando uma governamentalidade do parto. Partindo desta compreensão, este estudo de natureza qualitativa, exploratória e descritiva, tem como objetivo de analisar como a governamentalidade engendrada por racionalidades modula a parturição através do governamento dos sujeitos. Possuindo como referencial teórico-analítico as teorizações sobre a governamentalidade, teve como cenário investigativo o Centro Obstétrico de um Hospital Universitário no sul do Brasil. Participaram 24 profissionais de saúde que atuam diretamente na assistência ao parto, sendo 10 enfermeiras(os), e 14 médicas(os). A produção dos dados se deu por meio de entrevista semiestruturada, realizadas durante o mês de julho de 2022, sendo as falas analisadas por meio das ferramentas analíticas da governamentalidade. Os aspectos éticos concernentes às pesquisas foram respeitados durante seu desenvolvimento. O estudo foi apreciado e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa, registrado sob o número 5.492.379, e Certificado de Apresentação de Apreciação Ética (CAAE), número 58273022.6.0000.5324. Por meio do processo analítico foram constituídos três artigos. O primeiro artigo revela que muitos dos saberes e verdades relativos à gênese e consolidação da ciência obstétrica permanecem sedimentados nas práticas assistenciais, demonstrando-se como racionalidade, que é antagonizada por outras racionalidades, em um contraste discursivo da ciência contemporânea, frente a outros conhecimentos e ações que sustentam práticas considerados parcial ou totalmente obsoletos. Este constructo está associado a formação profissional e a composição de um ambiente de trabalho que fomenta, de modo insidioso, uma compreensão patologizada das vivencias singulares do parto, elencando a medicalização como uma necessidade. O segundo artigo demonstra que o governamento das condutas das mulheres tem início já no pré-natal, através de estratégias que visam a subjetivação, efetivadas por um crescente pedagógico voltado a assegurar a internalização de certas verdades, e a disciplinamento das mentes e dos corpos, e são somadas a outras estratégias, como a busca ativa de mulheres que não iniciam ou abandonam o pré-natal, a criação de grupos de gestantes e o entrelaçamento das estratégias governamentais de gestão da vida e da sociedade, que permitem a captura e vigilância efetivas, por articular distintos vetores de força sociais e institucionais, através de discursos que versam acerca das dimensões da segurança, da insegurança, e do risco. Este conjunto visa a docilidade diante das práticas de disciplinamento, bem como, o estabelecimento de um governo de si que efetive a autorregulação dentro dos moldes estabelecidos pelos profissionais, incluindo o afastamento de condutas anormais e desviantes. Já o terceiro artigo aborda a centralidade das estratégias maquinadas em meio a sociedade para a obtenção de condutas subjetivadas das parturientes, em que desponta a funcionalidade governamental das relações de poder que ocorrem em distintos contextos e com diferentes indivíduos, com destaque aos familiares e a malha social, viabilizando ações de vigilância e controle dos comportamentos femininos, por meio de práticas pedagógicas, que tem seu conteúdo manifestado posteriormente nos direcionamentos do governo de si. Além disso, destacou-se a positividade do noopoder, a valorização das práticas de medicalização do corpo em contraste com as ações humanizadas, e o respeito a autonomia da mulher, sendo esta resultante da subjetivação anterior a verdades e discursos que ganham espaço em sua fala durante o parto, e a fazem adentrar as engrenagens da condução das condutas dos profissionais. Não somente, foram elencadas novas práticas que incidem na condução das condutas, como os planos de parto; a ampliação progressiva da atuação do enfermeiro obstetra e das doulas; a maior exposição dos eventos singulares da parturição em diferentes mídias e a do aprimoramento tecnológico voltado à gestação e ao parto. Concluiu-se que a assistência ao parto está concatenada a duas racionalidades distintas que modulam a assistência, tendo a atuação profissional papel central nos processos na viabilização de estratégias de governamento. A circulação de discursos acerca do parto em meio da malha social, torna a população instrumento da governamentalidade do parto. Sugere-se o desenvolvimento de novos estudos que possam contribuir para o estabelecimento de estratégias propagar e fomentar em meio a sociedade, práticas discursivas e performáticas alinhadas com as políticas públicas e com a medicina baseada em evidências, sedimentando a racionalidade humanizadora do parto no fazer e na formação dos profissionais de saúde, em detrimento da racionalidade intervencionista.
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    Comunicação de más notícias no contexto da COVID-19
    (2024) Amorim, Caroline Bettanzos; Barlem, Edison Luiz Devos
    A comunicação de más notícias é considerada atribuição inerente ao cotidiano profissional dos profissionais da saúde, sendo reconhecida como uma das ações mais difíceis de ser realizada na esfera profissional. A comunicação de más notícias se caracteriza por serem aquelas em que o resultado pode apresentar implicações negativas no presente/futuro do indivíduo que a recebe. É primordial que os profissionais da saúde estejam aptos para desempenhar tal atribuição, principalmente diante de uma pandemia que nos exigiu distanciamento social. Teve-se como objetivo geral: analisar o processo de comunicação de más notícias realizadas por profissionais da área da saúde no contexto da pandemia da covid-19. Diante do exposto, este estudo defende a tese de que a comunicação de más notícias é uma expressão ética que requer autonomia, empatia, habilidades comunicativas, competência técnica e sensibilidade para sua realização de forma humana e competente, principalmente em cenários de pandemia. Tratou-se de uma pesquisa exploratória, descritiva e de abordagem qualitativa, que foi desenvolvida com os profissionais enfermeiros, médicos e técnicos de enfermagem, totalizando 34 participantes, que atuaram diretamente no combate a pandemia de dois hospitais, um universitário e um filantrópico, localizados em uma cidade do sul do Rio Grande do Sul. A coleta de dados foi realizada mediante entrevista presencial semiestruturada e audiogravada, no período de agosto a outubro de 2022 e só teve início após a aprovação do Comitê de Ética. Os participantes foram selecionados através de contato prévio via meios digitais, com a pesquisadora explicando os objetivos da pesquisa e convidando-os a participar. Os dados foram analisados com base na Análise Textual Discursiva e o software Iramuteq auxiliou no processamento dos dados. A pandemia modificou as formas de se comunicar, afetando negativamente o processo de comunicação tanto de forma geral, quanto de más notícias. Más notícias essas que foram citadas como a própria pandemia, a morte, as características dos pacientes, a necessidade de internação, outros diagnósticos, a restrição de visitas, entre outras. A pandemia também trouxe alguns facilitadores como a incorporação da inovação tecnológica e o desenvolvimento de vacinas e medicações eficazes, portanto, o avanço na pesquisa científica e suas aplicações. Por outro lado, temos como dificuldade a comunicação, principalmente quando se refere a temática morte que ainda é tabu na sociedade. Pode-se observar que não há como ter controvérsias de que a pandemia do coronavírus causou sofrimento e imensuráveis impactos na vida das pessoas, seja no âmbito individual ou coletivo, familiar ou profissional. As medidas de contenção da doença causaram danos na vida pessoal e financeira da população, sem contar nos danos psicológicos decorrentes do isolamento, da gravidade da doença e consequente medo da infecção e ao alto número de óbitos registrados nesse período. Os aspectos éticos foram respeitados em sua totalidade. A coleta só teve início após aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa sob parecer (CAAE) número 58911722.8.0000.5324.
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    Imagens e percepções da ética na formação do Enfermeiro
    (2022) Carvalho, Lisa Antunes; Barlem, Edison Luiz Devos
    Introdução: a ética, que deveria ser transversal, se constitui num desafio nas profissões da saúde e na formação do enfermeiro, dada a complexidade das relações que se estabelecem no processo de formação, na relação professor-aluno e, posteriormente, na rede de relações humanas construídas na prática profissional. Objetivo: investigar as imagens e as percepções que estudantes de graduação em enfermagem possuem em relação ao exercício da ética durante o processo formativo. Método: pesquisa qualitativa, descritiva e exploratória, que utilizou os preceitos da Teoria Histórico-Cultural de Lev Vygotski como referencial teórico; realizada na Universidade Federal do Rio Grande (FURG), com 14 estudantes entre o quarto e décimo período. A coleta de dados ocorreu em duas etapas: técnica de grupo focal e produção imagética sobre exercício da ética na formação em enfermagem no período de março a junho de 2022. Utilizou-se a metodologia snowball sampling, Bola de Neve, para a formação dos grupos focais que seguiu o Guia de Discussão para a coleta de dados construído para este estudo. Foram organizados três grupos e realizados três encontros online com cada grupo. As imagens foram produzidas coletivamente e entregues após, para análise por meio do Método Documentário de Análise de Imagens de Karl Mannheim e atualizado por Ralph Bohnsack. Os encontros aconteceram de forma online pelo Microsoft Skype no qual foram guardadas as gravações por 30 dias. Para a transcrição das informações utilizou-se o aplicativo Transkriptor. Os estudantes foram identificados por nome de cores, seguido pelo número ordinal correspondente ao semestre. Para análise dos diálogos utilizou-se a Análise Textual Discursiva. Foram respeitados os princípios éticos da pesquisa, conforme as Resoluções 466/2012 e 510/2016, obtendo-se a aprovação do Comitê de Ética local, mediante CAAE:46716621.5.0000.5324. Resultados: emergiram três categorias: as inter-relações que se mostram entre ensino da ética e a prática em saúde, papel dos professores e da universidade para formação de ambientes éticos: da teoria à prática e aspectos que influenciam a percepção do exercício ético na graduação em enfermagem. A partir destas categorias as discussões apontaram ao final para as seguintes possibilidades: a ética como tecnologia relacional para formação integral em enfermagem, exercício ético na Educação enfermagem: tessituras a partir de Cohen e Segre e as imagens do exercício da ética na formação do enfermeiro. Os resultados revelam a necessidade de uma educação ética-crítica transversal, o uso dos conceitos de ética e eticidade para fortalecimento dos currículos em enfermagem e imagens que revelam quão importantes são as redes de relações humanas construídas no espaço universitário e instiga para um ressignificar da educação e prática em enfermagem. Considerações finais: vislumbra-se a ética como ferramenta mediadora para o trabalho dos docentes, profissionais e preceptores de estágio para tornar o ensino mais significativo no campo da educação ética e moral. Espera-se, que este estudo, possa contribuir para qualificação dos currículos, dos projetos pedagógicos, pois os estudantes evocam que a ética deve permear todo ensino em enfermagem, ao capacitar docentes e discentes para as relações humanas e para a formação de ambientes éticos em saúde.
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    Serviço de Atenção Domiciliar e sua interconexão com as Redes de Atenção à saúde à luz do pensamento ecossistêmico
    (2020) Weykamp, Juliana Marques; Siqueira, Hedi Crecencia Heckler de
    Objetiva-se investigar e analisar o processo da organização e funcionamento do Serviço de Atenção Domiciliar nas modalidades de 2 e 3 e a sua interconexão com a modalidade de atenção domiciliar 1 e demais serviços que compõem as Redes de Atenção à Saúde na região urbana de Porto Alegre à luz do Pensamento Ecossistêmico. Assim, delimitou-se a Tese: A organização e funcionamento do Serviço de Atenção domiciliar nas modalidades AD2 e AD3 na região urbana de Porto Alegre e a análise de suas inter-relações com a AD1 e os demais serviços que compõem às redes de atenção à saúde, possibilita contribuir com inovações nas práticas profissionais da enfermagem, no aperfeiçoamento das interconexões dos elementos constituintes da rede de atenção à saúde, na melhoria da qualidade da assistência à luz do pensamento ecossistêmico. No caminho metodológico, o estudo apresentou características descritivas e exploratórias, com abordagem qualitativa. A pesquisa teve como local de estudo o Serviço de Atenção Domiciliar nas modalidades 2 e 3 do Grupo Hospitalar Conceição e a Associação Hospitalar Vila Nova, bem como, os serviços de saúde constituídos pela modalidade de atenção domiciliar 1 da região urbana de Porto Alegre. Participaram do estudo dois coordenadores do Serviço de Atenção Domiciliar nas modalidades 2 e 3, e dez coordenadores da modalidade de atenção domiciliar 1. A coleta de dados ocorreu mediante parecer de aprovação ético número 03/2018, no período de setembro de 2018 à outubro de 2019, realizada por meio de entrevista semi-estruturada e coleta documental na base de dados da Secretaria Municipal de Saúde de Porto Alegre. Para a análise dos dados qualitativos optou-se pela Análise de Conteúdo de Bardin e, para os dados obtidos por meio da coleta documental, utilizou-se a análise descritiva. Os resultados apontaram que ambos os serviços atuam nas duas modalidades de atenção domiciliar 2 e 3, onde um dos serviços conta com quatro equipes multiprofissionais e uma de apoio, enquanto o outro, apresenta seis equipes multiprofissionais e uma de apoio. Para a inserção do usuário são seguidos alguns critérios e o seu desligamento pode ocorrer devido a alta/ transição para a atenção domiciliar 1, agravo do quadro clínico e encaminhamento para uma internação hospitalar e alta administrativa ou em situações de óbito domiciliar. Embora dificuldades tenham sido expostas pelos coordenadores do serviço em estudo, inúmeras são as potencialidades referidas por eles. Os cuidadores representam um elemento importante nesse serviço, tendo em vista que a presença dele se faz necessária como um dos critérios para a admissão do usuário no serviço ou em alguns casos a exclusão dele quando o plano terapêutico ou as rotinas do serviço não são desempenhadas de maneira adequada. Destaca-se, ainda, que apesar da sobrecarga, o cuidador prefere realizar os cuidados no domicílio junto a família, pois, na maioria das vezes, o cuidador é responsável, também, por outros familiares. Ainda que se perceba que o Serviço de Atenção Domiciliar cumpre o seu papel evitando internações passíveis de atendimento hospitalar e responda às demandas provenientes dos diferentes pontos de atenção, percebe-se a necessidade de um cuidado compartilhado e da construção de estratégias coletivas entre as três modalidades 1, 2, 3 e os demais serviços. Considerações finais: A organização e o funcionamento do Serviço de atenção domiciliar nas modalidades 2 e 3 da cidade de Porto Alegre, bem como, sua interconexão com a modalidade de atenção domiciliar 1, evidenciaram, nesse estudo, novas possibilidades e novos caminhos a serem trilhados visando a qualidade dos serviços e instituições de saúde, balizando as adequações e mudanças para atender as demandas em saúde do mundo contemporâneo.